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Mudança climática pode impulsionar produção de vinhos britânica

 

Segundo estudo divulgado no New York Times, o Reino Unido pode se tornar grande protagonista mundial na produção de vinhos até a metade do século

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas mostrou que as temperaturas no Reino Unido estão se elevando mais rápido em relação à média global. Além disso, algumas regiões produtoras de vinho da China, Rússia e de alguns países tendem também a se beneficiarem com o novo cenário.

Segundo Chris Foss, supervisor da escola de agricultura de Plumpton, “o aquecimento global está realmente beneficiando a produção de vinhos no Reino Unido”, disse em entrevista ao New York Times. Foss ainda afirmou que a indústria de vinhos britânica tem capacidade de se expandir em cinco vezes, ou até em dez.

Entretanto, o efeito das mudanças climáticas nas vinícolas pode trazer consequências sérias para outros países. Segundo estudo feito pela National Academy of Sciences, o aumento da temperatura pode ameaçar o crescimento das uvas nas maiores regiões de vinhedos do mundo. Com isso, pesquisadores antecipam uma queda de 85% na produção de vinhos da Europa, onde as regiões mais afetadas seriam Bordeaux, Champagne e a Toscana.

Segundo o mesmo estudo, até 2050, essas regiões teriam suas áreas de cultivo de uvas inutilizadas em até 73% da sua totalidade.

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Franca e Itália: Novas aquisições no mercado europeu o vinho

Foram agitados os últimos meses do mercado europeu do vinho: em diferentes países, foram muitas as negociações de compra e venda entre vinícolas de renome.

A começar por França, por exemplo, onde a Maison Guigal, responsável pela produção de alguns dos maiores ícones do vale do Rhône, especialmente em Côte Rotie, adquiriu uma nova propriedade na região.

O grupo comprou o Domaine de Nalys, localizado na região sul do Rhône, mais especificamente em Châteauneuf-du-Pape. Esta é uma das mais antigas propriedades da denominação e será, também, a primeira de Guigal numa das mais tradicionais denominações de origem.

Ainda em França, na Borgonha, a Maison Louis Jadot comprou o Domaine Prieur-Brunet, um dos mais conceituados produtores de denominações como Santenay, Meursault, Volnay, Pommard, Chassagne-Montrachet e Beaune, somando assim 18 hectares de vinhedos ao seu portfólio.

Já em Itália, mais dois importantes negócios marcaram este ano. Poggio Antico, a consagrada vinícola de Brunello di Montalcino, com 202 hectares (32 dos quais são vinhedos), foi comprada pelo AtlasInvest, grupo belga de investimentos.

Por fim, igualmente em Itália, os Antinori resolveram adquirir definitivamente a vinícola chilena Haras de Pirque.

Maison Guigal

Maison Guigal

Fonte: Revista de Vinhos de Portugal.

 

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Châteaux La Conseillante expande seu território

 

É a primeira vez que o tradicional Châteaux francês incorpora terras desde 1753

A Châteaux La Conseillante (Pomerol, França) anunciou mudanças pela primeira vez em muito tempo.

A produtora está sob nova direção depois que Jean-Michel Laporte, que diretor da La Conseillante desde 2003, anunciou sua saída no início deste ano.

Quem assumiu a nova função foi Marielle Cazeaux. A principal mudança aconteceu nas vinhas: a La Conseillante aumentou seu tamanho em 12,7 hectares, comprando terrenos localizados perto da Vieux Château Certan.

Foi a primeira vez desde 1735 que a Chateaux expandiu seu território.

Chateaux La Conseillante expande seu território

Chateaux La Conseillante expande seu território

 

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Georges Duboeuf Moulin a Vent A.O.C, 2013

Moulin a Vent é uma das regiões mais importantes de Beaujolais.

Seus vinhos se destacam entre os outros Crus de Beaujolais (existem dez regiões consideradas Cru) pela grande capacidade de envelhecimento que eles têm.

Em termos gerais os vinhos de Beaujolais tem uma evolução muito rápida, devido que a uva Gamay, (que é a única que é permitida para elaborar os vinhos dessa região) tem uma pele muito fina, por tanto a concentração de polifenoles é mínima. Ou seja, a não ter uma grande concentração de taninos, os vinhos nascem macios e evolui muito rápido e a não ter uma grande concentração de antocianos, sua cor é muito clara.

Beaujolais ou Bourgogne

Generalizando, poderíamos dizer que os vinhos de Beaujolais são parentes dos vinhos da Bourgogne, (que são produzidos com a uva Pinot Noir). Com a grande diferencia do que na Bourgogne os Pinot Noir se elaborados a traves de uma fermentação alcoólica tradicional e no caso dos vinhos de Beaujolais a técnica utilizada para fermentar o vinho é diferente.

