Posts

Diferentes Maturações da Uva

 

Maturação Fisiológica

Corresponde ao momento em que a grainha está apta a germinar.

 

Maturação Técnica

Corresponde ao tamanho máximo da uva e à concentração máxima de açúcar acumulado ou mínima de acidez total.

 

Maturação Fenólica

Tem em conta a riqueza em antocianas, a qualidade e origem dos taninos e o grau extractibilidade ou dissolução destes compostos no mosto.

 

Maturação Aromática

Corresponde ao momento em que o teor de compostos aromáticos agradáveis é máximo e o teor de compostos aromáticos desagradáveis (verdes e herbáceos) é mínimo.

 

Maturação Enológica

Corresponde ao momento óptimo de vindima. É definida pelo enólogo e tem em conta não só as maturações descritas como, e principalmente, a prova das uvas.

 

Diferentes Maturações da Uva

Diferentes Maturações da Uva

 

Todo sobre os vinhos de Barossa Valley na Australia

 

Barossa Valley, seus grandes vinhos Shiraz e muito mais

Ao contrário da maior parte das regiões vinícolas da grande ilha, Barossa Valley teve uma origem colonial germânica. A zona mais emblemática dos vinhos australianos privilegiou a casta proveniente do Irão. Nas últimas décadas, vários dos seus rótulos conquistaram o Mundo.

Ao mesmo tempo que os recém-chegados alemães aumentavam de número na Austrália até se tornarem no maior grupo forasteiro com exceção dos ingleses e irlandeses, o principal vale vinícola do território recebia o baptismo do seu primeiro General Surveyor, o Coronel William Light. A intenção original foi dar-lhe o nome da região Andaluz em que o militar tinha participado numa batalha famosa das Guerras Peninsulares de 1811. E a ideia quase se concretizou na perfeição mas deu-se um erro processual. Em vez de Barrossa, é registado Barossa. Assim ficou para sempre.

George Fife Angas, um empreendedor mercante abastado e filantropo, foi também o fundador da colónia pioneira. Angas acedeu ao pedido de um líder luterano dissidente e acolheu um grupo de agricultores e mercadores que tinha fugido da perseguição religiosa ditada pelo rei prussiano Frederico Guilherme II.

Os recém-chegados depressa perceberam que o clima quase Mediterrânico da zona era ideal para o cultivo de diversas frutas, em especial, uvas. Meio século depois, dezenas de adegas produziam já grandes quantidades de “portos”, “sherries”, moscatéis e “tokays”, que a política de Preferência Imperial da Grã-Bretanha tornou populares do outro lado do Mundo.

Em 1929, 25% do vinho australiano provinha de Barossa Valley. Entretanto, a Grande Depressão e a 2a Guerra Mundial anularam a procura. O encerrar do conflito não desvaneceu na totalidade um clima de desconfiança entre os residentes anglófonos e os descendentes de sangue germânico. Foi necessário tempo. Tempo e a realização do primeiro festival de Vintage.

 

Barossa Valley

Barossa Valley

Barossa Valley: A modernização.

Restabelecida a harmonia, passou a haver lugar para a modernização. Colin Gramp chega de Napa Valley onde assimilou novas técnicas de cultivo e produção vinícola. Em 1947, criou o primeiro vinho tinto seco de mesa, desde 1860, um Reserva Especial Claret, em que predominava Shiraz, combinado com algum Cabernet Sauvignon. O autor tornou-se no mentor reconhecido do novo vinho de Barossa.

Uma aposta genuína e concorrencial na inovação e a meteorologia estival vigorosa foram responsáveis pelo enorme desenvolvimento de diversas sub-regiões vinícolas que se seguiu: Gomersal, Williamstown, Lyndoch, Rowland Flat, Barossa Foothills, Vine Vale, Éden Valley, High Eden, Light Pass, Northern Barossa Valley, Greenock, Seppeltsfield e Marananga, em vários casos, tiveram origem nas povoações/paróquias pioneiras da colónia. Anos depois da sua afirmação, a estas, sobrepôs-se o título bem mais abrangente e notório de “Barossa Valley”.

