Posts

Como o carvalho altera aromas e sabores do vinho?


Entenda como se dá o papel desta madeira e quais seus benefícios para a bebida de baco

Fala-se muito do uso da madeira para amadurecimento do vinho, mas pouco esforço se faz para esclarecer como o contato com o carvalho muda aromas e sabores.

Ficam sempre muitas perguntas, entre elas: como estas mudanças se processam? E a que mais nos interessa: quais os benefícios que o contato com o carvalho traz ao vinho? Vejamos passo a passo.

 

O que é micro-oxigenação?
Um efeito menos comentado da influência do amadurecimento dos vinhos em barris de carvalho é a pequena e controlada exposição do líquido ao oxigênio, o que chamamos de micro-oxigenação. Em um vinho pronto, engarrafado, evita-se ao máximo o contato com o ar. Porém, na etapa de elaboração do produto, este processo é benéfico, como uma vacinação com micro quantidade de um elemento nocivo.

Uma oxidação muito pequena e lenta permitida pelos poros e pela boca dos barris é benéfica para a estrutura e estilo de muitos caldos, tornando-os mais longevos e resistentes.

 

Como o carvalho altera aromas e sabores do vinho?

Como o carvalho altera aromas e sabores do vinho?

 

Quais os benefícios que o carvalho traz ao vinho? 
Este é o ponto que mais nos interessa. E os ganhos são muitos.

  1. A cor é intensificada pela reação entre taninos e antocianinos.
  2. Os taninos são amaciados, o que pode causar a precipitação de borras.
  3. O vinho ganha estrutura dada pela micro-oxigenação e pelos taninos da madeira.
  4. A evaporação ao longo do tempo concentra o vinho, de maneira lenta e gradual. Fala-se de perda de 3% do volume ao ano, é a chamada “parte dos anjos”.

 

Quais as substâncias aromáticas passam para o vinho? 
O carvalho transmite muitos aromas e sabores à bebida. Estas são suas substâncias importantes.

 

  1. Lactonas: São encontradas em alta concentração no carvalho americano. Elas dão ao vinho aroma de carvalho novo e de coco (cocada preta queimada, sabão de coco, doce de coco), além de terra, herbáceos e especiarias.
  2. Vanilina: Aromas de baunilha.
  3. Guaiacol: Aromas de defumados e especiarias.
  4. Eugenol: Aroma de cravo.
  5. Furfural: Aroma de caramelo.
  6. Ellagitaninos: Os taninos da madeira absorvidos pelo vinho dão estrutura, cor e são adstringentes.
  7. Coumarin: Doa amargor e acidez.

 

Continua…

O Tanino no vinho

A vinificação talvez seja o momento mais importante para analisar os taninos que encontramos nos vinhos.

Quase todas as etapas de vinificação influenciam na tanicidade do vinho: maceração pré-fermentativa, medida do tanque de vinificação, temperatura e tempo de fermentação, forma de “romper” o chapéu, passagem por barricas de carvalho, maceração pós-fermentativa, micro-oxigenação e filtração/clarificação são as principais fases que possuem relevância na extração dos taninos.

É importante fazer a ressalva de que estamos tratando de tintos. Os brancos apresentam quantidades muito inferiores de taninos, uma vez que a fermentação se dá, via de regra, sem a presença das partes sólidas das uvas, de onde se extraem a maior parte dos taninos.

Taninos em cada etapa de vinificação

Em linhas gerais, seguimos com a descrição da forma que cada uma das etapas de vinificação citadas podem influenciar na extração dos taninos para o vinho:

O Tanino no vinho

O Tanino no vinho

Maceração pré-fermentativa

Esta técnica corresponde ao contato das cascas das uvas com o mosto ainda não fermentado. Uma vez que as uvas são prensadas, deixa-se o mosto em contato com as cascas em ambiente com baixa temperatura. Desta forma, consegue-se extrair mais compostos aromáticos, sem uma excessiva extração de taninos.