No Beaujolais os vinhos são produzidos na maioria das vezes através de uma técnica chamada “maceração carbônica”, que consiste em colocar os grãos de uva inteiros na cuba aonde começa a fermentação intracelular, ou seja, dentro da própria baia, o que dá como resultado os vinhos de uma frescura a acidez inusual, muito frutados, deliciosos e refrescantes.

 Georges Duboeuf Moulin a Vent A.O.C, 2013

Degustei esse vinho háuns dias atrás, e ele consegue exemplificar de excelente maneira o que estou explicando, no sentido do estilo bem definido que os vinhos dessa região possuem, mas no caso deste Georges Duboeuf, ele provém do melhor dos dez Crus que existem em Beaujolais, o Moulin a Vent.  Os vinhos desta região são se comparamos com os outros vinhos de Beaujolais- muito mais estruturados, muito mais complexos e conseguem evoluir por muitos anos, uma década ou mais inclusive, são vinhos bem interessantes, parecidos de certa maneira aos vinhos da Bourgogne, mas com um preço bem mais em conta, se compararmos com os vinhos da mesma qualidade.

Georges Duboeuf Moulin a Vent

Georges Duboeuf Moulin a Vent

Ficha Técnica  Georges Duboeuf Moulin a Vent A.O.C, 2013

 

Uva 100% Gamay
Teor Alcoólico 13.50%
Região Beaujolais
Amadurecimento 12 Meses em barricas
Visual Coloração clara de alta intensidade.
Olfativo Olfativamente é um vinho muito interessante, que já começa a mostrar alguns elementos produtos da evolução. Se sentem notas a framboesas, mas é uma framboesa que já começa a ficar confeitada, com notas a especiarias e alguns matizes florais. É um vinho complexo, que mostra os seus aromas em diferentes camadas, os que certamente vão continuar evoluindo e melhorando nos próximos anos. Em definitiva, um aroma muito grato e de grande tipicidade.
Gustativo Na boca é um vinho realmente delicioso, de corpo meio com uma fruta suculenta e nítida. Tem muita fruta e muita acidez, e profundo e seus sabores são muito intensos, resultando num vinho extraordinariamente longo, deixando seus sabores no paladar por longos segundos após terminado o analises gustativo. É um Gran Cru de Beaujolais sobressaliente, dos melhores produzidos neste peculiar terroir da Bourgogne, que vai continuar melhorando nos próximos 5 a 10 anos.
Dica de Harmonização Tempurá de camarão sobre arroz yakimeshi.
Linguado grelhado na brasa, servido com risoto de creme de queijo e cenoura.
Tilápia ao molho tailandês com legumes salteados na manteiga de camarão.
Suflé de caranguejo com molho de framboesas.
Corvina grelhada com um cremoso molho de gorgonzola e batatas baby salteadas.
Temperatura de Serviço 14 – 15 ºC
Potencial de Guarda 10 anos
Pontuação Winechef

Georges Duboeuf Moulin a Vent A.O.C, 2013 - Winechef 91 Pontos

Georges Duboeuf Moulin a Vent A.O.C, 2013- Winechef 91 Pontos

Ano de Fundação da Vinícola 1964
Enólogo Responsável Georges Duboeuf

 

 

As uvas dos vinhos das Alsácia

Na Alsácia, as uvas autorizadas são:

Riesling: casta mais cultivada na região, em alguns casos é seco, em outros, nem tanto. Quando jovens, geralmente apresentam notas florais, de frutas brancas e cítricas. Com a idade, ganham complexidade, mostrando notas frutadas, minerais e acidez vibrante. Sem dúvida, esta cepa é capaz de produzir alguns dos melhores brancos do mundo.

Gewürztraminer: por sua menor acidez e, em geral, maior grau alcoólico, costuma passar uma maior sensação de doçura. Produz vinhos com notas especiadas e de frutas tropicais e cítricas mais maduras. É uma das variedades mais utilizadas nos Colheita Tardia.

Pinot Gris: conhecida também como Tokay-Pinot Gris ou Tokay d’Alsace. Alia o lado especiado da Gewürztraminer com a intensa acidez presente na Riesling, produzindo vinhos com notas defumadas, amanteigadas e de frutas de caroço, geralmente com boa capacidade de envelhecimento.

Muscat: duas variedades de Muscat são encontradas na Alsácia, a Blanc à Petit Grains e a Ottonel. Elas produzem vinhos de estilo mais seco, bastante frutados, aromáticos e de acidez moderada.

Sylvaner: difícil de produzir, quando dá bons resultados evidencia aromas mais sutis, lembrando flores, boa estrutura e acidez vibrante.

