Todo sobre os taninos

 

O que é e como este composto fenólico, um dos componentes mais importantes do vinho, influencia na bebida?

Muito tânico “ou pouco tânico”. Quando comentamos sobre vinhos, geralmente ouve-se expressões como essa. Mas, o que significa para um vinho ser tânico? Aliás, o que é o esse tão falado tanino? Como ele age no vinho em relação ao sabor, longevidade? Quais uvas possuem mais tanino? Como fazer para suavizá-los ou realçá-los? As respostas para estas e outras perguntas você encontra a seguir.

 O que é esse tal tanino? É um instrumento de defesa da planta.

Tecnicamente, o tanino corresponde a um grupo de compostos fenólicos que tem como principal característica a afinidade em se ligar à cadeias de proteínas e precipitá-las. Encontrados principalmente nas partes lenhosas, nas folhas e em frutos não maduros de muitas plantas, eles atuam como instrumento de defesa. Quando um predador começa a ingerir partes de uma planta, as células vegetais rompidas liberam os taninos, que possuem sabor amargo e provocam grande adstringência, causando repugnância ao predador.

Os taninos da uva

Os taninos da uva

  Tanino nas uvas

Nas uvas, os taninos encontram-se principalmente nas cascas, sementes e engaços. Assim como os açúcares da uva, eles também passam por um amadurecimento e, conforme se atinge esta maturidade, perdem agressividade, tornando-se macios e sedosos.

Dentre as uvas viníferas, geralmente, quanto mais grossa a casca, maior a quantidade de taninos a serem extraídos. Este é o caso da Cabernet Sauvignon, Tannat, Nebbiolo, Baga, Petit Verdot, Sangiovese Grosso; só para citar algumas. No extremo oposto estão variedades de cascas mais finas, que dão origem a vinhos de estrutura mais leve e textura delicada. As variedades Pinot Noir, Gamay  se enquadram nesta tipicidade.

Os taninos das uvas são classificados como condensados ou proantocianidinas. A outra classificação a qual eles podem pertencer é denominada taninos hidrolisáveis ou elagitaninos, e correspondem aos que são extraídos da madeira do carvalho. Cada um possui uma natureza diferente e, embora ainda não mapeado cientificamente, desencadeiam uma série de reações distintas no vinho.

A maturação dos taninos, além do acompanhamento dos níveis de açúcares e acidez, é o fator chave para se decidir o momento ideal da colheita da uva, atualmente.

Continua…

 

Principele R, o vinho da Romênia que cativou Brasil

Há dias que todos os vinhos parecem iguais…mais ai aparecem vinhos como esse aqui, que era um absoluto mistério, mas agora já faz parte dos meus vinhos favoritos.

Esse é o vinho oficial da The Royal House que é o palácio do governo da Romênia, e é elaborado sob a supervisão do próprio governante da Romênia, o Principe Radu (por isso o ”R” no nome) que quis ter um vinho da mais alta qualidade possível, que representasse o país perante os chefes de estado visitantes no palácio.

Principele R, o vinho da Romênia que cativou Brasil

Principele R, o vinho da Romênia que cativou Brasil

 

País Romênia
Volume 750ml
Tipo Tinto
Safra 2011
 Nome da Vinícola  Halewood Wines
Uva 100% Feteasca Neagra
Teor Alcoólico 14%
Tipo de Uva Tinta Feteasca Neagra
Amadurecimento Amadureceu por 18 meses em barrica novas de carvalho francês.
Visual Vermelho Rubi
Olfativo Esse vinho que fermentou em barricas de carvalho, mesmo lugar onde posteriormente estagio por 18 meses nos apresenta um nariz digno de muitos elogios. Os aromas que provem das finas madeiras mostram toda sua forma na medida que o vinho cai na taça. Há intensas notas a cedro, cravo e fumaça, as que com o passar dos minutos começam a misturar-se com tons mais complexos provenientes da uva. É um nariz de um nível qualitativo enorme, original e sedutor, que está em plena evolução e vai precisar ainda de 5 a 10 anos para poder atingir sua plenitude, onde seguramente alcançará um buquê ainda mais interessante.
Gustativo No paladar surpreende mais uma vez com sabores muito envolventes e de considerável concentração e profundidade. Tem taninos de excelente qualidade, muito compacto e sedosos e totalmente integrados no conjunto. Sua acidez e deliciosamente refrescante, e os sabores muito intensos, resultando num vinho extraordinariamente saboroso e diferente. Em resumem, um grande vinho grego, que oferece aromas e sabores de grande originalidade, pelo tanto é recomendável apreciar com muita calma a atenção, já que vinhos com a qualidade desse, não encontramos todo dia. É imprescindível a decantação.
Dica de Harmonização Magret de marreco ao molho de vinho tinto
Ragoût de rabada com mousseline de cará e cebolas crocantes
Jarret de vitela assado
Mignon em crosta de vitelo
Lombo de cordeiro com purê e molho de pimenta verde
Carré de Borrego
Temperatura de Serviço 17º C
Potencial de Guarda 15 anos
Pontuação Winechef 

