Revelada a mais recente lista! Conheça os vinhos argentinos com as melhores pontuações para Robert Parker

 

Foi revelado o ranking de vinhos argentinos elaborado por Luis Gutiérrez para Robert Parker.com

Recentemete foi conhecido o ranking dos vinhos argentinos publicado por Luiz Gutiérrez, responsável das degustações dos vinhos argentinos e chilenos.

Gutiérrez escreveu uma materia que ele mesmo describio como a mais extensa que ele já escreveu sobre sua longa viagem pelas regiões vitivinícolas argentinas.

Nos primeiros puestos se destacam las bodegas Catena Zapata, Noemia, Achaval Ferrer, Zuccardi y Per Se, assim como também os vinhos de Alejandro Vigil, enólogo chefe de Catena Zapata, pero também de sus projetos pessoais Aleanna y ChachingoLegend.

Nas primeiras posições destaque especial para os vinhos de Catena Zapata, Achaval Ferrer, Zuccardi y Per Se, assim como também para os vinhos de Alejandro Vigil, enólogo chefe de Catena Zapata que possui projetos pessoais como Aleanna e Chachingo Legend.

98 pt. Catena Zapata Adrianna Vineyard Malbec 2011, Bodega Catena Zapata

98 pt. Catena Zapata Adrianna Vineyard Malbec 2011, Bodega Catena Zapata

 

Veja a lista abaixo com as melhores pontuações de vinhos argentinos elaborado por Luis Gutiérrez para Robert Parker.com:

 

– 98 pt. Gran Enemigo Single Vineyard Gualtallary Cabernet Franc 2011, Bodega Aleanna.

– 98 pt. Catena Zapata Adrianna Vineyard Malbec 2011, Bodega Catena Zapata

– 97 pt. White Bones Chardonnay 2011, Bodega Catena Zapata

– 97 pt. Noemía 2013, Bodega Nomía de Patagonia

– 97 pt. Per Se La Craie 2013, Per Se Vines

– 97 pt. Achaval Ferrer Malbec Finca Altamira 2013, Achaval-Ferrer

– 97 pt. Finca Piedra Infinita 2013, Zuccardi Wines

– 96 pt. Finca Canal Uco 2013, Zuccardi Wine

– 96 pt. Achaval Ferrer Malbec Finca el Mirador 2013, Achaval-Ferrer

– 96 pt. Per Se Jubileus 2013, Per Se Vines

– 96 pt. Colomé Altura Máxima Malbec 2012, Bodega Colomé

– 96 pt. Treinta y Dos 2013, Bodega Chacra

– 96 pt. Vivo o Muerto Gualtallary 2013, Vivo o Muerto

– 96 pt. Los Valientes 2013, Chachingo Legend

– 96 pr. White Stones Chardonnay 2011, Bodega Catena Zapata

Alejandro Vigil, enólogo chefe de Catena Zapata e Autor do El Gran Enemigo

Alejandro Vigil, enólogo chefe de Catena Zapata e Autor do El Gran Enemigo

 

Robert Parker. Os 50 melhores Torrontés na historia de Argentina

 

Conheça as pontuações de Robert Parker para a uva branca emblemática de Argentina

Cada vez que falamos da uva Malbec, de maneira inconsciente aparece na nossa cabeça a Argentina. E como não, se esse país tem feito da Malbec uma verdadeira bandeira de batalha com a qual tem obtido grandes resultados no mundo todo, e particularmente no Brasil, justamente Argentina o país que os consumidores brasileiros dão preferência, perdendo só dos vinhos chilenos.

A uva Torrontés segundo Robert Parker

A Torrontés é uma variedade de uva branca de origem espanhola, da região Galiza, muito semelhante à Moscatel da qual possui parentesco.

A uva é cultivada também na Argentina, Portugal e Bulgaria e vários outros países que a cada dia vai ganhando maior popularidade a nível mundial.

Quando se trata de vinhos brancos argentinos é a Torrontés a que tem o total protagonismo. Seus vinhos são extraordinariamente exuberantes, de uma grande riqueza aromática o que faz que eles sejam inconfundíveis frente a outras variedades de uvas brancas.

Na Argentina existem diversos tipos de Torrontés. A Torrontés Riojano é de total qualidade, enquanto a Torrontés Sanjuanino e Torrontés Mendocino são inferiores.

Robert Parker. Os 50 melhores Torrontés na historia de Argentina

Robert Parker. Os 50 melhores Torrontés na historia de Argentina

Veja o ranking com as 50 mais altas pontuações de Robert Parker para os Torrontes na historia.

