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Homem morre despois de beber detergente no lugar de vinho

Domingo passado em um café em Benircarlo, localizado no leste da Espanha um homem morreu ao beber um copo de detergente no lugar de vinho branco, relatos da imprensa espanhola.

Andres Lorente pediu um copo de vinho branco e no lugar, foi servido detergente. No entanto ao invés de vinho branco, foi servido detergente incolor e inodoro, que foi armazenado dentro de uma garrafa de vinho vazia, e indevidamente levado à geladeira.

Lorente foi levado às pressas ao hospital, mas antes que pudesse ser levado de helicóptero para um centro especializado para o tratamento, faleceu devido as queimaduras internas na traqueia, garganta e no estômago.

A polícia espanhola prendeu o proprietário do café por suspeita de homicídio culposo e logo após foi liberado devido o pagamento da fiança. O bar foi fechado após o incidente.

 

Home more despois de beber detergente no lugar de vinho

Home more despois de beber detergente no lugar de vinho

 

Borras ou sedimentos: Sabe a diferencia? Isso é ruim?

Há um tema muito interessante que todos os amantes de vinho devem ter passado ao menos uma vez na vida. Estou me referindo à presença de algo estranho, meio escuro, no fundo da garrafa. Seguramente você deve estar pensando que podem ser as “borras”… Sim, são as mesmas, mas o detalhe é que ‘borras’ não é o nome correto, e sim “sedimentos”. Borras são os restos das películas e das sementes de uvas somadas às  leveduras após terminada a fermentação alcoólica, ou seja, as borras ficam no fundo da cuba, uma vez que o vinho já está fermentado. No caso dos sedimentos, a história é diferente.

Esses sedimentos, que aparecem no fundo da garrafa (e que muitas vezes conseguem ate chegar a nossa taça) são compostos por partículas corantes naturais da casca da uva (antocianas) e taninos, e indicam que o vinho foi só parcialmente filtrado com a finalidade de mantê-lo, estes elementos que aportam características qualitativas.

Existem muitos vinhos no mundo que são superficialmente filtrados para manter qualidades relacionadas aos aromas e sabores finais do produto. Muitas garrafas, até advertem no rótulo:  “Este vinho não foi filtrado com a finalidade de manter todas suas características e qualidades e pode apresentar sedimentos”.

 O fato de vinho ter sedimentos não é um fator negativo

O importante e entender que, o fato de vinho ter sedimentos não é um fator negativo. Este é   um processo natural físico-químico no qual as moléculas que entregam a cor, os aromas e os sabores aos vinhos  se unem ficando de com peso maior e caindo no fundo do líquido.

A solução para isto é a decantação, que tem como objetivo impedir que estes sedimentos cheguem na taça.

Borras ou sedimentos Sabe a diferencia Isso é ruim...claro que não

Borras ou sedimentos Sabe a diferencia Isso é ruim…claro que não

 

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Vinhos de Autor = Cozinha de Autor

Quando tento resumir o significado de “Vinhos de Autor”, sempre vem à minha cabeça um exemplo que acho que define isto de uma maneira perfeita, e tem a ver com a gastronomia.

Usando a imaginação, vamos pensar em tudo o que tem a ver com um restaurante de grande porte, tipo um de “comida rápida”, onde não existe uma gastronomia como tal, mas, sim, um cuidado por produzir algo em cadeia, milhares e milhares de preparações por dias, muitas pessoas, e, na verdade, não tenho nada contra, mas o fato é que você pode comer em um destes locais em qualquer parte do mundo e vai ter um prato (ou sanduíche) de um nível razoável, que vai matar a fome, e isso, não mais que isso. Em resumo, uma fábrica…

No vinho acontece algo muito similar. É só pensar numa lógica que nunca dá errado e tem a ver com a quantidade de produção de um produto. Se colocam atenção, sempre os melhores vinhos, independentemente de seu lugar de origem, tem uma coisa em comum: são elaborados em poucas quantidades. Isso explica que muitos vinhos desconhecidos são de excelente qualidade, exatamente por serem desconhecidos, depois quando já ganham fama, por fim, o enólogo está obrigado a “colocar mais água no feijão”, ou seja, a produzir mais vinho do que no começo produzia, para poder atender as demandas do mercado. Aí, a qualidade cai enormemente, porque as produções são muito maiores.

Vinhos de Autor = Cozinha de Autor

Vinhos de Autor = Cozinha de Autor

Agora voltando ao exemplo da gastronomia, um Vinho de Autor tem a graça de ser produzido de maneira artesanal. Muitas vezes o autor nem pensa em vender uma garrafa; é para beber com a família, com os amigos, com os outros enólogos… Assim, o esforço em conseguir um produto de qualidade se torna seu objetivo. Tudo isso faz com que estes vinhos tenham uma produção baixíssima, de, às vezes só uma barrica (de 225 litros) que dá 300 garrafas, mas a qualidade destes vinhos impressiona até aos mais espertos.