Principele R 2011 - 93 pontos Winechef

Principele R 2011 – 93 pontos Winechef

 

Jancis Robinson escreve sobre uma segunda revolução dos vinhos chilenos

A crítica de vinhos britânica Jancis Robinson, escreveu sobre sua recente visita ao Chile na sua habitual coluna no jornal Financial Times, destacando a nova geração de pequenos produtores quem tem colocado seus olhos em vales como o Maule e Itata e revalorizado cepas antes despreciadas, como é o caso das uvas Carignan, Cinsault e País.

Na sua matéria titulada “The New Chile”, ela ressalta especialmente o trabalho que estão desenvolvendo as agrupações MOVI e VIGNO como motores de uma segunda revolução vinícola.

Jancis Robinson

Jancis Robinson

Nessa mesma matéria, Jancis Robinson recomenda os seguintes vinhos:

 

Aristos, Duque d’A Chardonnay e Cabernet Sauvignon 2010, Cachapoal

 

Bodegas RE, RE Nace Carignan de las Tinajas 2011, Maule

 

Concha y Toro, Marqués de Casa Concha Old Vines Dry Farmed País / Cinsault, Maule

 

De Martino Muscat Viejas Tinajas 2013, Itata

 

García & Schwaderer, Bravado Red Blend 2013 y Mourvèdre Piedra Lisa 2013, Itata

 

Gillmore, Vigno Carignan 2011, Maule

 

Koyle, Don Cande Muscat 2014, Itata

 

Pandolfi Price, Los Patricios Chardonnay 2012, Itata

 

Tabalí, Roca Madre 2013, Limarí

 

Miguel Torres, Vigno Cordillera Carignan 2012, Maule

 

Undurraga, TH País / Cinsault 2014, Maule

 

Fonte: Revista Vitivinis – Chile

 

Palavras importantes que fazem parte do vocabulário do vinho

 

