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Mudança climática pode impulsionar produção de vinhos britânica

 

Segundo estudo divulgado no New York Times, o Reino Unido pode se tornar grande protagonista mundial na produção de vinhos até a metade do século

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas mostrou que as temperaturas no Reino Unido estão se elevando mais rápido em relação à média global. Além disso, algumas regiões produtoras de vinho da China, Rússia e de alguns países tendem também a se beneficiarem com o novo cenário.

Segundo Chris Foss, supervisor da escola de agricultura de Plumpton, “o aquecimento global está realmente beneficiando a produção de vinhos no Reino Unido”, disse em entrevista ao New York Times. Foss ainda afirmou que a indústria de vinhos britânica tem capacidade de se expandir em cinco vezes, ou até em dez.

Entretanto, o efeito das mudanças climáticas nas vinícolas pode trazer consequências sérias para outros países. Segundo estudo feito pela National Academy of Sciences, o aumento da temperatura pode ameaçar o crescimento das uvas nas maiores regiões de vinhedos do mundo. Com isso, pesquisadores antecipam uma queda de 85% na produção de vinhos da Europa, onde as regiões mais afetadas seriam Bordeaux, Champagne e a Toscana.

Segundo o mesmo estudo, até 2050, essas regiões teriam suas áreas de cultivo de uvas inutilizadas em até 73% da sua totalidade.

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O Míldio: o mais temível dos parasitas da uva

 

A videira está sujeita ao ataque de inúmeras doenças ou pragas das quais deve ser protegida.

 Fungos, vírus, bactérias, vermes, ácaros, afídeos… são nomes de ameaças que pairam sobre a vinha durante o ciclo vegetativo. As condições climatéricas influenciam muito o modo e intensidade do ataque, mas a condução da vinha, a sua sanidade, a qualidade da prevenção e a casta (cuja resistência a doenças e pragas é variada), determinam também a gravidade da ocorrência.

A fase principal de tratamentos desenrola-se num período de tempo relativamente curto: desde o gomo de algodão ao fecho do cacho, ou seja nos primeiros 3 meses do ciclo vegetativo. O Verão longo, quente e seco, características principais do clima mediterrânico, não exige habitualmente tratamentos entre o fecho do bago e o pintor (momento em que os bagos ganham cor); e a partir daqui a proximidade da vindima limita a aplicação da maioria dos produtos de tratamento.

 

O Míldio: o mais temível dos parasitas da uva

O Míldio: o mais temível dos parasitas da uva

O Míldio

Pela frequência, pelo longo período de atividade/viabilidade e pelos prejuízos que provoca, o míldio é o mais temível dos parasitas fúngicos. A chuva/humidade e o calor são determinantes no seu crescimento. Regiões vitícolas quentes e secas na Primavera/Verão raramente têm problemas com a doença.

O fungo ataca todas as partes verdes da planta em particular as folhas (é nas folhas também que hiberna). A capacidade fotossintética da planta diminui, o desenvolvimento das uvas sofre atrasos e desequilíbrios e pode haver perda parcial ou total da produção. Os sintomas surgem com pequenas manchas amareladas na página superior das folhas (mancha de óleo – infecções primárias), enquanto na inferior, após a incubação, surgem as frutificações do fungo, de aspecto esbranquiçado e macio, que disseminam a doença (infecções secundárias).

A prevenção da doença é muito importante: solos bem drenados, sem poças de água, vigor equilibrado, o interior da videira bem arejado, varas contaminadas eliminadas na poda, os “ladrões” da planta retirados e infestantes controladas, são alguns dos meios. O tratamento deve ser também essencialmente preventivo. O recurso a curativos só em situações de erros técnicos no tratamento preventivo ou na impossibilidade da sua realização.

Em anos chuvosos, o míldio pode ser uma ameaça constante. Nas regiões húmidas a luta contra o míldio é incontornável e em anos chuvosos os tratamentos podem ultrapassar a dezena. A calda bordalesa continua a ser o tratamento clássico e biológico. Para além desta existe toda uma gama de outros produtos químicos de contato, penetrantes e sistémicos que devem ser escolhidos em função das necessidades e diagnóstico da gravidade ou risco epidemiológico da doença.

CONTINUA…

Produção mundial de vinho baixou em 2016

Todos os anos, a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) publica as suas estimativas para a campanha que acabou de terminar. O anúncio é feito em conferência de Imprensa, liderada pelo diretor geral da OIV, Jean-Marie Aurand.