Na gastronomia seria comparar com um chef que cozinha por prazer, um chef de grande qualidade, claro, mas que pode elaborar seus pratos com o máximo dos cuidados, para um grupo pouco numeroso… Imagine agora Alex Atala cozinhando só para você… Agora imagine esses enólogos top’s, a nível mundial, elaborando umas poucas garrafas para beber com os amigos…

 

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Morre Denis Dubourdieu, considerado o papa do vinho branco

Enólogo francês, um dos mais respeitados pesquisadores da vitivinicultura, perdeu a batalha contra um câncer

O enólogo francês Denis Dubourdieu, considerado o papa do vinho branco e um dos mais respeitados pesquisadores da vitivinicultura, morreu nesta semana, após perder a batalha contra um câncer. A informação foi confirmada pelo Conselho da Classificação oficial dos vinhos de Bordeaux. Dubourdieu tinha 67 anos.

Nascido em uma família de viticultores, Dubourdieu dedicou toda a sua vida ao estudo e à produção de vinhos. Engenheiro agrônomo de formação, concluiu seu doutorado em 1982 com uma pesquisa sobre a composição macromolecular dos vinhos licorosos, um de seus maiores talentos, que mostra com o célebre rótulo L’Extravagant, um dos maiores Sauternes do mundo e um favorito entre os especialistas. Há quem diga que o vinho branco bordalês existe antes e depois de Dubourdieu. Ávido pesquisador, é considerado um dos maiores especialistas em vinificação e no envelhecimento de brancos.

O francês Denis Dubourdieu, eleito homem do ano pela revista "Decanter"

O francês Denis Dubourdieu, eleito homem do ano pela revista “Decanter”

Foi professor de enologia da Universidade de Bordeaux desde 1987, responsável por formar gerações de enólogos, publicou mais de 200 artigos científicos, e fundou o Institut des Sciences de la Vigne et du Vin em 2009, um prestigioso centro de pesquisa. Este ano, foi eleito o “homem do ano” pela revista Decanter, um grande honraria do mundo do vinho.

Sua lista de realizações é imensa e sua importância entre os amantes do vinho é unânime. Na internet, sua morte é lamentada por nomes como o da crítica inglesa Jancis Robinson, que o citou como um homem de enorme talento. Além de seu vasto conhecimento, é também lembrado por sua simplicidade e generosidade.

Dubourdieu administrava as propriedades da família em Bordeaux (entre elas Château Reynon, Doisy-Däene e Clos Floridène). Também prestava serviços como consultor para inúmeras vinícolas como Château d’Yquem, Cheval Blanc e Margaux (Pavillon Blanc). Deixa a mulher Florence e seus dois filhos Fabrice e Jean-Jacques.

Fonte: Estadão

Morre Peter Mondavi, pioneiro de Napa Valley

Mondavi comandou a mais antiga vinícola da Califórnia, a Charles Krug, por 40 anos

Peter Mondavi, um dos pioneiros da vinicultura de Napa Valley, na Califórnia, morreu no último sábado (20), aos 101 anos, na propriedade da família em Santa Helena. Irmão de Robert Mondavi, ele comandou a vinícola mais antiga da Califórnia, Charles Krug, por 40 anos.

Fundada por um imigrante alemão em 1861, a vinícola Charles Krug foi comprada pelos pais de Mondavi em 1943. Peter e o irmão Robert trabalharam juntos na empresa da família por 22 anos, mas diferenças de visão sobre como administrar o negócio fizeram que Robert deixasse a Charles Krug em 1965 e abrisse sua própria vinícola um ano mais tarde, a primeira desde a Lei Seca. Robert Mondavi tornou-se um dos mais célebres produtores de vinho do mundo e morreu em 2008.

Peter assumiria o comando da Charles Krug em 1976, após a morte da mãe. Em entrevistas, ele sempre dizia que o maior orgulho de sua vida foi ter mantido o negócio na família, apesar de todas as crises que assolaram o setor e a região ao longo das décadas. De 2000 a 2010, investiu US$ 22 milhões para replantar 160 hectares considerados “premium” com as variedades de Bordeaux.

Morre Peter Mondavi, pioneiro de Napa Valley

Morre Peter Mondavi, pioneiro de Napa Valley

Sua relação com o mundo do vinho começou ainda na infância, quando ajudava o pai a preparar as caixas de madeira usadas em seu negócio de transporte de uvas.

Estudou economia na Universidade de Stanford em 1938, mas acabou sendo atraído pela enologia, que cursou na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Lá, pesquisou a então polêmica fermentação a frio para vinhos brancos e rosés. Anos depois, ficou conhecido por seus brancos extremamente frescos e frutados. Afeito à modernização, Mondavi era visto como uma lenda entre os produtores de Napa — em 1986, foi eleito um dos 12 mais importantes. Em 1963, sob sua determinação, a Charles Krug foi a primeira vinícola de Napa a importar barris de carvalho franceses.

