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Chá verde e vinho tinto podem barrar o Alzheimer

 

O vinho também tem benefícios contra o Alzheimer, revela importante estudo.

Substâncias presentes no chá verde e no vinho tinto têm o potencial de interromper um dos fatores responsáveis por desencadear a doença de Alzheimer, revelou um novo estudo da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha.

A partir de testes feitos em laboratórios, os autores da pesquisa descobriram que a EGCG, uma enzima encontrada no chá, e o resveratrol, presente no vinho, impedem que a proteína beta-amiloide, associada à doença, se ligue às células nervosas do cérebro e provoque a morte delas. Esses achados foram publicados recentemente periódico The Journal of Biological Chemistry.

A doença de Alzheimer é caracterizada por uma acumulação anormal da proteína beta-amoloide no cérebro. Juntas, essas proteínas formam um aglomerado tóxico e pegajoso que se liga a proteínas presentes na superfície das células nervosas do cérebro, podendo prejudicar o funcionamento dessas células e até leva-las à morte.

Nessa nova pesquisa, a equipe de especialistas investigou se o formato desses aglomerados — se em formato esférico preciso ou sem forma definida, por exemplo — interfere na capacidade de eles se encaixarem nas proteínas das células nervosas.

Chá verde e vinho tinto podem barrar o Alzheimer

Chá verde e vinho tinto podem barrar o Alzheimer

Estudos anteriores já haviam indicado que uma enzima encontrada no chá verde e o resveratrol, composto presente no vinho tinto, têm a capacidade de alterar a forma da beta-amiloide.

A partir desse dado, os cientistas formaram, em laboratório, aglomerados de beta-amiloide e juntaram essa substância a células cerebrais de humanos e de animais. Depois, a equipe adicionou extratos de vinho tinto e de chá verde em algumas dessas células. Segundo os autores, quando as substâncias dessas bebidas foram adicionadas às células, o formato do aglomerado de proteínas beta-amiloide de fato se alterou.

Além disso, eles observaram que, com a forma distorcida, o grupo de beta-amoloide não foi capaz de se ligar às proteínas da superfície das células nervosas e, assim, não danificaram tais células.

“Esse é um passo importante para aumentar nossa compreensão sobre a causa e a progressão da doença de Alzheimer”, diz Nigel Hooper, coordenador do estudo. “Não devemos pensar no Alzheimer como parte natural do envelhecimento, mas sim como uma doença para a qual acreditamos que um dia haverá cura. E é por meio de novas pesquisas como essa que desenvolveremos medicamentos capazes de barrar a doença.”

Oito razoes para beber vinho tinto

 

É um fato demonstrado por vários estudos: o vinho tinto, tomado de forma moderada, faz-lhe bem à saúde.

Beber um copo de vinho é uma boa maneira de terminar um cansativo dia de trabalho, se ingerido sem exageros. Mas, se é bom para nos ajudar a descontrair, também é sabido que nos faz bem à saúde.

Veja Oito razoes para beber vinho tinto

1 – Promove a longevidade. Investigadores da Harvard Medical School confirmaram que o resveratrol, um componente encontrado na pele das uvas negras, estimula a produção de uma proteína que tem benefícios anti envelhecimento.

 2 – Melhora as capacidades de memorização. Novamente o resveratrol. Um estudo concluiu que as pessoas que ingeriam um suplemento desta substância evidenciavam mais capacidades para reter novas palavras e tinham melhor desempenho do hipocampo, parte do cérebro que está associada à formação de novas memórias, aprendizagens e emoções.

3 – Reduz o risco de doenças cardíacas. Um estudo de 2007 sugere que procyanidins, um composto encontrado no vinho tinto, ajuda a promover a saúde cardiovascular. O vinho produzido no sul de França e Sardenha, onde as pessoas tendem a atingir uma maior longevidade, tem elevadas concentrações deste composto.

4 – Promove a saúde ocular. Um estudo desenvolvido na Islândia descobriu que os apreciadores de vinho, que ingeriam a bebida de forma moderada, tinham menos 32% de hipóteses de desenvolver cataratas do que os que não bebiam vinho tinto.

5 – Reduz o risco de cancro. Uma proteína na pele da uva pode ajudar a destruir as células cancerígenas, reportam investigadores da Universidade de Virginia. O resveratrol ajuda a bloquear o desenvolvimento de uma proteína que ‘alimenta’ as células cancerosas.