Os números de 2016 já são públicos e a OIV estima que a produção mundial de vinho em 2016 atinge os 259,4 milhões de hectolitros. Isto representa uma diminuição de 5 % em comaraçao a 2015 e torna esta colheita como uma das mais fracas desde o ano 2000.

A Itália deverá manter o primeiro lugar na produção mundial, com 48,8 milhões de hectolitros, logo seguido da França e da Espanha.

A Itália e a Espanha não tiveram um ano mau na produção mas a França terá registado uma quebra significativa (-12%).

 

Produção mundial de vinho baixou em 2016

Produção mundial de vinho baixou em 2016

 

No continente europeu, os campeões das quebras terão sido Áustria (-21%) e Portugal (-20%). A nível mundial, não foram únicos: as maiores quebras ficaram no hemisfério sul, com a Argentina a liderar (-35%!), logo seguido do Chile (-21%) e África do Sul (-19%).

No pólo oposto, tanto a Roménia como a Nova Zelândia tiveram grandes anos de produção, crescendo 37 e 34 por cento, respectivamente.

 

 

Nova Zelândia aprova ato de Indicação Geográfica para seus vinhos

 

País tem mais visibilidade enquanto regiões vinícolas como Marlborough e Hawke’s Bay ganham proteção com indicação de procedência

Ministros da Nova Zelândia disseram nesta semana que colocariam em prática no país o ato da Indicação Geográfica para vinhos e bebidas espirituosas. Criada em 2006, a legislação ainda não tinha sido aplicada no país. A Indicação Geográfica garante que não haja a falsa indicação de procedência de um produto.

“O procedimento criará um sistema de registro para vinhos, com indicações geográficas, similar ao esquema de registro de marca”, disse o ministro do Comércio Tim Groser. Ele acredita que a ação facilitará aos consumidores associar a bebida com a Nova Zelândia, além de ajudar os exportadores a proteger suas indicações geográficas em mercados de outros países.

A exportação de vinhos na Nova Zelândia é a sexta atividade mais lucrativa do país. Em 2014, a arrecadação chegou a 1,37 bilhão de dólares neozelandeses e a projeção é de crescimento para 2 bilhões de dólares neozelandeses neste ano.

A ação foi bem vista pelos produtores de vinhos do país, pois equipara a indústria com meios de proteção contra as desapropriações das marcas dos vinhos, além de assegurar o acesso ao mercado em algumas regiões. Espera-se que o ato entre em vigor no fim de 2015.

Nova Zelândia aprova ato de Indicação Geográfica para seus vinhos

Nova Zelândia aprova ato de Indicação Geográfica para seus vinhos

 

Fogo destrói metade de vinícola centenária na Nova Zelândia

 

A região que pertence à família Nooyen teve seu território devastado por incêndio de causas ainda não identificadas

A vinícola Vilagrad Winery, com mais de 100 anos de existência, em Waikato, na Nova Zelândia, pegou fogo nesta terça-feira. Metade do local, incluindo a cozinha e o escritório, foi completamente destruído por um incêndio, de acordo com o relatório oficial dos bombeiros. A vinícola pertence ao produtor Jacob Nooyen e sua família.

Muito dos vinhos engarrafados foram perdidos, porém Nooyen acredita que os rótulos que estavam armazenados nas cubas de inox possam ser reaproveitados.

Fogo destrói metade de vinícola centenária na Nova Zelândia

Fogo destrói metade de vinícola centenária na Nova Zelândia

Em sua página no Facebook, a vinícola deixou a seguinte mensagem: “A família Nooyen lamenta informar que um extenso incêndio ocorreu na vinícola Vilagrad hoje cedo. Felizmente, ninguém foi ferido. O fogo devastou nosso escritório, cozinha e partes da nossa adega, portanto, estamos momentaneamente incapazes de continuar nossas operações. Por favor, sejam pacientes conosco, nós iremos nos esforçar para manter vocês informados, assim que pudermos. Nós gostaríamos de agradecer aos bombeiros e voluntários, por todo serviço prestado. Como vocês podem imaginar, a família Nooyen está completamente devastada, e aprecia todo o apoio e compaixão de vocês nesse momento”.

A vinícola foi fundada por Ivan Milicich, em 1983, e começou a plantação de uvas no local em 1906. Agora a região está sendo administrada pela quinta geração da família. A causa do incêndio ainda está sendo investigada.