Vinhos de Autor = Cozinha de Autor

Quando tento resumir o significado de “Vinhos de Autor”, sempre vem à minha cabeça um exemplo que acho que define isto de uma maneira perfeita, e tem a ver com a gastronomia.

Usando a imaginação, vamos pensar em tudo o que tem a ver com um restaurante de grande porte, tipo um de “comida rápida”, onde não existe uma gastronomia como tal, mas, sim, um cuidado por produzir algo em cadeia, milhares e milhares de preparações por dias, muitas pessoas, e, na verdade, não tenho nada contra, mas o fato é que você pode comer em um destes locais em qualquer parte do mundo e vai ter um prato (ou sanduíche) de um nível razoável, que vai matar a fome, e isso, não mais que isso. Em resumo, uma fábrica…

No vinho acontece algo muito similar. É só pensar numa lógica que nunca dá errado e tem a ver com a quantidade de produção de um produto. Se colocam atenção, sempre os melhores vinhos, independentemente de seu lugar de origem, tem uma coisa em comum: são elaborados em poucas quantidades. Isso explica que muitos vinhos desconhecidos são de excelente qualidade, exatamente por serem desconhecidos, depois quando já ganham fama, por fim, o enólogo está obrigado a “colocar mais água no feijão”, ou seja, a produzir mais vinho do que no começo produzia, para poder atender as demandas do mercado. Aí, a qualidade cai enormemente, porque as produções são muito maiores.

Vinhos de Autor = Cozinha de Autor

Vinhos de Autor = Cozinha de Autor

Agora voltando ao exemplo da gastronomia, um Vinho de Autor tem a graça de ser produzido de maneira artesanal. Muitas vezes o autor nem pensa em vender uma garrafa; é para beber com a família, com os amigos, com os outros enólogos… Assim, o esforço em conseguir um produto de qualidade se torna seu objetivo. Tudo isso faz com que estes vinhos tenham uma produção baixíssima, de, às vezes só uma barrica (de 225 litros) que dá 300 garrafas, mas a qualidade destes vinhos impressiona até aos mais espertos.

Na gastronomia seria comparar com um chef que cozinha por prazer, um chef de grande qualidade, claro, mas que pode elaborar seus pratos com o máximo dos cuidados, para um grupo pouco numeroso… Imagine agora Alex Atala cozinhando só para você… Agora imagine esses enólogos top’s, a nível mundial, elaborando umas poucas garrafas para beber com os amigos…

 

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Vinhos orgânicos e biodinâmicos. Você sabe a diferença?

Vivemos em uma geração que tem prezado cada vez mais pelos hábitos saudáveis. Boa alimentação, exercícios, alto astral… E nessa busca pelo melhor para o nosso corpo, e nossa qualidade de vida, encontramos diversas pesquisas que afirmam que o vinho faz bem à saúde – e disso ninguém discorda, não é?! Mas será que qualquer vinho pode ter esse mérito?

Da mesma forma como os alimentos que ingerimos interferem no nosso organismo, as bebidas, principalmente com base em alimentos naturais, têm o mesmo efeito. Visto isso, há algumas décadas enólogos vêm tomando cada vez mais cuidado com o uso de produtos químicos em suas plantações.

Alguns deles, inclusive, proíbem o uso de qualquer tipo de toxina em seus vinhedos, tais como fertilizantes químicos e defensíveis químicos (pesticidas, inseticidas, herbicidas e fungicidas). Quando se trata deste tipo de viticultura, estamos falando de Vinhos Orgânicos.

Ganhando cada vez mais espaço no comércio mundial, principalmente na Europa e dos EUA, os vinhos orgânicos de fato são mais saudáveis por exigir que o produtor use apenas métodos naturais de produção. Geralmente, a fiscalização em cima deste tipo de vinho é ainda mais rígida. Tanto que a maioria dos rótulos traz a declaração correta: “produzido com uvas cultivadas organicamente”, para uma maior garantia do consumidor.

Em contrapartida, Vinhos biodinâmicos nada têm a ver com os orgânicos… É uma preocupação muito maior com a plantação, em nível de natureza, do que com os frutos que sairão dali.

Vinhos orgânicos e biodinâmicos. Você sabe a diferença?

Vinhos orgânicos e biodinâmicos. Você sabe a diferença?

