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O vinho de qualidade

Já se perguntou como sabemos se um vinho tem qualidade ou não?

…A resposta sempre está relacionada com o gosto pessoal, e o gosto é algo que está mudando constantemente,  pois na medida em que vamos nos aprofundando no mundo dos vinhos nossas preferências também vão mudando.

Quando as pessoas estão começando a apreciar, e a se interessar pelo vinho, geralmente preferem vinhos mais simples, ou, os que são levemente adocicados. Conforme as pessoas procedem no entendimento dos vinhos, o gosto começa a mudar, pois aqueles vinhos fáceis e adocicados com muita madeira, que no início pareciam bons, agora já não são muito do agrado delas. Isso porque através do estudo, da prática e da degustação, as pessoas conseguem aguçar os sentidos e perceber aromas e sabores que antes não percebiam. Ai é o momento que as preferências e gostos começam a mudar definitivamente.

É natural que as pessoas gostem mais dos aromas e sabores doces. Essa é a razão que motiva as vinícolas a trabalhar estilos de vinhos onde, dependendo do desenvolvimento e do gosto do mercado em questão, vão elaborar vinhos ao gosto desse mercado específico. Se eles gostam de vinhos com madeira, vão elaborar vinhos mais amadeirados, e vice-versa.

O vinho de qualidade

O vinho de qualidade

Agora falando sobre a qualidade, para mim, um vinho para ser bom tem que ter principalmente equilíbrio, sim, é ele que faz a diferença. Mas sempre temos que lembrar que a qualidade do vinho depende 99% da qualidade da uva, então vamos poder elaborar vinhos bons só se tivermos uma uva de qualidade.

A qualidade se percebe principalmente no nariz e no paladar, e vai depender do tipo de uva a forma na qual vamos a avaliá-la.

A tipicidade de uva e a expressão do terroir, são outros dos parâmetros muito importantes na hora de determinar a qualidade de um vinho. A primeira se refere a forma na qual o vinho representa os aromas e sabores caraterísticos da uva e a segunda a forma como um vinho consegue representar seu lugar de origem.

O resto tem a ver com uma boa concentração de sabores que um vinho possui, como também, um bom equilíbrio entre seus diferentes componentes (acidez, álcool, fruta e no caso dos tintos, os taninos), e se o vinho passou por madeira, esse nunca poderá ocultar as caraterísticas da uva, mas sim fornecer aromas e sabores fazendo com que o vinho seja ainda melhor, ou seja, de maior qualidade.

 

Na imagem os vinhos Ícones chilenos Clos Apalta, Seña e Don Melchor

Na imagem os vinhos Ícones chilenos Clos Apalta, Seña e Don Melchor

 

 

Avan Terruño De Valdehernando, 2007

Avan Terruño De Valdehernando, um extraordinário Ribera del Duero, que provém de um vinhedo plantado em 1934 e é envelhecido em barricas 100% novas.

 

País Espanha
Propriedade da Vinícola 30 Hectares
Volume 750ml
Tipo Tinto
Safra 2007
Uva 100% Tinta Del Pais (Tempranillo).
Teor Alcoólico 14,5%
Tipo de Uva Tinta Tempranillo
Amadurecimento 17 meses 100% Francês

 

Avan Terruños De Valdehernando, 2007

Avan Terruño De Valdehernando, 2007

 

Visual De cor vermelho rubi intenso.
Olfativo Outro fantástico vinho deste produtor “Boutique” (ou “de Autor”), que até agora surpreendeu com cada vinho e com cada safra, todos vinhos realmente sensacionais. No caso particular deste Avan Valdehernando, que provém de um vinhedo plantado em 1934 e envelhecido em barricas 100% novas, é de todos o mais elegante. Com uma mistura de aromas extremadamente integrados, tem notas a fruta negra, igual a todos os seus “Hermanos” – mas a diferença é que este é o mais orgânico de todos, com notas a sous bois, grafito, mineral, mais notas finas e delicadas da madeira francesa (fumo, cedro, tabaco). Também tem as notas à lavanda, muito presentes em todos os vinhos desta bodega.
Gustativo Na boca tem muita potência e intensidade de sabores, sublinhados por uma estrutura de taninos tensos e firmes, taninos sólidos e compactos, mas em comparação com os outros vinhos desta bodega, a proposta é mais elegante, mais delicada. Algo menos concentrado que “cepas centenárias” (vinhas antigas), mas com um nível qualitativo dos mais altos. É fresco no final de boca, extremadamente longo, e com certeza vai melhorar muito nos próximos 5 anos.
Dica de Harmonização Carré de cordeiro com purê de menta sobre fundo de alecrim.
Filé mignon grelhado acompanhado de rosti de batatas e ratatouille de pimentão e cebola.
Confit de pato sobre batatas salteadas e molho de mirtilho
Filé de cervo com crosta de “pain de épices” e purê de castanha.
Ossobuco com abóbora assada, e avelãs tostadas.
Mignon em crosta de vitelo e foie gras sobre molho com risoto de funghi porcini.
Temperatura de Serviço 17°
Potencial de Guarda 15 anos
Nome da Vinícola Juan Manuel Burgos
Ano de Fundação da Vinícola 2000
Pontuação Winechef

