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EUA vencem final do Bocuse D’Or; Brasil fica em 15º

Pela primeira vez em 30 anos de história da competição mundial, um país das Américas alcança o pódio; entre brasileiros, melhor posição foi o 10º lugar, em 1997

Um cozinheiro dos Estados Unidos, Mathew Peters, foi eleito nesta quarta-feira (25) o campeão da competição mundial Bocuse D’Or, criada em 1987 na França pelo lendário chef Paul Bocuse. Realizada a cada dois anos, é conhecida como a Copa da gastronomia. Além de levar para casa o prêmio de 20 mil euros, Mathew conseguiu o feito de ser o primeiro representante das Américas a alcançar alguma das três posições do pódio.

Até hoje, o pódio sempre fora dominado por europeus (dois países asiáticos já ficaram em segundo e terceiro lugares). A França é a recordista do topo do pódio, sete vezes campeã, seguida da Noruega, pentacampeã. Neste ano, a Noruega ficou com o segundo lugar (prêmio de 15 mil euros) e a Islândia, com o terceiro (10 mil euros).

EUA vencem final do Bocuse D’Or; Brasil fica em 15º

EUA vencem final do Bocuse D’Or; Brasil fica em 15º

O Brasil, que foi à final em Lyon dez vezes, mandou neste ano pela primeira vez uma mulher para representá-lo, a alagoana Giovanna Grossi, de 25 anos. A cozinheira, que treinou sem parar desde agosto do ano passado, foi a Lyon sem patrocínio e terminou em 15º lugar.

Após apresentar seus pratos em 5h35 de prova nesta quarta-feira, mas antes de conhecer o resultado final, Giovanna disse que estava satisfeita por ter executado aquilo para o qual foi treinada. “Fiquei satisfeita, sinto meu dever cumprido, independentemente da posição que eu ficar. Tudo saiu como planejado nos testes.” Logo depois do resultado final, ela comentou que “esperava mais” que a 15ª posição. “Mesmo assim, eu não teria como fazer mais. Fizemos o nosso melhor. Não deu nada errado.”

Pódio com os vencedores da final do Bocuse D'Or, nesta quarta-feira (25), em Lyon Foto Reprodução Instagram@bocusedor

Pódio com os vencedores da final do Bocuse D’Or, nesta quarta-feira (25), em Lyon Foto Reprodução Instagram@bocusedor

O Bocuse D’Or, que em Lyon contou com competidores de 24 países, é realizada mundialmente dentro da feira de negócios Sirha. A melhor colocação do Brasil no prestigiado concurso foi a 10ª posição, em 1997, com o piauiense Naim dos Santos. Por aqui, a feira, que foi transferida do Rio para São Paulo e abrigará a final brasileira do Bocuse D’Or neste ano, ocorrerá em novembro.

Pratos. Na competição, são sempre apresentados dois pratos, um de carne e um de peixe, servidos a 12 jurados – o presidente de honra do júri neste ano foi o francês Jöel Robuchon. Mas neste ano o Bocuse D’Or inovou e anunciou, em novembro, que no lugar do peixe o prato deveria ser inteiramente vegetariano.

A brasileira Giovanna Grossi, 25 anos, no seu box do Bocuse D'Or nesta quarta-feira Foto Marcela TerraDivulgação

A brasileira Giovanna Grossi, 25 anos, no seu box do Bocuse D’Or nesta quarta-feira Foto Marcela TerraDivulgação

Como opção sem carne, Giovanna apresentou um prato com mandioquinha confitada e musseline de purê de jiló assado, além de compota de maçã e beterraba, cogumelos e bombom de leite de coco com creme abóbora. Já o de carne (com o uso obrigatório de galinha de Bresse) incluiu lagosta, foie gras, castanhas brasileiras e tuille de tapioca, entre outros detalhes.

Para chegar à final em Lyon, Giovanna Grossi primeiro teve de ganhar a competição em âmbito nacional, em 2015, dentro do Sirha do Rio, e depois no México, em fevereiro do ano passado. Na final latina, os três países do pódio seriam classificados para a final mundial, e ainda assim Giovanna ficou em primeiro lugar. Chamou a atenção para o seu trabalho mesmo sem ter contado com um centavo de patrocínio.

Em 2016, após vencer na Cidade do México, Giovanna passou dois meses estagiando em cinco restaurantes estrelados na França, com o intermédio do francês Laurent Suaudeau, para se preparar para a final. Ex-pupilo de Paul Bocuse, que por conta da idade avançada e dificuldades de locomoção não vai à premiação desde 2013, Laurent sempre representou o concurso no País e segue como chef da delegação brasileira.

Na volta da Europa, Giovanna se enfurnou na Escola Laurent, em São Paulo, para a criação das receitas e o treino, que vem sendo feito pelo menos desde setembro do ano passado. Sem ganhar nenhum incentivo nem do governo nem de empresas privadas, Giovanna estima ter gastado pelo menos R$ 500 mil com os gastos. Para arrecadar alguma ajuda, chegou a fazer jantares pelo Brasil e criou conta de financiamento coletivo, com a qual arrecadou até esta semana R$ 12.259.