Criada por Rudolf Steiner em 1924, o objetivo é trazer a expressão máxima do terroir da região, respeitando e preservando o equilíbrio natural do ecossistema. Também se dedica a dar mais vida ao solo, onde há qualquer tipo de plantio – o contrário do que acontece na agricultura tradicional, que exige muito do solo com o uso de agrotóxicos, aditivos, entre outros, empobrecendo-o ou até mesmo tornando-o totalmente estéril.

Valoriza o solo e a planta em seu habitat natural, preparando-o com compostos de origem vegetal, animal e mineral. Também leva em conta influências astral e dos ciclos da natureza – daí o dinamismo.

Um grande exemplo e ícone da vinicultura biodinâmica é Alvaro Espinoza, um dos enólogos mais reconhecidos no Chile e tem feito parte de muitos projetos de sucesso, principalmente com a introdução da agricultura biodinâmica para a produção vitivinícola. Ao longo dos anos, ele desenvolveu uma filosofia de produção de vinho com base em uma forte crença no potencial do vinho chileno e suas características únicas.

 

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Vinho Bracamonte Reserva, 2001

País Espanha
Propriedade da Vinícola 150 Hectares
Volume 750ml
Tipo Tinto
Safra 2001
Uva 100% Tempranillo
Teor Alcoólico 13,5%
Tipo de Uva Tinta Tempranillo
Amadurecimento 24 meses 70% francês 30% Americano.
 

 

Vinho Bracamonte Reserva, 2001

Vinho Bracamonte Reserva, 2001

 

Visual Rubi alaranjado, evoluído com bordas laranjas.
Olfativo Surpreende e encanta pela extraordinária complexidade que tem desenvolvido, resultado da evolução. Tem muitas camadas de aromas, e presença nítida de frutos secos, avelãs, e nozes acompanhadas pelas notas a frutos em compota, muito alcaçuz, caramelo e mel, o que converte o olfato em um espectro fascinante e envolvente.
Gustativo Esplêndido no paladar, muito concentrado, potente apesar de sua idade avançada, profundo, cheio de sabores, sólido como uma muralha de cerejas maduras, macio e sedoso, mas ao mesmo tempo com boa estrutura, pleno de frutas e rodeado de taninos de extraordinária qualidade. Um vinho apaixonante, só para paladares apurados.
Dica de Harmonização Carré de cordeiro com molho de groselha negra.
Caçarola de javali, ao perfume de ervas frescas.
Vitela ao molho de licor de cassis e risoto de cogumelos.
Faisão assado com alcachofras.
Civet de veado com ervas aromáticas e tomate maduro.
Temperatura de Serviço 17°
Potencial de Guarda 18 anos
Nome da Vinícola Grupo Yllera
Ano de Fundação da Vinícola 1972
Pontuação Winechef 

Vinho Bracamonte Reserva, 2001 - 93 pontos Winechef

Vinho Bracamonte Reserva, 2001 – 93 pontos Winechef

 

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Estudo mostra como música e luz alteram percepção do vinho

Pesquisador da Universidade de Oxford analisou a reação de pessoas ao tomarem a mesma bebida em ambiente com diferentes cores e música, além de copos desiguais

Sempre se falou – e a maioria dos amantes de vinhos defende – que a taça certa pode melhorar o que se bebe. Há até uma cruzada contra determinados modelos, como a flûte. Mas e o que dizer da influência da luz do ambiente em que se bebe este vinho? Da música que se ouve à medida que o líquido passeia na boca? Um pesquisador da Universidade de Oxford, na Inglaterra, defende que há, sim, interferência de elementos externos, aparentemente alienígenas à experiência de degustação.

Charles Spence, do departamento de Psicologia Experimental da universidade inglesa, um entusiasta do vinho, é o responsável pelas descobertas. Na última década, transformou sua paixão em objeto de estudo. Em entrevista ao Paladar, ele contou algumas de suas descobertas, incluindo as da pesquisa que mobilizou 3.000 pessoas degustando um vinho tinto na taça preta em um ambiente de características mutantes. Os resultados são, no mínimo, polêmicos.