Palavra Significado
Acidez É o conjunto de ácidos contidos no vinho. São os responsáveis pelo bom equilíbrio da bebida, contribuindo para a sensação de frescor em boca.
Acidez Volátil Ácidos presentes no vinho (acético, propanóico e butanóico) produzem reações químicas durante a maturação do vinho, originando a acidez volátil. Em níveis baixos, passa despercebida. Já quando é alta, pode ser considerada um defeito, dando ao vinho um traço avinagrado.
Ácido Lático Ácido que torna os vinhos mais macios, sendo um produto da fermentação malolática, que pode ocorrer antes ou depois da fermentação com a finalidade de limitar a acidez.
Ácido Málico Ácido natural encontrado nas uvas, sendo um dos principais junto ao ácido tartárico. É o responsável pelo gosto de maçã verde ácida percebido em uvas não amadurecidas.
Ácido Tartárico Ácido natural encontrado nas uvas, sendo um dos principais junto ao ácido málico. É predominante em regiões vinícolas mais quentes, podendo ser adicionado ao vinho quando a acidez é baixa.
Açúcar Residual Quantidade de açúcar que sobra após a fermentação, podendo ser natural ou provocada como, por exemplo, o Vinho do Porto. É um fator fundamental na definição do estilo de espumantes que recebe o licor de expedição, que é a quantidade para mais, ou para menos, de açúcar residual, transformando-os em Nature, Extra Brut, Brut, Extra-Seco, Seco, Demi Sec ou Doce.
Adstringência É a sensação gustativa provocada pelos taninos contidos nos vinhos tintos. Estes componentes, que são responsáveis pelo corpo ou estrutura do vinho, reagem com as proteínas da boca, que perde momentaneamente o poder lubrificante da saliva, ocasionando a sensação conhecida como “boca seca”. São vinhos difíceis de beber, duros e ásperos. Ex: comer uma banana verde.
Aeração Exposição do vinho em contato com o ar ambiente, deixando-o “respirar”, para que seus aromas possam se tornar mais evidentes.
Afinado Vinho que evoluiu corretamente, adquirindo perfeito equilíbrio entre aroma e sabor.
Afinamento Técnica de clarificação dos vinhos que utiliza bentonita (argila gerada de cinzas vulcânicas), gelatina ou clara de ovos. Agentes que aglutinam as partículas em suspensão sedimentando-as.
Agulha Sensação de “picar” a língua, vinhos com uma pequena quantidade de gás carbônico. Exemplo: alguns Vinhos Verdes (Portugal).
Agradável Quando o conjunto aromas e sabores encontram-se organoleticamente equilibrado.
Álcool Composto químico reagente formado pela ação das leveduras do açúcar no processo de vinificação do vinho, podendo ser o Etanol ou Etílico.
Amargor Descritivo de defeito no vinho devido à má vinificação. Exemplos: vinhos com taninos verdes ou não polimerizados (macromoléculas presentes nos vinhos)
Amplo Vinho com bouquet (aromas)  rico e com muitas nuances, oferecendo agradáveis sensações olfato-gustativas.
Análise Sensorial Exame das propriedades organolépticas do vinho através dos órgãos dos sentidos (visual, olfato, tato, paladar).
Antocianos Espécie de pigmento natural que, na verdade, são fenólicos responsáveis pela cor vermelha e púrpura dos vinhos jovens.
Autoclave Corresponde ao método charmat, onde a segunda fermentação é realizada em tanques de inox (autoclaves). Geralmente, os aromas e sabores são menos complexos do que os obtidos por meio do método champenoise ou tradicional.
Aroma Percepção olfativa do vinho na boca, transmitida ao nariz pelas vias retro-nasais (situadas atrás da boca). O odor emanado pelo vinho chama-se “o nariz”. O primário é proveniente da uva. O secundário é resultante da vinificação. O terciário origina-se do envelhecimento e é denominado buquê.
Aromático  Vinho cujo aroma provém diretamente de castas aromáticas (Gewurztraminer, Merlot).
Áspero Com excessiva adstringência e acidez.
Assemblage Processo de junção dos vinhos das mais diversas variedades de uvas, podendo também variar por safras, mantendo como regra a mesma região vinícola. A finalidade é torná-lo mais uniforme, com personalidade própria e de qualidade, onde o enólogo torna-se livre para elaborar vinhos de caráter diferenciados.
Ataque É a primeira sensação a ser percebida ao degustar um vinho. Geralmente, é uma sensação adocicada, de vinho redondo e macio; porém, se o vinho tem acidez pronunciada (ex: os brancos jovens) o adocicado é substituído pela acidez.
Aveludado Vinho extremamente macio em boca, lembrando metaforicamente a textura do veludo.
Palavras importantes que fazem parte do vocabulário do vinho

Palavras importantes que fazem parte do vocabulário do vinho

Aos 102 anos, gêmeos mais velhos do mundo dão dicas para viver muito

 

‘Comer pouco, beber vinho e não ir atrás de mulher’ são segredos, contam.

Belgas tomam vinho todo dia e nunca foram casados.

Comer com moderação, beber uma taça de bom vinho todos os dias e evitar ir atrás de mulheres são os segredos de uma vida longa, afirmam os belgas Pieter e Paulus Langerock, os gêmeos mais velhos do mundo.

Nascidos em 8 de julho de 1912, os irmãos viveram juntos a maior parte de suas vidas e até hoje mal saem um do lado do outro. Eles dividem quarto em um asilo nos arredores da cidade de Ghent, na Bélgica.

“Não há muitos conselhos que eu possa dar. Não desperdice seu tempo fazendo hora, não coma demais e não corra atrás de mulheres”, diz Paulus, alternando francês e holandês, os principais idiomas do país, assim como um dialeto local.

Depois de uma longa carreira como juízes em meados do século 20, os dois homens de 102 anos preferem falar francês e serem conhecidos como Pierre e Paul.