Das cerca de 60 adegas situadas na proximidade umas das outras, destacam-se, pela celebridade que conquistaram, Penfolds Grange, Barossa Shiraz, a Éden Valley Riesling, Two Hands, a Rockfords, Jackob’s Creek, Bethany, Yalumba, Barossa Valley Estate Black.

Degustação Vinhos Chilenos

Barossa Valley: Atmosfera Quase Mediterrânica

O clima da região é, por excelência, continental. No entanto, a abundância de vales e colinas com encostas generosas especialmente visíveis do topo de Mengler Hill, favorece uma série de mesoclimas com temperaturas que oscilam entre o muito quente sobre o solo dos vales a gradualmente mais frescas nas altitudes elevadas das vertentes e nas secções Norte.

Malgrado a fama de região quente, o clima de Barossa Valley é comparável ao da zona semi-litoral rival de Margaret River, na Austrália Ocidental, se bem que com uma variação diurna de temperaturas mais abrangente.

De Outubro a Abril, decorre a época de desenvolvimento das vinhas que recebem cerca de 1710 graus-dia de aquecimento com temperaturas médias no mês crucial de amadurecimento – Janeiro – na ordem dos 21.4ºC. A pluviosidade média, durante o período vegetativo, fica-se pelos 160 mm, e a humidade relativa pelos 39%. De acordo, apesar dos regulamentos criados para controlar o número de furos e a quantidade de água extraída dos lençóis freáticos, a irrigação é frequente, com exceção para as vinhas mais antigas na zona a Oeste do vale que se podem dar ao luxo de a dispensar.

O clima de Barossa Valley

O clima quente de Barossa Valley garante às uvas uma maturação fácil com altos níveis de açúcar e baixos níveis acídicos. O grau alcoólico elevado obriga com frequência os vinicultores a recorrer a práticas equilibradoras como a osmose inversa e o acrescento de água ao mosto.

Tornou-se habitual os produtores da região limitarem o tempo de maceração por forma a encurtarem o período em que o vinho permanece em contato com as cascas. Outro recurso adoptado é maturação do vinho em tonéis de carvalho americano – mais do que o francês – mesmo antes de a fermentação ter terminado.

Por vezes, são necessários taninos suplementares e, quando tudo corre bem, a maceração encurtada dá origem a vinhos suaves e aveludados na boca. Também lhes empresta as notas de anis e aroma de coco ou notas de chocolate e especiarias característicos de Barossa mas igualmente da Austrália.

 

Continua…

Conheça as diferencias entre Vinho de mesa e vinho fino

Vinho de mesa e vinho fino não são meros termos vagos, usados indiscriminadamente por quem produz ou comercializa vinhos, mas, sim, nomenclaturas oficiais de fundamental importância para o amante do vinho.

Para entender a diferença entre vinho de mesa e vinho fino, é necessário saber um pouco sobre a planta produtora da uva. A videira pertence ao gênero Vitis, que possui mais de quarenta espécies, entre as quais a Vitis vinifera, que, por sua vez, conta com mais de cinco mil variedades, como as famosas Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay.

Existem ainda outras espécies, como a Vitis labrusca, Vitis rupestris, Vitis riparia e Vitis bourquina. Estas, chamadas de uvas de mesa (também conhecidas como uvas americanas), são mais adequadas para o consumo direto e para produção de sucos e uvas passas, mas também são capazes de produzir vinho, embora de qualidade inferior em relação aos produzidos com uvas Vitis vinifera (também chamadas de uvas finas). Disparidade causada pela sua diferença estrutural – a espécie Vitis vinifera é menor e tem casca mais grossa e densa.