Avan Terruños De Valdehernando, 2007 - 95 pontos Winechef

Avan Terruños De Valdehernando, 2007 – 95 pontos Winechef

 

Georges Duboeuf Moulin a Vent A.O.C, 2013

Moulin a Vent é uma das regiões mais importantes de Beaujolais.

Seus vinhos se destacam entre os outros Crus de Beaujolais (existem dez regiões consideradas Cru) pela grande capacidade de envelhecimento que eles têm.

Em termos gerais os vinhos de Beaujolais tem uma evolução muito rápida, devido que a uva Gamay, (que é a única que é permitida para elaborar os vinhos dessa região) tem uma pele muito fina, por tanto a concentração de polifenoles é mínima. Ou seja, a não ter uma grande concentração de taninos, os vinhos nascem macios e evolui muito rápido e a não ter uma grande concentração de antocianos, sua cor é muito clara.

Beaujolais ou Bourgogne

Generalizando, poderíamos dizer que os vinhos de Beaujolais são parentes dos vinhos da Bourgogne, (que são produzidos com a uva Pinot Noir). Com a grande diferencia do que na Bourgogne os Pinot Noir se elaborados a traves de uma fermentação alcoólica tradicional e no caso dos vinhos de Beaujolais a técnica utilizada para fermentar o vinho é diferente.

No Beaujolais os vinhos são produzidos na maioria das vezes através de uma técnica chamada “maceração carbônica”, que consiste em colocar os grãos de uva inteiros na cuba aonde começa a fermentação intracelular, ou seja, dentro da própria baia, o que dá como resultado os vinhos de uma frescura a acidez inusual, muito frutados, deliciosos e refrescantes.

 Georges Duboeuf Moulin a Vent A.O.C, 2013

Degustei esse vinho háuns dias atrás, e ele consegue exemplificar de excelente maneira o que estou explicando, no sentido do estilo bem definido que os vinhos dessa região possuem, mas no caso deste Georges Duboeuf, ele provém do melhor dos dez Crus que existem em Beaujolais, o Moulin a Vent.  Os vinhos desta região são se comparamos com os outros vinhos de Beaujolais- muito mais estruturados, muito mais complexos e conseguem evoluir por muitos anos, uma década ou mais inclusive, são vinhos bem interessantes, parecidos de certa maneira aos vinhos da Bourgogne, mas com um preço bem mais em conta, se compararmos com os vinhos da mesma qualidade.

Georges Duboeuf Moulin a Vent

Georges Duboeuf Moulin a Vent

Ficha Técnica  Georges Duboeuf Moulin a Vent A.O.C, 2013

 

Uva 100% Gamay
Teor Alcoólico 13.50%
Região Beaujolais
Amadurecimento 12 Meses em barricas
Visual Coloração clara de alta intensidade.
Olfativo Olfativamente é um vinho muito interessante, que já começa a mostrar alguns elementos produtos da evolução. Se sentem notas a framboesas, mas é uma framboesa que já começa a ficar confeitada, com notas a especiarias e alguns matizes florais. É um vinho complexo, que mostra os seus aromas em diferentes camadas, os que certamente vão continuar evoluindo e melhorando nos próximos anos. Em definitiva, um aroma muito grato e de grande tipicidade.
Gustativo Na boca é um vinho realmente delicioso, de corpo meio com uma fruta suculenta e nítida. Tem muita fruta e muita acidez, e profundo e seus sabores são muito intensos, resultando num vinho extraordinariamente longo, deixando seus sabores no paladar por longos segundos após terminado o analises gustativo. É um Gran Cru de Beaujolais sobressaliente, dos melhores produzidos neste peculiar terroir da Bourgogne, que vai continuar melhorando nos próximos 5 a 10 anos.
Dica de Harmonização Tempurá de camarão sobre arroz yakimeshi.
Linguado grelhado na brasa, servido com risoto de creme de queijo e cenoura.
Tilápia ao molho tailandês com legumes salteados na manteiga de camarão.
Suflé de caranguejo com molho de framboesas.
Corvina grelhada com um cremoso molho de gorgonzola e batatas baby salteadas.
Temperatura de Serviço 14 – 15 ºC
Potencial de Guarda 10 anos
Pontuação Winechef