Tanques de fermentação

O tamanho e o formato são relevantes para se verificar uma maior ou menor aptidão para extrair compostos das partes sólidas. De maneira simples, quanto maior a relação largura/ altura, maior será a superfície de contato entre o mosto e os sólidos, portanto, maior a aptidão para se extrair os taninos.

Temperatura e tempo de fermentação

Via de regra, quanto maior a temperatura de fermentação, maior será a extração dos componentes das cascas. Assim, logicamente, quanto maior o tempo de contato do mosto com os sólidos das uvas, maior será também a extração dos taninos. Com o calor, as células vegetais se rompem, liberando mais facilmente todos os seus extratos. Neste caso, a parcimônia é fundamental: calor excessivo pode matar as leveduras, acelerar reações químicas, inclusive da acetificação (avinagrar) e provocar a volatilização de muitos compostos aromáticos.

Forma de “romper” o chapéu

Com o início da fermentação, o CO2 produzido impulsiona toda a massa sólida para a parte superior do recipiente de fermentação. Com o intuito de maximizar o contato dos sólidos com o líquido, existem várias formas para aumentar a interação destas duas partes. Duas das principais são: a remontagem e o pigeage.

Na primeira (remontagem), drena-se o líquido na parte inferior do tanque, através de bombeamento ou meios gravitacionais, e é feito seu transporte até a parte superior, onde promove-se uma espécie de “rega” do chapéu. O líquido regado, atravessa lentamente a barreira sólida extraindo todos os seus componentes.

Na segunda (pigeage), utiliza-se uma ferramenta chamada pigeou, um largo disco com longo cabo, que promove a imersão da massa sólida na parte líquida. Em alguns casos, abdica-se das ferramentas para utilizar o próprio pé humano, como no caso da pisa a pé, nos tradicionais vinhos do Porto.

Veja Também:

 

 

Os barris usados e seu efeito no vinho

É bom lembrar que faz toda a diferença o fato do barril ser novo ou usado

Os novos passam uma gama de aromas e sabores – já vistos – ao vinho, enquanto os que têm alguns anos de uso são quase inertes, permitindo apenas a micro-oxigenação. As empresas que buscam o toque de carvalho em seus vinhos usam apenas barris novos ou de primeiro uso, no máximo, segundo ou terceiro, raramente quarto uso. Depois de utilizados, normalmente, os barris são vendidos para outros fins que não a vinicultura. Isso encarece muito o processo, pois um barril francês de bom tanoeiro pode custar U$D 1 mil, e um barril americano dificilmente sai por menos de US$ 500.

Um ponto fundamental para o uso de barris usados pela segunda ou demais vezes é sua higiene. Eles devem ser perfeitamente limpos, mas não podem ser esterilizados. Os Brettanomyces – tipo de levedura, apelidado de “Bret”, que pode contaminar barris e transmitir aromas defeituosos aos vinhos, lembrando mofo e dando toques animais desagradáveis à bebida – são perigosos e precisam ser monitorados constantemente.

Outro aspecto da madeira usada é detectado na parede de um tonel antigo, onde podem acumular-se cristais de tartarato. Esta substância aparece nos vinhos engarrafados sobre forma de pequenos cristais brilhantes insípidos e inodoros.

Quando ainda estão nos barris, estes cristais podem impermeabilizar a madeira, evitando a evaporação do vinho; impedir a impregnação de sabor de madeira no vinho, o que provavelmente seja a intenção do enólogo; e ajudar a precipitar os cristais de tartarato do vinho novo. É possível fazer uma raspagem nos barris usados para retirar eventuais cristais, limpá-los, desmontá-los, efetuar nova tosta e montar de novo.
No entanto, este processo é trabalhoso e o efeito jamais será o de um barril novo.

 

Como o carvalho altera aromas e sabores do vinho?

Como o carvalho altera aromas e sabores do vinho?

