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Diferentes tipos de solos do mundo

CHÂTEAUNEUF-DU-PAPE, FRANÇA

Imagine o fundo de um aquário, com aquelas rochas arredondadas, lisas. Pois esse é o cenário mais comumente encontrado nas vinhas em Châteauneuf-du-Pape. Essas pedrinhas ovais chegaram ao vale do Rhône após enchentes seculares ocorridas na última Idade do Gelo. E se encarregam de reter o calor do sol para depois, durante a noite, transferir a energia às vinhas. O resultado são vinhos ricos, encorpados, quase picantes. E com generosa quantidade de álcool.

 

MOSEL, ALEMANHA

A ardósia abunda no solo de Mosel absorve o calor do sol e reflete às vinhas, garantindo uma melhor maturação das uvas. Além disso, é altamente porosa. De quebra, garante uma mineralidade que só faz bem à casta rainha da região: a Riesling. E se há uma uva no mundo que reflete com precisão o que o solo oferece, essa cepa é a Riesling. Não por acaso, o solo de Mosel é considerado um dos mais importantes na viticultura mundial.

 

DOURO, PORTUGAL

O vinho que nasce do Douro é um sobrevivente. A região é rica em granito. Mas o maciço de xisto dividido em camadas verticais por baixo da superfície permite que a umidade se infiltre no solo, e ainda oferece espaço para que as raízes se infiltrem mais profundamente em busca de nutrientes. O resultado é um vinho robusto, encorpado, forte. Trocando em miúdos, um sobrevivente.

 

COONAWARRA, AUSTRÁLIA

A festejada Terra Rossa, de Coonawarra, na Austrália, é basicamente uma combinação única de eventos. A área – que já foi um litoral – tem solo calcário sobre a parte superior de uma base de arenito. O calcário secou ao longo de milênios e a desintegração do solo quando começou a erodir provocou depósitos de ferro em seu interior, gerando oxidação e criando as tonalidades de laranja e vermelho na terra, rica em nutrientes e minerais, com boa drenagem. Um solo que descobriu-se perfeito para a Cabernet Sauvignon.

Coonawarra, na Austrália

Coonawarra, na Austrália

 

 

BORGONHA, CHAMPANHE E VALE DO LOIRE, FRANÇA

Uma bacia pedra calcária de marga se alonga por essas três regiões francesas: o solo kimmeridgian. É certo que cada pedaço de terra tem a sua particularidade, o que ajuda a tornar vinhos vizinhos tão distintos, diferentes. Mas a base está toda lá. Um solo argilo-calcário, repleto de quartzo, zircão e de nutrientes gerados dos fósseis de moluscos de eras passadas. E é na raiz desse solo que mora muito da explicação da qualidade, da fineza e da singularidade de cada um dos (bons) vinhos dessas regiões.

 

PRIORATO, ESPANHA

Uma mistura de ardósia escura e quartzito, rochosa e altamente porosa, com uma enorme capacidade de drenagem e que permite às raízes cavar até 25 metros na rocha atrás de bolsões de água e de nutrientes. Esse é o famoso llicorella, solo dominante no Priorato, e uma das razões para a fama dos vinhos da região.

 

MENDOZA, ARGENTINA

Concentração é o sobrenome do vinho argentino. E tal característica é reflexo direto da combinação solo/geografia. As altitudes elevadas, somadas à mistura de areia, granito, xisto e depósitos aluviais transformam o solo de Mendoza em um ambiente único para crescimento das uvas. A ajuda do clima, com muito sol durante o dia, e temperaturas baixas durante a noite, completam o quadro e geram vinhos ricos em resveratrol.

Vinhos do Porto: tudo o que você precisa saber…

Classificação do Vinho do Porto

O Vinho do Porto é uma bebida sofisticada e para aprecia-lo devidamente é necessário conhecer a intrincada classificação que contempla diferentes tipos, estilos e preços, dentre os quais o consumidor certamente escolherá o seu favorito. A seguir, apresentamos os diferentes tipos existentes.

Portos sem indicação de safra

Porto White:

Branco, meio seco, pálido, feito de uvas brancas, envelhecido até 3 anos.

Porto Dry (ou Very Dry) White:

Branco, seco (ou muito seco), mais envelhecido que o anterior.

Esses dois tipos fogem do padrão clássico do Porto de sabor doce e foram criados mais para competir com os vinhos fortificados secos de aperitivo, como por exemplo o Madeira e o Jerez. Exceção feita aos brancos velhos, vinhos de prestígio, produzidos em quantidades ínfimas, os Portos brancos são jovens e não constituem certamente o que há de melhor, sendo mais consumidos por jovens e não conhecedores.

Porto Ruby:

O nome refere-se à cor da pedra preciosa rubi, advindo de sua coloração vermelho-púrpura. Jovem, frutado, obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras, envelhecido até 3 anos em cascos (tonéis) de carvalho. É um vinho pronto para ser consumido e não deve ser guardado.

 

Vinhos do Porto tudo o que você tem que saber...

Vinhos do Porto tudo o que você tem que saber…

Porto Crusted:

Rubies com amadurecimento mínimo de 2 anos em cascos e 3 anos em garrafa, não filtrados e que deixam borra (em inglês, crust).

Vintage Character (Premium Ruby): Ruby superior, envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa. Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin, First State, Six Grapes, Founder’s Reserve. Constitui uma categoria superior de Ruby e o nome Vintage confunde o consumidor, pois deveria ser reservado para os verdadeiros vinhos dessa categoria, descrita mais adiante.