Georges Duboeuf Moulin a Vent A.O.C, 2013 - Winechef 91 Pontos

Georges Duboeuf Moulin a Vent A.O.C, 2013- Winechef 91 Pontos

Ano de Fundação da Vinícola 1964
Enólogo Responsável Georges Duboeuf

 

 

O clima e o solo da Alsácia

A área de vinhedos da Alsácia é estreita e estende-se por 140 quilômetros entre as montanhas de Vosges e o rio Reno

Clima alsaciano

O clima na Alsácia é frio e continental. As montanhas de Vosges protegem a região dos ventos úmidos vindos do oeste. Os verões são quentes e os outonos ensolarados e secos. O índice pluviométrico é um dos mais baixos da França. Sob essas condições, as uvas atingem altos níveis de açúcar quando maduras. Muitos vinhedos – provavelmente os melhores – estão em encostas íngremes; as uvas das vinhas da planície entre as montanhas e o Reno, em geral, são usadas na produção de Crémant d’Alsace, o espumante característico do local.

O solo alsaciano

Fator realmente importante na Alsácia é a diversidade de tipos de solo. Na relativamente pequena área de vinhedos, há pelo menos 20 formações de terreno diferentes. Nas encostas, encontra-se granito, calcário, arenito, argila, composições argilo-calcárias e até mesmo solos vulcânicos; por outro lado, na planície, os solos são predominantemente aluviais, ou seja, formados por sedimentos transportados e depositados pelos cursos de água, constituídos, por exemplo, de argila e areia.

Essa complexidade geológica contribui para a grande variedade de estilos de vinhos. De modo geral, solos mais “pesados”, ricos em elementos argilosos ou argilo-calcários conferem ao vinho mais complexidade e corpo, enquanto que terrenos arenosos e calcários dão elegância e finesse. Elementos como quartzito, xisto e ardósia tendem a passar untuosidade, mineralidade, aromas de petróleo e “pedra de isqueiro” aos vinhos, especialmente aos feitos a partir de Riesling.

O clima e o solo da Alsácia

O clima e o solo da Alsácia

Conheça os vinhos brancos da Alsácia

A comuna francesa produz alguns dos melhores brancos do mundo em diversos estilos, de espumantes a vinhos tranquilos, de secos a doces deslumbrantes

Historicamente, a região da Alsácia foi disputada por séculos entre França e Alemanha. Durante o reinado de Luís XIV, foi anexada à França; após a Guerra Franco-Prussiana, unificou-se à Alemanha; ao final da I Guerra Mundial, foi devolvida aos franceses com a assinatura do Tratado de Versalhes; durante a II Guerra Mundial, foi retomada pela Alemanha; apenas em 1944 voltou ao domínio francês.

Por tudo isso, a Alsácia tem influências culturais dos dois países, que se refletem no seu modo de fazer vinho, mas também em sua gastronomia e em sua arquitetura. Ademais, apenas após o final dos conflitos foi possível que a região se estabelecesse como produtora de grandes vinhos. De fato, muito antes de tudo isso, por volta de 58 a.C., a área havia sido invadida pelos romanos, que lá fixaram um centro de viticultura.

 

Conheça os vinhos brancos da Alsácia

Conheça os vinhos brancos da Alsácia

 

A área de vinhedos da Alsácia é estreita, estendendo-se por 140 quilômetros de comprimento entre as montanhas de Vosges – que a separa da França – e o rio Reno – que faz sua divisa com a Alemanha – atravessando dois départements: Haut-Rhin, ao sul, e Bas-Rhin, ao norte. A maioria dos grandes produtores da região estão na parte mais austral de Haut-Rhin, département geralmente associado a vinhos de ótima qualidade.

Embora haja aproximadamente 2 mil produtores na região, que engarrafam e vendem seus próprios vinhos, 80% do volume total é produzido por apenas 175 vinícolas, as quais geralmente são familiares. Uma característica típica da Alsácia é que até mesmo os menores produtores mantêm linhas de pelo menos seis a oito rótulos diferentes, podendo chegar a até 20, 30 ou mais, a cada safra. Além disso, todos os vinhos alsacianos são, por força de lei, engarrafados – em típicas garrafas altas chamadas flutes – na região onde são produzidos.

