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Barossa Valley: O vinho Shiraz mais famoso da Austrália

Os Shiraz de Barossa Valley entre os melhores do mundo

Admitindo que, com mais de 45.000 hectares plantados, a Shiraz se tornou na assinatura vinícola da Austrália, não surpreende que Barossa lidere a sua produção, como se explica que incorpore, em grandes proporções, as garrafas de Penfolds Grange, o vinho mais famoso deste vale da Austrália do Sul e do país.

Entre tons de violeta a negro-tingido e enriquecido por frutos com caroço, quase sempre as variações no estilo local de Shiraz são definidas mais pelas preferências e gostos dos vinicultores e não tanto por diferenças climáticas. Alguns shiraz de Barossa muito trabalhados, provam-se secos, com madurez, tanino e carvalho em abundância equilibrada. Outros, assumem um perfil mais refinado, semi-encorpados, menos maduros, com menor exposição a carvalho novo e, nesse sentido, com uma composição mais fragrante e floral.

Mesmo tendo em conta o vasto espectro de opções de estilo, a comunidade multi-geracional de vitivinicultores do vale parece partilhar a mesma noção de que a busca de tendências e de modas não evitam retirar algum protagonismo ao principal valor da região: uma tradição já com 170 anos de produzir o melhor Shiraz da Austrália. Concorde-se ou não com a premissa, no final do século XX, a reputação mundial do Shiraz de Barossa assentava numa clara distinção face às uvas da mesma casta de regiões como Côte-Rôtie, Châteauneuf-du-Pape e da Califórnia. O Shiraz de Barossa era único e, como resumiu famosa wine writer Jancis Robinson “Barossa Valley tornou-se na região quintessência do vinho australiano.

Vinhedos de Barossa Valley

Vinhedos de Barossa Valley

Outras uvas importantes em Barossa Valley

Além da sua casta incontornável, Barossa Valley produz várias outras variedades com destaque para o Riesling trazido para a zona, no século XIX, pelos colonos germânicos e que chegou a ser predominante na história do Vale. Acolheu igualmente Semillon, Chardonnay, Grenache, Mourvedre, Cabernet Sauvignon e ensaios ainda mais recentes como os das variedades Sagrantino, Tempranillo, Zinfandel, Touriga Nacional e Savagnin a que se juntaram vinhas seculares mantidas em anonimato e recentemente recuperadas: Carignan, Cinsault, Durif, Marsanne, Petit Verdot, Roussane. Esta diversidade renovada contribui para a experimentação e rejuvenesce a criatividade dos vinicultores locais.

A uva Riesling

Apesar da sua reputação de ser uma região de vinhos tintos, Barossa também produz uma quantidade significativa de branco. Nos últimos tempos, o recorrente Riesling tem-se mudado para as zonas mais elevadas e frescas, como é o caso do Éden Valley. Esta migração permitiu um aperfeiçoamento notório e o reforço da reputação internacional dos Riesling dali originários.

A uva Semmillon

As vinhas de Semillon, por sua vez, evoluíram para gerar uvas com um tom único de casca rosada que as distinguem tanto do Semillon de Bordéus, como do produzido em Hunter Valley, na província aussie de Nova Gales do Sul.

Nos tempos mais recentes, os vinicultores levam a cabo a fermentação do Semillon mais em aço inoxidável do que em carvalho.

A uva Chardonnay

O Chardonnay também está presente. É colocado em carvalho e sujeito a fermentação maloláctica. Dá origem a vinhos grandiosos, de corpo denso e cremosos, frequentemente galardoados.

Veja a primeira parte dessa matéria:

 

 

Conheça o Cannawine, vinho feito à base de maconha

A bebida só é vendida na Califórnia, nos Estados Unidos, e promete “unir dois grande prazeres”, segundo o site oficial

Você pode não acreditar, mas um grupo de profissionais e amigos da Califórnia, nos Estados Unidos pesquisaram por dois anos uma forma mágica de unir a maconha e o vinho e, em 2015, conseguiram selar essa união com um produto que ganhou o nome de Cannawine.