 

Os chips

Como já mencionamos, barris de carvalho são custosos e têm impacto direto do preço final de uma garrafa. A conta é simples: um barril de US$ 600 novo, que comporta 225 litros ou 300 garrafas, encarecerá o vinho, na origem, em US$ 2. Se este valor for multiplicado cerca de três vezes por impostos e taxas, só o barril significará US$ 6, ou cerca de R$ 18, no preço de prateleira de uma garrafa. É fácil deduzir, então, que vinhos de menos de R$ 30 ou R$ 40 dificilmente passarão sequer perto de barris novos.

A alternativa barata para dar aquele gostinho de carvalho ao vinho é o uso dos chamados chips. Retalhos de madeira, aduelas, serragem, todas as sobras de carvalho podem ser aproveitadas e colocadas em contato com o vinho em vários momentos. Existe a possibilidade de usar os chips desde a fermentação até o vinho pronto. É usado colocar pedaços da madeira ou mesmo saquinhos de chá gigantes, contendo serragens de carvalho em tanques de inox.

Chips

Chips

 

Dependendo do país e da região, este artifício é ilegal e, geralmente, não é admitido pelos produtores. Na Austrália, a prática é permitida e muito comum nos vinhos mais baratos, enquanto em Bordeaux e na Borgonha é proibido, por exemplo.

O que nos interessa saber é quais os efeitos dos chips. Naturalmente simulam o barril de carvalho, passando aromas de madeira ao vinho, mas sem mesma qualidade e sem a microoxigenação, que dará complexidade e longevidade. Geralmente isso funciona bem para vinhos muito simples, de consumo imediato, o que realmente pode ganhar ao receber este aporte de aroma e sabor.

Chips, no entanto, jamais se prestarão à produção de vinhos de maior qualidade, estrutura, complexidade e, sobretudo, de longa guarda, pois os aromas de carvalho dados por este método tendem a se perder depois de alguns meses do vinho engarrafado.

O mesmo vinho pode ser elaborado em barris de tipos diferentes?

Em relação as barricas de carvalho é bom lembrar que cada vinho pode ser elaborado de uma maneira diferente: sem nenhum contato com madeira, amadurecido em barris 100% novos, ou mesmo amadurecidos em um mix de barris novos e usados, de diferentes tipos de carvalho, de diversas idades e tamanhos.

Os Taninos das Barricas de carvalho

 

A madeira do carvalho também é rica em taninos

Barricas de carvalho agem nos taninos de duas formas. A primeira maneira (que será pormenorizada mais adiante neste artigo), é a microoxigenação. Os poros do carvalho permitem uma leve penetração de ar, que ajuda na polimerização dos taninos e na formação de polímeros pigmentados (reação entre taninos e antocianinas).

A segunda forma é aportando mais taninos ao vinho. A madeira do carvalho também é rica em taninos (tão rica que as próprias tábuas de carvalho devem passar por um envelhecimento, em torno de três anos, para que percam um pouco dos taninos, bem como a umidade). Seus taninos são de natureza diferente dos da uva. Os do carvalho, chamados de elagitaninos ou taninos hidrolisáveis, também são particularmente solúveis em álcool e água. Uma vez que o vinho entra em contato com a parede da barrica, principalmente as de primeiro uso, ocorre a extração dos elagitaninos que passam a integrar o fermentado, dando um maior suporte estrutural.

Maceração pós-fermentativa

Ao contrário da pré-fermentativa, o que se busca neste caso é justamente uma maior extração de taninos. Taninos são facilmente solubilizados em meios alcoólicos. Uma vez encerrada a fermentação, prolongase o tempo que o mosto fermentado permanece em contato com as cascas para uma maior extração de taninos e antocianos.

Os Taninos das Barricas de carvalho

Os Taninos das Barricas de carvalho

Micro-oxigenação

Consiste na técnica de aplicar um pequeno volume de gás oxigênio ao vinho já fermentado, numa proporção média de 1 ml de oxigênio por litro ao mês. Seria uma forma de emular a leve aeração que as barricas de carvalho permitem, tornando os taninos mais macios e o vinho mais estável. Normalmente, esta técnica é utilizada para fermentados ricos em taninos e antocianinas, para que se tornem mais estáveis e mais palatáveis ao degustador que prová-los ainda jovens.