 

Produtores de vinho da França brindam ‘brexit’ por alta nas vendas

A combinação entre a saída britânica da União Europeia —’brexit— e a crescente demanda asiática deu aos vinhos de Bordeaux, no sudoeste da França, um empurrão depois de anos de calmaria.

Os vendedores de vinho reportaram que as vendas do mês passado foram as melhores em cinco anos.

Embora muitos dos vinhos de Bordeaux, como o Château Lafite Rothschild e o Château Margaux, sejam negociados em todo o mundo, grande número deles fica armazenado no Reino Unido e tem preços definidos em libras. Como resultado, quando a libra caiu acentuadamente depois da decisão britânica de deixar a União Europeia, em junho, os compradores internacionais se beneficiaram de uma redução de 10% nos preços.

 

Produtores de vinho da França brindam 'brexit' por alta nas vendas

Produtores de vinho da França brindam ‘brexit’ por alta nas vendas

O vinho de Bordeaux tem vínculos com o Reino Unido desde que o rei Henrique 2º adquiriu a região em 1152 como parte do dote em seu casamento com Eleanor da Aquitânia, o que fez da Inglaterra um importante mercado de exportação. Muitos dos principais comerciantes mundiais de vinho mantêm essa tradição, e operam de Londres.

 

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Clinton bate Trump em duelo vínico

A campanha para as eleições presidenciais norte-americanas está ao rubro e o desempenho dos dois candidatos, Hillary Clinton e Donald Trump, tem sido noticiado e escrutinado sob os mais diversos ângulos. Faltava este: a revista de artigos de luxo “Robb Report” comparou os vinhos de cada um e a candidata do Partido Democrático ganhou este duelo. Mas o vinho não é dela…

Sobre a mesa, dois vinhos brancos para prova cega. De um lado, o Trump Winery’s 2015 Chardonnay, produzido exclusivamente com uvas da propriedade do candidato do Partido Republicano, situada no estado da Virginia. Do outro, o Clinton Vineyard’s Victory White 2015 Seyval Blanc, um varietal da casta híbrida Seyval Blanc da propriedade de uma grande amiga e admiradora dos Clinton, Phyllis Feder, no estado de Nova Iorque.

Clinton Vineyard’s Victory White 2015 Seyval Blanc

Clinton Vineyard’s Victory White 2015 Seyval Blanc

Alguns membros da equipa da revista consideraram o vinho Clinton “demasiado doce”, outros criticaram o Trump por ter “pouco sabor”. Houve quem não gostasse de nenhum e até quem se recusasse a escolher e declarasse a intenção de votar “independente”… No final, Clinton bateu Trump por apenas quatro pontos, um retrato bem fiel da polarização actual da sociedade dos EUA. Mas há pelo menos duas coisas que estas marcas têm em comum: ambos os vinhos foram servidos no casamento da filha dos Clinton, Chelsea, em 2010; e ambos são relativamente baratos (menos de 20 dólares a garrafa).

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Viticultores de Chablis lutam para proteger as vinhas do gelo

A zona de Côte de Nuits, na Borgonha, foi duramente atacada por gelo na noite de 27 de Abril, quando as videiras já abrolhavam.

Ao princípio da noite a temperatura começa a descer até aos zero graus e em poucas horas o desastre estava consumado. O gelo provocou danos irreversíveis na colheita de 2016, na Borgonha e em outras zonas de França, havendo produtores que perderam dois terços da potencial produção.

Em Chablis, no entanto, um bom punhado de viticultores usaram métodos radicais para impedir os estragos. O alarme soou ao princípio da noite e toda a gente foi a correr para as vinhas. Uns usam rega para impedir os abrolhamentos de gelar. Outros usam fogueiras e velas para fazer subir um pouco a temperatura nos vinhedos.

A paisagem nocturna de vinhedos iluminados às 4 da manhã é algo que não esquece a quem assistiu. Um fotógrafo francês – Aurélien Ibanez – esteve toda essa noite a pé, fotografando estes preparativos. O resultado está na sua página do Facebook, e recomendamos vivamente a sua consulta. Fotos de grande beleza que são ao mesmo tempo um testemunho da luta dos viticultores contra a ditadura impiedosa da natureza. Alterar um ou dois graus a temperatura junto às videiras foi o suficiente para prevenir o desastre..

