Conheça o vinho do Chianti

O que é?  Vinho tinto

Localização: Região de Toscana centro.

Variedade de uva:

Tintas: Sangiovese (predominante) e canaiolo.

Brancas: Trebbiano e Malvasia‎.

Clima: Subtropical Húmido, Clima oceânico (maior %) .

Tipo de solo dominante: Existem vários tipos de solo na região.  Calcária, vulcânicas, Argilosas e arenosas.

 

Legislação:

Marco regulatório em 1963

A introdução do marco regulatório em 1963 na Itália inteira trouxe ao mesmo tempo avanços e idiossincrasias para a cultura vinícola em todo o país. A legislação rigorosa permitia que o vinho Chianti pudesse ter em sua composição até 30% de uvas brancas, gerando uma invasão de vinhos claros e mais baratos de produtores de menor prestígio.

Conheça o vinho do Chianti

Conheça o vinho do Chianti

 

A nova legislação vinícola de 1984

Introduziu o conceito de IGT (Indicazione Geografica Tipica) para vinhos com formulação distinta e tornou mais maleáveis algumas das regras anteriores e deu força para a recuperação do Chianti, que foi elevado à categoria de DOCG (Denominazione d’Origine Controlatta e Garantita).

Ao mesmo tempo em que a denominação dava mais prestígio a todos os vinhos da região, indistintamente, por outro lado, limitou a adição de uvas brancas e abriu espaço para a utilização de 10% de uvas não-tradicionais, como Cabernet Sauvignon, permitindo que bons vinhos feitos com este corte ganhassem o direito de usar a denominação Chianti ou Chianti Classico, de acordo com a região.

De 1984 a 2006 passou a valer a seguinte norma de produção:

Chianti: Sangiovese 75% a 100%, canaiolo 10%,Trebbiano/Malvasia10%, outras tintas10%

Chianti Clássico: Sangiovese 75% a 100%, canaiolo10%, Trebbiano/Malvasia6%, outras tintas15%

Em 2006 ficou a proibição de uvas brancas no Chianti, (Trebbiano e Malvasia)

 

Ultra-sons para reduzir o tempo de maturação nos tintos

Um projeto com investimento da União Europeia – Horizonte 2020 – vai tentar desenvolver um método de acelerar a maturação de vinhos tintos. A tecnologia do UltraWine (o seu nome) é nova e baseia-se na utilização de ultra-sons de alta potência (HPU, a sigla em inglês).

Na teoria, quando o mosto ou vinho está macerando, a aplicações destes ultra-sons provoca fenómenos de cavitação e a criação de pequenas bolhas que tendem a colidir entre si, implodindo e liberando energia.

Este fenómeno vai depois gerar o desgaste da pelicula das uvas, facilitando assim a liberação da cor e dos componentes fenólicos das uvas. Qual é a vantagem? Será possível, calculam os cientistas, reduzir para metade o tempo de maturação dos tintos.

Esta vantagem é especialmente importante nas adegas que têm que vinificar grandes quantidades de vinho tinto e que têm insuficiente capacidade de cubas de inox: assim liberam-se as cubas mais depressa para receberem nova carrada de uvas, algo extremamente importante no meio de qualquer vindima.

Ultra-sons para reduzir o tempo de maturação nos tintos

Ultra-sons para reduzir o tempo de maturação nos tintos

Por outro lado, este método irá tratar as uvas por um processo mecânico – ao invés do normal, que é térmico. Como os normais tratamentos térmicos podem trazer consigo aromas e sabores próprios, o método de ultra-sons poderá respeitar melhor os aromas varietais nos vinhos.

A maior parte da investigação está neste momento a cargo do departamento de Agro-química e Tecnologia de Alimentos da Universidade de Murcia (UMU), embora a promotora do projecto seja a empresa Agrovin, especializada na fabricação e distribuição de produtos enológicos.

 

Fonte: Revista de Vinhos de Protugal

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Conheça os 40 Melhores Sommeliers do Mundo 2016

Após uma dura e longa competência, aonde os candidatos enfrentaram as mais difíceis provas, esta é a lista final dos melhores Sommelier do Mundo 2016.  Agora teremos que esperar mais três anos para uma nova competição.