Porto Tawny:

Amarelo-tijolo, mais encorpado, também resultante do corte de vinhos de diferentes safras, amadurecido nos cascos, por 3 anos em média. Também é um vinho pronto para ser consumido. Ele e o “Ruby” são os portos “comuns” e mais vendidos no mundo. Existe, também, o Tawny Reserva envelhecido de 4 a 8 anos, vinho mais diferenciado.

Porto Tawny Years-Old (Old Tawny):

Tawnies bastante diferenciados e de alta categoria, feitos a partir de cortes de lotes de diferentes safras, geralmente muito antigas. A idade declarada (10, 20, 30 e 40 anos) refere-se à média de idade dos vinhos utilizados no corte. Tem o ano do engarrafamento no rótulo. É um vinho pronto para ser consumido

Continua…

Veja Também:

 

Adega Mayor Caiado Tinto, 2014

Estreia no mercado a línea Caiado, da vinícola portuguesa Adega Mayor, com um vinho branco, um rose e o tinto, que é analisado em profundidade neste post:

País Portugal
Volume 750ml
Tipo Tinto
Safra 2014
Sub-Região Alentejo
Uva 50% Aragonez, 30% Trincadeira e 20% Cabernet Sauvignon
Teor Alcoólico 13.50%
Tipo de Uva Tinta Assemblage
Adega Mayor Caiado Tinto, 2014

Adega Mayor Caiado Tinto, 2014

 

Visual Vermelho rubi com tons violáceos.
Olfativo A proposta desse vinho cativa pela sua pureza e forma na qual expressa seus aromas, em distintas camadas. Inicialmente as notas de framboesas se destacam, deixando suaves nuances balsâmicas tendo como coadjuvantes as especiarias, formando um nariz muito sedutor, maduro e muito moderno.
Gustativo Continua com um excelente nível também no paladar, com os elementos primários provenientes da uva sempre tendo o controle. Seus taninos, apesar da juventude, são de uma textura sedosa, integrados num corpo médio, que flui com agilidade, saboroso e refrescante. Um best value extraordinário.
Dica de Harmonização Galeto grelhado.
Perfeito para antipastos italianos.
Pizza de muzzarela com peperone e azeitonas pretas.
Carpaccio de carne.
Churrasco brasileiro.
Temperatura de Serviço 15 ºC
Potencial de Guarda 5 anos
Pontuação Winechef

Adega Mayor Caiado Tinto, 2014 - 91 pontos Winechef

Adega Mayor Caiado Tinto, 2014 – 91 pontos Winechef

 

 

Vinho Tom de Baton Douro Tinto, 2009

País Portugal
Propriedade da Vinícola 35 Hectares
Volume 750ml
Tipo Tinto
Safra 2009
Uva Touriga Nac. 30%, Tinta Barroca 30%, Tinta Francisca 15%, Tinta Roriz 15%, Touriga Franca 10%
Teor Alcoólico 13,50%
Região Douro
Amadurecimento Não passou por barrica.
Tom de Baton Douro Tinto, 2009

Tom de Baton Douro Tinto, 2009

 

Visual Vermelho rubi brilhante e atrativo.
Olfativo Muito interessante a forma na qual estão entrelaçados os aromas das várias castas que formam parte deste vinho. Tem muita fruta da família das frutas negras, principalmente o cassis, que é o que se percebe de forma clara e evidente. Mas o que mais chama a atenção é a forma direita e frontal na qual a fruta se expressa, com muita generosidade e exuberância, resultando uma fragrância muito agradável.
Gustativo Na boca a fruta se apropria mais uma vez da encena. O corpo é médio e desde o passo de boca até o final é a acidez a que toma o protagonismo, resultando um vinho de paladar muito fresco e particularmente longo. Excelente relação de qualidade e preço.
Dica de Harmonização Filé assado ao molho de vinho e frutas secas.
Risoto de codorna e trufas negras frescas.
Filé ao molho de mostarda com arroz e batata cozida.
Pernil suino assado ao molho de cebola e batatas.
Cabrito assado no forno ao molho de groselhas negras.
Tipo de Comida Carnes
Pontuação Winechef

Vinho Tom de Baton Douro Tinto, 2009 - 90 pontos Winechef

Vinho Tom de Baton Douro Tinto, 2009 – 90 pontos Winechef

Temperatura de Serviço 16°
Potencial de Guarda 6 anos
Nome da Vinícola Terroir d’Origem

 

inVinoSounds: nova experiência sensorial para a indústria vinícola

A empresa portuguesa toGuide acaba de lançar o inVinoSounds, um novo produto exclusivo para enófilos e produtores, que oferece uma experiência sensorial auditiva, personalizada e íntima, para cada vinho.

O inVinoSounds vai além da informação presente no rótulo. Através de uma aventura sonora repleta de sound design, música e efeitos sonoros, promete transmitir ao ouvinte a história, o ambiente e o trabalho de todos os envolvidos na criação daquele vinho.

Esta nova forma de apresentar um vinho utiliza a tecnologia QR Code para ativar a mensagem na garrafa que irá ajudar a criar uma ligação entre aquele vinho e o consumidor. Não há barreiras linguísticas. Cada experiência auditiva pode ser desenvolvida em múltiplos idiomas.

Cada vez mais, os consumidores elegem o vinho pela sua história e capacidade de envolvência. O criterioso processo de seleção de compra de vinhos ganha assim um forte aliado, que irá cativar os consumidores mais jovens e curiosos.

O inVino Sounds conta a história por trás de cada garrafa de forma única, com a criação de uma experiência auditiva onde o vinho e o seu produtor são sempre os protagonistas.

inVinoSounds nova experiência sensorial para a indústria vinícola

inVinoSounds nova experiência sensorial para a indústria vinícola