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Especialistas apontam quatro regiões improváveis de onde surgirão grandes vinhos


Turquia, China, Georgia e região de Finger Lakes nos Estados Unidos estão entre as mais promissoras

Você já experimentou um vinho feito da uva Öküzgözü?

Provavelmente não, mas talvez em um futuro próximo ela esteja em sua mesa. Esta variedade de nome esquisito é natural da Turquia, uma das regiões mais promissoras do mundo do vinho atualmente e que pode se tornar uma potência no futuro segundo especialistas. No entanto, além da Turquia, experts apontam ainda outras três regiões no mundo com grande potencial de crescimento: China, Geórgia e a área de Finger Lakes nos Estados Unidos. Todas até então pouco conhecidas pelos enófilos.

Segundo o jornalista especializado em vinhos, Gregory Dal Piaz, a Turquia deve se tornar um grande player no mercado do vinho nos próximos anos. O país já é o sexto maior produtor de uvas do mundo e, apesar de ser conhecido pelas uvas de mesa, isso está mudando. Além disso, os turcos já produzem 28 milhões de litros por ano, mas têm potencial para dobrar essa quantidade facilmente, invadindo o mercado global. Outra qualidade da vitivinicultura turca são as variedades indígenas, incluindo a Öküzgözü, que em personalidade e é fácil de agradar, lembrando um pouco da Dolcetto, italiana. Piaz acredita que, em pouco tempo, ela produzirá grandes vinhos.

Já a China está na mira dos grandes players mundiais há algum tempo. Em uma década, os chineses duplicaram o número de hectares plantados no país (de 300 para 600 mil), tornando-o o maior produtor de uvas do mundo. Uma das vantagens da China é que diversos grandes grupos do mundo do vinho, como LVMH e Domaine Baron de Rothschild, estão investindo bastante na produção local e criando um padrão de qualidade para a indústria chinesa.

Outras duas regiões que, apesar de bem menos badaladas, também estão sendo observadas de perto pelos especialistas são Finger Lakes nos Estados Unidos e a Geórgia. A área no nordeste norte-americano é conhecida por seus Riesling e agora tem recebido muito capital de investimento. Dois grandes produtores Paul Hobbs e Johannes Selbach, por exemplo, fizeram uma joint-venture para desenvolver vinhos no lago Seneca. Já a Geórgia, conhecida pelos vinhos “laranja” e a fermentação em ânforas, tem chamado a atenção por seus tradicionais vinhos Qvevri – fermentados no barro Qvevri. Esses vinhos são a porta entre o histórico e o moderno nesse país onde estão as raízes da vitivinicultura mundial.

Vinhos da China

Vinhos da China

Fonte: Revista Adega

 

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Descoberta de adega de 3.700 anos de idade explica a origem do vinho

O vinho é bem antigo e provavelmente surgiu onde hoje está Israel. Isso é o que indica a descoberta de uma adega de 3.700 anos de idade na cidade de Tel Kabri. Qual era o gosto do vinho do passado? Relatos variam de “medicinal” para “toques de canela”.

Wall Street Journal e o The New York Times publicaram reportagens com a história de uma equipe da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, que encontrou 40 jarras de 90cm de altura contendo o que um dia foi vinho. O vinho em si não foi preservado, mas testes em laboratórios com resíduos orgânicos mostraram que o líquido provavelmente era aquele fermentado feito a partir de uvas que conhecemos.

Mas por que nos importamos com isso? Antes disso, a coleção mais velha de vinhos encontrada estava no Egito, na tumba do Faraó Escorpião I. Essa coleção em particular é datada de cerca de 3.000 a.C., mas a questão aqui é que o Egito não é um lugar do planeta onde uvas crescem naturalmente. Cientistas por muito tempo acreditaram que as uvas eram provenientes dos cananeus que ficavam próximos ao mar um pouco mais ao norte. E essa nova descoberta corrobora essa tese.

Descoberta de adega de 3.700 anos de idade explica a origem do vinho

Descoberta de adega de 3.700 anos de idade explica a origem do vinho

Uma parte interessante da descoberta é que os cientistas conseguiram descobrir como era o gosto dos vinhos antigos. “Doce, forte e medicinal”, disseram ao WSJ:

Os cientistas se concentraram em fragmentos próximos à base das jarras, que ficaram em contato com o vinho armazenado e absorveram um pouco dele. Eles extraíram os resíduos orgânicos presos nos poros e analisaram quimicamente. Andrew Koh, um arqueólogo da Universidade Brandeis, disse que descobriu uma assinatura reveladora de ácido tartárico, componente chave em uvas. Ele também encontrou traços de compostos que sugerem que outros ingredientes podem ter sido adicionados ao vinho, incluindo mel, menta e ervas.