6 – Melhora a saúde dentária. Pesquisas recentes concluíram que os antioxidantes presentes no vinho podem atenuar o crescimento de bactérias da boca e potencialmente prevenir cáries. Para provar a sua teoria, os investigadores trataram um conjunto de bactérias responsáveis por doenças dentárias com diversos líquidos, verificando que o vinho tinto era o mais eficaz na sua erradicação.

7 – Ajuda a reduzir o colesterol. Algumas variedades de vinho poderão ajudar a baixar o colesterol. Participantes saudáveis a quem foi dado um suplemento de uma substância encontrada no vinho viram o seu nível de ‘mau colesterol’ baixar 9%. Os que já tinham uma elevada taxa registaram uma queda de 12%.

8 – Ajuda a defender-se da gripe comum. Graças aos antioxidantes presentes no vinho, investigadores descobriram que as pessoas que bebiam mais de 14 copos deste líquido por semana tinha menos 40% de probabilidade de contrair o vírus da gripe.

Oito razoes para beber vinho tinto

Oito razoes para beber vinho tinto

 

Entrevista com o herdeiro do Champagne Taittinger

 

Clovis Taittinger, filho do atual presidente do grupo do Champagne Taittinger esteve no Brasil e concedeu esta entrevista exclusiva.

Fundada em 1734 em Reims, a Champagne Taittinger é uma grande empresa, que ainda se mantém familiar. Como outras casas de Champagne, a Taittinger diversificou seu negócio em segmentos de luxo, como joias, perfumes, cristais, mas, principalmente, hotéis. Chegou a ser comprada em 2005 por um grupo hoteleiro americano (Starwood), mas em 2006 o controle foi restabelecido à família.

Os champagnes da casa primam pela leveza e elegância e seu top Comtes de Champagne é uma dos melhores entre todos os champagnes na categoria blanc de blancs (feito 100% com Chardonnay). Clovis Taittinger, quarta geração da família e filho do atual presidente do grupo, Pierre-Emmanuel Taittinger, esteve no Brasil e concedeu esta entrevista exclusiva.

Entrevista com Clovis Taittinger o herdeiro da Champagne mais famosa do mundo

Entrevista com Clovis Taittinger o herdeiro da Champagne mais famosa do mundo

Veja Rio: Quais seus planos agora em relação ao mercado brasileiro, qual a sua visão?

Clovis Taittinger:

Tenho muitas esperanças aqui. A economia cresce, os brasileiros estão cada vez mais interessados em Champagne e achamos que o Taittinger se adapta bem ao gosto daqui. O grande problema são os impostos. Achamos  que o mercado brasileiro evolui, mas bem mais lentamente do que poderia, devido aos impostos. Mas, como todo champonois, sou otimista.

Veja Rio:

Você acabou de mencionar o samba e que sua família se considera um pouco brasileira. Você sabe sambar? E depois de algumas taças de Taittinger?

Clovis Taittinger:

Sou péssimo dançarino. Depois de algumas taças de Taittinger, talvez, mas sem nenhum charme.

Veja Rio:

Existe no momento alguma tendência na indústria do Champagne?

Clovis Taittinger:

A situação atual é de um mercado muito competitivo e estável. Como tendência, vejo a consolidação dos principais nomes, marcas famosas e os melhores vinhos das grandes empresas. Este é um momento difícil para as pequenas e médias empresas.

Veja Rio:

Agora com um novo importador, a Interfood, vocês têm alguma estratégia específica para o mercado brasileiro?

Clovis Taittinger:

Nossa ambição é agradar e conquistar cada vez mais brasileiros, mas não temos nenhuma estratégia “sistêmica” de abordagem para o Brasil. Champagne pede uma abordagem mais pessoal, de “um para um”. Esta não é uma bebida de uma abordagem de mercado de massa.

Entrevista com Clovis Taittinger o herdeiro da Champagne mais famosa do mundo

Entrevista com Clovis Taittinger o herdeiro da Champagne mais famosa do mundo

Veja Rio: Você concorda que o Champagne é o melhor negócio dentro do negócio do vinho?