Pinot Blanc: tradicionalmente utilizada para a produção de Crémant d’Alsace também pode produzir vinhos tranquilos com boa acidez e muito gostosos de beber, apesar de ter aromas mais tímidos.

Pinot Noir: em geral, produz vinhos mais frescos, gostosos de beber, com boa acidez e exuberantes notas de frutas vermelhas, como morangos e framboesas. Ano após ano, alguns poucos produtores têm tido êxito em produzir vinhos mais complexos e estruturados e com boa capacidade de envelhecimento.

Auxerrois: apesar de pouco elaborado, um vinho varietal dessa uva mostra acidez moderada, notas especiadas e corpo mais leve.

Chasselas: quando utilizada como varietal apresenta corpo leve, acidez equilibrada e notas de frutas cítricas tanto no nariz quanto na boca.

Klevener de Heiligenstein: é o nome local para a uva Savagnin Rose, do Jura, cultivada somente em Heiligenstein e mais cinco comunas vizinhas. Produz vinhos levemente especiados e de sabores amanteigados.

As uvas dos vinhos das Alsácia

As uvas dos vinhos das Alsácia

 

O clima e o solo da Alsácia

A área de vinhedos da Alsácia é estreita e estende-se por 140 quilômetros entre as montanhas de Vosges e o rio Reno

Clima alsaciano

O clima na Alsácia é frio e continental. As montanhas de Vosges protegem a região dos ventos úmidos vindos do oeste. Os verões são quentes e os outonos ensolarados e secos. O índice pluviométrico é um dos mais baixos da França. Sob essas condições, as uvas atingem altos níveis de açúcar quando maduras. Muitos vinhedos – provavelmente os melhores – estão em encostas íngremes; as uvas das vinhas da planície entre as montanhas e o Reno, em geral, são usadas na produção de Crémant d’Alsace, o espumante característico do local.

O solo alsaciano

Fator realmente importante na Alsácia é a diversidade de tipos de solo. Na relativamente pequena área de vinhedos, há pelo menos 20 formações de terreno diferentes. Nas encostas, encontra-se granito, calcário, arenito, argila, composições argilo-calcárias e até mesmo solos vulcânicos; por outro lado, na planície, os solos são predominantemente aluviais, ou seja, formados por sedimentos transportados e depositados pelos cursos de água, constituídos, por exemplo, de argila e areia.

Essa complexidade geológica contribui para a grande variedade de estilos de vinhos. De modo geral, solos mais “pesados”, ricos em elementos argilosos ou argilo-calcários conferem ao vinho mais complexidade e corpo, enquanto que terrenos arenosos e calcários dão elegância e finesse. Elementos como quartzito, xisto e ardósia tendem a passar untuosidade, mineralidade, aromas de petróleo e “pedra de isqueiro” aos vinhos, especialmente aos feitos a partir de Riesling.

O clima e o solo da Alsácia

O clima e o solo da Alsácia

Conheça os vinhos brancos da Alsácia

A comuna francesa produz alguns dos melhores brancos do mundo em diversos estilos, de espumantes a vinhos tranquilos, de secos a doces deslumbrantes

Historicamente, a região da Alsácia foi disputada por séculos entre França e Alemanha. Durante o reinado de Luís XIV, foi anexada à França; após a Guerra Franco-Prussiana, unificou-se à Alemanha; ao final da I Guerra Mundial, foi devolvida aos franceses com a assinatura do Tratado de Versalhes; durante a II Guerra Mundial, foi retomada pela Alemanha; apenas em 1944 voltou ao domínio francês.

Por tudo isso, a Alsácia tem influências culturais dos dois países, que se refletem no seu modo de fazer vinho, mas também em sua gastronomia e em sua arquitetura. Ademais, apenas após o final dos conflitos foi possível que a região se estabelecesse como produtora de grandes vinhos. De fato, muito antes de tudo isso, por volta de 58 a.C., a área havia sido invadida pelos romanos, que lá fixaram um centro de viticultura.

 

Conheça os vinhos brancos da Alsácia

Conheça os vinhos brancos da Alsácia

 

A área de vinhedos da Alsácia é estreita, estendendo-se por 140 quilômetros de comprimento entre as montanhas de Vosges – que a separa da França – e o rio Reno – que faz sua divisa com a Alemanha – atravessando dois départements: Haut-Rhin, ao sul, e Bas-Rhin, ao norte. A maioria dos grandes produtores da região estão na parte mais austral de Haut-Rhin, département geralmente associado a vinhos de ótima qualidade.

