Posts

A acidez dos azeites

O que realmente significa a graduação de acidez de um óleo de oliva?

Um suco oleoso. É assim que podemos chamar um azeite de oliva de qualidade, obtido a partir de um fruto fresco, em boas condições de maturação, evitando qualquer tipo de manipulação ou tratamento que venha a alterar a natureza química de seus componentes. Por isso, pode-se considerar um suco, e de polpa, como outros tantos, da polpa da oliva prensada, alcançando porcentagens que vão de 15% a 25%.

O nosso suco dourado, assim como a laranjada, rica em vitamina C, também possui seus componentes químicos. Ele é composto por ácidos graxos, vitaminas, alguns componentes voláteis e outros hidrossolúveis, além de microscópicos pedaços do fruto.

Existem dois principais grupos de componentes no azeite de oliva: os triglicerídeos, ácidos graxos, que representam entre 98,5% e 99,5% do total de componentes; e os componentes voláteis, hidrocarbonetos, antioxidantes e alcoóis, que são os responsáveis por nosso prazer, ou seja, pelas características organolépticas do óleo.

O principal ácido graxo encontrado no azeite de oliva é o ácido oleico, monoinsaturado, constituindo mais de 80% do total. Ele é responsável pela formação das lipoproteínas de alta densidade (HDL – high density lipoproteins), que transportam uma parte importante do colesterol dos vasos até o fígado, para ser eliminado.

Além disso, há ácidos poliinsaturados, como o linoleico – que pertence a série ômega-6 -, e o linolênico – pertencente à série omega-3 -, que possuem proporção entre 5% e 10%. Eles desempenham funções essenciais no corpo. O restante da composição dos azeites é de ácidos saturados.

Lembrando que, quanto maior o índice de insaturação, maior será a instabilidade do óleo, danificando-se com facilidade. Daí os outros óleos, extraídos de sementes, terem uma instabilidade muito maior, porque possuem altos índices de poliinsaturados.

Continua…

Acidez dos azeites

Acidez dos azeites

 

Tirar a rolha antes para deixar o vinho respirar: Mito, Esnobismo o Necessidade?

 

Você é dessas pessoas que costumam tirar a rolha para que o vinho respire?

Você tem o costume de fazer isso e pensa que se não fizer vai “estragar sua garrafa de vinho”?

Este fato, de tirar a rolha da garrafa do vinho para que ele respire é uma das coisas mais “curiosas” que giram em torno deste assunto. Todo mundo faz isso. Nos restaurantes, muitos clientes que pedem um vinho solicitam de imediato tirar a rolha, “para que o vinho possa respirar”,  como se fosse algo obrigatório, que não se pode deixar de fazer e que tem uma importância relevante para que o vinho possa se expressar em plenitude.

O que mais me chama a atenção é que muitos profissionais que trabalham com vinho, sommeliers, garçons e etc., também gostam de fazer isto.

O que se acredita com o fato de tirar a rolha da garrafa um tempo antes de servir na taça é que o vinho vai melhorar, ou seja, vai “abrir” porque vai ficar alguns minutos em contato com o oxigênio – e assim vai quebrar as moléculas aromáticas e o vinho vai exprimir seus aromas de uma maneira melhor.

Tira a rolha antes para deixar o vinho respirar Mito, Esnobismo o Necessidade?

Tira a rolha antes para deixar o vinho respirar Mito, Esnobismo o Necessidade?

 

A oxigenação do vinho

A ideia é ótima, e, de fato, existem vinhos que ganham consideravelmente com a oxigenação dos aromas. O único problema é que esta oxigenação não existe só tirando a rolha do vinho. Acaba sendo um ato sem sentido, devido que, como a garrafa está cheia de vinho, a interação entre o oxigênio e o líquido não existe. Portanto, também não existe a oxigenação. Ou seja: uma perda de tempo.

Se você quer realmente oxigenar o vinho, o mais simples é abrir a garrafa e colocar o vinho em uma taça. Quanto maior for o contato da superfície do líquido com o oxigênio (e isso está relacionado com o tamanho da taça), mais rápido vai ser a oxigenação.

Mas cuidado. Não são todos os vinhos que ganham com a oxigenação e isso pode, inclusive, acontecer até o contrário, já que muitos deles perdem os aromas de maneira rápida. Portanto, o melhor é colocar o vinho na taça e beber imediatamente.