 

SAFRA  NOME DO VINHO  PONTOS
2013 Susana Balbo Susana Balbo Signature Torrontes Barrel Fermented 93
2010 Bodegas El Porvenir de Los Andes Torrontes Laborum 92
2009 Bodegas Etchart Torrontes Gran Linaje 92
2012 Domingo Molina Hermanos Torrontes 92
2012 Finca Las Nubes Torrontes 92
2009 Alta Vista Premium Torrontes 91
2013 Alta Vista Premium Torrontes 91
2011 Bodegas y Vinedos O Fournier Urban Uco Torrontes 91
2011 Coquena Torrontes 91
2010 Crios de Susana Balbo Torrontes 91
2009 Manos Negras Torrontes 91
2011 Susana Balbo Late Harvest Torrontes 91
2010 Susana Balbo Torrontes Late Harvest 91
2009 Accuro Torrontes 90
2011 Alta Vista Premium Torrontes 90
2006 Alta Vista Premium Torrontes 90
2006 Bodega Cicchitti Torrontes 90
2006 Bodega Colome Torrontes 90
2010 Bodega Monteviejo Festivo Torrontes 90
2011 Bodegas Callia Torrontes Reservado 90
2006 Bodegas El Porvenir de Los Andes Torrontes Laborum 90
2008 Bodegas Etchart Torrontes Gran Linaje 90
2010 Camino del Inca Torrontes 90
2010 Carinae Torrontes 90
2011 Crios de Susana Balbo Torrontes 90
2008 Crios de Susana Balbo Torrontes 90
2007 Crios de Susana Balbo Torrontes 90
2009 Crios de Susana Balbo Torrontes 90
2009 Familia Zuccardi Torrontes Serie A 90
2011 Familia Zuccardi Torrontes Serie A 90
2013 Familia Zuccardi Torrontes Serie A 90
2009 Felix Lavaque Don Rodolfo Torrontes 90
2010 Felix Lavaque Felix Torrontes 90
2010 Filus Torrontes 90
2011 Finca Domingo Torrontes 90
2007 Michel Torino Torrontes Don David 90
2012 Passionate Wines La Via Revolucionaria Torrontes Brutal 90
2009 Piattelli Vineyards Premium Torrontes 90
2009 Susana Balbo Torrontes Late Harvest 90
2010 Terrazas de Las Andes Reserva Torrontes 90
2011 Tilia Torrontes 90
2006 Tittarelli Reserva 90
2008 Tukma Torrontes Reserva 90
2011 Vines Of Mendoza Recuerdo Torrontes 90
2013 Bodega Colome Torrontes 89
2009 Bodega Colome Torrontes 89
2008 Bodega Colome Torrontes 89
2009 Bodega Monteviejo Festivo Torrontes 89
2008 Bodega Tapiz Zolo Torrontes 89
2007 Bodegas Etchart Torrontes Late Harvest 89

Álvaro Palácios é o home do ano da Decanter 2015

 

O prêmio Homem do ano da revista Decanter reconhece e celebra uma pessoa ou pessoas que fizeram uma contribuição significante para o mundo do vinho.

Cada vencedor é cuidadosamente selecionado por uma bancada de juízes composta por figuras chave do mundo todo. A premiação anual, que começou em 1984, já premiou várias pessoas, incluindo Marchese Piero Antinori, Michael Broadbent MW, Paul Draper, Hugh Johnson OBE, Jean-Michel Cazes, Gerard Basset MS MW OBE e mais recentemente, a 30º premiação de 2014 foi dada a Jean_Pierre e Francois Perrin.

Álvaro Palácios é o home do ano da revista Decanter 2015

Álvaro Palácios é o home do ano da revista Decanter 2015

Veja a lista completa dos homens do ano da revista Decanter abaixo.