Estudo mostra como música e luz alteram percepção do vinho

Estudo mostra como música e luz alteram percepção do vinho

 

A seguir, destacamos as descobertas mais surpreendentes do estudo:

 

MÚSICA E LUZ

Na maior pesquisa de Charles Spence, considerado o maior exercício multissensorial do mundo, foi testado o poder da música e da luz no consumo do vinho. Em quatro dias, em um centro de convenções de Londres, 3.000 participantes tiveram acesso a uma salinha onde um Rioja tinto era servido em uma taça preta.

Neste “laboratório”, a iluminação mudava da luz branca para a verde e para vermelha e o áudio de uma música melodiosa para um som seco cheio de notas em staccato.  O estudo concluiu que, para os participantes, o vinho mostrou-se leve e fresco a luz verde e com o som seco, mas mais prazeroso sob a luz vermelha e com a música melodiosa.

 

TAMANHO

Já o tamanho e o peso de um copo influenciam a maneira que se bebe, diz outra pesquisa de Spence. Taças maiores fazem com que se subestime o tanto de bebida que carregam. Consequentemente, bebe-se mais. O consumidor também fica disposto a pagar mais caro quando avalia que o recipiente em que é servido é “equivalente” à bebida. Ou seja, uma taça mais bonita pode levar à ideia de que a bebida é melhor.

 

COR E FORMA

A forma e a cor de um recipiente exerce influência no sabor que as pessoas associam a uma bebida. É o que se chama de transferência de sensação, informa o pesquisador. Um experimento com degustadores amadores e profissionais mostrou que toda vez que um vinho era servido em taças bojudas ele alcançava notas mais altas. “Assim, pode-se concluir que a forma de uma taça também pesa no gosto do consumidor”, afirma Spence. Segundo ele, é a intensidade do aroma, e não sua natureza, que muda.

Quanto à cor, Spence diz que um painel de degustação elegeu vencedores dois tintos servidos em taças azuis e deixou os que estavam em taças transparentes no grupo dos preteridos. Outro grupo de degustadores profissionais preferiu rótulos de Porto e Bordeaux servidos em taças vermelhas.

Resultados semelhantes foram observadas com outras bebidas, como chocolate quente, que se saiu melhor na xícara branca que na laranja; e como o café, que foi servido em uma mesma temperatura em xícaras de quatro cores. A vermelha foi considerada a mais quente, seguida pela amarela, pela verde e finalmente pela azul.

 

PESO

Segundo estudo que Spence realizou com a pesquisadora Betina PIequeras-Fiszman, da Engenharia de Projetos da Universidade Politécnica de Valencia, há dois atributos que os consumidores levam em conta na hora de comprar um vinho: o primeiro diz respeito ao tamanho, cor e forma da garrafa e o segundo ao tipo de fechamento (rolha, screw cap etc.).

Mas o que pesa mesmo é o peso: se a garrafa é pesada há a ideia de que o conteúdo dela é de boa qualidade. O peso, segundo o pesquisador, influenciaria inclusive na disposição do consumidor de gastar mais, de acordo com a pesquisa que avaliou 275 rótulos de cinco países.

 

Papa defende vinho e diz que não se pode fazer festa com chá

Depois de saudar casais que celebram 50 anos de matrimônio, o papa Francisco disse nesta quarta-feira que “não se pode encerrar uma festa de casamento bebendo chá”.

“Seria uma vergonha. O vinho é necessário para uma festa”, afirmou o líder da Igreja Católica na tradicional audiência geral, no Vaticano, diante de 20 mil fiéis que lotaram a praça São Pedro.

Francisco também elogiou os casais que estão há meio século juntos e ressaltou que eles são exemplos para os jovens.

“Esse sim é que é o vinho bom da família, o vosso é um testemunho que os jovens casais devem aprender. Obrigado pelo vosso testemunho”, comentou.

Durante seu discurso na audiência geral, o Papa também recordou trechos do Evangelho e falou sobre o primeiro sinal de misericórdia de Jesus nas bodas de Caná e sobre a transformação da água em vinho, seu primeiro milagre.

“Indica a transformação da antiga Lei de Moisés no Evangelho portador da alegria”, disse Francisco.

“Em Caná os discípulos de Jesus se tornam a sua família e nasce a fé da Igreja. Àquelas núpcias todos nós somos convidados, para que o vinho novo não venha mais a faltar“, comentou.

Papa defende vinho “Não se pode fazer festa com chá”

Papa defende vinho “Não se pode fazer festa com chá”saude 

Conheça os 30 campeões da Grande Prova Vinhos do Brasil

O resultado da prova que reuniu mais de 110 vinícolas nacionais e 850 rótulos, divididos em 30 categorias.