Bandeja com receita de carne de Giovanna Grossi, que depois é montado em pratos Foto Reprodução Instagram@bocusedor

Bandeja com receita de carne de Giovanna Grossi, que depois é montado em pratos Foto Reprodução Instagram@bocusedor

Outros brasileiros. Na última segunda-feira (23), a competição que tomou conta do Sirha foi a Coupe du Monde de la Pâtisserie, em que o Brasil foi representado por Abner Ivan, especialista em chocolates, Marcone Calazans, em açúcar, e Fernando Oliveira, responsável pela escultura de gelo. Todos foram treinados pelo chef Ramiro Bertassin, que já participou três vezes da final em Lyon.

A equipe brasileira terminou em 21º lugar. Em primeiro lugar ficou a França, em segundo, o Japão e em terceiro, a Suíça.

Entre os estandes do Sirha, do lado de fora do espaço do Bocuse D’Or, o Brasil também esteve representado por 14 pequenos produtores. Num espaço sob a curadoria do Sebrae, havia marcas brasileiras de cachaça, café, chocolate, castanha-de-caju e bottarga, alguns podendo ser degustados no local.

Torcida brasileira durante a apresentação de Giovanna no Bocuse D'Or Foto Marcela TerraDivulgação

Torcida brasileira durante a apresentação de Giovanna no Bocuse D’Or Foto Marcela TerraDivulgação

Entre as representantes estavam, por exemplo, o chocolate capixaba Espírito Cacau, a cachaça Tabúa e cafés oriundos da Alta Mogiana e da Mantiqueira mineira. Segundo o Sebrae, a presidente do Sirha, a francesa Marie-Odile Fondeur, indicou produtos que gostaria de ver na feira, e a curadoria foi finalizada pelo Sebrae de acordo com a qualidade dos produtos.

 

Fonte: Estadão

Alta do ICMS da cerveja e do cigarro é aprovada em SP

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou na noite desta quarta-feira (18) o projeto de lei encaminhado pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) de aumento no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que incide sobre a cerveja e o cigarro.

No caso da cerveja, a alíquota do imposto passou de 18% para 20%, enquanto o cigarro e outros produtos de fumo tiveram um aumento na tributação de cinco pontos percentuais, chegando a 30%.

Além disso, no mesmo projeto, foi aprovada a redução do ICMS sobre medicamentos genéricos de 18% para 12%.

As mudanças valerão a partir de 1º de janeiro de 2016. Ainda está sob discussão na Assembleia Legislativa um adicional de dois pontos percentuais no ICMS do cigarro, da cerveja e dos genéricos que seria destinado ao Fundo Estadual de Combate à Pobreza, cujos recursos seriam aplicados em programas voltados à nutrição, habitação, educação e saúde, incluindo ações voltadas à criança e ao adolescente e à agricultura familiar.

A aprovação da proposta ocorre após o governador Geraldo Alckmin (PSDB) ter editado, no final de outubro, decretos levando a zero o ICMS cobrado sobre o arroz e o feijão e diminuindo de 12% para 8% a alíquota da areia, produto importante para o setor da construção civil.

Alta do ICMS da cerveja e do cigarro é aprovada em SP

Alta do ICMS da cerveja e do cigarro é aprovada em SP

 

INDÚSTRIA

Inicialmente, o governo pretendia que o aumento no imposto sobre a cerveja fosse maior, com a alíquota chegando a 23%. A diminuição da elevação proposta ocorreu após diálogo entre o governo e a indústria da cerveja, que se comprometeu a buscar absorver os custos maiores com o tributo.

Após a aprovação do projeto, porém, o presidente da CervBrasil (Associação Brasileira da Indústria da Cerveja), Paulo Pretoni, disse não ser possível prever como o aumento vai afetar os preços cobrados dos varejistas.

“Cada empresa tem uma situação diferente para definir a sua política de precificação. A associação não tem como fazer isso. Um aumento de 25% seria mais difícil de absorver, e 22% dá uma margem maior para as empresas. Toda empresa tem a sua estratégia própria para fazer a precificação, quem sabe sem repasse do aumento para o comércio”, diz Petroni.

 

 

Fonte: Folha de S. Paulo

Liminar suspende lei que proíbe foie gras em São Paulo

 

Aprovada no dia 25 de junho, a norma que veta a produção e utilização do foie gras na capital paulista foi recebida por chefs e produtores da iguaria com descontentamento.

O setor se organizou por meio da Associação Nacional de Restaurantes (ANR) que protocolou, na última quarta-feira, dia 8, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade para tentar conter os efeitos da lei.

O pedido de liminar foi aceito hoje pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e permite que os restaurantes sirvam pratos com foie gras sem multa, deixando de valer a data limite para comercialização do ingrediente, até então determinada em 9 de agosto.

O texto da ação se baseou principalmente no artigo da Constituição que diz que “compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais”.

Liminar suspende lei que proíbe foie gras em São Paulo

Liminar suspende lei que proíbe foie gras em São Paulo