2014 Jean-Pierre and Francois Perrin
2013 Gerard Basset MS MW OBE
2012 Paul Symington, Portugal
2011 Giacomo Tachis, Italy
2010 Aubert de Villaine, Burgundy
2009 Nicolás Catena, Argentina
2008 Christian Moueix, Bordeaux
2007 Anthony Barton, Bordeaux
2006 Marcel Guigal, Rhône
2005 Ernst Loosen, Mosel
2004 Brian Croser, Adelaide Hills
2003 Jean-Michel Cazes, Bordeaux
2002 Miguel Torres, Penedès
2001 Jean-Claude Rouzaud, Champagne
2000 Paul Draper, California
1999 Jancis Robinson MW OBE, London
1998 Angelo Gaja, Piedmont
1997 Len Evans OBE AO, Australia
1996 Georg Riedel, Austria
1995 Hugh Johnson OBE, London
1994 May-Eliane de Lencquesaing, Bordeaux
1993 Michael Broadbent MW, London
1992 André Tchelistcheff, California
1991 José Ignacio Domecq, Jerez
1990 Prof Emile Peynaud, Bordeaux
1989 Robert Mondavi, California
1988 Max Schubert, Australia
1987 Alexis Lichine, Bordeaux
1986 Marchese Piero Antinori, Tuscany
1985 Laura & Corinne Mentzelopoulos, Bordeaux
1984 Serge Hochar, Lebanon

 

 

Qual a diferença de vinhos secos para vinhos suaves?

 
“suave” é uma palavra que no vocabulário técnico descritivo do vinho, significa que os taninos estão maduros, e se percebem com uma textura macia, delicada.

Acontece que no Brasil utiliza-se popularmente este adjetivo para  falar dos vinhos com conteúdo de açúcar residual presente, o seja, o suco de uva não fermentou e o vinho mantém a presença de açúcar natural da uva, que entrega um sabor levemente doce.

Qual a melhor ocasião para tomar um vinho suave?

São vinhos para o consumo diário, que não precisam de tanta atenção.  Geralmente são os preferidos  do consumidor que está começando a conhecer sobre vinho, pois que ainda não está acostumado aos mais secos.

Qual a melhor forma de harmonizar os vinhos suaves?

Vai depender da quantidade de açúcar residual que tenha o vinho. Se for uma quantidade baixa de açúcar, entre 5 a 10 gramas é possível fazer boas harmonizações com massas, carnes brancas e ate alguns peixes. Vou ressaltar, que para um melhor aproveitamento é necessário colocar na receita algum elemento que sirva como ponto de encontro entre o dulçor do vinho e o prato, por exemplo, uma massa que tenha como molho ou recheio de fruta.

Agora, se a concentração de açúcar for maior a 10 gramas é recomendável harmonizar com sobremesas, de preferência aquelas que tenham entre seus ingredientes o chocolate e as frutas vermelhas.

É verdade que os vinhos suaves são mais agradáveis ao paladar feminino?

Sim, sem duvida, mais também há exceções. Hoje em dia muitas mulheres passaram a conhecer  bem sobre degustação de vinhos e em geral, na medida em que o publico- independente do gênero evolui  no conhecimento, acaba por preferir  vinhos secos.

Quais são as uvas mais utilizadas na fabricação de vinhos suaves?

Todas!  Podem ser brancos, tintos ou rosé. Também podem ser vinhos com e sem borbulhas.

Vinhos suaves são mais fáceis de beber ou isso é mito?

Talvez, mas vai depender do gosto da pessoa. O mais importante a considerar é: Se o vinho suave tem muito açúcar não é recomendável beber antes o durante a comida, pois o açúcar inibe o apetite.

Qual a diferença de vinhos secos para vinhos suaves?

Qual a diferença de vinhos secos para vinhos suaves?

Primeiro Château Lafite de Rothschild chinês esta pronto

 

15 anos depois da primeira de Rothschild tentativa de se inserir no país, primeiro vinho de um dos mais famosos produtores de Bordeaux fica pronto

O primeiro vinho da Domaine Barons Lafite – detentor do famoso Château Lafite, em Bordeaux – produzido na China enfim está pronto. “Nada mal”, atestou o diretor do grupo Christopher Salin.

Château Lafite de Rothschild na China

“No ano passado, tivemos a primeira colheita da produção Lafite na China. O produto não é ruim, mas não é bom – mas nada comparado ao que é consumido localmente – que é muito ruim”, disse Salin, que completou: “Meu presidente disse que Lafite é ‘bebível'”.

Sabedor que a adaptação da produção vinícola de uma região para outra é feita em longo prazo, o diretor aposta: “Vamos ver nos próximos 100 anos, se teremos sucesso ou não”. O projeto da DBR na China começou em 2008, quando foi acordado uma parceria com a CITIC East China Group. Dessa forma, as primeiras vinícolas foram instaladas em Penglai, na província de Shandong.