Foram divulgados na noite desta quarta-feira, 3, os 30 campeões da quinta edição da Grande Prova Vinhos do Brasil. Realizada no início de junho no Rio de Janeiro, a prova avaliou 850 rótulos de 110 vinícolas de oito estados brasileiros.

Escolhidos em competição às cegas, os vinhos ganhadores integrarão o Anuário Vinhos do Brasil 2016.

Conheça os 30 campeões da Grande Prova Vinhos do Brasil

Conheça os 30 campeões da Grande Prova Vinhos do Brasil

 

Conheça os campeões de cada categoria

 

Vinho Espumante Branco Brut Champenoise

Viapiana 575 dias (Flores da Cunha, RS / 91 pontos) e

Gran Legado Espumante Brut Champenoise

Gran Legado (Vale dos Vinhedos, RS /91 pontos)

 

Vinho Espumante Branco Brut Charmat

Chandon Excellence Brut Cuvée Prestige (Garibaldi, RS/ 88 pontos)

 

Vinho Espumante Rosé Brut Champenoise

Cave Geisse Terroir Rosé Brut 2010 (Pinto Bandeira, RS/ 92 pontos)

 

Vinho Espumante Rosé Brut Charmat

Monte Paschoal Virtus Brut Rosé (Serra Gaúcha, RS/87 pontos)

 

Vinho Espumante Branco Extra-Brut e Nature

Cave Geisse Terroir Nature 2011 (Pinto Bandeira, RS/93 pontos)

 

Vinho Espumante Prosecco/Glera

Monte Paschoal Prosecco (Serra Gaúcha, RS/ 90 pontos)

 

Vinho Espumante Branco Moscatel

Aliança 2015 (Campanha Gaúcha, RS/ 91 pontos)

 

Vinho Espumante Branco Demi-sec

Aurora Saint Germain Demi-Sec (Serra Gaúcha, RS/ 88 pontos)

 

Vinho Espumante Rosé Demi-sec e Moscatel

Don Guerino Espumante Moscatel Rosé 2016 (Alto Feliz, RS/ 88 pontos)

 

Vinho Branco Chardonnay

Casa Verrone Speciale Chardonnay 2015 (Divinolândia, SP/ 90 pontos)

 

Vinho Branco Sauvignon Blanc

Don Guerino Sinais Sauvignon Blanc 2016 (Alto Feliz, RS/ 89 pontos)

 

Vinho Branco Moscato

Casa Perini Macaw Tropical Branco (Serra Gaúcha, RS/ 88 pontos)

 

Vinho Branco de Outras Castas e Cortes

Guatambú Vinho da Estância Branco 2015 (Campanha Gaúcha, RS/ 88 pontos)

 

Vinho Rosé

Dunamis Tom  2016 (Campanha Gaúcha, RS/ 87 pontos)

 

Vinho Tinto Cabernet Sauvignon

Aurora Millésime Cabernet Sauvignon 2012 (Serra Gaúcha, RS/ 90 pontos)

Família Bebber Barão de Petrópólis Cabernet Sauvignon Reserva 2012 (Serra Gaúcha, RS/90 pontos)

 

Vinho Tinto Merlot

Salton Desejo 2011 (Campanha Gaúcha, RS/ 91 pontos)

Miolo Merlot Terroir 2012 (Vale dos Vinhedos, RS/ 91 pontos)

 

Vinho Tinto Syrah

Primeira Estrada Syrah 2014 (Três Corações, MG/ 90 pontos)

 

Vinho Tinto Tannat

Simonetto Tannat 2009 (Serra Gaúcha, RS/ 92 pontos)

 

Vinho Tinto Pinot Noir

Suzin Pinor Noir 2014 (São Joaquim, SC/ 89 pontos)

 

Vinho Tinto Cabernet Franc

Dal Pizzol Do Lugar Cabernet Franc 2014 (Serra Gaúcha, RS/ 87 pontos)

 

Vinho Tinto Marselan

Viapiana Expressões Marselan 2012 (Flores da Cunha, RS/ 86 pontos)

 

Vinho Tinto de Outras Castas

Basso Monte Paschoal Reserve Tempranillo 2012 (Campanha Gaúcha, RS/ 88 pontos)