40 Nicolas Reines – Colombie
39 Gasper Carman – Slovénie
38 Roy Pelgrim – Pays Bas
37 Hsin-Wei Ho – Taiwan
36 Narimantas Miezys – Lituanie
35 Srdan Janjic – Serbie
34 Serdar Balkaya – Turquie
33 Markus Berlinghof – Allemagne
32 Ratislav Sutak – Slovaquie
30 Luis Moones – Mexique et Federico de Moura – Uruguay
29 Martin Bruno – Argentine
28 Gennaro Buono – Italie
27 Guillermo Cruz – Espagne
26 Rodolphe Chevalier – Luxembourg
24 Marcelo Pino – Chili et Banjo Harris-Plane – Australie
23 Ho pong Wallace Lo – Chine
22 Jakub Pribyl – République Tchèque
21 Diego Arrebola – Brésil
20 Antoine Lehébel – Belgique
19 Simone Ragusa – Suisse
18 Eric Zwiebel – Grande Bretagne
17 Nikolas Giannopoulos – Grèce
16 Suvad Zlatic – Autriche
15 Gareth Ferreira – Afrique du Sud
14 Rassadkin Alexander – Russie
13 Hiroshi Ishida – Japon
12 Robert Andersson – Suède
11 Henrik Dahl Jahnsen – Norvège
10 Piotr Pietras – Pologne
8 Satoru Mori – Japon et Heidi Mäkinen – Finlande
7 Raimonds Tomsons – Lettonie
6 Christian Jacobsen – Danemark
5 Elyse Lambert – Canada
4 Paz Levinson – Argentine
3 Julie Dupouy – Irlande
2 David Biraud – France
1 Arvid Rosengren – Suède
Conheça os 40 Melhores Sommeliers do Mundo ASI 2016

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Os segredos na degustação de vinhos

Primeiro, é preciso tomar cuidado com o lugar onde será realizada a degustação. Tem que ser um lugar agradável e tranquilo, de preferência com cores claras nas paredes, porque é preciso analisar a cor do vinho – e uma toalha branca na mesa também ajuda nesse quesito.

Além do lugar, é preciso que você também esteja tranquilo, sem pressa ou stress, e com a maior disposição e disponibilidade possíveis.

Nos minutos que antecedem a degustação, é aconselhado que se evite tomar café, usar perfumes mais fortes, porque estes aromas podem atrapalhar na hora de tentar descobrir as sutilezas que fazem a diferença entre um vinho e outro.

O que falta checar é a nossa ferramenta de trabalho, e esta é a nossa companheira mais importante neste momento: refiro-me a taça na qual vamos degustar o nosso vinho. O que acontece é que muitas vezes cremos que o vinho está com “um cheiro ruim” e achamos que a garrafa está com algum “problema”, ou que a rolha está estragada. Na verdade, a grande maioria das vezes o que realmente acontece é que o erro não está no vinho, e sim na taça que o colocamos.

Pegue a taça vazia e coloque a borda perto do nariz (uns 2 centímetros). Se a taça não tem aromas de nada, significa que está tudo certo, mas a maioria das vezes isso não vai acontecer, e a taça estará, sim, com aromas estranhos, muitas vezes de cloro, detergentes e principalmente ao pano que foi usado para poli-la. Este pano, depois de um tempo úmido, deixa a taça com um mau cheiro que lembra a coisas “guardadas” há muito tempo, e que não é um aroma muito agradável.

Para sair do problema de maneira rápida, o que temos que fazer é trocar a taça. Mesmo que esteja num restaurante, peça para o garçom trocá-la; se é na casa de amigos, coloque um pouco de água na taça, enxágüe e pronto. Só não esqueça checar, mais uma vez, se a taça está realmente sem cheiro nenhum.

Por último, abra a garrafa e coloque o vinho na taça para, enfim, degustar. Mas aí está o outro problema… Não conhecemos as técnicas de degustação, mas parece algo simples. O que significa que o vinho tenha essa cor? Isso é bom ou ruim? E o sabor do vinho, quando tem muita acidez, é uma coisa boa ou ruim?