A propriedade chamada de Penglai Estate DBR-CITIC surgiu 15 anos após a primeira tentativa de Lafite em produzir vinhos na China. Tal tentativa foi cancelada devido à falta de informação quanto ao clima local na época. Agora, em contrapartida, Salin afirmou: “Temos nossa própria estação meteorológica, e de acordo com o nosso estudo, a China deve ser um bom lugar”.

Estudos posteriores do solo chinês mostraram que as variedades Cabernet Sauvignon e Syrah poderiam ser plantadas no local. Lafite também cultiva na China, Merlot, Cabernet Franc e Marselan, um cruzamento da Cabernet Sauvignon com a Grenache. Todos os clones vieram da França.

Além de propriedades em Bordeaux e agora na China, Lafite tem terras no Chile e na Argentina.

Château Lafite de Rothschild chinês

Château Lafite de Rothschild chinês

 

Sabe qual é a diferença entre os vinhos brancos, tintos e rosé?

 

Como sabem, os vinhos são elaborados a partir de uvas. Estas variedades de uvas se dividem em uvas de pele clara ou escura. O suco de uva não tem cor, pelo tanto podemos elaborar um vinho branco a partir de uma variedade de uva tinta, mas é impossível o contrário, ou seja, elaborar vinhos tintos com uvas brancas.

O normal é que os vinhos brancos se elaborem com uvas brancas, com algumas exceções sendo a mais conhecida os vinhos elaborados na região de Champange na França, chamados de “Blanc de Noirs” que são vinhos espumantes (que tem borbulhas) e que se elaboram unicamente com as uvas Pinot Noir e Pinot Meunier, ambas com cascas escuras e que produzem um Champagne de maior estrutura e uma capacidade de envelhecimento mais prolongado, entre várias outras caraterísticas. Se comparamos com os outros Champagne elaborados com a uva Chardonnay e são chamados “Blanc de Blancs”, no caso de que sejam feito só com esta uva branca.

Já no caso dos vinhos de casca clara e impossível elaborar vinhos tintos, já que esta não possui os antocianos, que são as células que estão na pele da uva tinta e que é a que entrega após uma maceração com o suco seu respetivo cor.

O vinho rosé e elaborado a partir de uvas tintas, as que são sometidas após o prensado da mesma (para extrair o suco) a uma breve maceração, a que dura só algumas horas, o que resulta em que uma parte parcial dos antocianos passam para o suco antes o durante a fermentação alcoólica, daí que estes vinhos tem uma cor rosa. Se esta maceração se prolongasse, este mesmo vinho não seria mas um vinho rosé, e se converteria em tinto.

Fácil assim! 🙂

Vinhos brancos, tintos e rosé.

Vinhos brancos, tintos e rosé.

Internautas chamam empresa de vinhos de sexista após anúncio polêmico

 

A produtora de vinhos Premier Estates Wine causou polêmica entre internautas ao veicular uma propaganda em que usa uma taça de vidro para ilustrar a região dos pelos pubianos femininos.

Acompanhada com a hashtag #TastetheBush (Saboreie o arbusto, em português), a publicação da propaganda nas redes sociais indignou usuários, que acusaram a empresa de sexismo.

Internautas chamam empresa de vinhos de sexista após anúncio polêmico

Internautas chamam empresa de vinhos de sexista após anúncio polêmico

Seus vinhos são tão ruins quanto seu comercial estranho e sexista?“, ironizou um internauta no Twitter. “Seus vinhos são tão de mau gosto como a sua publicidade“, comentou outro.

“Então a Premier Estates Wine não crê que deva tratar as mulheres com respeito? Uau, cheia de sexismo”, desabafou outro internauta.

Segundo informações do “Daily Mail”, a “The Advertising Standards Authority”, órgão responsável pela regulamentação dos comerciais no Reino Unido, afirmou que recebeu alguns pedidos para que o anúncio fosse retirado do ar. No YouTube, o vídeo continua disponível.

 

Fonte: Uol.

Assista o video #TastetheBush  da vinícola Premier Estates Wine

 

O segredo das Vinhas Velhas

 

Vinha velhas produzem melhores vinhos?

As vinhas velhas são uma contradição. Por um lado, cada vez se arrancam mais, devido à sua decrepitude e diminuta produção. Por outro lado, cada vez são mais apreciados por alguns produtores, que nelas baseiam os seus melhores vinhos. E a designação “vinha velha” no rótulo é quase uma garantia de qualidade para muitos consumidores…

Que segredo encerram estas cepas capazes de nos dar uvas sábias que fazem arte na forma de vinhos? Qual é, ou quais são, as pequenas diferenças que fazem toda a diferença e que levam a que muitas vezes um vinho de vinhas velhas valha 10 vezes mais do que um outro vinho das mesmas castas vindo de uma vinha jovem? Qual é a sabedoria destas cepas especiais?

