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O terroir segundo Alejandro Hernández, o padre da enologia chilena

 Por Prof. Alejandro Hernández

O terroir é um conceito da vitivinicultura europeia tradicional, especialmente francesa, usada para explicar os diferentes tipos e qualidades de seus vinhos de acordo com o local de procedência. O que se definiu na França em 1855 foram as Denominações de Origem e dentro dela foram classificadas as diferentes categorias de vinho baseadas na qualidade dos mesmos. Uma Denominação de Origem pode ter um ou vários terroirs.

Este conceito foi muito discutido pelos enólogos dos países do Novo Mundo, pois é muito difícil provar que a qualidade e a permanência no tempo de um vinho se devem às condições ecológicas do lugar, o cultivo da videira e às condições de vinificação, envelhecimento e armazenamento do vinho.

Em todo o caso, não há dúvidas de que o terroir é uma maneira apropriada para definir uma produção de qualidade para uma ou mais variedades de uva em lugares ou solos específicos.

Alex Ordenes, Edneia Benfica e Alejandro Hernandez. Imagem de arquivo (janeiro 2010)

Alex Ordenes, Edneia Benfica e Alejandro Hernandez. 

O terroir

É definido basicamente pela condição do terreno ou solo onde a videira é cultivada, ainda que, por sua vez, a videira esteja submetida às condições do clima do lugar; mas acima de tudo, nesse sistema se leva em conta o manejo ou cultivo das vinhas e a disponibilidade de água natural ou fornecida.

O clima do terroir é influenciado pelo clima do lugar, o mesoclima, e o clima em torno das vinhas, o microclima. Ele pode ser medido pela temperatura, pela quantidade de chuva, a intensidade da iluminação ou energia solar que está relacionada por sua vez à exposição do vinhedo à passagem do sol, ou rotação da terra.

No fator solo há a influência da geologia, que determina a origem do solo, o relevo ou topografia, que compreende a altitude, o aspecto (se está em um vale, uma encosta, um terreno de montanha, etc.) e finalmente a hidrologia que condiciona a disponibilidade e o movimento da água e seu aproveitamento pelas raízes da vinha; isso, por sua vez, depende das características físico-químicas do solo (estrutura, textura e composição mineral e orgânica).

Todas estas características do clima e do solo condicionam certa fertilidade natural do solo, que podem variar desde solos muito ricos, com fertilidade excessiva que impede a obtenção de um vinho de qualidade, até solos com deficiência em elementos nutritivos, que além de produzir pouco geram vinhos desequilibrados.

Parreiras velhas

Este conjunto de relações complexas afetará as variedades de videira que forem plantadas neste lugar. Obviamente existirão variedades que se adaptam muito bem, outras menos e algumas que não conseguem se desenvolver ou, se conseguem, não serão capazes de produzir vinhos de qualidade. O terroir é em si uma noção que indica uma certa tipicidade e individualidade que gera um vinho com características determinadas e repetíveis. O último não é uma norma fixa, pois os fatores do solo, de certo modo, podem ser modificados e porque as condições do clima não são controladas.

Em todo caso, a existência de uma vinha em um terroir determinado ou em uma área vinícola qualquer gera uma paisagem vinícola especial. Não há nenhum outro cultivo agrícola que apresente um maior atrativo e uma melhor adaptação à geografia do lugar que a vinha. Sua arquitetura organizada, a delimitação de seus vinhedos e o trabalho cuidadoso representam sempre uma contribuição à estética do lugar. A paisagem vinícola é um novo conceito muito mais fácil de captar e lembrar a descrição técnica do terroir. Porém ambos os conceitos podem entrar em harmonia para fazer com que a vinha e o vinho sejam mais atrativos.

No reino vegetal apenas o vinho permite ao homem compreender o sabor da terra, e a paisagem vinícola é o próprio ambiente no qual o vinho se produz.

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Alejandro Hernandez:

Enólogo da Universidade Católica do Chile, professor de enologia há 35 anos, tendo ensinado enologia a maioria dos enólogos chilenos mais conceituados na atualidade (Álvaro Espinoza, da Antiyal, ou o próprio Pablo Morandé foram alguns dos seus alunos). Alejandro Hernandez, nosso correspondente de enologia no Chile, nos enviou este artigo para o VinhoemProsa diretamente do Vale do Maipo, lugar onde está localizada a vinícola Portal del Alto, que é de sua propriedade.

Barossa Valley: O vinho Shiraz mais famoso da Austrália

Os Shiraz de Barossa Valley entre os melhores do mundo

Admitindo que, com mais de 45.000 hectares plantados, a Shiraz se tornou na assinatura vinícola da Austrália, não surpreende que Barossa lidere a sua produção, como se explica que incorpore, em grandes proporções, as garrafas de Penfolds Grange, o vinho mais famoso deste vale da Austrália do Sul e do país.