Existem ainda muitos detalhes em relação a este tema, mas vamos falar deles com mais profundidade nas matérias posteriores. Por enquanto, espero que pelo menos uma coisa fique clara: tirar a rolha da garrafa do vinho minutos antes de beber não adianta de nada…

 

Veja também:

 

 

 

Conheça duas das bodegas mais lindas do planeta

 

Viticultores apostam em designs modernos, que favorecem a fabricação de vinhos e melhoram o visual de suas adegas

Embora a qualidade do vinho seja indiscutivelmente mais importante do que a estética da vinícola onde foi feito, cada vez mais produtores exercitam suas habilidades de designs para criar edifícios inovadores, modernos e impressionantes nas vinícolas. Esse novo conceito de vinícola art, além da estética, traz muitos benefícios ambientais e econômicos.

Veja estes dois exemplos de vinícolas italianas de impactante beleza.

 Cantina Ceretto, Barolo, Italia

-Este terreno do século 19 foi adquirido pela família Ceretto em 1987 e transformada em sede de vinificação. O destaque da adega é, sem dúvida, o seu design futurista, com um deck de observação espacial do tipo que se projeta sobre as vinhas proporcionando aos visitantes vistas panorâmicas da propriedade.

Cantina Ceretto tem um mirador conhecido como o Acino, a palavra italiana para uma única baga da uva, ele tem vista para os vinhedos das colinas do Barolo.

Cantina Ceretto, Barolo, Italia

Cantina Ceretto, Barolo, Italia

 Castello di Amorosa, Toscana, Italia

– Castello di Amorosa é o resultado do sonho de um homem de construir um autêntico castelo medieval na Toscana. Dario Sattui, enólogo italiano e empresário, começou a construir o Castello di Amorosa em 1994 e finalmente abriu para negócios em 2007. Com aproximadamente 121.000 metros quadrados, possui 107 quartos, 90 dos quais são dedicados a vinificação e armazenamento, e um grandehall com dois andares pintados por artistas italianos, com uma antiga lareira de 500 anos. Construído a partir de 8.000 toneladas de pedras esculpidas à mão, o edifício está situado ao longo de oito níveis e dispõe de uma ponte levadiça, calabouço e câmara de tortura, mesmo entre inúmeros caves.

Castello di Amorosa, Toscana, Italia

Castello di Amorosa, Toscana, Italia

 

 

Rolhas para vinho alternativas: Sintéticas, rosca (screwcap), Vino-Lok, Zork, e Pro-Cork

 

Rolhas sintéticas, cápsula de rosca (screwcap), rolha de vidro, Zork….qual é a melhor?

Rolhas sintéticas

A tecnologia moderna ainda não conseguiu criar um substituto sintético para a rolha de cortiça natural. Existem inúmeras rolhas deste tipo no mercado mas múltiplos estudos aconselham apenas o seu uso em vinho de consumo rápido (um, dois anos máximo). Esta rolha não veda totalmente a garrafa e permite importantes trocas de oxigénio com o vinho engarrafado (0.01 cc por dia e por rolha enquanto que esse índice na cápsula de rosca e em boas rolhas de cortiça é inferior a 0.001 cc por dia e por rolha) levando à sua oxidação precoce. Entre as várias marcas sobressaem a Nomacork, Neocork e Nukorc. São baratas, visualmente atraentes e podem ser usadas nas linhas de engarrafamento convencionais.

Tampa rosca ou screwcap

A cápsula de rosca tem sido o vedante mais popular na guerra contra a rolha de cortiça natural. São uniformes, muito fáceis de abrir e vários estudos comprovam que é o vedante que mantém os níveis mais elevados de SO2 livre (antioxidante). Tem a vantagem de evitar oxidações e a desvantagem de promover reduções com inerentes aromas desagradáveis. No entanto, a imagem que têm junto do consumidor (europeu principalmente) desprestigia o vinho que usa a cápsula de rosca, é um vinho barato de todos os dias, é um vinho com pouco estatuto, enquanto a rolha mantém as preferências de estética, ambientalista, para não esquecer o ritual do abrir da garrafa com o saca-rolhas.

Cápsula de rosca ou screwcap para vinhos

Cápsula de rosca ou screwcap para vinhos

Vino-lok

O vedante de vidro Vino-lok, usado por muitos produtores de vinho alemão e austríaco, é outra alternativa a ter em conta. É inerte, neutra, muito eficaz como vedante, é reciclável e esteticamente perfeita, apenas uma desvantagem – o preço que por enquanto se mantém elevado.

