A notabilidade dos vinhos Kosher

 

Mercado de produtos fabricados segundo as normas da dieta judaica ortodoxa movimenta US$ 600 milhões em todo mundo

As vinícolas têm bons motivos para olhar com atenção para o mercado de produtos Kosher, que movimenta anualmente 600 milhões de dólares em todo mundo, e são consumidos em países como Estados Unidos, Brasil, Reino Unido, Canadá, Alemanha, Áustria, Argentina, Israel, Itália, Noruega e Polônia.

O certificado Kosher é um documento emitido para atestar se os produtos fabricados por uma determinada empresa obedecem às normas específicas que regem a dieta judaica ortodoxa. Ele é mundialmente reconhecido e considerado sinônimo de controle máximo de qualidade.

O processo de emissão para um certificado Kosher depende da colaboração e total transparência nas informações que serão permutadas entre a empresa que fabrica o produto e a entidade judaica que emitirá o documento. Um produto Kosher, portanto, é considerado puro, pois é fabricado de acordo com as leis judaicas.

Para que receba o certificado Kosher, um vinho deve ser elaborado sob a supervisão de um rabino. Todos os produtos utilizados na produção devem ser Kosher, não é permitido que uma pessoa não judia manipule o vinho, de tal modo que toda a adega é selada, para evitar a contaminação.

A verdade é que, independentemente de monitoramento do vinho nos processos, os vinhos Kosher não possuem em qualquer fase da fabricação um elemento comum entre eles, como todos os outros vinhos, diferem-se à área de produção, variedade, produção e envelhecimento.

Vinhos Kosher

Vinhos Kosher

 

O terroir segundo Alejandro Hernández, o padre da enologia chilena

 Por Prof. Alejandro Hernández

O terroir é um conceito da vitivinicultura europeia tradicional, especialmente francesa, usada para explicar os diferentes tipos e qualidades de seus vinhos de acordo com o local de procedência. O que se definiu na França em 1855 foram as Denominações de Origem e dentro dela foram classificadas as diferentes categorias de vinho baseadas na qualidade dos mesmos. Uma Denominação de Origem pode ter um ou vários terroirs.

Este conceito foi muito discutido pelos enólogos dos países do Novo Mundo, pois é muito difícil provar que a qualidade e a permanência no tempo de um vinho se devem às condições ecológicas do lugar, o cultivo da videira e às condições de vinificação, envelhecimento e armazenamento do vinho.

Em todo o caso, não há dúvidas de que o terroir é uma maneira apropriada para definir uma produção de qualidade para uma ou mais variedades de uva em lugares ou solos específicos.

Alex Ordenes, Edneia Benfica e Alejandro Hernandez. Imagem de arquivo (janeiro 2010)

Alex Ordenes, Edneia Benfica e Alejandro Hernandez. 

O terroir

É definido basicamente pela condição do terreno ou solo onde a videira é cultivada, ainda que, por sua vez, a videira esteja submetida às condições do clima do lugar; mas acima de tudo, nesse sistema se leva em conta o manejo ou cultivo das vinhas e a disponibilidade de água natural ou fornecida.

O clima do terroir é influenciado pelo clima do lugar, o mesoclima, e o clima em torno das vinhas, o microclima. Ele pode ser medido pela temperatura, pela quantidade de chuva, a intensidade da iluminação ou energia solar que está relacionada por sua vez à exposição do vinhedo à passagem do sol, ou rotação da terra.

No fator solo há a influência da geologia, que determina a origem do solo, o relevo ou topografia, que compreende a altitude, o aspecto (se está em um vale, uma encosta, um terreno de montanha, etc.) e finalmente a hidrologia que condiciona a disponibilidade e o movimento da água e seu aproveitamento pelas raízes da vinha; isso, por sua vez, depende das características físico-químicas do solo (estrutura, textura e composição mineral e orgânica).