Aos 102 anos, gêmeos mais velhos do mundo dão dicas para viver muito

Aos 102 anos, gêmeos mais velhos do mundo dão dicas para viver muito

Ambos tomam uma taça de vinho todos os dias.

“Dê-nos um Bordeaux, mas de boa qualidade”, diz Paulus a sua enfermeira na casa de repouso para onde os dois se mudaram há apenas três anos.

Nenhum dos dois se casou e eles sempre desaprovaram as escolhas um do outro de potenciais companheiras ao longo dos anos. “Sim, Paulus é meu melhor amigo. Estamos sempre juntos”, diz Pieter.

Apesar de serem os gêmeos mais velhos do mundo ainda vivos, faltam mais três anos para eles quebrarem o recorde dos irmãos americanos Glen e Dale Moyer, que viveram até os 105 anos.

Reconhecidos como gêmeos mais velhos do mundo, os irmãos belgas Paulus e Pieter Langerock brindam no abrigo Ter Venne em Sint-Martens-Latem. Companheiros, eles nunca tiveram esposas. Para eles, um dos segredos da longevidade é ‘não ir atrás de mulher’ (Foto: Yves Herman/Reuters)

 

Château Angelus comemora primeiro Grand Cru Classe ‘A’ com garrafa dourada

 

Garrafa da safra 2012, a primeira desde a promoção do Château para a principal categoria de vinhos de Saint-Émilion, será especial

Durante a Vinexpo Hong Kong, os proprietários do Château Angelus, Stephanie e Hubert de Bouard, divulgaram que a primeira safra com o status Premier Grand Cru Classe ‘A’ de Saint-Émilion terá garrafas estampadas a ouro.

A safra 2012 foi a primeira com o novo status de Premier Grand Cru Classe ‘A’, pois a propriedade foi promovida à principal categoria de vinhos de Saint-Émilion depois de uma reclassificação recente da região. Com isso, a propriedade aumentou em 30% o preço de lançamento do exemplar como parte de uma estratégia de reposicionamento da marca, após a reclassificação.

Apesar da promoção, Stephanie comentou que Angelus passou os últimos dois anos tentando reequilibrar suas vendas globais, e constatou que a Ásia, agora em crise para os vinhos de Bordeaux, contabilizava até 50% das vendas anuais da propriedade. Então, ela reforçou que agora a estratégia seria aumentar as vendas na América do Norte e Europa. “Um vinho famoso deve ser forte em todos os mercados importantes”, disse.

Contudo, quando questionado sobre a recente campanha en primeur 2013, que resultou na queda de cerca de 8% do preço em relação ao lançamento da safra 2012, chegando a € 165, Hubert informou que a propriedade tinha vendido 40 mil garrafas das 50 mil que foram destinadas a negociantes. Château produziu cerca de 60 mil garrafas no ano. De Bouard disse que não iria descrever a campanha como um sucesso, mas disse que estava satisfeito, dado o contexto da safra.

Château Angelus comemora primeiro Grand Cru Classe ‘A’ com garrafa dourada

Château Angelus comemora primeiro Grand Cru Classe ‘A’ com garrafa dourada

 

 

Esta com gripe?…então beba vinho, diz estudo da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia!

 

Estudos apontam que flavonoides do vinho ajuda a diminuir em 33% a contração de infecções no sistema respiratório.

Pesquisa realizada na Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, aponta que pessoas que consomem vinhos estão menos vulneráveis à gripe.

De acordo com Andrea Braakhuis, autora do estudo, isso se deve a um elemento encontrado em grande quantidade no vinho tinto: flavonoide; composto químico que ajuda a diminuir em 33% a contração de infecções no sistema respiratório.

“Isso significa que, se você costuma ficar gripado três vezes no ano, isso pode ser diminuído para apenas duas”, relata Andrea.

Ainda segundo o estudo, a ingestão dos flavonoides não precisa ser em alta quantidade para obter o “efeito protetor”, a partir de 0,2 grama – quantidade existente numa taça de vinho – já é possível constatar o resultado.

Esta com gripe...tome vinho diz estudo da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia!

Esta com gripe…tome vinho diz estudo da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia!academia parker 

 

Fonte: Revista Adega.

As pontuações de Robert Parker para TODAS AS SAFRAS do vinho chileno Almaviva

 

Desde a primeira safra (1996) do vinho ícone chileno Almaviva até a última safra 2011.