Zork

A rolha australiana Zork é outra alternativa interessante para vinhos de consumo rápido, atraente, fácil de utilizar e pode também ter futuro.

Pro-Cork

Por último, a Pro-Cork que usa cortiça natural isolada por uma membrana de 5 camadas em cada extremidade que não permite contato do vinho com a rolha e assegurando a impermeabilidade. Esta é uma alternativa que junta cortiça com sintéticos de um modo eficiente.

Continua…

A rolha e o vinho


Todo sobre a relação da rolha de cortiça e os vinhos

Ainda que nada tenha diretamente a ver com vinho, a rolha de cortiça desempenha um papel decisivo na sua conservação em garrafa. A sua eficácia nesta função tem originado grande polémica e ao longo dos últimos anos têm surgido novos vedantes.

Cortiça, alumínio, plástico e vidro são as matérias-primas utilizadas no fabrico de vedantes para garrafas de vinho. Mas nem sempre foi assim. Até há bem pouco tempo a rolha de cortiça era o único vedante utilizado. O exponencial aumento dos engarrafados a partir da segunda metade do século passado e, fundamentalmente, o aumento de problemas com o “gosto a rolha” atribuído à rolha de cortiça, desencadeou uma revolução no mercado de vedantes para vinho.

A nobre rolha de cortiça

A cortiça consiste num tecido vegetal com centenas de milhões de células suberizadas, inertes e impermeáveis. Estas células, cheias com gás, formam uma estrutura compressível e elástica. A cortiça pode ser comprimida para metade do seu volume sem perder flexibilidade e possui a particularidade única de poder ser comprimida numa dimensão sem alterar a outra.

Estas características fazem da cortiça um vedante natural impermeável com extraordinária eficácia. Ao longo de séculos tem ajudado a escrever a história do vinho que hoje conhecemos. É, por assim dizer, o maior aliado do homem na conservação e melhoramento dos vinhos acondicionados em garrafa. Para muitos a rolha de cortiça é parte integrante da imagem da garrafa de vinho. Até quando?

A rolha e o vinho

A rolha e o vinho

Início das Hostilidades da rolha de cortiça

A revolução de Abril de 1974 trouxe os primeiros problemas à rolha de cortiça. Os montados mudaram de mãos e a cortiça era por vezes tirada apenas com 6 anos de idade. Na década de 80, a qualidade das rolhas diminuiu significativamente e nos finais da década surgiam os primeiros processos movidos por produtores de vinho australiano contra os seus fornecedores de rolhas. A lei acudia ao lesado e o negócio da rolha de cortiça natural começou a tremer.

Em 1989, a indústria portuguesa de fabrico de rolhas era fortemente censurada por muitos produtores de vinho. Meio mundo reclamava da fraca qualidade das rolhas de cortiça. Nesse mesmo ano, enquanto poderosas cadeias inglesas de distribuição começam a testar rolhas sintéticas e cápsulas de rosca, as companhias portuguesas de cortiça, em conjunto com o governo, fundam o Centro Tecnológico da Cortiça (CTCOR) em Santa Maria de Lamas. Objetivo – Apurar as causas dos problemas de qualidade das rolhas.

Continua…

Vinho Planeta La Secreta Rosé D.O.C, 2014

País Itália
Volume 750ml
Tipo Rose
Safra 2014
Uva 50% Syrah e 50% Nero d’Avola
Teor Alcoólico 13%
Tipo de Uva Tinta Assemblage
Amadurecimento Não há

 

Vinho Planeta La Secreta Rosé D.O.C, 2014

Vinho Planeta La Secreta Rosé D.O.C, 2014

 

Visual Rosa intenso com tons violetas.
Olfativo Tem frescor e uma alta intensidade aromática, onde são dois pontos muito altos na performance olfativa deste vinho rosé italiano. Notas de cerejas frescas e morangos são tão claras e evidentes quanto deliciosamente refrescantes. Sua fruta é muito pura, misturada com matizes frescos, muito agradáveis e de incrível exoticidade.
Gustativo Tem o mesmo estilo na boca, sempre fresco com muito equilíbrio, já que se encontra em seu melhor momento. Sua acidez é viva e intensa, refrescando o paladar, e o melhor de tudo é que, devido a sua quantidade de álcool é levemente inferior a meia desse tipo de vinhos, resultando em um vindo muito agradável e convidativo a se beber uma segunda taça.
Dica de Harmonização Risoto com frutos do mar.
Linguado e vieiras ao molho de vinho rosé.
Salmão com pimenta rosa e mini folhas.
Terrina de peixes em geleia de ervas aromáticas.
Ideal Como aperitivo.
Temperatura de Serviço 7ºC
Nome da Vinícola Planeta
Região Sicília
Pontuação Winechef