Entre tons de violeta a negro-tingido e enriquecido por frutos com caroço, quase sempre as variações no estilo local de Shiraz são definidas mais pelas preferências e gostos dos vinicultores e não tanto por diferenças climáticas. Alguns shiraz de Barossa muito trabalhados, provam-se secos, com madurez, tanino e carvalho em abundância equilibrada. Outros, assumem um perfil mais refinado, semi-encorpados, menos maduros, com menor exposição a carvalho novo e, nesse sentido, com uma composição mais fragrante e floral.

Mesmo tendo em conta o vasto espectro de opções de estilo, a comunidade multi-geracional de vitivinicultores do vale parece partilhar a mesma noção de que a busca de tendências e de modas não evitam retirar algum protagonismo ao principal valor da região: uma tradição já com 170 anos de produzir o melhor Shiraz da Austrália. Concorde-se ou não com a premissa, no final do século XX, a reputação mundial do Shiraz de Barossa assentava numa clara distinção face às uvas da mesma casta de regiões como Côte-Rôtie, Châteauneuf-du-Pape e da Califórnia. O Shiraz de Barossa era único e, como resumiu famosa wine writer Jancis Robinson “Barossa Valley tornou-se na região quintessência do vinho australiano.

Vinhedos de Barossa Valley

Vinhedos de Barossa Valley

Outras uvas importantes em Barossa Valley

Além da sua casta incontornável, Barossa Valley produz várias outras variedades com destaque para o Riesling trazido para a zona, no século XIX, pelos colonos germânicos e que chegou a ser predominante na história do Vale. Acolheu igualmente Semillon, Chardonnay, Grenache, Mourvedre, Cabernet Sauvignon e ensaios ainda mais recentes como os das variedades Sagrantino, Tempranillo, Zinfandel, Touriga Nacional e Savagnin a que se juntaram vinhas seculares mantidas em anonimato e recentemente recuperadas: Carignan, Cinsault, Durif, Marsanne, Petit Verdot, Roussane. Esta diversidade renovada contribui para a experimentação e rejuvenesce a criatividade dos vinicultores locais.

A uva Riesling

Apesar da sua reputação de ser uma região de vinhos tintos, Barossa também produz uma quantidade significativa de branco. Nos últimos tempos, o recorrente Riesling tem-se mudado para as zonas mais elevadas e frescas, como é o caso do Éden Valley. Esta migração permitiu um aperfeiçoamento notório e o reforço da reputação internacional dos Riesling dali originários.

A uva Semmillon

As vinhas de Semillon, por sua vez, evoluíram para gerar uvas com um tom único de casca rosada que as distinguem tanto do Semillon de Bordéus, como do produzido em Hunter Valley, na província aussie de Nova Gales do Sul.

Nos tempos mais recentes, os vinicultores levam a cabo a fermentação do Semillon mais em aço inoxidável do que em carvalho.

A uva Chardonnay

O Chardonnay também está presente. É colocado em carvalho e sujeito a fermentação maloláctica. Dá origem a vinhos grandiosos, de corpo denso e cremosos, frequentemente galardoados.

Veja a primeira parte dessa matéria:

 

 

Chile: A terra prometida da Malbec

Uma grande parte dos apaixonados por vinhos gostam da concentração e da majestosa potência e profundidade que os Malbec´s oferecem. E como não gostar?

Depois de algum tempo, ou talvez até alguns anos de experiência, quando nosso paladar começa a se aguçar, entendemos que os vinhos que mais nos entregam prazer são aqueles que têm de tudo: muita cor, que são ricos e complexos aromaticamente, e que na boca são concentrados e cheios de sabores e matizes.

Os Malbec’s têm essa graça. Produzem vinhos de muita complexidade, da cabeça aos pés, de grandes virtudes que deleitam nossos sentidos,  e o que é ainda mais importante: de altíssimos níveis de qualidade. Sem dúvida, a Argentina tem feito um trabalho extraordinário na última década com esta uva, não só do ponto de vista qualitativo, mas também pelo grande sucesso que tem conseguido ao posicionar esta uva entre as melhores do mundo.

De forma silenciosa, o Chile, há mais de duas décadas, tem trabalhado esta variedade com um sucesso notável, mas pela grande associação que existe entre uva/país, ou seja, Malbec/Argentina, os exemplares chilenos têm passado quase desapercebidos.

