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Champagne e Bourgogne se tornam ‘Patrimônio da Humanidade’

 

 Unesco reconhece importância história e natural das duas tradicionais regiões produtoras vinhos da França

A Unesco (Organização das Nações Unidas para Cultura, Ciência e Educação) elegeu regiões vinícolas que produzem champanhe e vinhos de Borgonha como novos “Patrimônios da Humanidade”, título concedido a lugares com relevância histórica e natural.

Para Champagne, a lista abrange as vinhas ao redor de Hautvilliers, Ay, Mareuil-sur-Ay e Sainte-Nicaise Hill, em Reims, e Avenue de Champagne e Fort Chabrol, em Epernay. O título engloba as regiões das vinícolas, suas redes de caves subterrâneas e as casas que gerenciam a produção e as vendas de champagnes.

 Para Borgogne, a listagem abrange 1.247 “Climats (locais que produzem vinhos únicos, devido a suas características naturais específicas), além das vinícolas que revestem as encostas de Côte de Nuits e Côte de Beaune. Também reconhecidas, estão as vilas e a cidade de Beaune, que desempenham um papel central na produção e na comercialização desses vinhos, bem como o centro histórico de Dijon.

“Os locais escolhidos são excelentes exemplos de cultivo de uvas e produção de vinhos desenvolvido desde a Alta Idade Média” , afirmou o comitê da Unesco. Aubert de Villaine, coproprietário da Domaine de la Romanée Conti e personagem importante na campanha da região de Climats de Borgonha, destacou o papel de outras gerações de produtores: “Esta inscrição é também um reconhecimento do trabalho de gerações, os monges cistercienses, duques de Borgonha, homens e mulheres, viticultores, os quais conseguiram ao longo dos séculos moldar os vinhedos da Borgonha em sua determinada busca pela excelência”.

Pierre Cheval, presidente da Associação Paysages du Champagne, que passou oito anos coordenando a candidatura da região de Champanhe para a lista de “Patrimônio da Humanidade”, ressalta que a inclusão na lista é um reconhecimento e um compromisso. “Temos de preservar e manter intactos para futuras gerações a paisagem, o know-how e o patrimônio. Temos um encontro com a história, a nossa própria história”, afirma Cheval.

Além de Champagne e vinhos de Borgonha, a Unesco também considera a cidade de Bordeaux como “Patrimônio da Humanidade”.

Champagne e Bourgogne se tornam ‘Patrimônio da Humanidade’

Champagne e Bourgogne se tornam ‘Patrimônio da Humanidade’

Bordeaux julga gangue acusada de roubar vinhos

 

 Suposta quadrilha presa em 2014 responde pelo roubo de garrafas de vinícolas como Yquem, Palmer, Léoville Las Cases

 Quinze réus foram a julgamento nesta semana em Bordeaux acusados de roubar milhares de garrafas de vinho de propriedades como Yquem, Palmer, Léoville Las Cases, entre outras. A onda de furtos ocorreu em 2013 e gerou um prejuízo total de cerca de 1 milhão de euros.

A suposta quadrilha foi apreendida na “Operação Cassevin” em fevereiro de 2014, quando centenas de gendarmes (militares que compõem grupo especial encarregado de velar pela segurança pública na França e em outros países) renderam os suspeitos em Gironda (um departamento francês, situado no sudoeste do país, na região da Aquitânia) e outras áreas na França.

A polícia recuperou muitas garrafas das propriedades em questão, além de equipamentos usados para realizar os roubos.

 

Bordeaux julga gangue acusada de roubar vinhos

Bordeaux julga gangue acusada de roubar vinhos

 

Uma impressionantes coleções de Borgonha vai a leilão

 

Segundo funcionários da casa de leilão nova-iorquina Wally, as coleções de Borgonha pode valer US$ 15 milhões

O colecionador de vinhos Roy Welland irá colocar à venda sua coleção de 100 mil garrafas, uma das mais impressionantes da Borgonha. Os funcionários da casa de leilão Wally avaliam que o conjunto de vinhos vale, ao menos, US$ 15 milhões (cerca de R$ 34 milhões). Em entrevista, Welland afirmou que está vendendo sua coleção por motivos pessoais.

Roy Welland é um ex-operador financeiro e se apaixonou por vinho tornando-se rapidamente um colecionador fanático. Em 2004, quando inaugurou o restaurante Cru, em Greenwich Village, Nova York, sua coleção tinha 65 mil garrafas.

Hoje, contudo, parte da coleção está em um armazém na Nova Jersey e outra num depósito em Beaune. Welland parou de comprar produtos em leilão quando começou a comprar vinho direto dos produtores e observou que, em 2005, o mercado vinícola estava em ascensão.

Vinhos da bourgogne 2

 

Observou-se então que, assim como o mercado de leilão de vinho estava crescendo, a demanda de exemplares com denominação de Borgonha e o interesse por vinhos mais velhos também estava aumentando. Por isso, estima-se que a coleção de Welland irá atrair muita atenção, uma vez que seus produtos foram adquiridos diretamente com os produtores.

Sua coleção conta com duas mil caixas de Grand Cru de Borgonha, 160 caixas do Domaine Bachelet, 250 caixas do Domaine Joseph Drouhin, 150 caixas do Domaine Georges Roumier, 40 caixas do Domaine Armand Rousseau. Além destes, o conjunto conta com mais de 750 caixas de Chablis, incluindo 200 caixas de René & Vincent Dauvissat.

Vinhos austríacos, californianos e de Bordeaux também fazem parte da coleção. “Há alguns anos, um dos empregados do meu restaurante visitou uma loja de vinho em Viena. O proprietário estava fechando o estabelecimento e não sabia o que fazer com todo o estoque”, contou Welland. “Por isso temos algumas safras incríveis de vinhos austríacos”.

O presidente e CEO da casa de leilões Wally, Michael Jessen, admitiu estar ansioso para colocar no mercado a coleção de Welland.

 

 

Fonte: Revista Adega

Sauternes ameaçada por trem de alta velocidade

 

Planos para uma linha trem de alta velocidade na região de Sauternes, em Bordeaux, ameaçam causar danos irreparáveis aos vinhedos da região, segundo produtores

Vinícolas de Sauternes, em Bordeaux, podem estar ameaçadas diante da possibilidade de linhas de trens de alta velocidade passarem pela região. Cortando o Vale du Ciron, região sul de Bordeaux, as linhas podem alterar significativamente o microclima peculiar de Sauternes. A vinícola Les Vignerons de Sauternes et Barsac já pediu a suspensão dos planos que envolvem a construção das linhas férreas. De acordo com a vinícola, podem ser perdidos cerca de 500,000 hectares de terras férteis.

Famosa por seus vinhos doces, a região de Sauternes depende de um microclima promovido pelo vale que a cerca. Na região, existem árvores que acompanham o curso do rio e que permitem a condensação da água no ambiente, garantindo um clima mais fresco, o que é vital para o cultivo das vinhas em Sauternes. Caso o projeto das linhas seja aprovado, essas árvores serão cortadas e assim, não haverá mais a condensação.

A linha, que ligará Bordeaux à Tolouse até 2024, vai passar por 70 km dentro da região e teria uma largura de 100 m, o que seria suficiente para inutilizar grande parte das terras férteis, e ainda alterar o microclima do local. Além disso, especialistas afirmam que as linhas de trem vão poluir a área, destruindo habitats naturais da vida selvagem de Sauternes.  Para muitos, o projeto de construção das linhas é inútil, já que encurta a viagem em apenas poucos minutos.

Vinhos de Sauternes

Vinhos de Sauternes