Conheça as diferencias entre Vinho de mesa e vinho fino

Conheça as diferencias entre Vinho de mesa e vinho fino

ENTENDA O RÓTULO: Vinho de Mesa e “inho Fino

Sendo assim, os termos “Vinho de Mesa” e “Vinho Fino” têm o papel de distinguir essas bebidas em duas categorias” os feitos a partir de uvas da espécie Vitis vinifera e os feitos com outras espécies. Sem saber a diferença entre eles, o consumidor pode acabar adquirindo produtos, que não correspondem às suas expectativas.

Se num rótulo ou contrarrótulo de vinho constar a denominação “Vinho Fino”, quer dizer que a bebida é composta exclusivamente de uvas de melhor qualidade. E mesmo que venha escrito “Vinho de Mesa Fino”, a bebida será completamente elaborada a partir de uvas Vitis vinifera, ainda que conste a palavra “Mesa” no rótulo. Assim, vinhos em cujo rótulo consta apenas o termo “Vinho de Mesa” é que serão elaborados com uvas americanas.

POR QUE DIFERENCIAR?

Essa distinção tornou-se necessária no Brasil, já que o país, por fatores econômicos ou culturais, é um dos poucos que permite a produção de vinhos com uvas americanas.

Isso se dá, porque durante nossa colonização as cepas da espécie de Vitis vinifera tiveram dificuldades para serem cultivadas, causando a prevalência da cultura de uvas de outras espécies, principalmente as tintas americanas Isabel e Concord e a branca Niagara.

Conheça as diferencias entre Vinho de mesa e vinho fino

Conheça as diferencias entre Vinho de mesa e vinho fino

CARACTERÍSTICAS

O vinho produzido a partir das uvas americanas, ou de mesa, tem aromas rústicos e paladar muito intenso, mas caiu no gosto popular do brasileiro pelo simples hábito de ser tomado em quantidade e pelo preço mais barato, e não propriamente pelas suas qualidades.

Esse padrão cultural do brasileiro foi determinante para a criação de regras para distinguir os vinhos feitos a partir de uvas viníferas – fino – e os feitos a partir de uvas americanas – de mesa.

No que diz respeito à qualidade dos dois, aliás, a vantagem dos finos em relação aos de mesa é grande. Os primeiros são, em geral, límpidos e brilhantes, lembrando frutas, notas florais e uma infinidade de outras percepções (tanto no olfato quanto no paladar), enquanto os segundos costumam ser opacos, com aromas fortes e sabores simples.

Assim, antes de comprar sua garrafa de vinho, leia com atenção todas as informações do rótulo para se certificar de que você está escolhendo realmente o tipo de vinho que procura, lembrando-se sempre que no mundo do vinho experimentar é o caminho mais curto para descobrir o que se gosta. Tente algo novo, junte os amigos e descubra. A certeza é uma só, vai ser muito divertido e prazeroso.

 

Oídio: O terrível fungo que ataca a vid e outras plantas

 
O oídio hiberna nos gomos da planta ou na superfície da mesma. A partir dos 15ºC e 25% de humidade torna-se ativo. Todas as partes verdes da planta são atacadas. Nas folhas surgem umas manchas de tom verde oleoso. Na página inferior um pó cor de cinza esbranquiçada (esporos) exibe a instalação do fungo.

Sem tratamento os tecidos morrem, os pequenos bagos rebentam e a podridão cinzenta acaba por destruir parte ou a totalidade da colheita. É mais estimulado pela densidade da copa da videira que pela humidade do ar. A luz solar direta inibe a germinação dos esporos.

A prevenção cultural faz-se eliminando (à poda) varas com cleistotecas (pontos negros onde hibernam os esporos sexuais do fungo), promovendo o arejamento da videira e evitando o vigor excessivo.

 

Oídio O terrível fungo que ataca a vid e outras plantas

Oídio O terrível fungo que ataca a vid e outras plantas

 

A luta contra o oídio tem habitualmente calendário fixo. É necessário proteger a vinha desde a floração até ao fecho dos cachos.

A doença é controlada desde 1854 com a aplicação de enxofre. Existem duas formas: o enxofre molhável e o enxofre em pó (a primeira tende a ser a mais utilizada e de preferência só até à floração). Na luta química, existe um número variado de fungicidas que inibem a germinação do fungo e/ou bloqueiam a formação dos apressórios necessários à penetração do fungo na planta.