Todas essas perguntas têm uma resposta. Felizmente é possível e até fácil aprende-las, mas para aprender a poder degustar corretamente (e poder tirar o máximo proveito de sua garrafa de vinho), vai ser necessário explicar tudo com a profundidade que o tema precisa e merece.

Os segredos na degustação de vinhos

Os segredos na degustação de vinhos

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Ex Melhor Sommelier do mundo surpreende com declarações sobre Chile e China

Foi durante sua passagem em grandes hotéis suíços que Paolo Basso, eleito o Melhor Sommelier do Mundo em 2013, ficou fascinado pelo mundo do vinho e decidiu expandir seu conhecimento em hotelaria com uma especialização no campo profissional do vinho. Focado neste objetivo, alcançou o diploma de Sommelier Profissional, emitido pela “Association Suisse Sommeliers Professionnels”. Além de sua experiência em hotéis, Paolo Basso, trabalhou por vários anos em restaurantes e na área de vinhos raros e colecionáveis, área onde ele se estabeleceu como especialista.

 

Ao longo de sua carreira, Paolo Basso conquistou diversos títulos, sendo eles:

1997 – Melhores Sommelier da Suíça;

2000 – O segundo melhor Sommelier do mundo;

2004 – O segundo melhor Sommelier da Europa;

2006 – O segundo melhor Sommelier da Europa;

2007 – O segundo melhor Sommelier do mundo;

2008 – O segundo melhor Sommelier da Europa

2010 – O segundo melhor Sommelier do mundo;

2013 – Melhor Sommelier do Mundo 2013.

Ex Melhor Sommelier do mundo surpreende com declarações sobre Chile e China. 2

Em entrevista ao jornal francês La Gruyere, Paolo Basso, expressou opiniões acerca de suas expectativas em relação ao mundo do vinho e seus progressos, que destacamos abaixo em dois conceitos:

Que países poderiam se impor no futuro no mercado mundial do Vinho?

Em termos de qualidade, o vinho chileno poderia tomar esse curso. Até agora o Chile tem se destacado pela produção de vinhos de uma boa relação de preço – qualidade, mas as coisas estão mudando. Os chilenos agora têm uma melhor compreensão dos solos e da terra e, além disso, este país têm a grande avantajem de não ter doenças nas videiras, como a “filoxera” e o “mildiu”. Podemos esperar ver a chegada de uma onda de grandes vinhos Chilenos. Depois temos os Chineses, que me surpreendem cada dia.

 

Você realmente acredita nos vinhos da China?

Sim. A China pode muito bem se impor no extremo inferior da pirâmide, onde estão os vinhos mais baratos. Durante os últimos 10 anos os chineses têm feito vinhos de uma qualidade razoável, mas em pequena escala. Os negócios em conjunto Itália-China, França-China e China-Austrália foram criados desta maneira. Dentro de cinco anos os chineses estarão prontos comercialmente. Eles já têm dominado não só a produção, e vão se ver obrigados a vender seu vinho fora do seu pais. Os Chineses não têm a cultura do vinho e pode ser impensável, para a minha geração, uma evolução deste mercado. Mas sim, acredito que isto chegará para os mais jovens consumidores de vinhos.

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Vinhos de Autor = Cozinha de Autor

Quando tento resumir o significado de “Vinhos de Autor”, sempre vem à minha cabeça um exemplo que acho que define isto de uma maneira perfeita, e tem a ver com a gastronomia.