Mondavi aposentou-se apenas no ano passado, mas ainda era visto na vinícola, onde tinha de subir dois lances de escada para chegar a seu escritório. O comando da empresa é hoje dividido entre os dois filhos, Peter Jr. e Marc.

 

Fonte: Estadão

Palestinos mantêm vinícola ‘de resistência’ em meio ao conflito

Em um vale entre Belém e Jerusalém, palestinos estão usando uvas nativas para produzir vinhos finos no local que já abrigou uma igreja. E depois de décadas focando as vendas locais, a vinícola e monastério Cremisan tem oferecido aos visitantes uma experiência única, que combina vinho e história, destacando um alcance pacífico entre a agitação local.

Monges italianos começaram e fazer vinho na Cremisan em 1885, e evidências arqueológicas mostram que a bebida já era produzida na região milhares de anos atrás. O monastério atual foi construído no terreno de uma igreja bizantina do século 7o.

Por mais de um século, a Cremisan oferecia, sem alarde, vinhos de preços modestos a cristãos e judeus da região. Mas as vendas caíram depois das insurreições palestinas em 2000, a repressão israelense e a doença do monge que por décadas esteve no comando da produção da bebida. Por um tempo, o futuro da vinícola pareceu em xeque.

Palestinos mantêm vinícola 'de resistência' em meio ao conflito

Palestinos mantêm vinícola ‘de resistência’ em meio ao conflito

Cerca de dez anos atrás, “havia muitos problemas, certamente”, diz Della Shenton, responsável pela distribuição do Cremisan no Reino Unido. Mas as coisas começaram a melhorar em 2008, quando Riccardo Cotarella, um dos mais respeitados enólogos italianos fez um compromisso de longo prazo para ajudar a marca.

Cotarella focou nas únicas uvas locais –as brancas hamdani e jandali– no lugar da chardonnay, e no vinho tinto feito com a baladi asmar, não merlot.

“Agora vemos uma diferença tremenda”, diz Shenton. “Vemos uma enorme melhora na qualidade”. No ano passado, o famoso restaurante londrino Ottolenghi –cujos donos são israelenses e palestinos– escolheu o Star of Bethlehem da Cremisan, feito com um blend de hamdani e jandali, como seu vinho do mês. O mesmo rótulo rendeu elogios de Jancis Robinson, autor de “The Oxford Companion to Wine”.

Em uma tarde no meio de setembro, um ônibus turístico com visitantes ingleses chegou à Cremisan, e alguns noruegueses chegaram de táxi. Todos foram recebidos por três cristãos palestinos que trabalham para preservar a histórica cultura vinícola, que emprega muitos locais.

Um dos visitantes ingleses ficou impressionado. “É suave e seco, um vinho de qualidade, surpreendentemente bom”, disse Andrew Strachan.

Palestinos mantêm vinícola 'de resistência' em meio ao conflito

Palestinos mantêm vinícola ‘de resistência’ em meio ao conflito

Uma chave do plano de longo prazo da Cremisan foi produzir pensando em palestinos. O enólogo Laith Kokaly, 29, da comunidade vizinha de Beit Jala, diz que seu avô fazia vinho em casa, e que muitos cristãos locais têm uma herança similar.

Fadi Batarseh, 24, de Jerusalém oriental, é um dos especialistas da Cremisan, e outro jovem de Belém tem ajudado com o marketing. Kokaly e Batarseh passaram, cada um, três anos na Itália estudando a produção de vinhos com o apoio de Cotarella.

Quem visita a Cremisan também observa como a região era em tempos antigos. Terraços de pedra, vinhedos e oliveiras com centenas de anos revestem as colinas, e um dos jardins exibe prensas para azeite e vinho encontradas próximo dali.

A vinícola também desconstrói alguns preconceitos sobre o Oriente Médio. Palestinos cristãos e muçulmanos trabalham juntos nos vinhedos, e assim o fizeram por décadas, e o funcionário mais antigo do local é muçulmano (ele não bebe). Os lucros da empresa ajudam a financiar programas para órfãos e jovens da região.

Mas a política da região também teve efeitos. Grupos de igrejas de todo mundo se opuseram a um plano de Israel de expandir uma barreira ao longo do vale, dizendo que isso forçaria a retirada de 58 famílias das terras ancestrais de suas famílias.

Depois de anos de disputa, o caso foi levado à Suprema Corte israelense, e a construção do muro foi iniciada em agosto. Israel diz que ele é necessário por motivos de segurança.

Os trabalhadores da vinícola buscam uma solução pacífica. A empresa tem agora um distribuidor nos EUA pela primeira vez, uma loja de lembranças e uma nova página no Facebook.