Se tentarmos comparar os Malbec’s destes dois países (os de bons níveis de qualidade), eles se diferenciam em termos generais no estilo. Enquanto os Malbec’s argentinos são extremamente maduros e densos, os chilenos têm um estilo mais fresco e elegante. Isto se explica de maneira simples, devido às condições climáticas diferenciadoras entre ambas as regiões produtoras. Mendonça é muito mais cálida que o Vale Central no Chile, isto explica por que as uvas “Malbec mendocinas” conseguem uma concentração de açúcar maior que as chilenas, o que, no final, se transforma em um potencial alcoólico maior.

Mas agora, pensando que os consumidores do mundo todo estão cada vez mais preferindo vinhos de estilos mais frutados, com menor graduação de álcool, parece que o Chile vai ter uma grande oportunidade – e não só com os Malbec’s, mas também com as outras uvas tintas.

No caso da Argentina, a resposta a esta demanda foi procurar altitude plantando novos vinhedos em áreas que antes não tinham sido exploradas, já que, como sabemos, a medida que subimos o pé de monte da Cordilheira dos Andes, o clima vai ficando mais fresco, obtendo uma maturação mais equilibrada, onde a acidez consegue ficar até o último momento (hora da colheita da uva), e isso significa que terá uma uva de maior qualidade e que, finalmente, irá resultar em vinhos menos alcoólicos, mais elegantes e frescos.

No caso do Chile, os resultados dos vinhedos que estão influenciados pela costa do Pacífico são realmente interessantes, e o melhor exemplo disso é o extraordinário Malbec da vinícola Loma Larga, que consegue expressar de maneira clara esta ideia de vinhos tintos de climas frescos, onde, além da grande concentração e potência, se consegue sempre manter uma frescura, o que também está relacionado com o potencial de guarda destes vinhos. Até onde se conhece é excelente, podendo-se manter e melhorar por mais de uma década.

Quem alguma vez provou este vinho (e os outros tintos desta vinícola) sabe do que estou falando. E os que ainda não tiveram a possibilidade (e se gostam mesmo desta uva) deem-se a oportunidade, que tenho certeza que não vão se arrepender. Outro Malbec de Chile fantástico é o elaborado pela Perez Cruz, mas tenha cuidado porque no rótulo diz “Côt”, que é o nome original da uva, que é o utilizado ainda na sua terra natal Cahors.

Chile: A terra prometida da uva Malbec

Chile: A terra prometida da uva Malbec

 

Conheça o Cannawine, vinho feito à base de maconha

A bebida só é vendida na Califórnia, nos Estados Unidos, e promete “unir dois grande prazeres”, segundo o site oficial

Você pode não acreditar, mas um grupo de profissionais e amigos da Califórnia, nos Estados Unidos pesquisaram por dois anos uma forma mágica de unir a maconha e o vinho e, em 2015, conseguiram selar essa união com um produto que ganhou o nome de Cannawine.

Por enquanto, o vinho está disponível apenas para venda em lojas físicas na Califórnia e é comercializado para fins medicinais. No estado americano, há várias “farmácias” que vendem legalmente a maconha para estes mesmos fins.

“Combinamos novas sensações, criatividade, inovação e sabores reais”. É um produto ousado e pioneiro que combina o melhor da indústria de fabricação de vinho com a exuberância da cannabis.

 

Cannawine

Cannawine

 

Por esta razão, estamos orgulhosos de agradecer não só àqueles que têm colaborado para tornar este desafio possível, mas também àqueles que decidiram experimentar e confiar em nós”, diz um texto no site oficial do produto.

Para comprar o produto, é necessário desembolsar uma quantia bem pesada de US$ 120 (R$ 386) a US$ 400 (R$ 1288) por apenas meia garrafa.

“Vinho aromatizado com extrato de maconha, com 14,5% de teor de alcoólico, são usadas 50% uvas Garnacha e 50% de Cariñena, cada frasco contém 50 mg de extrato de maconha e cada garrafa tem 500 ml”, avisa o site oficial do produto.

 

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Degustação de vinhos: Os segredos do análise visual

 

Na degustação de vinhos só a traves da vista, podemos descobrir mais do que você imagina.

Os aromas dentro do que se refere à analise sensorial e em relação ao prazer que os vinhos entregam é um dos fatores mais importantes (ou talvez o mais importante). Isso explica que quando um degustador tem uma boa percepção sensorial e habilidade na degustação, falamos que ele tem um “bom nariz”.