E a equipe pode ter muito mais a descobrir – alguns dias antes da escavação terminar, outro par de portas foi encontrada na adega, e acredita-se que elas podem levar a mais vinhos. Infelizmente, aquela história de “o vinho fica melhor com o tempo” só deve durar por um milênio ou um pouco mais. [WSJ]

Entrevista EXCLUSIVA com Alejandro Hernández, o pai da enologia chilena

 

 Em conversa com o renomado enólogo e professor universitário Alejandro Hernández, Winechef questionou sobre qual é a sensação após cumprir bodas de ouro como Mestre de Enologia.

 

 “Sinto que cumpri bem minha missão”, diz Alejandro Hernández.

Leia abaixo essa mini-entrevista com Alejandro Hernández.

 Winechef.com.br:

Qual é seu sentimento depois de cumprir mais de 50 anos como professor de enologia da Universidade Católica de Chile?

Alejandro Hernández:

“Foi no final de novembro do ano de 2009 que completei 50 anos como professor de vitivinicultura e enologia da Universidade Católica do Chile. A faculdade, os enólogos, os alunos e o meio vitivinícola nacional celebraram isso em uma cerimônia muito amável, amistosa e generosa.

Curiosamente continuo lecionando até hoje, mas por escolha minha. Não sou mais o professor chefe. Hoje, Felipe de Solminhiac, que foi meu ajudante durante 34 anos, ocupa esse cargo e eu trabalho como seu professor ajudante. É assim que tem que ser.

O bom ensino consiste em uma equipe de professores, com diferentes formações e especializações distintas, e que entregue aos alunos o panorama completo de uma carreira – neste caso a enologia.

Eu criei o Departamento de Enologia em 1960. Com certeza tive mais de 2.000 alunos. Muitos deles são enólogos. No Chile, hoje, são 952 e a maioria é da Universidade Católica.

O que eu sinto, resumidamente: satisfação. Satisfação porque contribuímos na formação profissional e cultural do conhecimento do vinho e porque eles têm, hoje, uma fonte de trabalho que os permite viver fazendo o que gostam e normalmente em boas condições materiais e culturais. Sinto que cumpri bem minha missão e isso me traz alegria.”

Portal del Alto Alejandro Hernandez

Portal del Alto Alejandro Hernández

 

Cristais na rolha: Os diamantes do vinho. Sabe porquê?

Os diamantes do vinho: cristais de ácido tartárico na rolha. Isso é bom ou ruim?

Algumas vezes acontece que ao examinarmos a parte da rolha que fica em contato direto com o líquido, notamos a presença de cristais, o mesmo fenômeno observado no fundo das taças. Como devo interpretar este achado: descartar o vinho, rejeitá-lo e devolver para o estabelecimento onde adquirimos? Nada disso. Se não houver defeitos aparentes no vinho, a presença dos cristais não é sinal de deterioração, muito pelo contrário. Eles são conhecidos pelo termo de “diamantes do vinhoEsses “diamantes” são os cristais de ácido tartárico, formados pela precipitação de dois elementos presentes nas uvas tanto brancas quanto tintas: o ácido tartárico e o potássio.

Na presença de baixa temperatura, esses elementos reagem entre si, dando origem aos cristais de bitartarato de potássio, que precipitam no fundo das garrafas. Estes cristais são naturais, não prejudicam o vinho e, para muitos apreciadores de vinhos de qualidade, sua presença é bem vinda e interpretada como “diamantes”, uma indicação de que as uvas permaneceram por um tempo prolongado nas videiras antes de serem colhidas, desenvolvendo, portanto, mais personalidade e tipicidade. Além disso, é uma indicação de que o vinho não foi submetido ao processo de estabilização pelo frio, que, por sua vez, não somente precipitaria os cristais antes do engarrafamento, mas removeria substâncias coloidais, muitas delas responsáveis pela tipicidade da uva utilizada na sua produção.

Os europeus consideram a presença dos cristais de ácido tartárico como um sinal de qualidade. Já os produtores americanos e seus consumidores se sentem incomodados por sua presença. Fico feliz quando sou presenteado com estes “diamantes”, tanto nas rolhas quanto no fundo da minha taça. Como ritual, levo-os à boca e deixo os dissolver lentamente, uma experiência muito interessante.