O vinho Almaviva não precisa muita apresentação…

Quem alguma vez teve a oportunidade de degustar esse vinho, sabe que estamos falando de uns dos grandes vinho da Amarica Latina e sem exagero, uns dos vinhos que pode ser comparado com os melhores do mundo, e também não é exagero dizer que e o vinho chileno mais desejado dos vinhos chilenos no Brasil.

Apresentamos uma relação com todas as safras que tem sido até hoje pontuadas pelo crítico mais influente do mundo, Robert Parker. Esta publicação inclui a pontuação do Almaviva 2011, lançado no marcado recentemente.

Neste ranking abaixo os vinhos estão ordenados por pontuações, desde a nota mais alta até a nota mais baixa:

 

 Robert Parker  –  e notas para o Vinho Chileno Almaviva

 

Safra
Ranking
Pontuação
2003
Vinho Almaviva
95
2005
Vinho Almaviva
94
2007
Vinho Almaviva
93+
2002
Vinho Almaviva
93
2004
Vinho Almaviva
93
2011
Vinho Almaviva
93
2010
Vinho Almaviva
92
2001
Vinho Almaviva
92
1996
Vinho Almaviva
92
2006
Vinho Almaviva
92
2009
Vinho Almaviva
91
1997
Vinho Almaviva
91
1999
Vinho Almaviva
90
2008
Vinho Almaviva
90

 

Robert Parker  e rankings dos vinhos chilenos Almaviva

Robert Parker e rankings dos vinhos chilenos Almaviva

Neste ranking abaixo os vinhos estão ordenados por safra, desde a última safra pontuada (2011) até a primeira safra  (1996)

 Robert Parker  –  e notas para Vinho Chileno Almaviva

Tipo de Vinho
Nome
Safra
Pontuação
Vinho Tinto
Almaviva
2011
93
Vinho Tinto
Almaviva
2010
92
Vinho Tinto
Almaviva
2009
91
Vinho Tinto
Almaviva
2008
90
Vinho Tinto
Almaviva
2007
93+
Vinho Tinto
Almaviva
2006
92
Vinho Tinto
Almaviva
2005
94
Vinho Tinto
Almaviva
2004
93
Vinho Tinto
Almaviva
2003
95
Vinho Tinto
Almaviva
2002
93
Vinho Tinto
Almaviva
2001
92
Vinho Tinto
Almaviva
1999
90
Vinho Tinto
Almaviva
1997
91
Vinho Tinto
Almaviva
1996
92

 

 

 

Semelhanças entre o vinho e o ser humano

 

O vinho e sua magia, nasce e morre.

Sim, o vinho é mágico. Foi isso o que pensei há qmais de 20 anos atrás quando percebi que uma taça de vinho tinha aromas de eucaliptos e amêndoas… Fiquei quase em “choque”! Tão impressionado que continuei por várias horas pensando como isso podia ser possível.

Logicamente, a primeira coisa que imaginei naquele preciso momento que senti esses aromas na taça de vinho, foi que as pessoas, alguém, na hora de fazer o vinho colocou estes ingredientes, o talvez tenha sido um acidente… Não sabia o que tinha acontecido. Mas agora tenho certeza de uma coisa: a experiência daquele dia iria a mudar minha vida, e desde então me dedico a tentar entender e interpretar a história que uma taça de vinhos quer me contar.

Hoje, depois de muitas taças de vinhos ter passado pelas minhas mãos, e milhares de aromas terem entrado na minha memória olfativa, consigo entender a diferença. E se o anterior (que os vinhos tenham aromas e outros elementos da natureza) é uma coisa também mágica, imaginem agora o que vou lhes afirmar.

Cada vinho tem vida própria. Sim, é verdade. Estes fatos, e muitos outros que são quase incríveis e outras várias que vou aprendendo a cada novo dia, em cada gole, em cada taça degustada, é a motivação suficiente para me manter encantado já por quase duas décadas e ainda ter o mesmo interesse que no primeiro dia – e que renova constantemente a minha intensa paixão pela degustação.

É fascinante também poder sentir e vivenciar como um vinho consegue expressar sua terra, sua origem, ou seja, só através dos sentidos temos a capacidade de descobrir a procedência de uma garrafa de vinho e saber onde este vinho nasceu. Parece algo difícil de aprender, mas garanto que não é. Acontece o inverso: existem muitos vinhos – bons vinhos – onde muitas vezes esta expressão de terroir é uma coisa muito evidente, fácil de descobrir.