Mas antes de submeter o vinho à analise olfativa, temos outro sentido que vai nos ajudar e que não podemos deixar de lado: a visão, já que alguns elementos precisamos observar antes de continuar com as outras análises. A vista vai nos permitir principalmente avaliar e analisar dois pontos:

 A Saúde do vinho:

A aparência do vinho que podermos avaliar através de uma análise visual nos indicará se o vinho está (ou não) saudável. Portanto a primeira coisa que devemos fazer é prestar atenção em seu aspecto. Precisamos avaliar se ele tem algum elemento em suspensão  (que gera a turbidez e que em algum dos casos nos alerta sobre alguma enfermidade no vinho).

Precisamos ter muito cuidado nesta parte da análise, já que tenho observado que muitas vezes os consumidores pouco experientes ficam muito assustados na hora de degustar e fazer a análise visual do vinho ao perceber certos resíduos ou sedimentos no fundo da garrafa – ou até mesmo na taça. Costumam considerar isto como um defeito – sendo que não é.

Muitos vinhos que não são filtrados, e a maioria das vezes esta informação aparece no rótulo (“unfiltered”) e no contrarrótulo da garrafa. Isto acontece na maioria dos casos com vinhos de boa qualidade. Portanto, como isto não atrapalha na análise de outros sentidos (aroma e sabor) deveríamos ficar tranquilos, já que no momento de filtrar o vinho extrai-se uma parte importante de polifenóis (e assim, os antocianos e os taninos também são eliminados neste processo técnico, e o vinho perde cor e seus componentes que entregam aroma e sabor).

Degustação de vinhos: Os segredos do análise visual

Degustação de vinhos: Os segredos do análise visual

 A Idade do Vinho:

A vista irá nos revelar a idade de um vinho com uma precisão incrível. Muitas vezes, inclusive, poderemos acertar exatamente a safra do vinho, principalmente quando se trata de vinhos brancos de safras recentes.

É realmente muito fácil de aprender, e podemos dominar esta técnica depois de poucos vinhos degustados. Essa análise é fundamental e já vai nos ajudar complementado com as outras análises (olfativa e gustativa).

A cor dos vinhos está (igual os aromas, a acidez, os taninos e alguns outros elementos) em constante evolução, e esta evolução, no caso dos vinhos brancos, é muito mais rápida que nos vinhos tintos. Os vinhos brancos, como são jovens e não tiveram crianza em madeira, têm uma cor muito clara, quase como a cor da água que a gente costuma chamar de “amarelo claro cristalino”.

Quando começa a passar o tempo (lembrando que a curva de vida dos vinhos brancos sem madeira é extremamente curta) os vinhos brancos começam a tomar uma cor mais palha, logo dourada, até terminar com uma cor marrom, o que normalmente indica que o vinho já está decrépito, velho demais, estragado, salvo raras exceções.

 

Continua…

As vinícolas que você não pode deixar de visitar no Chile

 

Está visitando Chile pela primeira vez?

Para os que começaram agora a entrar neste apaixonante mundo do vinho e estão visitando o Chile pela primeira vez, existem duas regiões que não podem deixar de ser visitadas: o Vale de Maipo e o Vale de Casablanca – este último principalmente por seu grande potencial para produzir vinhos brancos e, particularmente, vinhos das uvas Sauvignon Blanc e Chardonnay de alto nível e também alguns maravilhosos tintos a base de Pinot Noir, Syrah e Cabernet Franc.

A proximidade Casablanca com Santiago é a grande oferta enoturística que faz desta região uma das mais atrativas do Chile vinícola. Se você vai à Santiago e quer conhecer sobre seus vinhos.Com certeza você terá uma visita inesquecível, onde poderá aproveitar muito bem seu tempo.

As vinícolas que você não pode deixar de visitar no Chile

As vinícolas que você não pode deixar de visitar no Chile

Vale de Casablanca:

Este vale é localizado a 80 km de Santiago e a 41 km de Valparaíso, e começou a cultivar videiras em 1982 com apenas 20 hectares.

O cultivo da videira é feito em terrenos situados em até 400 metros acima do nível do mar. Sua localização próxima do oceano faz com que tenha um clima ameno e estável graças às brisas costeiras. Sua temperatura média anual chega a 14,4ºC, apenas sofrendo com geadas em junho e agosto. No verão a temperatura chega aos 25ºC.

A temporada de chuva acontece entre os meses de maio e outubro e o resto do ano é seco. Estas condições climáticas são propícias e seus vinhos se caracterizam  pela intensa frutuosidade e acidez fresca, se comparado ao de outros vales do Chile e do mundo.

Viña Veramonte

É uma das vinícolas que conta com a melhor estrutura para receber os visitantes. É um lugar para desfrutar de atrativos passeios, zona de piquenique, degustação de excelentes vinhos e uma loja variada. Possui mais de 400 hectares plantados rodeado de colinas com florestas nativas que exibem uma beleza sem igual.

