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Todo sobre o vinho verde

Com produtores ousados, o vinho verde, quebra tabus e conquista novos fãs além-mar

Campos frondosos no norte de Portugal, quase na fronteira com a Galícia espanhola, são a inspiração para o nome daquele que é conhecido como um dos vinhos mais emblemáticos do país. Fresquinho e levemente frisante, com teor alcoólico moderado, o vinho verde branco é um dos fermentados mais gastronômicos do mundo: combina como calor, vai bem com comida leve e com festa. Mas ele é muito mais do que um vinho clarinho. Aliás, essa é uma confusão comum: tintos, rosés e espumantes produzidos na região também recebem a denominação de vinho verde.

O termo vinho verde determina uma região de terras demarcadas já no começo do século 20. Situada no noroeste de Portugal, o lar do vinho verde tem Braga como cidade central e é delimitado pelo Rio Douro, ao sul, e pelo Rio Minho, ao norte, na fronteira coma Espanha. A oeste, a região é banhada pelo Oceano Atlântico, excelente terroir para o desenvolvimento das Acredita-se que a vegetação local exuberante tenha batizado a denominação de origem vinho verde, que data de 1949.

Vinho verde

Vinho verde

Outra vertente diz que esses vinhos são “verdes” porque não passam por estágio em madeira (embora alguns enólogos estejam fazendo boas experiências com maturação em carvalho). Seja qual for a origem do nome, erro é acreditar que assim são chamados por serem elaborados com uvas não maduras. “Pelo contrário, as uvas são colhidas no auge de sua maturação para a vinificação”, esclarece Bruno Almeida, enólogo da equipe de análise sensorial da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV).

O vinho verde branco quase todo mundo conhece: leve, refrescante, ácido, muito fácil de beber. O trabalho de alguns vinicultores e enólogos da região prova sua evolução. Aromas e sabores de castas típicas estão sendo valorizados em vinhos monovarietais (feitos de uma única variedade de uva) ou em cortes inesperados que conquistam nova legião de fãs. As inovações atingiram até as típicas bolhinhas desses vinhos, provenientes de uma leve injeção de gás carbônico, a chamada “agulha”: a injeção tem sido dispensada por alguns produtores interessados em revelar a autenticidade das uvas.

Vinho verde

Vinho verde

Para quem ama vinho verde ou quer conhecê-lo melhor, 2016 será um ano de delícias. A safra foi farta e vai garantir excelentes rótulos. “Podemos esperar vinhos com um ligeiro acréscimo de teor alcoólico e menos acidez, o que privilegiará o equilíbrio, a estrutura dos vinhos e sua longevidade”, diz o enólogo José Antas Oliveira, da empresa Viniverde. Com isso, ele quebra outro tabu sobre os verdes, o de que seria um tipo de vinho para consume imediato e com pouco potencial de guarda. Alguns rótulos têm vida longa, se bem conservados, e podem evoluir com o envelhecimento em garrafa.

 

 

Sabe a diferencia entre ácido málico e ácido láctico?


Essas e muitas outros significados importantes, que com certeza vão ajudar a entender melhor o vinho,  você vai aprender neste post de Winechef.

 

Acidificação:

Operação regulamentada, segundo as zonas de produção, que permite aumentar a acidez natural do mosto e dos vinhos, quando é insuficiente. A normativa da União Europeia só autoriza esta correção quando não vai junto da chaptalização simultânea. Utiliza-se o ácido tartárico e, em pequenas proporções, o ácido cítrico.

Acidímetro:

Instrumento usado na medição da acidez total.

Ácido:

Substância constitutiva dos vinhos. Há muitos ácidos que se detectam facilmente na prova: o tartárico, o málico, o cítrico, o acético. Existem também muitos outros ácidos nos vinhos (succínico, galacturónico, etc.). O excesso de ácido acético caracteriza os vinhos picados ou envinagrados.

Ácido acético:

Vinagre, que é um ácido acético diluído.

Ácido ascórbico:

Ou vitamina C, quando adicionado ao mosto durante a vinificação, juntamente com o dióxido de enxofre, impede a oxidação e ajuda a manter frescos os vinhos brancos.

Ácido cítrico:

Ácido constitutivo dos vinhos que proporciona acidez fresca. Por vezes pode ser atacado pelas bactérias da fermentação maloláctica.

Ácido láctico:

Resulta da decomposição do ácido málico. Forma-se durante as fermentações alcoólica e maloláctica. Dá suavidade ao vinho.

Ácido málico:

Está presente em muitas frutas, como a maçã. O ácido málico dá frescura ao vinho, provém da uva e diminui durante a maturação em garrafa ou quando se realiza a fermentação maloláctica.

Ácido sórbico:

Aditivo muito utilizado nas indústrias alimentar e de bebidas para neutralizar leveduras e bolores. Cheira excessivamente a folhas de gerânio pisadas para quem é muito sensível.

Ácido tartárico:

Acido orgânico que existe na uva e consequentemente no vinho. Principal ácido do vinho, parcialmente combinado com a potasa.

A fermentação maloláctica é realizada nas barricas e transforma o ácido málico em ácido láctico, deixando o vinho com uma menor acidez e aportando muitos novos aromas, da família dos lácticos.

A fermentação maloláctica é realizada nas barricas e transforma o ácido málico em ácido láctico, deixando o vinho com uma menor acidez e aportando muitos novos aromas, da família dos lácticos.

 

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