Em situações de emergência, que são vulgares, existe o permanganato de potássio que é um detergente que “lava” a doença da planta. Depois da limpeza a videira está muito exposta a ataques, donde que, se deve aplicar a proteção de enxofre ou fungicida orgânico.

Veja: Míldió

 

O que é um vinho “acético”? Que significa “acidez volátil”?

 

Já aconteceu que você não acha a palavra para explicar o vinho que está bebendo? Bom, esta lista vai ajudar!

Vinho Acético:

Diz-se de um vinho picado ou afetado pelas bactérias acéticas, que causam o envinagramento. Este defeito é próprio dos vinhos mal estagiados, em que a acidez volátil é excessiva.

Acetificação:

Oxidação do álcool etílico em ácido acético mais água, por ação de aceto-bactérias. Método de fabrico do vinagre.

 Aceto-bactérias:

Bactérias aeróbicas responsáveis pela acetificação do vinho.

Acetol:

Denominação aplicada ao vinagre no seu maior estado de pureza.

Acetona:

Odor químico, muito desagradável, que recorda o verniz das unhas. Pode ser produzido por uma aeração do vinho e não é necessariamente permanente. Provém da oxidação de álcoois secundários.

Acidez dos Vinhos:

Característica essencial dos vinhos, contribui decisivamente para o seu sabor, frescura, equilíbrio e capacidade de conservação.

Acidez fixa:

Diferença entre a acidez total e a acidez volátil.

Acidez volátil:

Componente presente no vinho que, em dose elevada, origina o aroma a vinagre. Em excesso é o resultado da falta de cuidados durante a vinificação. Nos vinhos velhos é habitual um toque mais acentuado de acidez volátil, aos quais se dá a designação de “vinagrinho”.

Continua

Sabe o que é um vinho “acético” Que significa “acidez volátil” ?

Sabe o que é um vinho “acético” Que significa “acidez volátil” ?

Sabe o que significa que um vinho seja Adocicado?

 

Adocicado, Acidulado, Acre, Açúcar residual e muitas outras definições indispensável para poder descrever corretamente uma taça de vinho, você aprende neste post de Winechef.

Vinho Adocicado:

Diz-se de um vinho excessivamente doce e untuoso, cuja consistência recorda a de um xarope; com baixa acidez.

Vinho Acidulado:

Diz-se do vinho que apresenta uma acidez excessiva.

Aço inoxidável:

Liga ferrocarbônica (pode conter outros elementos) que endurece pela têmpera e cuja composição lhe confere a propriedade de não oxidar (não é atacado por ferragem). Hoje em dia, a enologia utiliza cada vez mais prensas, cubas, e outros recipientes em aço inoxidável, de modo a garantir a mais fácil higienização e a melhor qualidade dos vinhos.

Vinho Acobreado:

Diz-se das cores castanho-avermelhadas, telha ou vermelho-dourado de alguns vinhos muito velhos. Nos rosados é sintoma de decrepitude. Nos brancos revela uma possível quebra cúprica.

Vinho Acre (acritude)

Ágrio, com excesso de acidez volátil (ácido acético e acetato de etilo). Sensação de amargo, de adstringência e de acidez, que provoca uma crispação dos tecidos da cavidade bucal.

Acroleína:

Aldeído formado durante a degradação do glicerol pelas bactérias. Possui um odor e um sabor amargos (doença do amargo).

Açúcar:

Sacarose e, mais genericamente, o conjunto de hidratos de carbono (glúcidos) que compõem o vinho.

Açúcar redutor ou residual:

Açúcar redutor que fica no vinho depois da fermentação (que não foi transformado em álcool pelas leveduras).

Açúcares:

Componentes essenciais do mosto que se transformam em álcool e em outras substâncias por ação das leveduras.