Cristais de ácido tartárico nas rolhas de vinhos

Cristais de ácido tartárico nas rolhas de vinhos

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Entrevista com o herdeiro do Champagne Taittinger

 

Clovis Taittinger, filho do atual presidente do grupo do Champagne Taittinger esteve no Brasil e concedeu esta entrevista exclusiva.

Fundada em 1734 em Reims, a Champagne Taittinger é uma grande empresa, que ainda se mantém familiar. Como outras casas de Champagne, a Taittinger diversificou seu negócio em segmentos de luxo, como joias, perfumes, cristais, mas, principalmente, hotéis. Chegou a ser comprada em 2005 por um grupo hoteleiro americano (Starwood), mas em 2006 o controle foi restabelecido à família.

Os champagnes da casa primam pela leveza e elegância e seu top Comtes de Champagne é uma dos melhores entre todos os champagnes na categoria blanc de blancs (feito 100% com Chardonnay). Clovis Taittinger, quarta geração da família e filho do atual presidente do grupo, Pierre-Emmanuel Taittinger, esteve no Brasil e concedeu esta entrevista exclusiva.

Entrevista com Clovis Taittinger o herdeiro da Champagne mais famosa do mundo

Entrevista com Clovis Taittinger o herdeiro da Champagne mais famosa do mundo

Veja Rio: Quais seus planos agora em relação ao mercado brasileiro, qual a sua visão?

Clovis Taittinger:

Tenho muitas esperanças aqui. A economia cresce, os brasileiros estão cada vez mais interessados em Champagne e achamos que o Taittinger se adapta bem ao gosto daqui. O grande problema são os impostos. Achamos  que o mercado brasileiro evolui, mas bem mais lentamente do que poderia, devido aos impostos. Mas, como todo champonois, sou otimista.

Veja Rio:

Você acabou de mencionar o samba e que sua família se considera um pouco brasileira. Você sabe sambar? E depois de algumas taças de Taittinger?

Clovis Taittinger:

Sou péssimo dançarino. Depois de algumas taças de Taittinger, talvez, mas sem nenhum charme.

Veja Rio:

Existe no momento alguma tendência na indústria do Champagne?

Clovis Taittinger:

A situação atual é de um mercado muito competitivo e estável. Como tendência, vejo a consolidação dos principais nomes, marcas famosas e os melhores vinhos das grandes empresas. Este é um momento difícil para as pequenas e médias empresas.

Veja Rio:

Agora com um novo importador, a Interfood, vocês têm alguma estratégia específica para o mercado brasileiro?

Clovis Taittinger:

Nossa ambição é agradar e conquistar cada vez mais brasileiros, mas não temos nenhuma estratégia “sistêmica” de abordagem para o Brasil. Champagne pede uma abordagem mais pessoal, de “um para um”. Esta não é uma bebida de uma abordagem de mercado de massa.

Entrevista com Clovis Taittinger o herdeiro da Champagne mais famosa do mundo

Entrevista com Clovis Taittinger o herdeiro da Champagne mais famosa do mundo

Veja Rio: Você concorda que o Champagne é o melhor negócio dentro do negócio do vinho?

Clovis Taittinger:

Não é o pior, com certeza, mas talvez também não seja o melhor. O mercado do Champagne é muito competitivo, muito exigente, e nele você está sempre sendo observado e copiado. Por outro lado, como o Champagne representa prazer, felicidade e amor, eu me considero um entregador de felicidade e amor. Esta é minha missão. E, sim, este pode ser o mais sexy, feliz e borbulhante trabalho de todo o mundo!

Veja Rio:

Uma observação e uma curiosidade para os leitores. Estamos aqui conversando e noto que você pronuncia Taittinger como se fosse americano (taitinguer), em vez de usar a pronuncia francesa (tétanger). Força do hábito?

Clovis Taittinger:

Com certeza! Eu mesmo fico confuso. É quase uma dupla personalidade. Mas, no fundo, vale o que está dentro da garrafa.

Veja Rio:

Acabamos de provar seus champagnes, todos deliciosos, cheios de estilo, minerais e elegantes. Seria muito bom para o consumidor brasileiro se você pudesse comparar seus vinhos a personagens conhecidas por aqui.