Essa identidade e sentido de “lugar” estão firmemente relacionados com a qualidade dos vinhos. Ou seja, os vinhos que consideramos realmente bons, não são apenas por serem agradáveis e gostosos, mas também porque têm a virtude de conseguir plasmar em seus aromas e sabores a expressão de lugar, do seu terroir.

Como um claro exemplo da minha convicção a respeito deste tema, posso citar os vinhos brancos elaborados com a uva Sauvignon Blanc em climas frescos com influência da costa oceânica do Chile (Casablanca, Leyda, Colchagua Costa, San Antônio, entre outros).

Todos estes vinhos (falando sempre de vinhos de qualidade) têm uma característica que reflete o lugar de onde vieram. A dúvida costuma ser “De qual destes diferentes lugares eles podem vir?”. A dica é: as notas de frutos cítricos podem estar em todos eles (os vinhos), mas quando se há maior proximidade com o Oceano Pacífico, que influencia diretamente no clima do lugar tornando-o mais frio, estes vinhos serão de uma acidez mais intensa, com maior frescor.

Saiba porque você é como uma garrafa de vinho

Saiba porque você é como uma garrafa de vinho

Também no caso do selo que um vinho pode ter de seu terroir, mas dessa vez fazendo referência aos tipos de solo, e mantendo-nos na linha dos vinhos brancos feitos com uvas Sauvignon Blanc, existe um fato muito claro, conhecido e comprovado: nas análises sensoriais (degustação), poder sentir no paladar as intensas notas minerais que os solos calcários de Limarí entregam a seus vinhos é outra prova da magia do vinho que consegue expressar seu lugar de origem. Tal como se fossem seres vivos, indivíduos com corpo e alma, e que só de olhar para eles já saberemos sua origem. Só de prestar atenção em seus rasgos físicos, em sua linguagem, saberemos se são europeus, africanos, ou americanos. O mesmo acontece com os vinhos tintos, só que essa diferença pode ser vista também com o olhar, além de todos nossos outros sentidos.

Agora, só para complementar os exemplos anteriormente expostos, que nos demonstram que os vinhos são algo diferente – não só uma bebida alcoólica, mas sim (metaforicamente falando) uma pessoa que tem vida própria – ou seja, logo após a gestação (o sumo, dentro da uva), ele nasce, se convertendo em vinho, e vai estar toda a sua vida em constante evolução, passando pelas mesmas etapas que nós, seres humanos, passamos.

Nascemos, crescemos e aprendemos sobre a vida, logo viramos adolescentes, adultos, idosos, até completarmos o nosso ciclo. E é isso mesmo que acontece com uma garrafa de vinho: a vida de cada uma delas é diferente, a evolução é individual e independente (mesmo se falarmos de uma caixa com 12 garrafas, onde cada uma, depois do passar dos anos, vai ter um comportamento próprio de acordo com a evolução de cada um na garrafa).

São muitas as razões pelas quais o vinho é algo único, e para poder entender de uma forma correta temos que analisar tudo de maneira adequada; pode ser até de maneira simples, mas de jeito nenhum de maneira superficial.

Continuarei falando deles nas próximas matérias, mas por enquanto só posso lhes assegurar que dentro de uma garrafa de vinho temos magia, e isso só depende da nossa curiosidade para poder aprender a como entender o que cada garrafa está tentando nos dizer, e não sabemos escutar.

 

 

Vinho que pertenceu a Napoleão Bonaparte foi leiloado

 

Vinho que pertenceu a Napoleão Bonaparte foi leiloado no mês de julho e teve arremate com artefatos históricos.

No lote estavam dois de seus mais conhecidos chapéus e uma garrafa de vinho, ainda fechada, que teria “sobrevivido” à batalha de Waterloo, em 1815.

Estima-se que a garrafa seja de 1810 e ainda contenha vinho (talvez um Jerez, acreditam alguns enólogos).

O criptograma pessoal de Napoleão ainda é preservado no pescoço da garrafa.

A sociedade inglesa de leilão Christie’s foi quem organizou o evento.

Não foram divulgados valores e nome do comprador.

 

Vinho que pertenceu a Napoleão Bonaparte foi leiloado

Vinho que pertenceu a Napoleão Bonaparte foi leiloado