São perguntas sem resposta concreta. O tema, que encerra certa dose de polémica, é muito antigo, mas só recentemente começou a ser explorado do ponto de vista comercial. A importância mediática e o estatuto que têm atingido algumas destas vinhas têm levantado inúmeras questões que sugerem a necessidade de futura regulamentação do termo e respectiva exploração. Mas por enquanto tudo continua sem regras e uma vinha velha pode ter muitas faces.

O segredo das Vinhas Velhas

O segredo das Vinhas Velhas

Afinal, quantos anos tem uma vinha velha?

Primeiro que tudo convém esclarecer o conceito de vinha velha. A pergunta é tão velha quanto a história da própria videira. Quando é que podemos considerar que uma vinha está velha?

O conceito de idade está colado aos regulamentos comunitários de produção de uva que são bem explícitos: uma vinha só pode produzir uva para vinho depois de 3 (às vezes mais) anos de idade. Portanto o conceito de idade, neste caso idoneidade mínima de uma videira para a elaboração  de vinho, é um fator que é tomado em conta desde a nascença da planta. Mesmo nos primeiros 6 a 8 anos de idade a maioria dos viticultores do Velho Mundo não considera a cepa apta à produção dos melhores vinhos sendo normalmente conduzidas para segundas ou terceiras marcas.

Depois do oitavo ano de produção a vinha tem um sistema radicular e uma estrutura aérea vegetativa estabilizadas e inicia a sua idade produtiva propriamente dita.

Entre os 20 e os 25 anos de idade é consensualmente aceite que a videira começa a produzir menos, iniciando a produção de uva de sabor mais concentrado. A partir daqui aceita-se que a videira começa a envelhecer. Mas podemos considerar que está velha?

Uma videira entre os 20 e os 50 anos de idade atravessa a idade adulta rumo à velhice, mas os índices de produção e o tempo de vida ainda não permitem chamar-lhe “vinha velha”. A partir dos 50 anos de idade o termo “vinha velha” pode-se aplicar sem receios de ferir ouvidos mais cépticos.

À medida que a velhice vai avançando, a videira produz cada vez menos uvas mas normalmente uvas muito equilibradas e intensas no aroma e sabor. A película da uva da vinha mais velha é normalmente mais espessa, tem mais taninos e a polpa tem mais sabor. Contudo estas vinhas velhas têm uma exploração dispendiosa e para muitas agro-indústrias, uma vinha velha pouco produtiva, poderá ser inviável do ponto de vista económico.

Continua…

 

Quanto tempo tem de barrica? É uma pergunta inteligente?

Como já devem ter entendido nos posts anteriores sobre este tema, a madeira entrega uma grande quantidade de elementos aromáticos ao vinho. Mas tem outro detalhe e talvez ainda mais importante, é que a madeira cumpre uma função fundamental na polimerização dos taninos durante o tempo em que este se encontra estagiando nas barricas.

Como é necessário ter um vinho de boa estrutura para colocar dentro de uma barrica, estes vinhos, quando estão jovens e ainda não passam em madeiras, normalmente tem uma grande concentração de taninos que estão firmes (duros) e estes precisam se polimerizar, unindo-os com os antocianos (responsáveis pela cor do vinho). Assim, estes taninos vão  suavizando-se e adquirindo uma textura mais macia. Este processo ocorre com a ajuda do oxigênio, que penetra através dos poros das barricas e o vinho fica em constante “interação” com ele.

Quanto tempo tem de barrica? É uma pergunta inteligente?

Quanto tempo tem de barrica? É uma pergunta inteligente?

Este estágio deve ser interrompido só quando o vinho estiver pronto, e o único calendário que indica e define este momento é a degustação, ou seja, não existe uma receita sobre o tempo ideal para que um vinho esteja dentro de uma barrica e este período varia muito entre os diferentes países e estilos que existem.

Em termos gerais uma uva de qualidade que produz um vinho ótimo consegue agüentar em uma barrica de tostado meio (sim, existem vários temas em relação ao tostado das tabuas das barricas, mais abordemos em detalhe este tema em uma próxima oportunidade) uns 18 a 20 meses, após este tempo a barrica começará a “tampar” a fruta com seus aromas e sabores tostados e doces.