Clovis Taittinger:

Não é o pior, com certeza, mas talvez também não seja o melhor. O mercado do Champagne é muito competitivo, muito exigente, e nele você está sempre sendo observado e copiado. Por outro lado, como o Champagne representa prazer, felicidade e amor, eu me considero um entregador de felicidade e amor. Esta é minha missão. E, sim, este pode ser o mais sexy, feliz e borbulhante trabalho de todo o mundo!

Veja Rio:

Uma observação e uma curiosidade para os leitores. Estamos aqui conversando e noto que você pronuncia Taittinger como se fosse americano (taitinguer), em vez de usar a pronuncia francesa (tétanger). Força do hábito?

Clovis Taittinger:

Com certeza! Eu mesmo fico confuso. É quase uma dupla personalidade. Mas, no fundo, vale o que está dentro da garrafa.

Veja Rio:

Acabamos de provar seus champagnes, todos deliciosos, cheios de estilo, minerais e elegantes. Seria muito bom para o consumidor brasileiro se você pudesse comparar seus vinhos a personagens conhecidas por aqui.

Clovis Taittinger:

O Champagne Taittinger Brut Reserve:

Poderia ser um Fred Astaire – um champagne dançante, com energia duradoura, macio, leve e sutil na “pista de dança”.

O Champagne Taittinger Prestige Rosé:

Seria a Audrey Hepburn – encantadora, delicada e elegante.

O Champagne Taittinger Comtes de Champagne:

Nossa “obra de arte” seria Coco Chanel – com design perfeito, pureza, elegância, um clássico.

O Champagne Taittinger Nocturne:

Seria a Paris Hilton – doce (com 17 gramas de açúcar) e sexy – relaxe e divirta- se! Para o fim de um dia estressante de trabalho recomendo uma descompromissada taça de Noturno, em uma boa companhia!

Veja Rio:

Boa sugestão, Champagne contra o estresse. Agora, gostaria de lhe pedir um presente. Conte-me algo que você nunca contou em nenhuma entrevista.

Clovis Taittinger:

Hummm…Vou contar um segredo: eu não sei sambar e adoraria que alguma garota brasileira me ensinasse, mas sou tímido demais para pedir.

 

Fonte: Veja Rio

 

Mulheres são o segmento chave para o consumo de vinho na Ásia

Estudo mostra a importância delas na hora da compra e também identifica o vinho tinto como preferência

O comportamento e o hábito de consumo de 2.810 mulheres de três países da Ásia foram analisados em um estudo da Vinexpo, que identificou um gosto em comum entre elas. Em sua maioria, o vinho tinto é preferência entre as consumidoras asiáticas (duas de cada três), diferentemente das inglesas e norte-americanas, que tendem a preferir os brancos.

China, Japão e Coréia do Sul foram os países estudados. E nesta analise, constatou-se que 40% das consumidoras no Japão degustam vinho mais de duas vezes por semana. Por outro lado, o estudo também revelou que o mundo vinícola deveria prestar atenção nas mulheres chinesas, que são grandes consumidoras de vinho.

Na China, 50% das mulheres entrevistadas disseram que são elas as encarregadas de fazer as compras de vinho, e que para isso, não se baseiam em recomendações para escolher um rótulo. Antagonicamente a elas, as japonesas compram a bebida seguindo sugestões dadas por terceiros.

A pesquisa mostrou também que 92% das japonesas e 74% das coreanas entrevistadas compram vinho porque gostam. Já para 38% das consumidoras chinesas, o consumo da bebida se deve aos seus benefícios à saúde, enquanto que 22% afirmou degustá-lo por gosto. “As mulheres asiáticas compram vinho independente do preço ou gosto”, informou o CEO da Vinexpo, Robert Beynat.

Outro estudo, realizado pela consultora Wine Intelligence, indica que as mulheres são as responsáveis por comprar 55% dos vinhos que se vendem no Reino Unido, todas motivadas pelo prazer e por razões sociais.

Mulheres são o segmento chave para o consumo de vinho na Ásia

A nova geografia do vinho

Espumante inglês? Riesling sueco? Se a temperatura do planeta subir 2 graus, essas são as garrafas com que a humanidade vai brindar a entrada de 2058

Não estranhe se daqui a 50 anos você estourar uma garrafa de surrey – e não de champanhe – para comemorar a chegada do ano novo. Surrey, no sul da Inglaterra, é uma das cidades produtoras de vinhos espumantes que podem desbancar produtores tradicionais (como a região francesa de Champagne) caso a temperatura do globo continue a subir.