Por enquanto, o vinho está disponível apenas para venda em lojas físicas na Califórnia e é comercializado para fins medicinais. No estado americano, há várias “farmácias” que vendem legalmente a maconha para estes mesmos fins.

“Combinamos novas sensações, criatividade, inovação e sabores reais”. É um produto ousado e pioneiro que combina o melhor da indústria de fabricação de vinho com a exuberância da cannabis.

 

Cannawine

Cannawine

 

Por esta razão, estamos orgulhosos de agradecer não só àqueles que têm colaborado para tornar este desafio possível, mas também àqueles que decidiram experimentar e confiar em nós”, diz um texto no site oficial do produto.

Para comprar o produto, é necessário desembolsar uma quantia bem pesada de US$ 120 (R$ 386) a US$ 400 (R$ 1288) por apenas meia garrafa.

“Vinho aromatizado com extrato de maconha, com 14,5% de teor de alcoólico, são usadas 50% uvas Garnacha e 50% de Cariñena, cada frasco contém 50 mg de extrato de maconha e cada garrafa tem 500 ml”, avisa o site oficial do produto.

 

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A revista The Drinks Business escolhe os vinhedos mais extremos do mundo

 

Veja a segunda parte da lista elaborada pela revista The Drinks Business dos vinhedos mais extremos do mundo.

Les Amis de Farinet (Suíça): 

Propriedade do próprio Dalai Lama é o menor vinhedo do mundo já registrado. Composto por apenas três vinhas, nele são cultivadas variedades Pinot Noir e Chaselas, que juntas com uvas de outros vinhedos são capazes de produzir até mil garrafas, vendidas ao preço de US$ 35 mil em leilões beneficentes.

Les Amis de Farinet (Suíça)

Les Amis de Farinet (Suíça)

Sahara Vineyards (Egito): 

Localizado perto de Cairo, no Egito, a propriedade possui mais de 600 hectares, onde são produzidas 30 variedades de uvas diferentes. Diante das dificuldades provenientes das mudanças bruscas entre as temperaturas extremas do dia e da noite e da total falta de chuva, 30 toneladas de adubo são usadas para cada hectare como forma de dar às vinhas os nutrientes necessários para que tenham um crescimento saudável.

Viñedos Sahara Vineyards - Egito

Viñedos Sahara Vineyards – Egito

Domaine de Beudon (Suíça): 

A mil metros acima do nível do mar, o vinhedo suíço está agarrado a uma montanha rochosa. Só é possível acessá-lo através de uma trilha extremamente íngreme na montanha ou usando o teleférico particular da propriedade.

Domaine de Beudon (Suíça)

Domaine de Beudon (Suíça)

The Siam Winery (Tailândia):

Situadas no delta do Chao Phraya, as vinhas flutuantes são talvez as mais incomuns. Elas são plantadas em ilhas separadas por canais que impedem que as uvas sequem devido ao extremo calor.

The Siam Winery (Tailândia)

The Siam Winery (Tailândia)

Cooperativa da ilha do Fogo (Cabo Verde):

O terreno se compara com o da lua e é uma das regiões viticultoras mais surreais do mundo, localizada na base de um vulcão ativo, cuja última erupção foi em 1995.

Cooperativa da ilha do Fogo (Cabo Verde)

Cooperativa da ilha do Fogo (Cabo Verde)

Blaxta Vineyard, Flen (Suécia):

Com vinhedos situados no paralelo 59, onde cultivar uvas se torna praticamente inviável, faz com que essa região seja impressionante. Este talvez seja o vinhedo mais setentrional do mundo com apenas 3 hectares.

Blaxta Vineyard, Flen (Suécia)

Blaxta Vineyard, Flen (Suécia)

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Conheça o vocabulário do vinho: Calcário, calda bordalesa e muitos outros

Cabeça: Primeiros litros de um destilado a sair de um alambique. São compostos pelos produtos mais solúveis no álcool e que fervem a temperaturas mais baixas. São eles o álcool metílico, aldeídos, ésteres, ácidos voláteis e alcoóis superiores.