Planeta La Secreta Rosé D.O.C, 2014 - 91 pontos Winechef

Planeta La Secreta Rosé D.O.C, 2014 – 91 pontos Winechef

Verallia lança garrafas mais facilmente descapsuláveis

Pelo que vimos até agora, descapsular uma garrafa não é uma tarefa fácil, mesmo para alguns profissionais do sector.

O problema está no sítio do corte da cápsula que, para alguns profissionais, diríamos, pouco informados, está no ponto mais alto, mesmo junto à boca. Na verdade deve estar mais abaixo, para que o vinho não toque na cápsula quando é vertido para o copo.

Para facilitar o serviço e acabar de ver com as dúvidas, a Verallia Portugal apresentou o Verallia Easy Open (V.E.O). As garrafas com este sistema apresentam um entalhe que marca perfeitamente onde se deve cortar a cápsula. Assim, a cápsula sai facilmente com um corte correcto e limpo, melhorando a imagem da garrafa de vinho.

A Verallia garante que o sistema não tem desvantagens para os produtores de vinho porque não implica nenhuma troca, nem na cápsula nem na linha de engarrafamento.

 

Verallia lança garrafas mais facilmente descapsuláveis

Verallia lança garrafas mais facilmente descapsuláveis

 

 

Quais vinhos devemos beber em dias frios?

 

Começou o inverno, os dias começam a ficar bem frios e não há nada melhor que passar este friozinho e com uma taça de vinho na mão, compartilhando bons momentos com a família e com os amigos. Mas é aí que aparece aquela pergunta:  Quais vinhos devemos beber em dias frios?

A resposta é bem simples: Temos que procurar  vinhos que “esquentem o corpo”.  A primeira coisa que precisamos saber  o vinho é um  produto da fermentação do açúcar da uva, portanto, quanto mais açúcar possui o cacho na hora da colheita, maior será o grau alcoólico.

Então, a dica é procurar vinhos de regiões climáticas que não sejam frias. Por exemplo, se falamos dos vinhos do Velho Mundo, muitos espanhóis, portugueses e alguns Italianos e franceses, por raçoes climáticas, vão ter as caraterísticas que precisamos para esquentar o corpo.

O ideal são vinhos de pelo menos uns 14 graus de álcool. Se nos referimos aos vinhos do novo mundo, encontrar um  apropriado para o inverno vai ser ainda mais fácil. Os argentinos, chilenos e australianos são ideais para os dias frios.

No inverno é importante aumentar a temperatura de serviço do vinho em um ou dois graus

No inverno é importante aumentar a temperatura de serviço do vinho em um ou dois graus

Sobre as castas, o importante é que sejam tintas, mas na verdade existem também alguns vinhos brancos que podem harmonizar bem com o inverno, a Viognier por exemplo. Das tintas, quase todas  vão ir muito bem, principalmente quando se trata de vinhos bem concentrados, que tenham sido criados em madeira, sejam encorpados e cálidos, tipo Cabernet Sauvignon, Malbec, Tannat, Petit Verdot, etc…

Um detalhe também importante é aumentar a temperatura de serviço do vinho em um ou dois graus. Por exemplo, se estamos acostumados a beber os vinhos tintos de Mendoza a 16 graus, no inverno podemos servir o mesmo vinho a uns 18 graus.

A medida que aumentamos a temperatura de serviço, damos mais destaque ao álcool, que se expressa com maior claridade. Mas  o importante é encontrar o ponto de equilíbrio e o  álcool precisa sempre estar aportando ao balance.

 

Da rolha de cortiça à cápsula roscada

Nos anos 30 do século XVII Kenelm Digby inventa a garrafa de vidro. Cinquenta anos depois, uma segunda revolução, com o desenvolvimento da rolha de cortiça.

As primeiras rolhas de cortiça eram cónicas e em 1680 D. Pérignon deu-lhes o lugar das rolhas de madeira no gargalo de uma garrafa com vinho espumante.