Filtração e clarificação

Há muitos tipos de filtros utilizados na vinificação, no entanto, os objetivos são coincidentes: retirar micropartículas que podem comprometer a qualidade ou a apresentação do vinho.

Por exemplo, em vinhos engarrafados com açúcares residuais, a filtração é particularmente utilizada para retenção de leveduras e bactérias, que poderiam continuar agindo no vinho mesmo após o engarrafamento. Quanto aos taninos, caso a filtração seja muito intensa e rigorosa, parte poderá ficar retida nas membranas dos filtros, já que se tratam de cadeias moleculares longas. Além disso, a intensa agitação contida neste processo pode acelerar reações químicas envolvendo os taninos.

A clarificação é o processo que visa a separação de partículas sólidas e visíveis no vinho. Ela pode se dar por meios físicos, como a simples decantação (estamos falando da produção e não a decantação que se pode realizar no momento da degustação), ou pela ação de agentes externos. Estes agentes de afinamento normalmente são ricos em proteína, como o caso da clara de ovo, tradicional fator de afinamento. Considerando a principal característica dos taninos, de unir e precipitar proteínas, este processo também é utilizado para eliminá-los dos vinhos.

 

Continua.

Que são os taninos?

O que é e como este composto fenólico, um dos componentes mais importantes do vinho, influencia na bebida?

Muito tânico “ou pouco tânico”. Quando comentamos sobre vinhos, geralmente ouve-se expressões como essa. Mas, o que significa para um vinho ser tânico? Aliás, o que é o esse tão falado tanino? Como ele age no vinho em relação ao sabor, longevidade? Quais uvas possuem mais tanino? Como fazer para suavizá-los ou realçá-los? A respostas para estas e outras perguntas você encontra a seguir.

O que é esse tal tanino?

Um instrumento de defesa da planta.

Tecnicamente, o tanino corresponde a um grupo de compostos fenólicos que tem como principal característica a afinidade em se ligar à cadeias de proteínas e precipitá-las. Encontrados principalmente nas partes lenhosas, “nas folhas e em frutos não maduros de muitas plantas, eles atuam como instrumento de defesa. Quando um predador começa a ingerir partes de uma planta, as células vegetais rompidas liberam os taninos, que possuem sabor amargo e provocam grande adstringência, causando repugnância ao predador.

 

Que são os taninos?

Que são os taninos?

Tanino nas uvas

Nas uvas, os taninos encontram-se principalmente nas cascas, sementes e engaços. Assim como os açúcares da uva, eles também passam por um amadurecimento e, conforme se atinge esta maturidade, perdem agressividade, tornando-se macios e sedosos.

Dentre as uvas viníferas, geralmente, quanto mais grossa a casca, maior a quantidade de taninos a serem extraídos. Este é o caso da Cabernet Sauvignon, Tannat, Nebbiolo, Baga, Petit Verdot, Sangiovese Grosso; só para citar algumas. No extremo oposto estão variedades de cascas mais finas, que dão origem a vinhos de estrutura mais leve e textura delicada. As variedades Pinot Noir, Gamay  se enquadram nesta tipicidade.

Os taninos das uvas são classificados como condensados ou proantocianidinas. A outra classificação a qual eles podem pertencer é denominada taninos hidrolisáveis ou elagitaninos, e correspondem aos que são extraídos da madeira do carvalho. Cada um possui uma natureza diferente e, embora ainda não mapeado cientificamente, desencadeiam uma série de reações distintas no vinho.

A maturação dos taninos, além do acompanhamento dos níveis de açúcares e acidez, é o fator chave para se decidir o momento ideal da colheita da uva, atualmente.

Veja Também:

 

Vinhos amadeirados. Coisa de amadores!

Mas o que realmente acontece quando um vinho passa por barricas de madeira?

A madeira pode ajudar a enobrecer um vinho básico, mas com a condição de que a uva que deu vida a esse vinho seja de ótima qualidade. Caso contrário, a madeira vai mascarar absolutamente os aromas varietais do vinho, e o resultado vai ser bem pior do que se esse vinho não tivesse nunca passado em madeira.