Cabernet Franc: Variedade tinta internacional, pouco produtiva mas apreciada pela sua qualidade. Proporciona vinhos de bom tanino, embora de evolução mais rápida que os de Cabernet Sauvignon. Por isso, costuma utilizar-se em muitas regiões em assemblage com esta última variedade. Emprega-se para a elaboração de vinhos varietais no Loire (Chinon, Bourgueil e Saumur-Champigny) onde se conhece com o nome de Bretón. Em Anjou vinifica-se como rosado.

Cabernet Sauvignon: Variedade tinta internacional, muito apreciada para elaborar grandes vinhos de estágio. Oferece produção média e é sensível ao oídio. A sua pele escura proporciona um tanino intenso, de grande estrutura e de extrema elegância. Para acelerar a sua evolução, mistura-se, por vezes, com vinhos menos intensos, como os de Merlot, Cabernet Franc, Malbec ou Tempranillo. É a casta tinta mais prestigiada em todo o mundo, utilizando-se em praticamente todos os países produtores da Europa, Américas, Austrália e África.

Cabra: Odor animal que pode ser detectado em certos vinhos com aromas a especiarias e gordos, como o gewürztraminer da Alsácia e do Rhein Pflaz.

Caça: Odor animal muito forte, característico dos vinhos evoluídos que sofreram uma forte redução na garrafa.

Cacau: Aroma nobre, característico de algumas velhas colheitas. Pode detectar-se em garrafas veneráveis de vinhos tintos, assim como Portos e vinhos rançosos catalães.

Cacho de uvas: Conjunto de bagos de uva seguros por um pedúnculo principal, por eixos secundários e pedúnculos secundários. Um cacho é formado pelo engaço e pelos bagos.

 

Conheça o vocabulário do vinho. Calcário, calda bordalesa e muitos outros

Conheça o vocabulário do vinho. Calcário, calda bordalesa e muitos outros

 

Café: O provador distingue entre os aromas de café de origem diferente. O primeiro pertence à família vegetal, pois trata-se do aroma do café verde, que, muitas vezes, se associa a certas variedades taninosas como a Cabernet Sauvignon. Apresenta-se também como um aroma que recorda o café torrefacto, pertencendo, pois, à família empireumática. É um aroma terciário que se encontra em vinhos evoluídos, geralmente de qualidade e que provém das piracinas.

Caixa: Embalagem de madeira ou de cartão que se utiliza para a expedição dos vinhos engarrafados. Contém, em geral, 12 ou 6 garrafas de 0,75 l. Nas transações comerciais funciona como medida: 1 caixa igual a 12 garrafas igual a 9 litros.

Calcário: Rocha formada essencialmente por carbonato de cálcio, activo ou não. Faz parte do solo e apresenta no subsolo formas diversas (giz, marga, tufo, etc.) Os solos calcários são valorizados em certas regiões, como é o caso da Borgonha e dos alvacentos jerezanos.

Calda bordelesa: Mistura de sulfato de cobre e de cal, diluídos em água que se aplica na vinha como tratamento contra o míldio, a antracnose e outras doenças e pragas.

Calda borgonhesa: Solução fungicida de sulfato de cobre e carbonato de sódio.

Caldeira, vinho de: Vinho destinado a ser destilado para a produção de cognac, de armagnac ou de aguardente.

Cálice: Como especialmente o que é utilizado em certos rituais litúrgicos judeo-cristãos para consagrar ou ofertar o vinho.

Caloroso: Diz-se de um vinho robusto, potente, que manifesta uma riqueza alcoólica, que aquece a boca.

Câmara fria: Local especialmente acondicionado para o processamento frigorífico dos mostos antes da sua fermentação, sobretudo em zonas quentes. Utiliza-se também para arrefecer os vinhos e favorecer a precipitação dos tartaratos antes do engarrafamento.