Em 1830 surgem os equipamentos capazes de introduzir rolhas cilíndricas nos gargalos das garrafas e 60 anos depois são fabricados os primeiros aglomerados de cortiça.

Em 1903 inventam-se as rolhas de duas peças, com a parte inferior de cortiça natural e a superior com aglomerado.

Nos nossos dias, produzem-se rolhas de cortiça de diferentes tipos e dimensões – de cortiça natural, de aglomerado, mistas, cilíndricas, cónicas, para champanhe, de inserção manual, ‘twin top’, etc.

O nascimento da cápsula de rosca (screwcap) é bem mais recente. Em 1959, a companhia francesa La Bouchage Mécanique introduz o Stelcap-vin depois da Stelcap ter provado eficiência com espirituosos e licores. Em 1970, a Australian Consolidated Industries adquiriu os direitos de fabricaçao e a Stelcap foi rebatizada por Stelvin.

Da rolha de cortiça à cápsula roscada

Da rolha de cortiça à cápsula roscada

 

No entanto, o receio do fracasso junto dos preconceitos do consumidor manteve este ‘screwcap’ em ‘stand-by’ até começarem os problemas com a rolha de cortiça natural. A partir de 2000, o uso desse vedante começou a crescer exponencialmente e em 2004 calcula-se que cerca de 200 milhões de garrafas de vinho australiano foram seladas com cápsula roscada. O movimento contagiou a Nova Zelândia que forma em 2001 a New Zealand Screwcap Initiative. Nessa data, 1% dos vinhos neozelandeses usavam cápsula roscada. Em 2004 era já 70%.

 

Quais vinhos harmonizam com o verão?

 

 Vinhos de verão

Começou o verão, e o clima e as altas temperaturas estão a cada dia mais altas. O nosso organismo é extremamente atento a este tipo de mudanças climáticas, e por conseqüência, nossos hábitos de consumo já começam também a mudar. Se no inverno, num clima mais frio sentimos vontade de beber uma taça de um tinto encorpado e cálido, já no calor, o nosso corpo nos pede bebidas refrescantes, ligeiras que se bebam a temperaturas baixas, então é aí que está a chave do tipo de vinho que temos que escolher. Na verdade e só “escutar” o que o nosso organismo está querendo falar.

Se pensarmos quais são esses vinhos que tem estas características vamos encontrar facilmente o vinho adequado para acompanhar estes dias de verão que começam.

Refrescantes:

O que refresca num vinho é sua acidez, e ela é o elemento principal do equilíbrio dos vinhos brancos, lembrando que a acidez está em constante declínio, pelo tanto os vinhos que vai ter esta caraterísticas são exclusivamente os vinhos mais jovens. Não adianta pensar só no tipo de uva, mas sempre temos que estar muito atento a idade do vinho. Um Sauvignon Blanc 2014 ou 2013 por exemplos serão extremamente refrescantes, já que sua acidez estará intacta, muito intensa, entregando aquele lado vivo e nervoso que é a “marca registrada” dos vinhos elaborados a partir de esta uva.

A Sauvignon Blanc é a uva que melhor acompanha os dias quentes de verão, com esse clima que quase nos queima a pele. Uma taça de um vinho desta uva se converte num elixir, numa delicia de frescor! Não tem melhor momento que um dia de piscina e uma taça de Sauvignon Blanc bem gelado sempre a mão.

Quais vinhos harmonizam com o verão?

Quais vinhos harmonizam com o verão?

A Natureza é sabia:

Se agora pensarmos nos tipos de alimentos que nosso organismo prefere nos dias quentes, lógico que não vai ser o churrasco, mas sim um peixinho fresco, talvez um Ceviche ou até uma salada verde. É aí que aparece de novo a magia do vinho desta uva, que se adapta maravilhosamente a este tipo de preparações, ou seja, o Sauvignon Blanc combina perfeito com a praia, com o sol, e também com esses momentos descontraídos durante o clima de verão.

Importante é que tenham sempre cuidado e atenção de escolher vinhos jovens, pois vão entregar uma acidez mais marcada, que é de fato o que vai ser importante em termos de equilíbrio e da qualidade do vinho.

Deixo aqui abaixo alguns dos meus favoritos:

Vinho Calcu Sauvignon Blanc. Chile.

Vinho Casas del Bosque Casa Viva Sauvignon Blanc . Chile

Nederburg Winemaster´s Reserve. África do Sul