Usando a imaginação, vamos pensar em tudo o que tem a ver com um restaurante de grande porte, tipo um de “comida rápida”, onde não existe uma gastronomia como tal, mas, sim, um cuidado por produzir algo em cadeia, milhares e milhares de preparações por dias, muitas pessoas, e, na verdade, não tenho nada contra, mas o fato é que você pode comer em um destes locais em qualquer parte do mundo e vai ter um prato (ou sanduíche) de um nível razoável, que vai matar a fome, e isso, não mais que isso. Em resumo, uma fábrica…

No vinho acontece algo muito similar. É só pensar numa lógica que nunca dá errado e tem a ver com a quantidade de produção de um produto. Se colocam atenção, sempre os melhores vinhos, independentemente de seu lugar de origem, tem uma coisa em comum: são elaborados em poucas quantidades. Isso explica que muitos vinhos desconhecidos são de excelente qualidade, exatamente por serem desconhecidos, depois quando já ganham fama, por fim, o enólogo está obrigado a “colocar mais água no feijão”, ou seja, a produzir mais vinho do que no começo produzia, para poder atender as demandas do mercado. Aí, a qualidade cai enormemente, porque as produções são muito maiores.

Vinhos de Autor = Cozinha de Autor

Vinhos de Autor = Cozinha de Autor

Agora voltando ao exemplo da gastronomia, um Vinho de Autor tem a graça de ser produzido de maneira artesanal. Muitas vezes o autor nem pensa em vender uma garrafa; é para beber com a família, com os amigos, com os outros enólogos… Assim, o esforço em conseguir um produto de qualidade se torna seu objetivo. Tudo isso faz com que estes vinhos tenham uma produção baixíssima, de, às vezes só uma barrica (de 225 litros) que dá 300 garrafas, mas a qualidade destes vinhos impressiona até aos mais espertos.

Na gastronomia seria comparar com um chef que cozinha por prazer, um chef de grande qualidade, claro, mas que pode elaborar seus pratos com o máximo dos cuidados, para um grupo pouco numeroso… Imagine agora Alex Atala cozinhando só para você… Agora imagine esses enólogos top’s, a nível mundial, elaborando umas poucas garrafas para beber com os amigos…

 

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Vinhos orgânicos e biodinâmicos. Você sabe a diferença?

Vivemos em uma geração que tem prezado cada vez mais pelos hábitos saudáveis. Boa alimentação, exercícios, alto astral… E nessa busca pelo melhor para o nosso corpo, e nossa qualidade de vida, encontramos diversas pesquisas que afirmam que o vinho faz bem à saúde – e disso ninguém discorda, não é?! Mas será que qualquer vinho pode ter esse mérito?

Da mesma forma como os alimentos que ingerimos interferem no nosso organismo, as bebidas, principalmente com base em alimentos naturais, têm o mesmo efeito. Visto isso, há algumas décadas enólogos vêm tomando cada vez mais cuidado com o uso de produtos químicos em suas plantações.

Alguns deles, inclusive, proíbem o uso de qualquer tipo de toxina em seus vinhedos, tais como fertilizantes químicos e defensíveis químicos (pesticidas, inseticidas, herbicidas e fungicidas). Quando se trata deste tipo de viticultura, estamos falando de Vinhos Orgânicos.

Ganhando cada vez mais espaço no comércio mundial, principalmente na Europa e dos EUA, os vinhos orgânicos de fato são mais saudáveis por exigir que o produtor use apenas métodos naturais de produção. Geralmente, a fiscalização em cima deste tipo de vinho é ainda mais rígida. Tanto que a maioria dos rótulos traz a declaração correta: “produzido com uvas cultivadas organicamente”, para uma maior garantia do consumidor.

Em contrapartida, Vinhos biodinâmicos nada têm a ver com os orgânicos… É uma preocupação muito maior com a plantação, em nível de natureza, do que com os frutos que sairão dali.

Vinhos orgânicos e biodinâmicos. Você sabe a diferença?

Vinhos orgânicos e biodinâmicos. Você sabe a diferença?

Criada por Rudolf Steiner em 1924, o objetivo é trazer a expressão máxima do terroir da região, respeitando e preservando o equilíbrio natural do ecossistema. Também se dedica a dar mais vida ao solo, onde há qualquer tipo de plantio – o contrário do que acontece na agricultura tradicional, que exige muito do solo com o uso de agrotóxicos, aditivos, entre outros, empobrecendo-o ou até mesmo tornando-o totalmente estéril.