Todas estas características do clima e do solo condicionam certa fertilidade natural do solo, que podem variar desde solos muito ricos, com fertilidade excessiva que impede a obtenção de um vinho de qualidade, até solos com deficiência em elementos nutritivos, que além de produzir pouco geram vinhos desequilibrados.

Parreiras velhas

Este conjunto de relações complexas afetará as variedades de videira que forem plantadas neste lugar. Obviamente existirão variedades que se adaptam muito bem, outras menos e algumas que não conseguem se desenvolver ou, se conseguem, não serão capazes de produzir vinhos de qualidade. O terroir é em si uma noção que indica uma certa tipicidade e individualidade que gera um vinho com características determinadas e repetíveis. O último não é uma norma fixa, pois os fatores do solo, de certo modo, podem ser modificados e porque as condições do clima não são controladas.

Em todo caso, a existência de uma vinha em um terroir determinado ou em uma área vinícola qualquer gera uma paisagem vinícola especial. Não há nenhum outro cultivo agrícola que apresente um maior atrativo e uma melhor adaptação à geografia do lugar que a vinha. Sua arquitetura organizada, a delimitação de seus vinhedos e o trabalho cuidadoso representam sempre uma contribuição à estética do lugar. A paisagem vinícola é um novo conceito muito mais fácil de captar e lembrar a descrição técnica do terroir. Porém ambos os conceitos podem entrar em harmonia para fazer com que a vinha e o vinho sejam mais atrativos.

No reino vegetal apenas o vinho permite ao homem compreender o sabor da terra, e a paisagem vinícola é o próprio ambiente no qual o vinho se produz.

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Alejandro Hernandez:

Enólogo da Universidade Católica do Chile, professor de enologia há 35 anos, tendo ensinado enologia a maioria dos enólogos chilenos mais conceituados na atualidade (Álvaro Espinoza, da Antiyal, ou o próprio Pablo Morandé foram alguns dos seus alunos). Alejandro Hernandez, nosso correspondente de enologia no Chile, nos enviou este artigo para o VinhoemProsa diretamente do Vale do Maipo, lugar onde está localizada a vinícola Portal del Alto, que é de sua propriedade.

Receita rápida de Risoto de Champignon

 

Para curtir o fim de semana, que tal preparar as deliciosa receita de Risoto de Champignon!

Tempo médio de preparo: 30min

Rendimento: 3 a 4 Porções

 

 Ingredientes do Risoto de Champignon

 

400 gramas de cogumelos frescos

1 cebola picada

400 gramas de arroz arbóreo

300 ml  de vinho branco seco

500 ml  de fundo ( se preferir faça um fundo com agua e legumes ou com Knorr)

100 gramas de parmesão ralado

Azeite de oliva

4 dentes de alho

Salsa picada

Sal e pimenta

Risoto de Champignon

Risoto de Champignon

 

Modo de Preparo do Risoto de Champignon

 

1: Corte os cogumelos em lâminas médias

2: Em uma panela grande frite lentamente os cogumelos com bastante azeite, a salsinha e os dentes de alho inteiros (que serão descartados depois)

3: Depois de uns 10 minutos (o champignon solta uma água e ele deve ser cozido nela) adicione a cebola e retire os alhos (pode picá-los e devolvê-los na panela se quiser), refogue esses ingredientes por alguns minutos mexendo delicadamente

4: Adicione o arroz

5: Adicione sal e pimenta a gosto (lembrando que o caldo de legumes já contém sal)

6: A partir daí adicione o vinho e deixe evaporar, em seguida adicione o caldo de pouco a pouco mexendo sempre delicadamente e observando o arroz. Isso vai durar uns 15  minutos, quanto mais água você adicionar no arroz mais mole ele vai ficar. Observando sempre quando o arroz estiver com uma textura cremosa  está pronto para a finalização.

7: Desligar o fogo e misturar o parmesão ralado ao arroz.