Embora haja aproximadamente 2 mil produtores na região, que engarrafam e vendem seus próprios vinhos, 80% do volume total é produzido por apenas 175 vinícolas, as quais geralmente são familiares. Uma característica típica da Alsácia é que até mesmo os menores produtores mantêm linhas de pelo menos seis a oito rótulos diferentes, podendo chegar a até 20, 30 ou mais, a cada safra. Além disso, todos os vinhos alsacianos são, por força de lei, engarrafados – em típicas garrafas altas chamadas flutes – na região onde são produzidos.

 

Vinícola centenária lança primeiro vinho branco de sua história

Francesa Château Cheval Blanc chegou ao rótulo após anos de formulação

Depois de oito anos de testes, enfim o mítico Château Cheval Blanc lançou um vinho branco: o Petit Cheval Blanc 2014, produzido 100% a partir de uvas Sauvignon Blanc. O rótulo é o primeiro do tipo em toda a história da vinícola, localizada na tradicional região francesa de Bordeaux. Com apenas 4,5 mil garrafas, a unidade da bebida deve ser vendida no mercado por cerca de ‎€ 117, aproximadamente R$ 417. Apesar de atualmente limitada, espera-se que a produção chegue a 20 mil já nos próximos anos.

“É muito importante para nós que esse seja um vinho bordalês clássico, com mais do nosso terroir do que qualquer outro sabor varietal”, afirmou Pierre-Oliver Clouet, diretor técnico da Cheval Blanc, em entrevista ao site britânico Decanter.

Originalmente, as uvas vêm de parcelas que antes pertenciam a vinhedos do Château La Tour du Pin Figeac, comprados em 2006. Os experimentos para produzir o histórico rótulo começaram dois anos depois, com diferentes clones de Sauvignon Blanc.

Petit Cheval Blanc 2014

Petit Cheval Blanc 2014

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Produtores de vinho da França brindam ‘brexit’ por alta nas vendas

A combinação entre a saída britânica da União Europeia —’brexit— e a crescente demanda asiática deu aos vinhos de Bordeaux, no sudoeste da França, um empurrão depois de anos de calmaria.

Os vendedores de vinho reportaram que as vendas do mês passado foram as melhores em cinco anos.

Embora muitos dos vinhos de Bordeaux, como o Château Lafite Rothschild e o Château Margaux, sejam negociados em todo o mundo, grande número deles fica armazenado no Reino Unido e tem preços definidos em libras. Como resultado, quando a libra caiu acentuadamente depois da decisão britânica de deixar a União Europeia, em junho, os compradores internacionais se beneficiaram de uma redução de 10% nos preços.

 

Produtores de vinho da França brindam 'brexit' por alta nas vendas

Produtores de vinho da França brindam ‘brexit’ por alta nas vendas

O vinho de Bordeaux tem vínculos com o Reino Unido desde que o rei Henrique 2º adquiriu a região em 1152 como parte do dote em seu casamento com Eleanor da Aquitânia, o que fez da Inglaterra um importante mercado de exportação. Muitos dos principais comerciantes mundiais de vinho mantêm essa tradição, e operam de Londres.

 

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Enólogo rebelde Oliver Cousin é multado na França

Oliver Cousin rotulava seus vinhos com denominação “Anjou” mesmo depois de tê-la deixado

Um enólogo do vale do Loire, na França, desobedeceu ao sistema de denominação francês e foi submetido a uma multa. Contudo, digamos que a multa foi simbólica, pois, por decisão do Tribunal de Angers, Olivier Cousin terá que pagar €1 (cerca de R$ 3,00) de indenização ao Instituto Nacional de Denominação de Origem (INAO) e à Federação de Vinho de Anjou.

Cousin foi acusado pela promotoria de rotulagem inadequada de vinhos da variedade Cabernet Franc, uma vez que havia optado por sair da denominação de Anjou em 2005, mas continuou a usar tal identificação em seus vinhos. Inicialmente, por decisão da promotoria, o enólogo deveria pagar multa €5 mil (R$ 15 mil).

Em uma audiência posterior, o advogado de Cousin, Eric Morain, admitiu que houveram erros nos rótulos dos vinhos das safras 2010 e 2011, mas informou que os mesmos foram alterados em conformidade com o regulamento. “Eu não engano as pessoas, e este julgamento será a prova disso”, afirmou Oliver Cousin.

A Federação Viticole d’Anjou Saumur disse que o processo em questão, ainda que pequeno, “representa uma vitória para a proteção da denominação’ e servirá como um aviso para os outros enólogos que pensam em fazer a mesma coisa“. Morain, contudo, afirmou que “Anjou” foi desapropriada pela Federação e pelo INAO. “Este processo é um tapa na cara da Federação”, disse o advogado.

Enólogo rebelde é multado na França

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