É importante entender que um vinho pode ter a quantidade de meses ou anos que for de guarda dentro de uma barrica, que isto pode não significar nada em relação à qualidade do vinho final. Por isso tenha cuidado com as perguntas que os iniciantes costumam fazer, pensando que estão fazendo uma pergunta inteligente, e na verdade não passa de absoluto esnobismo, isso de “quanto tempo tem de barrica”.  Muitas vezes o vendedor vai falar qualquer coisa, só para responder a pergunta, mais mesmo sem entender também o que está falando.

Este mundo dos aromas vindos pelas madeiras é muito atrativo e tem muitas informações para quem gosta de vinho e é curioso por aprender. Aqui no nosso blog, você vai encontrar muitas respostas relacionadas aos tipos de aromas que os vinhos possuem.

Um bom exercício, só pra começar, é degustar os vinhos de mesma uva e vinícola juntos, sendo um varietal (sem madeira) e outro reserva. Aí vai dar para sentir as diferenças aportadas por elas.

Depois nos conte como foi a sua experiência!

Você sabe o que são aromas herbáceos?

Os vinhos devem ter bons aromas, e atualmente são poucos os apreciadores que preferem vinhos neutros e/ou pobres – aromaticamente falando. Quando os aromas são intensos e abundantes são considerados de qualidade, mas existe um detalhe muito importante e que se refere que seus aromas têm que ser agradáveis.

Todos os aromas de frutas e flores, que fazem parte da família dos aromas primários (os que provêm da própria uva) são sempre agradáveis. Mas tem uma família dentro desta categoria de aromas primários onde precisamos prestar muita atenção, já que não são sempre aromas que nos interessam que estejam nos vinhos. Sá os aromas herbáceos.

 Vinhos brancos

Quando estamos frente a vinhos brancos, principalmente aqueles que não têm guarda em madeira (como o Sauvignon Blanc, por exemplo) os aromas herbáceos fazem parte da tipicidade da uva, e se eles estão acompanhados de outro tipo de família aromática, como as frutas, as flores, os cítricos, etc., é algo que aporta, que ajuda ao vinho ter uma diversidade e complexidade melhor. Há muitos Sauvignon’s Blanc de qualidade com aromas herbáceos de grama cortada ou outros aromas similares, mas são de qualidade.

 Vinhos Tintos

O problema começa quando estes aromas são dominantes nos aromas dos vinhos tintos.

Tem algumas uvas que são mais propensas, onde se encontra este aroma com maior frequência. Trata-se da família das Cabernet’s, onde, além da mundialmente famosa Cabernet Sauvignon, está também a Cabernet Franc e a Carménère.

Pimentão é um aroma carateristicos dos Carmenéres chilenos

Pimentão é um aroma carateristicos dos Carmenéres chilenos

Os Aromas Piracínicos

Quando temos alguma destas uvas, e que são produzidas com uma relação de alta produção por hectare, estes aromas, conhecidos também como “piracínicos”, se multiplicam e são nitidamente dominantes. Aí já não é agradável, já que o aroma vai ser “unidimensional” – ou seja, só um tipo de aroma… Só aromas de ervas.

Também, quando algumas das variedades de uvas já assinaladas estão plantadas em clima muito frio, estas fragrâncias vão dominar no aroma. É que o sol e as temperaturas que “queimam” este aroma piracínico (também muitas vezes chamado como “pimentão verde”, portanto, se a parreira está em um clima frio vai chegar à hora da colheita e estes aromas ainda estarão na uva, e finalmente irão parar em sua taça de vinho.

Como se isto não fosse suficiente, a evolução deste tipo de aroma é muito ruim. Com o passar do tempo ele vai se transformando em um aroma vegetal desagradável, e muitas vezes se transforma em notas orgânicas, quase como terra úmida, esgoto…

Nos vinhos mais simples (mais baratos) é muito comum encontrar aromas herbáceos, mas se eles estão misturados a romãs, a frutas ou outro tipo de aroma, não precisa se preocupar. Os vinhos mais simples sempre são produzidos na lógica de uma grande quantidade de quilos de uvas por hectare, ou com as parreiras mais jovens, mas o problema é mais grave quando se trata da Carménère, já que de todas as tintas, esta uva tem uma tendência enorme a desarrochar este tipo de aroma, por isso que isso se torna algo difícil de ser encontrado: Carménère’s baratos e que tenham boa qualidade, principalmente quando se trata de vinhos elaborados com uvas de climas frios.