Adega:

Conjunto de instalações onde se elabora e se submete um vinho a estágio. Ao contrário da cave subterrânea, que é ideal para o estágio dos vinhos, a adega costuma ser construída à superfície. Quando se destina ao estágio de vinhos, convém dotá-la de isolamento e de climatização.

Adegueiro:

Responsável da adega e de todo o trabalho inerente à produção e estágio dos vinhos.

Vinho Adocicado:

Diz-se de um vinho excessivamente doce e untuoso, cuja consistência recorda a de um xarope; com baixa acidez.

Sabe o que significa que um vinho seja Adocicado

Quanto tempo tem de barrica? É uma pergunta inteligente?

Como já devem ter entendido nos posts anteriores sobre este tema, a madeira entrega uma grande quantidade de elementos aromáticos ao vinho. Mas tem outro detalhe e talvez ainda mais importante, é que a madeira cumpre uma função fundamental na polimerização dos taninos durante o tempo em que este se encontra estagiando nas barricas.

Como é necessário ter um vinho de boa estrutura para colocar dentro de uma barrica, estes vinhos, quando estão jovens e ainda não passam em madeiras, normalmente tem uma grande concentração de taninos que estão firmes (duros) e estes precisam se polimerizar, unindo-os com os antocianos (responsáveis pela cor do vinho). Assim, estes taninos vão  suavizando-se e adquirindo uma textura mais macia. Este processo ocorre com a ajuda do oxigênio, que penetra através dos poros das barricas e o vinho fica em constante “interação” com ele.

Quanto tempo tem de barrica? É uma pergunta inteligente?

Quanto tempo tem de barrica? É uma pergunta inteligente?

Este estágio deve ser interrompido só quando o vinho estiver pronto, e o único calendário que indica e define este momento é a degustação, ou seja, não existe uma receita sobre o tempo ideal para que um vinho esteja dentro de uma barrica e este período varia muito entre os diferentes países e estilos que existem.

Em termos gerais uma uva de qualidade que produz um vinho ótimo consegue agüentar em uma barrica de tostado meio (sim, existem vários temas em relação ao tostado das tabuas das barricas, mais abordemos em detalhe este tema em uma próxima oportunidade) uns 18 a 20 meses, após este tempo a barrica começará a “tampar” a fruta com seus aromas e sabores tostados e doces.

É importante entender que um vinho pode ter a quantidade de meses ou anos que for de guarda dentro de uma barrica, que isto pode não significar nada em relação à qualidade do vinho final. Por isso tenha cuidado com as perguntas que os iniciantes costumam fazer, pensando que estão fazendo uma pergunta inteligente, e na verdade não passa de absoluto esnobismo, isso de “quanto tempo tem de barrica”.  Muitas vezes o vendedor vai falar qualquer coisa, só para responder a pergunta, mais mesmo sem entender também o que está falando.

Este mundo dos aromas vindos pelas madeiras é muito atrativo e tem muitas informações para quem gosta de vinho e é curioso por aprender. Aqui no nosso blog, você vai encontrar muitas respostas relacionadas aos tipos de aromas que os vinhos possuem.

Um bom exercício, só pra começar, é degustar os vinhos de mesma uva e vinícola juntos, sendo um varietal (sem madeira) e outro reserva. Aí vai dar para sentir as diferenças aportadas por elas.

Depois nos conte como foi a sua experiência!

Todo sobre os taninos

 

O que é e como este composto fenólico, um dos componentes mais importantes do vinho, influencia na bebida?

Muito tânico “ou pouco tânico”. Quando comentamos sobre vinhos, geralmente ouve-se expressões como essa. Mas, o que significa para um vinho ser tânico? Aliás, o que é o esse tão falado tanino? Como ele age no vinho em relação ao sabor, longevidade? Quais uvas possuem mais tanino? Como fazer para suavizá-los ou realçá-los? As respostas para estas e outras perguntas você encontra a seguir.

 O que é esse tal tanino? É um instrumento de defesa da planta.