Por ser a que está mais próxima de Santiago, ao entrar em Casablanca, Veramonte é a primeira vinícola a ser avistada. Se você não está com muito tempo, esta é a melhor opção. Saindo do centro de Santiago, em apenas 30 minutos já é possível estar em uma vinícola de alto nível. Vale a visita.

Web: www.veramonte.cl 

Endereço: Rota 68 km. 66, Valle de Casablanca, Chile.

 

Viña Loma Larga

Vinícola boutique com um portfólio de vinhos extremamente interessante. Tem como grande diferencial produzir não apenas vinhos brancos excelentes, como também vinhos tintos que estão todos os anos entre os melhores do país. Além das tradicionais uvas que deram fama aos vinhos chilenos, tais como Sauvignon Blanc, Chardonnay e Cabernet Sauvignon, esta vinha se caracteriza por produzir vinhos de uvas tintas pouco tradicionais como, por exemplo, Cabernet Franc, Malbec e Syrah.

Entre as muitas atividades de enoturismo que esta vinícola oferece, destacamos as cavalgadas, sobrevoos de helicóptero e ciclismo. O lugar também oferece belas trilhas rodeadas por jardins para fazer caminhada.

A adega é muito bonita e moderna, com capacidade de 250 mil litros em cubas de aço inoxidável e uma sala de armazenamento em madeira, com 180 barris de carvalho francês distribuídos harmonicamente no espaço graças ao desenho funcional e vanguardista de sua construção, que simula suaves colinas com vinhedos servindo como trecho vivo.

Entre jardins desenhados caprichosamente é possível avistar e visitar os vinhedos, que rodeiam e sobem pelas colinas proporcionando uma bela paisagem e agradáveis passeios entre as florestas e vinhas. Uma arena e lagos habitado por patos e garças completam a paisagem singular que Loma Larga oferece a seus visitantes.

 

Web: www.lomalarga.com
Endereço: Fundo Loma Larga Camino Lo Ovalle Km 2.8 (a 3 km de Casablanca).

 

 

 

Sabe quando um vinho é “seco”?

 

O oposto a vinho seco não é “molhado”…

Esta é uma das palavras que mais usamos quando nos referimos aos vinhos, então pensei que seria uma boa ideia tentar explicar o que realmente isso significa, para você poder aprender o que é de fato um vinho seco.

A primeira coisa que devemos estar esclarecidos é de que o oposto a vinho seco não é “molhado” [risos], e, sim, doce.

Tudo depende do clima no qual o vinhedo está plantado. Assim, temos regiões mais cálidas, onde o sol tem maior luminosidade e a média de temperaturas de calor é maior. O resultado neste tipo de clima será de uma maior concentração de açúcar no grão de uva, o que logo após a fermentação se transformará em álcool. Então, a lógica é muito simples de se entender: climas mais cálidos significam vinhos com maior graduação alcoólica e, logicamente, climas mais frescos e frios produzem vinhos de teor alcoólico menor.

Depois que a uva alcança seu melhor grau de madures, ela será colhida, levada a bodega de vinificação e colocada em um recipiente, normalmente de aço, cimento e em alguns casos de madeira, e lá ele vai realizar a fermentação alcoólica (que consiste na transformação dos açúcares do mosto [suco de uva] em álcool). Quando as leveduras terminam de transformar todo o açúcar existente na uva, enfim teremos o vinho seco.

Sabe quando um vinho e “seco”

Sabe quando um vinho e “seco”

Em poucas palavras, seco significa “sem açúcar”. A verdade é que todos os vinhos tem uma pequena quantidade de açúcar, em torno de 2g por litro, devido que as leveduras nunca conseguem consumir a totalidade de açúcar, já que os próprios álcoois que elas transformaram a partir do açúcar do suco de uva as matam.

Os grandes vinhos de qualidade muita das vezes são secos, e quando não são, trata-se de vinhos de outras categorias, tais como Late Harvest, Amarone, Sauternes, Ice Wines, Espumantes e etc, mas essa é outra história e outros tipos de vinhos. Muitas vezes, graças ao bom trabalho do enólogo, os vinhos tem um aroma doce, muito intenso, mas isso é uma característica bem positiva e que expressa qualidade. Esses vinhos terão um perfil aromático frutado e levemente doce, mas na boca eles serão completamente secos.

No caso dos vinhos tintos existe uma grande confusão quando se fala dessa palavra (seco), já que muitas pessoas confundem quando os vinhos estão adstringentes no paladar, quando estão duros e ásperos, então usam a palavra seco para se referirem a esta sensação gustativa, mas está errado, já que seco, como acabamos de explicar, é uma palavra que define só os vinhos sem açúcar. Quando eles têm as características de adstringência, usa-se outro tipo de vocabulário, que veremos no próximo post.