Um aumento de 2°C mudará a geografia do vinho no planeta.

Grosso modo, as áreas com potencial para o cultivo de vinhedos de qualidade ocupam uma faixa latitudinal em cada hemisfério. Com a alteração climática, essas faixas tendem a ser deslocadas para mais longe da linha do Equador, favorecendo os países de clima frio.

Como o clima é apenas um dos fatores decisivos para a produção de um vinho de renome (ao lado do solo, da qualidade das parreiras e da tecnologia), há quem acredite, contudo, que as regiões tradicionais como a França não perderão a dianteira – desde que estejam dispostas a usar espécies que se adaptem às novas condições.

 

A nova geografia do vinho

A nova geografia do vinho

 

REGIÕES TRADICIONAIS

 

Argentina e Chile

As regiões mais tradicionais dos dois países – o vale Central do Chile e as terras baixas de Mendoza, no oeste Argentino – devem ser afetadas negativamente pelo aumento de temperatura.

Serra Gaúcha (Brasil)

Apesar da melhoria técnica, o clima e o solo são um entrave para a produção de vinhos de alto padrão, principalmente tintos. O aquecimento pode fazer com que a região se concentre na produção de espumantes.

Champagne (Nordeste da França)

O leve aumento de temperatura está beneficiando os vinhos da região, tornando-os mais “redondos”. Se o calor piorar, as uvas perderão em acidez, parâmetro decisivo na qualidade de um grande espumante.

Borgonha (Leste da França)

Produz os melhores tintos do mundo à base da uva pinot noir. Ocorre que essa é uma das variedades mais vulneráveis a mudanças climáticas. Com o aquecimento, é provável que os produtores tenham de buscar outra uva.

Vale do Reno (Alemanha)

O vale do Reno é hoje conhecido por produzir um dos melhores vinhos brancos do mundo feitos a partir da uva riesling – variedade que se dá muito bem em zonas de clima frio demais para os vinhos tintos.

Califórnia (EUA)

O famoso vale de Napa, que já tem um clima considerado mais quente do que o necessário para produzir vinhos de alta qualidade, pode perder sua supremacia para outras regiões mais frias nos EUA.

Austrália Meridional

Se a temperatura subir mais de 1,5°C até 2040, as uvas da região podem perder até 50% de qualidade para a produção de grandes vinhos. O cultivo de espécies como pinot noir e sauvignon blanc deve se tornar inviável.

A nova geografia do vinho

A nova geografia do vinho

 

NOVOS VINHEDOS

 

Argentina e Chile

No Chile, a área de Bio-Bio, ao sul de Santiago, pode se tornar uma das regiões produtoras de destaque no país. Em Mendoza, na Argentina, as parreiras devem subir mais em direção aos gelados Andes.

Campanha Gaúcha (Brasil)

A região que faz fronteira com o Uruguai pode se tornar a grande região vinícola do país. Não é à toa que muitos produtores da Serra Gaúcha já estão se estabelecendo nos pampas.

Inglaterra

O aquecimento global pode tornar os ingleses, quem diria, grandes produtores mundiais. As regiões mais beneficiadas estão no sul da Grã-Bretanha, como os condados de Kent e Surrey, que já têm vinhos razoáveis.

Alemanha

Com o aquecimento global, a Alemanha pode concorrer seriamente com os vizinhos franceses como produtora dos grandes vinhos tintos do mundo (hoje, os tintos alemães são poucos e de qualidade sofrível).

Suécia

Praticamente desconhecido como produtor de vinhos (com razão, pois a friaca sueca não é amiga das videiras), o país escandinavo pode passar a produzir vinhos riesling de renome mundial.

Canadá

Mais conhecido por produzir ice wine (um vinho doce, para acompanhar sobremesas), feito a partir de uvas congeladas ainda no pé, o Canadá pode se tornar uma potência vinícola na América do Norte.

Tasmânia (Austrália)

Apesar de produzir vinhos sem fama mundial desde a década de 1970, a Tasmânia, ilha ao sul da Austrália, pode se tornar a principal região produtora do país caso a temperatura siga aumentando.

 

A nova geografia do vinho

A nova geografia do vinho

 

 

Que são os taninos?