Valoriza o solo e a planta em seu habitat natural, preparando-o com compostos de origem vegetal, animal e mineral. Também leva em conta influências astral e dos ciclos da natureza – daí o dinamismo.

Um grande exemplo e ícone da vinicultura biodinâmica é Alvaro Espinoza, um dos enólogos mais reconhecidos no Chile e tem feito parte de muitos projetos de sucesso, principalmente com a introdução da agricultura biodinâmica para a produção vitivinícola. Ao longo dos anos, ele desenvolveu uma filosofia de produção de vinho com base em uma forte crença no potencial do vinho chileno e suas características únicas.

 

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Vinho Bracamonte Reserva, 2001

País Espanha
Propriedade da Vinícola 150 Hectares
Volume 750ml
Tipo Tinto
Safra 2001
Uva 100% Tempranillo
Teor Alcoólico 13,5%
Tipo de Uva Tinta Tempranillo
Amadurecimento 24 meses 70% francês 30% Americano.
 

 

Vinho Bracamonte Reserva, 2001

Vinho Bracamonte Reserva, 2001

 

Visual Rubi alaranjado, evoluído com bordas laranjas.
Olfativo Surpreende e encanta pela extraordinária complexidade que tem desenvolvido, resultado da evolução. Tem muitas camadas de aromas, e presença nítida de frutos secos, avelãs, e nozes acompanhadas pelas notas a frutos em compota, muito alcaçuz, caramelo e mel, o que converte o olfato em um espectro fascinante e envolvente.
Gustativo Esplêndido no paladar, muito concentrado, potente apesar de sua idade avançada, profundo, cheio de sabores, sólido como uma muralha de cerejas maduras, macio e sedoso, mas ao mesmo tempo com boa estrutura, pleno de frutas e rodeado de taninos de extraordinária qualidade. Um vinho apaixonante, só para paladares apurados.
Dica de Harmonização Carré de cordeiro com molho de groselha negra.
Caçarola de javali, ao perfume de ervas frescas.
Vitela ao molho de licor de cassis e risoto de cogumelos.
Faisão assado com alcachofras.
Civet de veado com ervas aromáticas e tomate maduro.
Temperatura de Serviço 17°
Potencial de Guarda 18 anos
Nome da Vinícola Grupo Yllera
Ano de Fundação da Vinícola 1972
Pontuação Winechef 

Vinho Bracamonte Reserva, 2001 - 93 pontos Winechef

Vinho Bracamonte Reserva, 2001 – 93 pontos Winechef

 

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Estudo mostra como música e luz alteram percepção do vinho

Pesquisador da Universidade de Oxford analisou a reação de pessoas ao tomarem a mesma bebida em ambiente com diferentes cores e música, além de copos desiguais

Sempre se falou – e a maioria dos amantes de vinhos defende – que a taça certa pode melhorar o que se bebe. Há até uma cruzada contra determinados modelos, como a flûte. Mas e o que dizer da influência da luz do ambiente em que se bebe este vinho? Da música que se ouve à medida que o líquido passeia na boca? Um pesquisador da Universidade de Oxford, na Inglaterra, defende que há, sim, interferência de elementos externos, aparentemente alienígenas à experiência de degustação.

Charles Spence, do departamento de Psicologia Experimental da universidade inglesa, um entusiasta do vinho, é o responsável pelas descobertas. Na última década, transformou sua paixão em objeto de estudo. Em entrevista ao Paladar, ele contou algumas de suas descobertas, incluindo as da pesquisa que mobilizou 3.000 pessoas degustando um vinho tinto na taça preta em um ambiente de características mutantes. Os resultados são, no mínimo, polêmicos.

Estudo mostra como música e luz alteram percepção do vinho

Estudo mostra como música e luz alteram percepção do vinho

 

A seguir, destacamos as descobertas mais surpreendentes do estudo:

 

MÚSICA E LUZ

Na maior pesquisa de Charles Spence, considerado o maior exercício multissensorial do mundo, foi testado o poder da música e da luz no consumo do vinho. Em quatro dias, em um centro de convenções de Londres, 3.000 participantes tiveram acesso a uma salinha onde um Rioja tinto era servido em uma taça preta.