Na hora de comprar uma garrafa de vinho a maneira para poder conferir se um vinho não é seco, é olhar o contrarrótulo já é obrigatório esse tipo de indicação com a frase “Vinho Meio Seco”.

 

Qual é a melhor taça para cada vinho?

Cada um com seus detalhes particulares. E tanta subjetividade merece uma atenção especial, afinal, a degustação de um bom vinho está em sentir seu aroma, observar sua cor e, por fim, saboreá-lo.

Um instrumento primordial é a taça. Tantas formas e tamanhos causam muitas dúvidas em quem aprecia o Néctar dos Deuses. A taça certa realça ainda mais as qualidades e características marcantes de cada tipo de vinho.

As primeiras dicas são: opte sempre pelas taças transparentes e, de preferência, de cristal. Por quê?

Parte do prazer em degustar um bom vinho também está em observar sua cor e tons – eles dizem muito sobre o vinho e sobre o que está por vir – por isso a importância da total transparência.

E o cristal permite que os aromas da bebida fiquem mais evidentes. Isso se dá pela presença e teor de chumbo (até 24%), metal utilizado em sua produção. O chumbo torna a espessura da taça mais fina, além de deixá-la delicada e com leveza. A porosidade do cristal também influencia, uma vez que as moléculas do vinho quebram-se no choque com a parede áspera da taça, liberando uma grande concentração de aromas – e tornando a degustação mais completa.

Qual é a melhor taça para cada vinho?

Qual é a melhor taça para cada vinho?

 

Tipos de taça

Existem quatro tipos básicos de taça de vinho.

Vinho tinto

Por precisar de espaço para que sejam percebidas melhor suas qualidades. Sendo assim, a taça é mais alta e com o bojo maior. E por essa característica – de precisa de espaço – é aconselhável que não se sirva muito, para que a bebida possa se aerar e abrir, desenvolvendo suas potencialidades.

Vinho branco

Um pouco menor do que a taça para tintos, para que o branco seja servido em uma menor quantidade e numa temperatura mais baixa. Sendo menor, o calor externo terá pouca influência na bebida. Essa taça também é indicada para vinhos rosés.

Vinho doce

Para que a bebida seja conduzida diretamente ao local certo da língua onde se sente o açúcar (a ponta da língua), é indicada uma taça mais baixa e com o bojo menor do que a para vinho branco. A quantidade servida também deve ser menor.

Vinho Espumante

Uma taça que mantenha as borbulhas da bebida por mais tempo, direcionando os aromas diretamente para o nariz. Nesse caso, aconselha-se a taça “flauta” ou “flute”.

 

Viagra é encontrado em álcool destilado

A polícia está investigando dois destiladores na Província de Guangxi, na Chine, sobre alegações de que eles adicionaram Viagra em garrafas de um álcool destilado (Baijiu).

Sildenafil, mais conhecido como medicamento anti-impotência “Viagra” foi encontrado recentemente em três produtos Baijiu, extraído de uma planta na cidade de Luizhou, província de Guangxi.

Conforme relatado pela Reuters, mais de 5.300 garrafas de álcool foram apreendidos pelos investigadores que também foram encontrados pacotes de Sildenafil na forma de pó.

O Liuzhou Food and Drug Administration disse que o pó foi adicionado a três diferentes tipos de Baijiu. Esta bebida espirituosa forte, e é a bebida mais popular da China.

Viagra é proibida como aditivo alimentar na China e não é adequado para pessoas com problemas cardiovasculares.

Não é o primeiro caso em que o Viagra foi adicionado ao licor Baijiu na China. No ano passado, um empresário de Hubei, centro da China foi detido pelo mesmo crime.

Viagra é encontrado em álcool destilado

Viagra é encontrado em álcool destilado

 

Fonte: Drink Business

 

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JAMES SUCKLING: TOP 100 WINES OF 2017

 

Os resultados foram revelados hoje e destaca o vinho chileno Almaviva 2015, como o melhor do mundo.

Também aparecem na lista outros vinhos desse pais, como o Seña 2015, que ficou em terceiro lugar e o Clos Apalta 2014 , que ficou no quinto lugar.