O que é e como este composto fenólico, um dos componentes mais importantes do vinho, influencia na bebida?

Muito tânico “ou pouco tânico”. Quando comentamos sobre vinhos, geralmente ouve-se expressões como essa. Mas, o que significa para um vinho ser tânico? Aliás, o que é o esse tão falado tanino? Como ele age no vinho em relação ao sabor, longevidade? Quais uvas possuem mais tanino? Como fazer para suavizá-los ou realçá-los? A respostas para estas e outras perguntas você encontra a seguir.

O que é esse tal tanino?

Um instrumento de defesa da planta.

Tecnicamente, o tanino corresponde a um grupo de compostos fenólicos que tem como principal característica a afinidade em se ligar à cadeias de proteínas e precipitá-las. Encontrados principalmente nas partes lenhosas, “nas folhas e em frutos não maduros de muitas plantas, eles atuam como instrumento de defesa. Quando um predador começa a ingerir partes de uma planta, as células vegetais rompidas liberam os taninos, que possuem sabor amargo e provocam grande adstringência, causando repugnância ao predador.

 

Que são os taninos?

Que são os taninos?

Tanino nas uvas

Nas uvas, os taninos encontram-se principalmente nas cascas, sementes e engaços. Assim como os açúcares da uva, eles também passam por um amadurecimento e, conforme se atinge esta maturidade, perdem agressividade, tornando-se macios e sedosos.

Dentre as uvas viníferas, geralmente, quanto mais grossa a casca, maior a quantidade de taninos a serem extraídos. Este é o caso da Cabernet Sauvignon, Tannat, Nebbiolo, Baga, Petit Verdot, Sangiovese Grosso; só para citar algumas. No extremo oposto estão variedades de cascas mais finas, que dão origem a vinhos de estrutura mais leve e textura delicada. As variedades Pinot Noir, Gamay  se enquadram nesta tipicidade.

Os taninos das uvas são classificados como condensados ou proantocianidinas. A outra classificação a qual eles podem pertencer é denominada taninos hidrolisáveis ou elagitaninos, e correspondem aos que são extraídos da madeira do carvalho. Cada um possui uma natureza diferente e, embora ainda não mapeado cientificamente, desencadeiam uma série de reações distintas no vinho.

A maturação dos taninos, além do acompanhamento dos níveis de açúcares e acidez, é o fator chave para se decidir o momento ideal da colheita da uva, atualmente.

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Champanhe perde ação judicial contra bebida de crianças

Chama-se Champín e não é mais do que uma bebida à base de frutas e, claro, sem álcool. A criação e produção está na empresa espanhola Industrias Espadafor (de Granada), que a orientou para o mercado infantil, especialmente em festas de crianças.

De garrafa colorida mas semelhante, na forma, a um espumante verdadeiro, a bebida tem sido um sucesso em Espanha, apesar de cada garrafa de 0,75 l custar €2,89 (há uma versão – Benjamin – de 20 cl, a 1,50 euros). Ora, a região de Champanhe, através da sua associação interprofissional – o Comité Interprofessionel du Vin de Champagne (CIVC)  – decidiu processar o produtor desta bebida, alegando que o nome era demasiado parecido com o de Champanhe.

O Comité Champagne mostrou-se, como sempre, zeloso, mas também é verdade que, em castelhano, o nome da famosa bebida e da região escreve-se Champán. O Comité Champagne pedia ao tribunal que a bebida Champín fosse imediatamente retirada das prateleiras dos supermercados.

 

Champín

Champín

 

O caso foi andando de instância em instância até chegar ao Supremo Tribunal de Justiça Espanhol, que acabou por dar razão à Industrias Espadafor, alegando que o Champín não tinha ligações ao espumante francês. Do acórdão pode ler-se que as semelhanças entre Champín e Champagne eram “ténues e irrelevantes”.

No meio da polémica, que trespassou muitos meios de comunicação social espanhola, a produtora ganhou uma notoriedade que nunca suspeitou alcançar e que deve ter valido muito, mais muito, dinheiro. Mas, dizemos nós, até o Champín entrar em França vai um longo caminho…

 

 

Pesquisadores criam método para produzir espumante em 15 minutos

 

Uma equipe de cientistas da Universidade de Ljubljana, na Eslovênia, encontrou um método mais rápido e eficaz para produzir espumantes de segunda fermentação em garrafa. Hoje, para se elaborar a bebida a partir do método tradicional, leva-se aproximadamente 60 dias, devido a todo processo de rémuage (para retirar as leveduras mortas de dentro da garrafa), no entanto, os cientistas prometem fazer isso em apenas 15 minutos.