A origem de fabricação, onde foram secadas e armadas as barricas de madeira possui forte relação com a qualidade do vinho que vai permanecer nelas. Mas é um tema muito profundo e detalhado, que vamos deixar para uns próximos posts. Mas, resumidamente, estes recipientes são formados por tábuas, que durante o processo de armação são queimadas com fogo produzido pelas próprias madeiras que a compõe. Esse é um forte detalhe a considerar, já que vai depender da qualidade da uva, o nível de tostado que vai poder aguentar sem que madeira tome conta do aroma final do produto.

O enólogo tem que ter intimidade com a uva que está trabalhando, para assim poder determinar em que tipos de madeiras este vinho vai estagiar (passar por barricas), sem que a madeira se imponha com seus aromas e sabores queimados e tostados. Durante o processo físico no qual as barricas são tostadas (no seu interior) aparecem uma grande quantidades de moléculas aromáticas, principalmente das famílias dos aromas “empireumáticos”, torrados, tostados, defumados, café, etc…

Tostado de barricas para vinhos

Tostado de barricas para vinhos

Todos estes aromas são muito agradáveis de identificar nos vinhos (especialmente nos tintos) e colaboram com a formação da complexidade aromática do vinho. Mais uma vez mais insisto em que eles (os aromas da barrica) têm que, obrigatoriamente, estar acompanhados dos aromas primários da própria uva.

A lógica, na hora de colocar um vinho dentro da barrica, é ter claro a qualidade do vinho. Quanto maior a concentração, estrutura de taninos e polifenóis (taninos e antocianos), maior a capacidade de permanecer em barricas, ou seja, um vinho diluído e simples, que é colocado em uma barrica tostada, em algumas semanas ficará absolutamente mascarado com os elementos aportados por estas.

 

“É importante você saber”

É importante ter claro que um vinho não é melhor que outro pelo simples fato de ter ficado mais tempo dentro das barricas, e imagino que já tenham entendido, pode acontecer até tudo ao contrário. O que realmente importa é o equilíbrio, a harmonia entre os aromas da madeira e os aromas do vinho. Por isso, escolher um vinho apenas por ser amadeirado ou não, pode ser coisa de amador!

 

Consultor de Bordeaux vai testar a influência do carvalho no aroma do vinho

Nova pesquisa vai testar diferentes aromas de vinhos de acordo com a influência do carvalho

O consultor de vinhos e perfumista Alexandre Schmitt está liderando uma pesquisa que vai testar a influência das barricas de carvalho na formação do aroma de um vinho. Schmitt, cujo treinamento olfativo lhe rendeu o apelido de “o nariz de Bordeaux”, começou o experimento de três anos em parceria com a fabricante de barricas Charlois.

Schmitt vai conduzir testes dentro da adega de um chatêau de Bordeaux cujo nome não foi revelado. Além disso, ele assegurou que todo o vinho vai permanecer dentro das mesmas condições base. Se for bem-sucedido, o projeto pode ajudar produtores a terem maior controle sobre os aromas relacionados à influência do carvalho nas barricas, como a baunilha, o cravo, amêndoas queimadas, entre outros.

Consultor de Bordeaux vai testar a influência do carvalho no aroma do vinho

Consultor de Bordeaux vai testar a influência do carvalho no aroma do vinho

Em entrevista ao Decanter.com, Alexandre Schmitt comentou a pesquisa: “Essa é a primeira vez no mundo que uma pesquisa deste tipo é realizada, não apenas se preocupando com o gosto, mas com as moléculas de aromas transferidas da barrica para o vinho”. Segundo ele, o objetivo principal é desenvolver uma referência molecular para que os produtores escolham as barricas mais apropriadas para eles.

Os testes iniciais serão feitos com quarentas barricas de carvalho da safra 2014 da variedade Merlot. Além disso, todos serão testados dentro de laboratórios de enologia, onde os vinhos serão degustados por especialistas a cada três meses. Os vinhos serão testados também em barricas de outras composições, como a madeira simples e o aço inoxidável.