Veja a lista completa dos top 100 wines do ano 2017

ALMAVIVA PUENTE ALTO 2015

PETROLO VALDARNO DI SOPRA GALATRONA 2015

SEÑA VALLE DE ACONCAGUA 2015

VASSE FELIX CABERNET SAUVIGNON MARGARET RIVER TOM CULLITY 2013

CLOS APALTA VALLE DE COLCHAGUA 2014

CATENA ZAPATA CHARDONNAY MENDOZA ADRIANNA VINEYARD WHITE STONES 2014

F.X. PICHLER RIESLING WACHAU RIED KELLERBERG SMARAGD 2016

LITTORAI PINOT NOIR SONOMA COUNTY SONOMA VALLEY SONOMA COAST THE HAVEN VINEYARD 2015

FATTORIA LE PUPILLE MAREMMA TOSCANA SAFFREDI 2015

CHÂTEAU DUCRU-BEAUCAILLOU ST.-JULIEN 2014

VEGA SICILIA RIBERA DEL DUERO UNICO 2006

LOUIS ROEDERER CHAMPAGNE CRISTAL 2008

TUA RITA TOSCANA REDIGAFFI 2015

CHÂTEAU LAFLEUR POMEROL 2014

DOMINIO DE PINGUS RIBERA DEL DUERO PINGUS 2014

VIÑEDO CHADWICK CABERNET SAUVIGNON VALLE DE MAIPO 2015

PETER MICHAEL WINERY NAPA VALLEY OAKVILLE AU PARADIS 2014

LOUIS LATOUR CHARMES-CHAMBERTIN GRAND CRU 2015

LA RIOJA ALTA RIOJA GRAN RESERVA 890 2005

ERRÁZURIZ PINOT NOIR ACONCAGUA COSTA LAS PIZARRAS 2016

THIERRY ALLEMAND CORNAS REYNARD 2014

LOOSEN RIESLING MOSEL ERDENER PRÄLAT “GG RESERVE” 2012

MUGA RIOJA PRADO ENEA GRAN RESERVA 2010

ORMA TOSCANA 2015

EL ENEMIGO CABERNET FRANC GUALTALLARY GRAN ENEMIGO SINGLE VINEYARD 2013

VIÑA COBOS MALBEC MENDOZA COBOS CHAÑARES VINEYARD 2014

S.C. PANNELL MCLAREN VALE THE VALE 2015

TRAPICHE MENDOZA ISCAY SYRAH VIOGNIER 2014

COMPAÑIA DE VINOS TELMO RODRIGUEZ RIOJA LAS BEATAS 2014

ARTADI ALAVA VIÑA EL PISON 2014

CONTINUUM NAPA VALLEY SAGE MOUNTAIN VINEYARD 2014

CHÂTEAU MOUTON-ROTHSCHILD PAUILLAC 2014

HEAD WINES GRENACHE BAROSSA VALLEY ANCESTOR VINE 2015

RITUAL CHARDONNAY VALLE DE CASABLANCA SUPERTUGA BLOCK 2016

SEPPELT RIESLING HENTY DRUMBORG 2016

SETTE PONTI TOSCANA ORENO 2015

ABREU NAPA VALLEY MADRONA RANCH 2014

CHÂTEAU LA MISSION HAUT-BRION BLANC PESSAC-LÉOGNAN 2014

BY FARR PINOT NOIR GEELONG TOUT PRÈS 2014

SCHRADER CABERNET SAUVIGNON NAPA VALLEY BECKSTOFFER LAS PIEDRAS VINEYARDS COLESWORTHY 2014

HYDE DE VILLAINE CHARDONNAY NAPA VALLEY CARNEROS HYDE VINEYARD 2014

REALM CELLARS NAPA VALLEY FARELLA VINEYARD 2014

DESCENDIENTES DE J. PALACIOS BIERZO LA FARAONA 2015

RIDGE VINEYARDS SANTA CRUZ MOUNTAINS MONTE BELLO 2014

BIBI GRAETZ TOSCANA TESTAMATTA 2015

SOTER PINOT NOIR YAMHILL-CARLTON MINERAL SPRINGS RANCH 2015

LÓPEZ DE HEREDIA RIOJA GRAN RESERVA VIÑA TONDONIA 1996

PENFOLDS CHARDONNAY ADELAIDE HILLS RESERVE BIN A 2015

BINDI PINOT NOIR MACEDON RANGES ORIGINAL VINEYARD 2015

SAN FILIPPO BRUNELLO DI MONTALCINO LE LUCERE 2012

SHAW & SMITH CHARDONNAY ADELAIDE HILLS LENSWOOD VINEYARD 2014

PIO CESARE BAROLO ORNATO 2013

CLARENDON HILLS SYRAH MCLAREN VALE ASTRALIS 2012

MONTES VALLE DE COLCHAGUA ALPHA M 2014

DAMILANO BAROLO CANNUBI RISERVA 1752 2009

KÜNSTLER RIESLING RHEINGAU KIRCHENSTÜCK GG 2016

 