 

Viticultores de Chablis lutam para proteger as vinhas do gelo

Viticultores de Chablis lutam para proteger as vinhas do gelo

 

Viticultores de Chablis lutam para proteger as vinhas do gelo

Viticultores de Chablis lutam para proteger as vinhas do gelo

 

Viticultores de Chablis lutam para proteger as vinhas do gelo

Viticultores de Chablis lutam para proteger as vinhas do gelo

 

 

Fonte: Revista de Vinhos de Portugal

Morre Peter Mondavi, pioneiro de Napa Valley

Mondavi comandou a mais antiga vinícola da Califórnia, a Charles Krug, por 40 anos

Peter Mondavi, um dos pioneiros da vinicultura de Napa Valley, na Califórnia, morreu no último sábado (20), aos 101 anos, na propriedade da família em Santa Helena. Irmão de Robert Mondavi, ele comandou a vinícola mais antiga da Califórnia, Charles Krug, por 40 anos.

Fundada por um imigrante alemão em 1861, a vinícola Charles Krug foi comprada pelos pais de Mondavi em 1943. Peter e o irmão Robert trabalharam juntos na empresa da família por 22 anos, mas diferenças de visão sobre como administrar o negócio fizeram que Robert deixasse a Charles Krug em 1965 e abrisse sua própria vinícola um ano mais tarde, a primeira desde a Lei Seca. Robert Mondavi tornou-se um dos mais célebres produtores de vinho do mundo e morreu em 2008.

Peter assumiria o comando da Charles Krug em 1976, após a morte da mãe. Em entrevistas, ele sempre dizia que o maior orgulho de sua vida foi ter mantido o negócio na família, apesar de todas as crises que assolaram o setor e a região ao longo das décadas. De 2000 a 2010, investiu US$ 22 milhões para replantar 160 hectares considerados “premium” com as variedades de Bordeaux.

Morre Peter Mondavi, pioneiro de Napa Valley

Morre Peter Mondavi, pioneiro de Napa Valley

Sua relação com o mundo do vinho começou ainda na infância, quando ajudava o pai a preparar as caixas de madeira usadas em seu negócio de transporte de uvas.

Estudou economia na Universidade de Stanford em 1938, mas acabou sendo atraído pela enologia, que cursou na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Lá, pesquisou a então polêmica fermentação a frio para vinhos brancos e rosés. Anos depois, ficou conhecido por seus brancos extremamente frescos e frutados. Afeito à modernização, Mondavi era visto como uma lenda entre os produtores de Napa — em 1986, foi eleito um dos 12 mais importantes. Em 1963, sob sua determinação, a Charles Krug foi a primeira vinícola de Napa a importar barris de carvalho franceses.

Mondavi aposentou-se apenas no ano passado, mas ainda era visto na vinícola, onde tinha de subir dois lances de escada para chegar a seu escritório. O comando da empresa é hoje dividido entre os dois filhos, Peter Jr. e Marc.

 

Fonte: Estadão

Um em cada 10 vitivinicultores dos Estados Unidos cogita vender suas terras

 

Segundo pesquisa, principal causa seria o “cansaço” e não problemas financeiros

Centenas de propriedades vinícolas das regiões de Califórnia, Oregon e Washington podem entrar à venda, segundo pesquisa realizada pelo Silicon Valley Bank (SVB), e o motivo para a venda seria o “cansaço”.

Um em cada 10 dos 646 proprietários ouvidos pela pesquisa disse estar “considerando seriamente” vender suas terras nos próximos cinco anos. Com base nesta resposta e de acordo com dados do Banco de Transições de Propriedade, estima-se que 500 das 4.989 vinícolas da Califórnia, Oregon e Washington podem entrar à venda.

O relatório feito pelo SVB constatou que quase um terço dos donos de vinícolas entrevistados venderiam suas terras se a oferta fosse alta o suficiente.

Os analistas do SVB disseram que uma pesquisa anterior, realizada em 2008, mostrou que o motivo pelo qual os proprietários iriam vender suas terras seria a “fadiga”, mas do que qualquer problema financeiro. “Pegar um avião e ir para os principais mercados em blitz de vendas não era o que muitos produtores achavam que estariam fazendo”, disseram os analistas.

Um em cada 10 vitivinicultores dos Estados Unidos cogita vender suas terras

Um em cada 10 vitivinicultores dos Estados Unidos cogita vender suas terras