 

Vinho Tinto Corte

Perini Quatro 2009 (Serra Gaúcha, RS/ 92 pontos)

Tinto Super Premium (acima de R$ 100 ao consumidor)

Perini Quatro 2009 (Serra Gaúcha, RS/ 92 pontos)

 

Vinho Doces e Fortificados

Salton Intenso (Serra Gaúcha, RS/ 90 pontos)

 

Suco de Uva Integral Tinto

Zanrosso 2015 (Serra Gaúcha, RS/ 91 pontos)

 

Suco de Uva Integral Branco

Aurora (Serra Gaúcha, RS 86 pontos)

 

CONHEÇA O JURI DA GRANDE PROVA DO BRASIL

 

O juri foi formado pelo enólogo francês Michel Friou, da vinícola Almaviva; por Danio Braga – chef e sommelier, fundador da ABS Brasil; Sebastián Rodrigues, enólogo da Concha y Toro; Diego Arrrebola, sommelier, atual bi-campeão brasileiro; Vladimir Veliz, do CanaldelVino.com; Gilberto Pedrucci, enólogo e presidente do Sindivinho; Marcio Oliveira, responsável pelo site Vinotícias; Ed Arruda, sommelier-chefe do Copacabana Palace; Ricardo Farias, presidente da ABS-Rio; Celio Alzer, professor da ABS-Rio; Roberto Rodrigues, diretor da ABS Rio; Homero Sodré, delegado de Bordeaux no Brasil pelo CIVB; Jô Sodré, Professora de Vinhos da Universidade Estácio de Sá; Maria Helena Tahuata, vice-presidente da ABS Rio; Romeu Valadares, jornalista; Luiz Fernando Silva, do Grupo Pão de Açúcar; Sergio Queiroz, grupo Baco; e Marcelo Copello, do grupo Baco e presidente do juri.

 

Beber vinho deixa o casamento mais feliz

Conselho dos bons: se o casamento anda mal, invente umas noitadas de vinho com o parceiro. Casais que bebem pelo menos uma garrafa da bebida por semana são mais felizes do que os abstêmios. A dica é de uma pesquisa da Universidade de Otago, na Nova Zelândia.

Os pesquisadores perguntaram a 1,5 mil casais sobre consumo de álcool e felicidade no relacionamento. As mulheres que bebiam pelo menos um dia na semana com os maridos tinham 4 vezes mais chances de mostrar satisfação com o casamento, em comparação com quem não bebia. Entre os homens, a chance de ser feliz era 3 vezes superior a de quem nunca tomava vinho com o parceiro.

Mas não dá para exagerar na dose. Os casais mais felizes bebiam moderadamente – 91% se disseram muito satisfeitos com a vida a dois. O grupo mais infeliz, claro, era aquele composto por um beberrão e outro abstêmio – só em 46% dos casos a vida era satisfatória. Já entre os casais que nunca bebiam nada, 69% das pessoas eram felizes.

Os pesquisadores ainda não sabem justificar a relação entre vinho e felicidade. Mas dá para imaginar, né? Sem não houver exagero, você vai criar um momento a mais de prazer com o parceiro. Não tem como dar errado…

 

Beber vinho deixa o casamento mais feliz

Beber vinho deixa o casamento mais feliz

 

Milagre moderno: água é ‘transformada’ em vinho em cidade italiana

Para religiosos ávidos por sinais de Deus bem que poderia ser um autêntico milagre.

E por que não chamar o caso de um “milagre moderno“? Tal qual a passagem bíblica, a cidade italiana de Marino viu a água ser transformada em vinho. Vinho branco – eu disse que se trata um milagre moderno. Na verdade, não houve qualquer intervenção divina. As torneiras da cidade começaram a liberar vinho por um erro de uma empresa responsável por um festival na localidade.

Todo ano, a pequena cidade montanhosa, conhecida pelo bom vinho que produz, realiza um festival que já dura 400 anos e que faz vinho jorrar de uma fonte no centro da cidade. Marino comemora a vitória em batalha contra os turcos.

Só que desta vez, os dutos das vinícolas locais foram conectados à rede de água de Marino, em vez de ligados à tradicional fonte da comemoração. Logo, para surpresa geral, as cozinhas das residências na cidadezinha já estavam com abundantes doses de vinho para servir.