Clovis Taittinger:

O Champagne Taittinger Brut Reserve:

Poderia ser um Fred Astaire – um champagne dançante, com energia duradoura, macio, leve e sutil na “pista de dança”.

O Champagne Taittinger Prestige Rosé:

Seria a Audrey Hepburn – encantadora, delicada e elegante.

O Champagne Taittinger Comtes de Champagne:

Nossa “obra de arte” seria Coco Chanel – com design perfeito, pureza, elegância, um clássico.

O Champagne Taittinger Nocturne:

Seria a Paris Hilton – doce (com 17 gramas de açúcar) e sexy – relaxe e divirta- se! Para o fim de um dia estressante de trabalho recomendo uma descompromissada taça de Noturno, em uma boa companhia!

Veja Rio:

Boa sugestão, Champagne contra o estresse. Agora, gostaria de lhe pedir um presente. Conte-me algo que você nunca contou em nenhuma entrevista.

Clovis Taittinger:

Hummm…Vou contar um segredo: eu não sei sambar e adoraria que alguma garota brasileira me ensinasse, mas sou tímido demais para pedir.

 

Fonte: Veja Rio

 

Há mais Carménère na China do que em qualquer outro lugar do mundo diz Boursiquot

 

 Jean-Michel Boursiquot  foi o descobridor da variedade no Chile na década de 1990.

De acordo com um especialista pode haver mais Carménère plantada na China do que em qualquer outro lugar do mundo De acordo com Jean-Michel Boursiquot, especialista em variedades de uva, pode haver mais Carménère plantada na China do que em qualquer outro lugar do mundo. O fato foi revelado na semana passada durante uma conferência em Santiago, no Chile.

Carménère, a uva extinta

Boursiquot foi o descobridor da variedade no Chile na década de 1990. Antes disso, a Carménère era dada como extinta. Segundo ele, existem na China cerca de 15000 hectares de Carménère plantada ao longo de todo o seu território, o que representa 50% a mais do que o Chile.   O motivo da grande diferença entre os dois países se deve ao fato de que na China é muito plantada uma variedade chamada de Cabernet Gernischt, que é sinônima da Carménère.

Vinhedos de Carménère da vinícola Clos Apalta, no Chile

Vinhedos de Carménère da vinícola Clos Apalta, no Chile

Considerando que 8% de toda a área viticultora do país seja tomada pela Cabernet Gernischt, é possível afirmar que essas “possam representar 15000 hectares”, mas segundo Boursiquot sob essa mesma variedade é possível achar outras como a Cabernet Franc, Merlot e a própria Carménère.

Uma profunda análise de DNA foi feita e foi constatado que a Cabernet Gernischt e a Carménère têm exatamente a mesma composição de genes. Depois da China e do Chile, o terceiro país com mais Carménère é a Itália, com cerca de 1.000 hectares plantados. Além desses, a Argentina conta com 56 hectares da variedade, 41 ha na França e apenas 23 ha nos Estados Unidos.

 

Restaurador descobre ‘adega de Hitler’

 

Alemão encontra na Saxônia coleção de champagne Cognac que teria sido saqueada na França pelo exército nazista

O restaurador alemão Silvio Stelzer descobriu nos jardins de uma casa de campo abandonada, localizada na cidade Wasserschloss Moritzburg, no estado de Dresden, na Saxônia, garrafas de champanhe Cognac, comidas finas e cigarros que teriam sido levadas de Berlim para o local por ordens de Adolph Hitler, em 1944, diante do risco de bombardeio pelos Aliados, na Segunda Guerra Mundial.

“Foram trazidos para cá centenas de caixas com bebidas, comidas e cigarros”, disse Stelzer. Além de champanhes, havia na casa, que pertenceu ao príncipe Ernst Heinrich da Saxônia, queijos, biscoitos, salsichas, cafés e chocolates.

Os conteúdos e as adegas foram entregues aos historiadores para a pesquisa. Embora descrito como “Adega de Hitler”, é mais provável que o esconderijo servisse aos altos funcionários nazistas e a oficiais da SS que estavam sempre decorados com o melhor dos luxos saqueados da Europa ocupada.

Ainda não foi revelado quantas garrafas de espumante foram descobertas, mas sabe-se que Hitler bebia vinho e cerveja ocasionalmente, porém, detestava fumar.

Restaurador descobre ‘adega de Hitler’

Restaurador descobre ‘adega de Hitler’

 

 

Fonte: Adega.