Camarèse: Variedade tinta cultivada em Châteauneuf-du-Pape, no vale do Ródano. Os ampelógrafos preferem o termo Vacarèse ao da Camarèse. É uma das treze variedades autorizadas na AOC Châteauneuf-du-Pape.

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Vocabulário do vinho: Balthazar, Balsâmico, Baco Noir e muitos outros

Baco:

Nome romano de Dionísios, deus grego da vinha e do vinho.

 Baco Blanc ou Baco 22: 

Cepa híbrida criada em 1898 por François Baco, a partir de um cruzamento entre Folle Blanche e Noah. Autorizado no Armagnac e nalguns vinhos de mesa do Sudoeste da França.

 Baco Noir:

Cepa híbrida, criada em 1902 por François Baco, a partir de um cruzamento entre Folle Blanche e uma Vitis riparia. Cultiva-se principalmente nos Estados Unidos.

 Bactérias:

Microrganismos que estão presentes na fermentação maloláctica (bactérias lácticas). Algumas bactérias podem causar doenças ao vinho, como é o caso do avinagramento originado pela bactéria acética.

 Baga:

Uma das cepas tintas mais cultivadas em Portugal, sobretudo na Bairrada e no Dão. Na Bairrada dá um vinho com boa cor e estrutura, quando proveniente de cepas cultivadas em terrenos argilo-calcários e de uvas bem maduras.

Quando cultivada em maus terrenos e colhida demasiado cedo produz vinhos magros, adstringentes e pouco equilibrados.

 Bagaceira:

Aguardente portuguesa proveniente da destilação de bagaços.

 Bagaço:

Parte sólida resultante da prensagem de uvas frescas. Depois de obtido o vinho da prensa, os bagaços podem ser utilizados como adubo ou para destilação e obtenção de aguardente de bagaço.

 Bago:

Grão de uva que se compõe de película, polpa e grainha. O pedúnculo é extraído ao retirar-se as partes verdes da vindima. Os bagos das diferentes castas de uvas diferem na forma, na cor, no tamanho e no sabor.

 

Vocabulário do vinho: Balthazar, Balsâmico, Baco Noir e muitos outros

Vocabulário do vinho: Balthazar, Balsâmico, Baco Noir e muitos outros

 Bagoínha:

Corresponde ao desenvolvimento de bagos que, no entanto, se conservam pequenos enquanto os restantes têm um crescimento normal. Na maturidade, estes bagos são apirénicos, mais açucarados e menos ácidos. Quando a proporção de bagoínha é importante, a colheita decresce no aspecto qualitativo.

 Bairrada:

Denominação de Origem Controlada Antiga e importante região de vinhos portuguesa. Com um rico passado vinícola, só em 1979 passou a Região Demarcada. Aqui se produzem alguns dos melhores tintos e espumantes nacionais. As castas predominantes são a Baga para os vinhos tintos e Maria Gomes e Bical para os brancos.

 Balanço:

Sensação de proporção nas várias componentes do vinho: álcool, acidez e tanino.

 Balsâmicos:

Aromas presentes no vinho que lembram incenso, resinas ou bálsamos vegetais. É um aroma nobre.

 Balseiros:

Recipientes em madeira de grande volume, colocados em posição vertical, onde o Vinho do Porto permanece em contato com o ar, submetendo-se assim a um envelhecimento oxidativo.

 Balthazar:

Nome dado a uma garrafa, normalmente na região de Champanhe, que tem capacidade para 12 litros, ou seja, 16 garrafas normais e utilizada sobretudo pelos espumantes. Este tipo de garrafa é hoje em dia muito pouco utilizado.

 Banal:

Diz-se de um vinho com falta de originalidade ou carácter.

  Banana:

Odor frutado que se detecta principalmente nos vinhos muito jovens ou novatos, saídos da maceração semicarbónica ou fermentados a temperatura fresca. Denomina-se também odor amílico.

 

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Vocabulário do vinho

 

Você sabe o que significa “vinho cansado”?

Conheça algumas importantes palavras usadas no vocabulário do vinho.