Tecnicamente, o tanino corresponde a um grupo de compostos fenólicos que tem como principal característica a afinidade em se ligar à cadeias de proteínas e precipitá-las. Encontrados principalmente nas partes lenhosas, nas folhas e em frutos não maduros de muitas plantas, eles atuam como instrumento de defesa. Quando um predador começa a ingerir partes de uma planta, as células vegetais rompidas liberam os taninos, que possuem sabor amargo e provocam grande adstringência, causando repugnância ao predador.

Os taninos da uva

Os taninos da uva

  Tanino nas uvas

Nas uvas, os taninos encontram-se principalmente nas cascas, sementes e engaços. Assim como os açúcares da uva, eles também passam por um amadurecimento e, conforme se atinge esta maturidade, perdem agressividade, tornando-se macios e sedosos.

Dentre as uvas viníferas, geralmente, quanto mais grossa a casca, maior a quantidade de taninos a serem extraídos. Este é o caso da Cabernet Sauvignon, Tannat, Nebbiolo, Baga, Petit Verdot, Sangiovese Grosso; só para citar algumas. No extremo oposto estão variedades de cascas mais finas, que dão origem a vinhos de estrutura mais leve e textura delicada. As variedades Pinot Noir, Gamay  se enquadram nesta tipicidade.

Os taninos das uvas são classificados como condensados ou proantocianidinas. A outra classificação a qual eles podem pertencer é denominada taninos hidrolisáveis ou elagitaninos, e correspondem aos que são extraídos da madeira do carvalho. Cada um possui uma natureza diferente e, embora ainda não mapeado cientificamente, desencadeiam uma série de reações distintas no vinho.

A maturação dos taninos, além do acompanhamento dos níveis de açúcares e acidez, é o fator chave para se decidir o momento ideal da colheita da uva, atualmente.

Continua…

 

Semelhanças entre o vinho e o ser humano

 

O vinho e sua magia, nasce e morre.

Sim, o vinho é mágico. Foi isso o que pensei há qmais de 20 anos atrás quando percebi que uma taça de vinho tinha aromas de eucaliptos e amêndoas… Fiquei quase em “choque”! Tão impressionado que continuei por várias horas pensando como isso podia ser possível.

Logicamente, a primeira coisa que imaginei naquele preciso momento que senti esses aromas na taça de vinho, foi que as pessoas, alguém, na hora de fazer o vinho colocou estes ingredientes, o talvez tenha sido um acidente… Não sabia o que tinha acontecido. Mas agora tenho certeza de uma coisa: a experiência daquele dia iria a mudar minha vida, e desde então me dedico a tentar entender e interpretar a história que uma taça de vinhos quer me contar.

Hoje, depois de muitas taças de vinhos ter passado pelas minhas mãos, e milhares de aromas terem entrado na minha memória olfativa, consigo entender a diferença. E se o anterior (que os vinhos tenham aromas e outros elementos da natureza) é uma coisa também mágica, imaginem agora o que vou lhes afirmar.

Cada vinho tem vida própria. Sim, é verdade. Estes fatos, e muitos outros que são quase incríveis e outras várias que vou aprendendo a cada novo dia, em cada gole, em cada taça degustada, é a motivação suficiente para me manter encantado já por quase duas décadas e ainda ter o mesmo interesse que no primeiro dia – e que renova constantemente a minha intensa paixão pela degustação.

É fascinante também poder sentir e vivenciar como um vinho consegue expressar sua terra, sua origem, ou seja, só através dos sentidos temos a capacidade de descobrir a procedência de uma garrafa de vinho e saber onde este vinho nasceu. Parece algo difícil de aprender, mas garanto que não é. Acontece o inverso: existem muitos vinhos – bons vinhos – onde muitas vezes esta expressão de terroir é uma coisa muito evidente, fácil de descobrir.

Essa identidade e sentido de “lugar” estão firmemente relacionados com a qualidade dos vinhos. Ou seja, os vinhos que consideramos realmente bons, não são apenas por serem agradáveis e gostosos, mas também porque têm a virtude de conseguir plasmar em seus aromas e sabores a expressão de lugar, do seu terroir.

