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Conheça o vocabulário do vinho: Calcário, calda bordalesa e muitos outros

Cabeça: Primeiros litros de um destilado a sair de um alambique. São compostos pelos produtos mais solúveis no álcool e que fervem a temperaturas mais baixas. São eles o álcool metílico, aldeídos, ésteres, ácidos voláteis e alcoóis superiores.

Cabernet Franc: Variedade tinta internacional, pouco produtiva mas apreciada pela sua qualidade. Proporciona vinhos de bom tanino, embora de evolução mais rápida que os de Cabernet Sauvignon. Por isso, costuma utilizar-se em muitas regiões em assemblage com esta última variedade. Emprega-se para a elaboração de vinhos varietais no Loire (Chinon, Bourgueil e Saumur-Champigny) onde se conhece com o nome de Bretón. Em Anjou vinifica-se como rosado.

Cabernet Sauvignon: Variedade tinta internacional, muito apreciada para elaborar grandes vinhos de estágio. Oferece produção média e é sensível ao oídio. A sua pele escura proporciona um tanino intenso, de grande estrutura e de extrema elegância. Para acelerar a sua evolução, mistura-se, por vezes, com vinhos menos intensos, como os de Merlot, Cabernet Franc, Malbec ou Tempranillo. É a casta tinta mais prestigiada em todo o mundo, utilizando-se em praticamente todos os países produtores da Europa, Américas, Austrália e África.

Cabra: Odor animal que pode ser detectado em certos vinhos com aromas a especiarias e gordos, como o gewürztraminer da Alsácia e do Rhein Pflaz.

Caça: Odor animal muito forte, característico dos vinhos evoluídos que sofreram uma forte redução na garrafa.

Cacau: Aroma nobre, característico de algumas velhas colheitas. Pode detectar-se em garrafas veneráveis de vinhos tintos, assim como Portos e vinhos rançosos catalães.

Cacho de uvas: Conjunto de bagos de uva seguros por um pedúnculo principal, por eixos secundários e pedúnculos secundários. Um cacho é formado pelo engaço e pelos bagos.

 

Conheça o vocabulário do vinho. Calcário, calda bordalesa e muitos outros

Conheça o vocabulário do vinho. Calcário, calda bordalesa e muitos outros

 

Café: O provador distingue entre os aromas de café de origem diferente. O primeiro pertence à família vegetal, pois trata-se do aroma do café verde, que, muitas vezes, se associa a certas variedades taninosas como a Cabernet Sauvignon. Apresenta-se também como um aroma que recorda o café torrefacto, pertencendo, pois, à família empireumática. É um aroma terciário que se encontra em vinhos evoluídos, geralmente de qualidade e que provém das piracinas.

Caixa: Embalagem de madeira ou de cartão que se utiliza para a expedição dos vinhos engarrafados. Contém, em geral, 12 ou 6 garrafas de 0,75 l. Nas transações comerciais funciona como medida: 1 caixa igual a 12 garrafas igual a 9 litros.

Calcário: Rocha formada essencialmente por carbonato de cálcio, activo ou não. Faz parte do solo e apresenta no subsolo formas diversas (giz, marga, tufo, etc.) Os solos calcários são valorizados em certas regiões, como é o caso da Borgonha e dos alvacentos jerezanos.

Calda bordelesa: Mistura de sulfato de cobre e de cal, diluídos em água que se aplica na vinha como tratamento contra o míldio, a antracnose e outras doenças e pragas.

Calda borgonhesa: Solução fungicida de sulfato de cobre e carbonato de sódio.

Caldeira, vinho de: Vinho destinado a ser destilado para a produção de cognac, de armagnac ou de aguardente.

Cálice: Como especialmente o que é utilizado em certos rituais litúrgicos judeo-cristãos para consagrar ou ofertar o vinho.

Caloroso: Diz-se de um vinho robusto, potente, que manifesta uma riqueza alcoólica, que aquece a boca.

Câmara fria: Local especialmente acondicionado para o processamento frigorífico dos mostos antes da sua fermentação, sobretudo em zonas quentes. Utiliza-se também para arrefecer os vinhos e favorecer a precipitação dos tartaratos antes do engarrafamento.

Camarèse: Variedade tinta cultivada em Châteauneuf-du-Pape, no vale do Ródano. Os ampelógrafos preferem o termo Vacarèse ao da Camarèse. É uma das treze variedades autorizadas na AOC Châteauneuf-du-Pape.

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Morre Denis Dubourdieu, considerado o papa do vinho branco

Enólogo francês, um dos mais respeitados pesquisadores da vitivinicultura, perdeu a batalha contra um câncer

O enólogo francês Denis Dubourdieu, considerado o papa do vinho branco e um dos mais respeitados pesquisadores da vitivinicultura, morreu nesta semana, após perder a batalha contra um câncer. A informação foi confirmada pelo Conselho da Classificação oficial dos vinhos de Bordeaux. Dubourdieu tinha 67 anos.

Nascido em uma família de viticultores, Dubourdieu dedicou toda a sua vida ao estudo e à produção de vinhos. Engenheiro agrônomo de formação, concluiu seu doutorado em 1982 com uma pesquisa sobre a composição macromolecular dos vinhos licorosos, um de seus maiores talentos, que mostra com o célebre rótulo L’Extravagant, um dos maiores Sauternes do mundo e um favorito entre os especialistas. Há quem diga que o vinho branco bordalês existe antes e depois de Dubourdieu. Ávido pesquisador, é considerado um dos maiores especialistas em vinificação e no envelhecimento de brancos.

O francês Denis Dubourdieu, eleito homem do ano pela revista "Decanter"

O francês Denis Dubourdieu, eleito homem do ano pela revista “Decanter”

Foi professor de enologia da Universidade de Bordeaux desde 1987, responsável por formar gerações de enólogos, publicou mais de 200 artigos científicos, e fundou o Institut des Sciences de la Vigne et du Vin em 2009, um prestigioso centro de pesquisa. Este ano, foi eleito o “homem do ano” pela revista Decanter, um grande honraria do mundo do vinho.

Sua lista de realizações é imensa e sua importância entre os amantes do vinho é unânime. Na internet, sua morte é lamentada por nomes como o da crítica inglesa Jancis Robinson, que o citou como um homem de enorme talento. Além de seu vasto conhecimento, é também lembrado por sua simplicidade e generosidade.

Dubourdieu administrava as propriedades da família em Bordeaux (entre elas Château Reynon, Doisy-Däene e Clos Floridène). Também prestava serviços como consultor para inúmeras vinícolas como Château d’Yquem, Cheval Blanc e Margaux (Pavillon Blanc). Deixa a mulher Florence e seus dois filhos Fabrice e Jean-Jacques.

Fonte: Estadão

Leilão histórico de vinhos de Château Margaux com safras desde 1900 até 2010

O evento ocorre em Nova York em outubro e inclui importantes rótulos vintages e de parcerias da Casa Margaux

Em 17 de outubro, ocorrerá na Sotheby`s de Nova York (casa de leilões), um leilão com os vinhos da Château Margaux.

Ao todo, serão 239 garrafas, incluindo vintages de 1900, e 1945, além de vários rótulos que marcaram a parceria da Château com a família Mentzelopoulos, em 1978.

O nome do evento será Château Margaux 1900-2010 Direct from the Cellars: A Celebration of the Menzelopoulos Era”. “Essas vendas serão históricas, do tipo que acontecem somente uma vez na vida”, disse Jamie Ritchie, CEO da Sotheby`s.

Château Margaux

Château Margaux