Neste “laboratório”, a iluminação mudava da luz branca para a verde e para vermelha e o áudio de uma música melodiosa para um som seco cheio de notas em staccato.  O estudo concluiu que, para os participantes, o vinho mostrou-se leve e fresco a luz verde e com o som seco, mas mais prazeroso sob a luz vermelha e com a música melodiosa.

 

TAMANHO

Já o tamanho e o peso de um copo influenciam a maneira que se bebe, diz outra pesquisa de Spence. Taças maiores fazem com que se subestime o tanto de bebida que carregam. Consequentemente, bebe-se mais. O consumidor também fica disposto a pagar mais caro quando avalia que o recipiente em que é servido é “equivalente” à bebida. Ou seja, uma taça mais bonita pode levar à ideia de que a bebida é melhor.

 

COR E FORMA

A forma e a cor de um recipiente exerce influência no sabor que as pessoas associam a uma bebida. É o que se chama de transferência de sensação, informa o pesquisador. Um experimento com degustadores amadores e profissionais mostrou que toda vez que um vinho era servido em taças bojudas ele alcançava notas mais altas. “Assim, pode-se concluir que a forma de uma taça também pesa no gosto do consumidor”, afirma Spence. Segundo ele, é a intensidade do aroma, e não sua natureza, que muda.

Quanto à cor, Spence diz que um painel de degustação elegeu vencedores dois tintos servidos em taças azuis e deixou os que estavam em taças transparentes no grupo dos preteridos. Outro grupo de degustadores profissionais preferiu rótulos de Porto e Bordeaux servidos em taças vermelhas.

Resultados semelhantes foram observadas com outras bebidas, como chocolate quente, que se saiu melhor na xícara branca que na laranja; e como o café, que foi servido em uma mesma temperatura em xícaras de quatro cores. A vermelha foi considerada a mais quente, seguida pela amarela, pela verde e finalmente pela azul.

 

PESO

Segundo estudo que Spence realizou com a pesquisadora Betina PIequeras-Fiszman, da Engenharia de Projetos da Universidade Politécnica de Valencia, há dois atributos que os consumidores levam em conta na hora de comprar um vinho: o primeiro diz respeito ao tamanho, cor e forma da garrafa e o segundo ao tipo de fechamento (rolha, screw cap etc.).

Mas o que pesa mesmo é o peso: se a garrafa é pesada há a ideia de que o conteúdo dela é de boa qualidade. O peso, segundo o pesquisador, influenciaria inclusive na disposição do consumidor de gastar mais, de acordo com a pesquisa que avaliou 275 rótulos de cinco países.

 

Papa defende vinho e diz que não se pode fazer festa com chá

Depois de saudar casais que celebram 50 anos de matrimônio, o papa Francisco disse nesta quarta-feira que “não se pode encerrar uma festa de casamento bebendo chá”.

“Seria uma vergonha. O vinho é necessário para uma festa”, afirmou o líder da Igreja Católica na tradicional audiência geral, no Vaticano, diante de 20 mil fiéis que lotaram a praça São Pedro.

Francisco também elogiou os casais que estão há meio século juntos e ressaltou que eles são exemplos para os jovens.

“Esse sim é que é o vinho bom da família, o vosso é um testemunho que os jovens casais devem aprender. Obrigado pelo vosso testemunho”, comentou.

Durante seu discurso na audiência geral, o Papa também recordou trechos do Evangelho e falou sobre o primeiro sinal de misericórdia de Jesus nas bodas de Caná e sobre a transformação da água em vinho, seu primeiro milagre.

“Indica a transformação da antiga Lei de Moisés no Evangelho portador da alegria”, disse Francisco.

“Em Caná os discípulos de Jesus se tornam a sua família e nasce a fé da Igreja. Àquelas núpcias todos nós somos convidados, para que o vinho novo não venha mais a faltar“, comentou.

Papa defende vinho “Não se pode fazer festa com chá”

Papa defende vinho “Não se pode fazer festa com chá”saude