De acordo com os pesquisadores do Instituto de Engenheiros Químicos (IChemE), eles encontraram uma maneira de anexar nanopartículas magnéticas à superfície das leveduras e, com o uso de ímãs, removê-las das garrafas em somente 15 minutos.

Pesquisadores criam método para produzir espumante em 15 minutos

Pesquisadores criam método para produzir espumante em 15 minutos

A levedura, segundo eles, não é afetada pela magnetização mesmo após ser fermentada. Além disso, testes sensoriais sugerem que o aroma, paladar, corpo, sabor, tamanho das bolhas e até mesmo a própria degustação não foram prejudicados pelo novo processo. Para o presidente-executivo da IChemE, Dr. David Brown, tempo e energia são fatores fundamentais para se produzir bebidas de qualidade.

Sobre o novo processo de produção e fermentação, Brown comenta que mesmo assim haverá apreciadores de vinhos e espumantes fiéis aos métodos tradicionais, mas reafirma que o novo processo dará à produção dessas bebidas mais eficiência. “A inventividade dos engenheiros químicos e bioquímicos demonstra que mesmo na produção de vinho, o que tem sido feito há milênios, pode ser mais eficiente com a nanotecnologia inteligente combinada com ímãs simples”, afirmou.

Esta não foi a primeira vez que a velocidade do processo de fermentação de vinhos e espumantes foi abordada. Na década de 1970, os produtores catalães de espumante inventaram a Gyropalette, uma máquina que permite que até 400 dúzias de garrafas sejam empilhadas e, com auxílio de agentes aceleradores, sejam processadas em menos de três dias.

 

Álvaro Palácios é o home do ano da Decanter 2015

 

O prêmio Homem do ano da revista Decanter reconhece e celebra uma pessoa ou pessoas que fizeram uma contribuição significante para o mundo do vinho.

Cada vencedor é cuidadosamente selecionado por uma bancada de juízes composta por figuras chave do mundo todo. A premiação anual, que começou em 1984, já premiou várias pessoas, incluindo Marchese Piero Antinori, Michael Broadbent MW, Paul Draper, Hugh Johnson OBE, Jean-Michel Cazes, Gerard Basset MS MW OBE e mais recentemente, a 30º premiação de 2014 foi dada a Jean_Pierre e Francois Perrin.

Álvaro Palácios é o home do ano da revista Decanter 2015

Álvaro Palácios é o home do ano da revista Decanter 2015

Veja a lista completa dos homens do ano da revista Decanter abaixo.

2014 Jean-Pierre and Francois Perrin
2013 Gerard Basset MS MW OBE
2012 Paul Symington, Portugal
2011 Giacomo Tachis, Italy
2010 Aubert de Villaine, Burgundy
2009 Nicolás Catena, Argentina
2008 Christian Moueix, Bordeaux
2007 Anthony Barton, Bordeaux
2006 Marcel Guigal, Rhône
2005 Ernst Loosen, Mosel
2004 Brian Croser, Adelaide Hills
2003 Jean-Michel Cazes, Bordeaux
2002 Miguel Torres, Penedès
2001 Jean-Claude Rouzaud, Champagne
2000 Paul Draper, California
1999 Jancis Robinson MW OBE, London
1998 Angelo Gaja, Piedmont
1997 Len Evans OBE AO, Australia
1996 Georg Riedel, Austria
1995 Hugh Johnson OBE, London
1994 May-Eliane de Lencquesaing, Bordeaux
1993 Michael Broadbent MW, London
1992 André Tchelistcheff, California
1991 José Ignacio Domecq, Jerez
1990 Prof Emile Peynaud, Bordeaux
1989 Robert Mondavi, California
1988 Max Schubert, Australia
1987 Alexis Lichine, Bordeaux
1986 Marchese Piero Antinori, Tuscany
1985 Laura & Corinne Mentzelopoulos, Bordeaux
1984 Serge Hochar, Lebanon