“As pessoas daqui estão dizendo que se trata de um milagre”, disse o prefeito, Adriano Palozzi

Milagre moderno água é 'transformada' em vinho em cidade italiana

Milagre moderno água é ‘transformada’ em vinho em cidade italiana

 

Vinhos amadeirados. Coisa de amadores!

Mas o que realmente acontece quando um vinho passa por barricas de madeira?

A madeira pode ajudar a enobrecer um vinho básico, mas com a condição de que a uva que deu vida a esse vinho seja de ótima qualidade. Caso contrário, a madeira vai mascarar absolutamente os aromas varietais do vinho, e o resultado vai ser bem pior do que se esse vinho não tivesse nunca passado em madeira.

A origem de fabricação, onde foram secadas e armadas as barricas de madeira possui forte relação com a qualidade do vinho que vai permanecer nelas. Mas é um tema muito profundo e detalhado, que vamos deixar para uns próximos posts. Mas, resumidamente, estes recipientes são formados por tábuas, que durante o processo de armação são queimadas com fogo produzido pelas próprias madeiras que a compõe. Esse é um forte detalhe a considerar, já que vai depender da qualidade da uva, o nível de tostado que vai poder aguentar sem que madeira tome conta do aroma final do produto.

O enólogo tem que ter intimidade com a uva que está trabalhando, para assim poder determinar em que tipos de madeiras este vinho vai estagiar (passar por barricas), sem que a madeira se imponha com seus aromas e sabores queimados e tostados. Durante o processo físico no qual as barricas são tostadas (no seu interior) aparecem uma grande quantidades de moléculas aromáticas, principalmente das famílias dos aromas “empireumáticos”, torrados, tostados, defumados, café, etc…

Tostado de barricas para vinhos

Tostado de barricas para vinhos

Todos estes aromas são muito agradáveis de identificar nos vinhos (especialmente nos tintos) e colaboram com a formação da complexidade aromática do vinho. Mais uma vez mais insisto em que eles (os aromas da barrica) têm que, obrigatoriamente, estar acompanhados dos aromas primários da própria uva.

A lógica, na hora de colocar um vinho dentro da barrica, é ter claro a qualidade do vinho. Quanto maior a concentração, estrutura de taninos e polifenóis (taninos e antocianos), maior a capacidade de permanecer em barricas, ou seja, um vinho diluído e simples, que é colocado em uma barrica tostada, em algumas semanas ficará absolutamente mascarado com os elementos aportados por estas.

 

“É importante você saber”

É importante ter claro que um vinho não é melhor que outro pelo simples fato de ter ficado mais tempo dentro das barricas, e imagino que já tenham entendido, pode acontecer até tudo ao contrário. O que realmente importa é o equilíbrio, a harmonia entre os aromas da madeira e os aromas do vinho. Por isso, escolher um vinho apenas por ser amadeirado ou não, pode ser coisa de amador!

 

De que serve ter um termômetro?

Você sabe a qual temperatura se deve servir seu vinho favorito?

De fato, grande parte da literatura sobre este tema eu acredito que esteja errada, já que elas dividem os vinhos por castas, quando, na verdade isso não serve de nada (já que uma mesma casta pode dar vinhos muito diferentes e a temperatura correta de serviço também vai se diferentes para cada um deles).

Só para citar um exemplo, nas tabelas comumente se indica que os Chardonnay’s deveriam ser servidos a 8 graus, mas o detalhe muito importante é que esta variedade de uva produz desde vinhos varietais (sem madeira), que quando são simples e estão jovens deveriam na realidade ser servidos em torno dos 6 graus, mas quando se trata de um Chardonnay que teve uma longa guarda em madeira, que é denso e estruturado e muitas vezes podem (e devem) ser servidos a temperaturas de 5 graus acima do exemplo que dei. Ou seja, em torno dos 10 graus.

Assim como este exemplo anterior, existem outras dezenas, mas o que deve ficar muito claro é que um grau a mais ou um grau a menos vai fazer muita diferença na hora de servir um vinho, e cometer um erro de 2 ou 3 graus de temperatura poderia estragar absolutamente as qualidades de sua garrafa de vinho e sua degustação.

Fique atento! E para lhe auxiliar, observe a imagem abaixo:

 

De que serve ter um termômetro?

De que serve ter um termômetro?