JAMES SUCKLING: TOP 100 WINES OF 2017

JAMES SUCKLING: TOP 100 WINES OF 2017

 

COLGIN CELLARS CABERNET SAUVIGNON NAPA VALLEY TYCHSON HILL VINEYARD 2014

PAUL HOBBS CABERNET SAUVIGNON NAPA VALLEY OAKVILLE BECKSTOFFER TO KALON 2014

BODEGA PIEDRA NEGRA MENDOZA VALLE DE UCO CHACAYES 2014

BRYANT FAMILY VINEYARD CABERNET SAUVIGNON NAPA VALLEY 2014

WITTMANN RIESLING RHEINHESSEN MORSTEIN GG 2016

SHAFER VINEYARDS CABERNET SAUVIGNON NAPA VALLEY STAGS LEAP DISTRICT HILLSIDE SELECT 2013

CONCHA Y TORO CABERNET SAUVIGNON PUENTE ALTO DON MELCHOR 2014

BINDI PINOT NOIR MACEDON RANGES BLOCK 5 2015

WENDOUREE CABERNET SAUVIGNON CLARE VALLEY 2014

CHÂTEAU PONTET-CANET PAUILLAC 2014

DOMAINE DE CHEVALIER PESSAC-LÉOGNAN BLANC 2014

DANA ESTATES CABERNET SAUVIGNON NAPA VALLEY HOWELL MOUNTAIN HERSHEY VINEYARD 2014

DOMINUS NAPA VALLEY 2014

TERRAZAS DE LOS ANDES MALBEC LAS COMPUERTAS LUJÁN DE CUYO SINGLE PARCEL LOS CEREZOS 2013

DOMAINE OSTERTAG RIESLING ALSACE GRAND CRU MUENCHBERG 2015

RIPPON PINOT NOIR CENTRAL OTAGO TINKER’S FIELD 2014

PRAGER RIESLING WACHAU ACHLEITEN SMARAGD 2016

MONTEVETRANO COLLI DI SALERNO 2015

SCHIOPETTO FRIULANO COLLIO M 2016

ALOIS LAGEDER CHARDONNAY ALTO ADIGE LÖWENGANG 30

LARMANDIER BERNIER CHAMPAGNE LES CHEMINS D’AVIZE GRAND CRU 2010

TERROIR AL LIMIT PRIORAT LES TOSSES 2015

CLONAKILLA SYRAH CANBERRA DISTRICT MURRUMBATEMAN 2015

ARGIANO TOSCANA SOLENGO 2015

DUNN VINEYARDS CABERNET SAUVIGNON NAPA VALLEY HOWELL MOUNTAIN 2013

DUEMANI CABERNET FRANC COSTA TOSCANA 2015

CHÂTEAU LÉOVILLE LAS CASES ST.-JULIEN 2014

ATA RANGI PINOT NOIR MARTINBOROUGH 2016

NIEPOORT VINTAGE PORT COLHEITA 1997

JOSEPH DROUHIN GRANDS ECHEZEAUX GRAND CRU 2015

ALBERT MANN PINOT NOIR ALSACE GRAND H 2015

CARL LOEWEN RIESLING MOSEL 1896 (GRAY LABEL) 2015

BRUNO GIACOSA FALLETTO BAROLO FALLETTO VIGNA LE ROCCHE RISERVA 2012

DOMAINE ZIND HUMBRECHT PINOT GRIS ALSACE GRAND CRU RANGEN DE THANN CLOS SAINT URBAIN 2015

CONTINO RIOJA GRAN RESERVA 2010

CHÂTEAU DE BEAUCASTEL CHÂTEAUNEUF-DU-PAPE 2015

DOMAINE DROUHIN PINOT NOIR EOLA-AMITY HILLS ZÉPHIRINE 2015

TORRES PENEDÈS RESERVA REAL 2011

MAZZEI TOSCANA SIEPI 2015

BARONE RICASOLI CHIANTI CLASSICO GRAN SELEZIONE COLLEDILÀ 2015

BRÜNDLMAYER GRÜNER VELTLINER KAMPTAL LAMM EL 2016

FROMM WINERY PINOT NOIR MARLBOROUGH CLAYVIN VINEYARD 2015

TOR CABERNET SAUVIGNON NAPA VALLEY TO KALON VINEYARD 2014

GRAHAM’S VINTAGE PORT SINGLE HARVEST TAWNY 1972

 

Fonte: https://www.jamessuckling.com/wine-tasting-reports/top-100-wines-2017/