Cana-de-açúcar: Planta que proporciona o mais apreciado dos açúcares, quando se trata de preparar os licores de expedição dos grandes vinhos espumosos. Por vezes, emprega-se para chaptalizar os vinhos sem álcool nas colheitas fracas dos países de clima frio (embora, neste último caso, se costume recorrer à beterraba mais barata).

Cândi: Açúcar purificada e cristalizada que se utiliza em zonas frias e de más colheitas para chaptalizar os mostos insuficientemente açucarados e obter um ou dois graus mais de álcool.

Canela: Aroma a especiarias de certos vinhos muito ricos, sobretudo brancos estagiados em madeira ou certos tintos generosos e gordos. A sua origem natural corresponde ao aldeído cinâmico formado durante o estágio.

Cannaiolo: Uma das variedades tintas cultivadas na Toscana (Itália) que entram na composição do Chianti.

Cannonadu ou Cannonao: Na Sardenha, nome local da variedade tinta Grenache (também chamada Cannono).

Cañocazo: Variedade branca, muito doce, que foi muito cultivada no Jerez para misturar com Pedro Ximenez e Palomino. Hoje, não se cultiva na Andaluzia, porque é propensa ao “corrimiento” (doença das videiras – má fecundação), mas encontra-se na Austrália.

Cansado: Diz-se de um vinho que surge na garrafa sem vigor, sem aromas, e sabores perdidos por excesso de estágio sem engarrafamento.

Canteiro: Processo natural de envelhecimento do vinho Madeira. O canteiro são as traves existentes na cave onde possam as barricas de Madeira.

Capitoso: Vinho com elevado grau alcoólico.

Caprílico: Odor dado pelos ésteres de ácidos gordos (que dão, principalmente, aromas pesados).

Conheça o vocabulário do vinho

Conheça o vocabulário do vinho

Cápsula: Peça de plástico ou de metais autorizados, em forma de capuz, que serve para proteger a cortiça e o gargalo, vestindo a garrafa. Ao proceder-se ao desenrolhamento deve cortar-se a cápsula por debaixo do aro do gargalo, para que não entre em contato com o vinho.

Cápsula-coroa: Rolha metálica que se utiliza para fechar provisoriamente as garrafas de vinhos espumosos que fermentam na garrafa, durante a formação de gás carbónico.

Carácter: Conjunto de qualidades que dão personalidade própria ao vinho e permitem distingui-lo de outros.

Caramelizado: Vinho com sabor e aroma a caramelo.

Carbonated wine: Vinho espumoso de qualidade inferior, gaseificado industrialmente.

Carbonato de cálcio: Sal neutro do ácido carbónico que, em zonas frias ou em colheitas ácidas, se utiliza para desacidificar mostos e vinhos.

Carbónico, gás ou dióxido de carbono: Substância que diluída no vinho produz um ligeiro pico na língua e dá, especialmente aos vinhos novos, frescura, nervo e vivacidade.

Carignan: Variedade tinta do vinhedo mediterrânico que dá vinhos aveludados, com ligeiro tanino, ricos em álcool natural. Na Europa não é uma uva especialmente apreciada, mas costuma utilizar-se como complemento da Grenache. Na Rioja, chama-se Mazuelo. Na última década tem conseguido excepcionais vinhos no extremo sul do Chile.

Carménère: Variedade de cepa tinta, muito utilizada em Bordéus antes da filoxera. É uma cepa de qualidade hoje emblemática no Chile, que dá vinhos amplos e coloridos, com menos taninos que os de Cabernet.

 

Conheça as diferencias entre Vinho de mesa e vinho fino

Vinho de mesa e vinho fino não são meros termos vagos, usados indiscriminadamente por quem produz ou comercializa vinhos, mas, sim, nomenclaturas oficiais de fundamental importância para o amante do vinho.

Para entender a diferença entre vinho de mesa e vinho fino, é necessário saber um pouco sobre a planta produtora da uva. A videira pertence ao gênero Vitis, que possui mais de quarenta espécies, entre as quais a Vitis vinifera, que, por sua vez, conta com mais de cinco mil variedades, como as famosas Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay.