Como um claro exemplo da minha convicção a respeito deste tema, posso citar os vinhos brancos elaborados com a uva Sauvignon Blanc em climas frescos com influência da costa oceânica do Chile (Casablanca, Leyda, Colchagua Costa, San Antônio, entre outros).

Todos estes vinhos (falando sempre de vinhos de qualidade) têm uma característica que reflete o lugar de onde vieram. A dúvida costuma ser “De qual destes diferentes lugares eles podem vir?”. A dica é: as notas de frutos cítricos podem estar em todos eles (os vinhos), mas quando se há maior proximidade com o Oceano Pacífico, que influencia diretamente no clima do lugar tornando-o mais frio, estes vinhos serão de uma acidez mais intensa, com maior frescor.

Saiba porque você é como uma garrafa de vinho

Saiba porque você é como uma garrafa de vinho

Também no caso do selo que um vinho pode ter de seu terroir, mas dessa vez fazendo referência aos tipos de solo, e mantendo-nos na linha dos vinhos brancos feitos com uvas Sauvignon Blanc, existe um fato muito claro, conhecido e comprovado: nas análises sensoriais (degustação), poder sentir no paladar as intensas notas minerais que os solos calcários de Limarí entregam a seus vinhos é outra prova da magia do vinho que consegue expressar seu lugar de origem. Tal como se fossem seres vivos, indivíduos com corpo e alma, e que só de olhar para eles já saberemos sua origem. Só de prestar atenção em seus rasgos físicos, em sua linguagem, saberemos se são europeus, africanos, ou americanos. O mesmo acontece com os vinhos tintos, só que essa diferença pode ser vista também com o olhar, além de todos nossos outros sentidos.

Agora, só para complementar os exemplos anteriormente expostos, que nos demonstram que os vinhos são algo diferente – não só uma bebida alcoólica, mas sim (metaforicamente falando) uma pessoa que tem vida própria – ou seja, logo após a gestação (o sumo, dentro da uva), ele nasce, se convertendo em vinho, e vai estar toda a sua vida em constante evolução, passando pelas mesmas etapas que nós, seres humanos, passamos.

Nascemos, crescemos e aprendemos sobre a vida, logo viramos adolescentes, adultos, idosos, até completarmos o nosso ciclo. E é isso mesmo que acontece com uma garrafa de vinho: a vida de cada uma delas é diferente, a evolução é individual e independente (mesmo se falarmos de uma caixa com 12 garrafas, onde cada uma, depois do passar dos anos, vai ter um comportamento próprio de acordo com a evolução de cada um na garrafa).

São muitas as razões pelas quais o vinho é algo único, e para poder entender de uma forma correta temos que analisar tudo de maneira adequada; pode ser até de maneira simples, mas de jeito nenhum de maneira superficial.

Continuarei falando deles nas próximas matérias, mas por enquanto só posso lhes assegurar que dentro de uma garrafa de vinho temos magia, e isso só depende da nossa curiosidade para poder aprender a como entender o que cada garrafa está tentando nos dizer, e não sabemos escutar.

 

 

Montes Spring Harvest Sauvignon Blanc 2015

 

A vinícola Montes lançou no Chile sua última novidade, um Sauvignon Blanc chamado Spring Harvest2015

O principal diferencial do vinho é que este foi o primeiro vinho disponível no mercado chileno da colheita 2015.

A uva provem dos vinhedos que a vinícola possui no vale de Leyda e a colheita foi com um mês de antecedência em relação com os outros Sauvignon Blanc chilenos. O objectivo da vinícola foi produzir um vinho extremamente frutado, moderno e de rápido consumo.

A estratégia principal da bodega foi produzir este Spring Harvest para poder chegar no começo da primavera no mercado europeu, assim aproveitar esta estação que é a de maior consumo de vinhos brancos, espumante e roses.

Montes Spring Harvest Sauvignon Blanc 2015

Montes Spring Harvest Sauvignon Blanc 2015