Existem ainda outras espécies, como a Vitis labrusca, Vitis rupestris, Vitis riparia e Vitis bourquina. Estas, chamadas de uvas de mesa (também conhecidas como uvas americanas), são mais adequadas para o consumo direto e para produção de sucos e uvas passas, mas também são capazes de produzir vinho, embora de qualidade inferior em relação aos produzidos com uvas Vitis vinifera (também chamadas de uvas finas). Disparidade causada pela sua diferença estrutural – a espécie Vitis vinifera é menor e tem casca mais grossa e densa.

Conheça as diferencias entre Vinho de mesa e vinho fino

Conheça as diferencias entre Vinho de mesa e vinho fino

ENTENDA O RÓTULO: Vinho de Mesa e “inho Fino

Sendo assim, os termos “Vinho de Mesa” e “Vinho Fino” têm o papel de distinguir essas bebidas em duas categorias” os feitos a partir de uvas da espécie Vitis vinifera e os feitos com outras espécies. Sem saber a diferença entre eles, o consumidor pode acabar adquirindo produtos, que não correspondem às suas expectativas.

Se num rótulo ou contrarrótulo de vinho constar a denominação “Vinho Fino”, quer dizer que a bebida é composta exclusivamente de uvas de melhor qualidade. E mesmo que venha escrito “Vinho de Mesa Fino”, a bebida será completamente elaborada a partir de uvas Vitis vinifera, ainda que conste a palavra “Mesa” no rótulo. Assim, vinhos em cujo rótulo consta apenas o termo “Vinho de Mesa” é que serão elaborados com uvas americanas.

POR QUE DIFERENCIAR?

Essa distinção tornou-se necessária no Brasil, já que o país, por fatores econômicos ou culturais, é um dos poucos que permite a produção de vinhos com uvas americanas.

Isso se dá, porque durante nossa colonização as cepas da espécie de Vitis vinifera tiveram dificuldades para serem cultivadas, causando a prevalência da cultura de uvas de outras espécies, principalmente as tintas americanas Isabel e Concord e a branca Niagara.

Conheça as diferencias entre Vinho de mesa e vinho fino

Conheça as diferencias entre Vinho de mesa e vinho fino

CARACTERÍSTICAS

O vinho produzido a partir das uvas americanas, ou de mesa, tem aromas rústicos e paladar muito intenso, mas caiu no gosto popular do brasileiro pelo simples hábito de ser tomado em quantidade e pelo preço mais barato, e não propriamente pelas suas qualidades.

Esse padrão cultural do brasileiro foi determinante para a criação de regras para distinguir os vinhos feitos a partir de uvas viníferas – fino – e os feitos a partir de uvas americanas – de mesa.

No que diz respeito à qualidade dos dois, aliás, a vantagem dos finos em relação aos de mesa é grande. Os primeiros são, em geral, límpidos e brilhantes, lembrando frutas, notas florais e uma infinidade de outras percepções (tanto no olfato quanto no paladar), enquanto os segundos costumam ser opacos, com aromas fortes e sabores simples.

Assim, antes de comprar sua garrafa de vinho, leia com atenção todas as informações do rótulo para se certificar de que você está escolhendo realmente o tipo de vinho que procura, lembrando-se sempre que no mundo do vinho experimentar é o caminho mais curto para descobrir o que se gosta. Tente algo novo, junte os amigos e descubra. A certeza é uma só, vai ser muito divertido e prazeroso.

 

Aprenda a conservar uma garrafa que foi aberta, sem estragar

 

 Muitas vezes, abre-se uma boa garrafa de vinho que acaba não sendo totalmente consumida.

Como fazer, então, para conservar a bebida?

Infelizmente, quando em contato com o ar, o vinho começa a se deteriorar rápida e irreversivelmente.

Durante a fermentação e eventual estágio em tonéis de madeira, o oxigênio é benéfico à correta maturação dos vinhos, porém, uma vez engarrafados, passa a ser prejudicial. O fenômeno da oxidação também ocorre em vinhos fechados, mais lentamente, podendo levar muitos anos; em garrafas abertas, no entanto, a deterioração é notada rapidamente. Desaconselha-se até a decantação de vinhos muito antigos, pois, por serem mais frágeis, podem estragar no mesmo instante.

Quanto tempo dura uma garrafa que foi aberta, sem estragar?

Uma vez aberta a garrafa, a oxidação é apenas uma questão de tempo. Quanto tempo? O processo é gradual. A cada dia o vinho estará um pouco mais oxidado, até atingir um ponto em que se tornará impossível bebê-lo – pode demorar horas ou vários dias. Vinhos com mais corpo e mais álcool resistem mais. Nenhum, contudo, escapa à decrepitude e jamais será a mesma coisa no dia seguinte. Podemos usar de artifícios para retardar a perda de qualidade.

A maneira mais óbvia e menos eficiente de conservar uma garrafa aberta é arrolhando- a e colocando-a na geladeira. A refrigeração retardará a oxidação.

Outra maneira, por ser pouco eficiente e nada elegante, mas muito divulgada, é utilizar um canudinho de refrigerante e os próprios pulmões. Coloca-se um pouco de algodão na ponta do canudo para que a saliva não caia no vinho, enche-se o pulmão de ar e prende-se a respiração por alguns segundos. Em seguida, sopre no interior da garrafa. Com isso, ela se encherá de gás carbônico que, por ser mais pesado que o oxigênio, ocupará todo o recipiente. Deve-se arrolhar rapidamente a garrafa e guardá-la na geladeira.

Quanto tempo dura uma garrafa que foi aberta, sem estragar

Quanto tempo dura uma garrafa que foi aberta, sem estragar

O Vacu Vin

Há no mercado uma série de acessórios destinados a conservar garrafas de vinho abertas. O mais conhecido é o Vacu Vin, uma bombinha de sucção e rolhas de borracha que funcionam como válvulas. Com ele, pretende-se retirar o ar de dentro da garrafa. Além de o vácuo não ser perfeito, parte dos aromas do vinho sai junto com a operação.

Wine Saver

Uma outra traquitana é o Wine Saver, uma evolução do Vacu Vin. Trata-se de uma espécie de torneira que, instalada no gargalo, evita a entrada de ar ao se abrir a garrafa. Nesse caso, o vácuo é um pouco melhor, mas como o aparelho deve ser usado durante todo o serviço, o aspecto visual da garrafa fica comprometido.

Winekeeper

Outro equipamento é o Winekeeper, um cilindro portátil de nitrogênio, gás inerte que não altera o vinho. Funciona bem, mas você terá sua garrafa atrelada a um tubo, comprometendo a apresentação e o manuseio. Pode-se adquirir esses acessórios em sites na Internet ou em lojas especializadas.

Continua…

Qual a diferença de vinhos secos para vinhos suaves?

 
“suave” é uma palavra que no vocabulário técnico descritivo do vinho, significa que os taninos estão maduros, e se percebem com uma textura macia, delicada.

Acontece que no Brasil utiliza-se popularmente este adjetivo para  falar dos vinhos com conteúdo de açúcar residual presente, o seja, o suco de uva não fermentou e o vinho mantém a presença de açúcar natural da uva, que entrega um sabor levemente doce.

Qual a melhor ocasião para tomar um vinho suave?

São vinhos para o consumo diário, que não precisam de tanta atenção.  Geralmente são os preferidos  do consumidor que está começando a conhecer sobre vinho, pois que ainda não está acostumado aos mais secos.

Qual a melhor forma de harmonizar os vinhos suaves?

Vai depender da quantidade de açúcar residual que tenha o vinho. Se for uma quantidade baixa de açúcar, entre 5 a 10 gramas é possível fazer boas harmonizações com massas, carnes brancas e ate alguns peixes. Vou ressaltar, que para um melhor aproveitamento é necessário colocar na receita algum elemento que sirva como ponto de encontro entre o dulçor do vinho e o prato, por exemplo, uma massa que tenha como molho ou recheio de fruta.

Agora, se a concentração de açúcar for maior a 10 gramas é recomendável harmonizar com sobremesas, de preferência aquelas que tenham entre seus ingredientes o chocolate e as frutas vermelhas.

É verdade que os vinhos suaves são mais agradáveis ao paladar feminino?

Sim, sem duvida, mais também há exceções. Hoje em dia muitas mulheres passaram a conhecer  bem sobre degustação de vinhos e em geral, na medida em que o publico- independente do gênero evolui  no conhecimento, acaba por preferir  vinhos secos.

Quais são as uvas mais utilizadas na fabricação de vinhos suaves?

Todas!  Podem ser brancos, tintos ou rosé. Também podem ser vinhos com e sem borbulhas.

Vinhos suaves são mais fáceis de beber ou isso é mito?

Talvez, mas vai depender do gosto da pessoa. O mais importante a considerar é: Se o vinho suave tem muito açúcar não é recomendável beber antes o durante a comida, pois o açúcar inibe o apetite.

Qual a diferença de vinhos secos para vinhos suaves?

Qual a diferença de vinhos secos para vinhos suaves?

Quanto tempo tem de barrica? É uma pergunta inteligente?

Como já devem ter entendido nos posts anteriores sobre este tema, a madeira entrega uma grande quantidade de elementos aromáticos ao vinho. Mas tem outro detalhe e talvez ainda mais importante, é que a madeira cumpre uma função fundamental na polimerização dos taninos durante o tempo em que este se encontra estagiando nas barricas.

Como é necessário ter um vinho de boa estrutura para colocar dentro de uma barrica, estes vinhos, quando estão jovens e ainda não passam em madeiras, normalmente tem uma grande concentração de taninos que estão firmes (duros) e estes precisam se polimerizar, unindo-os com os antocianos (responsáveis pela cor do vinho). Assim, estes taninos vão  suavizando-se e adquirindo uma textura mais macia. Este processo ocorre com a ajuda do oxigênio, que penetra através dos poros das barricas e o vinho fica em constante “interação” com ele.

Quanto tempo tem de barrica? É uma pergunta inteligente?

Quanto tempo tem de barrica? É uma pergunta inteligente?

Este estágio deve ser interrompido só quando o vinho estiver pronto, e o único calendário que indica e define este momento é a degustação, ou seja, não existe uma receita sobre o tempo ideal para que um vinho esteja dentro de uma barrica e este período varia muito entre os diferentes países e estilos que existem.

Em termos gerais uma uva de qualidade que produz um vinho ótimo consegue agüentar em uma barrica de tostado meio (sim, existem vários temas em relação ao tostado das tabuas das barricas, mais abordemos em detalhe este tema em uma próxima oportunidade) uns 18 a 20 meses, após este tempo a barrica começará a “tampar” a fruta com seus aromas e sabores tostados e doces.

É importante entender que um vinho pode ter a quantidade de meses ou anos que for de guarda dentro de uma barrica, que isto pode não significar nada em relação à qualidade do vinho final. Por isso tenha cuidado com as perguntas que os iniciantes costumam fazer, pensando que estão fazendo uma pergunta inteligente, e na verdade não passa de absoluto esnobismo, isso de “quanto tempo tem de barrica”.  Muitas vezes o vendedor vai falar qualquer coisa, só para responder a pergunta, mais mesmo sem entender também o que está falando.

Este mundo dos aromas vindos pelas madeiras é muito atrativo e tem muitas informações para quem gosta de vinho e é curioso por aprender. Aqui no nosso blog, você vai encontrar muitas respostas relacionadas aos tipos de aromas que os vinhos possuem.

Um bom exercício, só pra começar, é degustar os vinhos de mesma uva e vinícola juntos, sendo um varietal (sem madeira) e outro reserva. Aí vai dar para sentir as diferenças aportadas por elas.

Depois nos conte como foi a sua experiência!