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Miniatura de conhaque mais cara do mundo em leilão por 150 mil euros

A Catawiki (www.catawiki.pt), plataforma de leilões na Internet, acaba de anunciar o leilão da miniatura de conhaque mais cara em todo o mundo, valorizada em 150 mil euros.

Trata-se de uma garrafa com 5cl de brandy, feita com ouro branco de 18 quilates e 2.800 pedras preciosas, o que fazem desta uma das bebidas mais caras em todo o mundo, como explica Alejandro Sánchez, Diretor Geral da Catawiki para Portugal e Espanha: “Por todos os componentes que integram este objeto único, um pequeno gole do conhaque que se encontra na garrafa está valorizado em cerca de 35 mil euros, o que torna esta bebida bastante valiosa e muito especial.”

O titular desta garrafa em miniatura é um conhecido mexicano recordista do Guinness pela venda da garrafa de água mais cara em todo o mundo.

É a primeira vez que esta miniatura de garrafa de conhaque se encontra disponível no mercado, pelo que os leiloeiros especialistas da Catawiki esperam uma elevada procura, sobretudo da Ásia, onde o mercado do conhaque e whisky caro é atualmente muito dinamizado.

Miniatura de conhaque mais cara do mundo em leilão por 150 mil euros

Miniatura de conhaque mais cara do mundo em leilão por 150 mil euros

 

 

A nova geografia do vinho

Espumante inglês? Riesling sueco? Se a temperatura do planeta subir 2 graus, essas são as garrafas com que a humanidade vai brindar a entrada de 2058

Não estranhe se daqui a 50 anos você estourar uma garrafa de surrey – e não de champanhe – para comemorar a chegada do ano novo. Surrey, no sul da Inglaterra, é uma das cidades produtoras de vinhos espumantes que podem desbancar produtores tradicionais (como a região francesa de Champagne) caso a temperatura do globo continue a subir.

Um aumento de 2°C mudará a geografia do vinho no planeta.

Grosso modo, as áreas com potencial para o cultivo de vinhedos de qualidade ocupam uma faixa latitudinal em cada hemisfério. Com a alteração climática, essas faixas tendem a ser deslocadas para mais longe da linha do Equador, favorecendo os países de clima frio.

Como o clima é apenas um dos fatores decisivos para a produção de um vinho de renome (ao lado do solo, da qualidade das parreiras e da tecnologia), há quem acredite, contudo, que as regiões tradicionais como a França não perderão a dianteira – desde que estejam dispostas a usar espécies que se adaptem às novas condições.

 

A nova geografia do vinho

A nova geografia do vinho

 

REGIÕES TRADICIONAIS

 

Argentina e Chile

As regiões mais tradicionais dos dois países – o vale Central do Chile e as terras baixas de Mendoza, no oeste Argentino – devem ser afetadas negativamente pelo aumento de temperatura.

Serra Gaúcha (Brasil)

Apesar da melhoria técnica, o clima e o solo são um entrave para a produção de vinhos de alto padrão, principalmente tintos. O aquecimento pode fazer com que a região se concentre na produção de espumantes.

Champagne (Nordeste da França)

O leve aumento de temperatura está beneficiando os vinhos da região, tornando-os mais “redondos”. Se o calor piorar, as uvas perderão em acidez, parâmetro decisivo na qualidade de um grande espumante.

Borgonha (Leste da França)

Produz os melhores tintos do mundo à base da uva pinot noir. Ocorre que essa é uma das variedades mais vulneráveis a mudanças climáticas. Com o aquecimento, é provável que os produtores tenham de buscar outra uva.

Vale do Reno (Alemanha)

O vale do Reno é hoje conhecido por produzir um dos melhores vinhos brancos do mundo feitos a partir da uva riesling – variedade que se dá muito bem em zonas de clima frio demais para os vinhos tintos.

Califórnia (EUA)

O famoso vale de Napa, que já tem um clima considerado mais quente do que o necessário para produzir vinhos de alta qualidade, pode perder sua supremacia para outras regiões mais frias nos EUA.

Austrália Meridional

Se a temperatura subir mais de 1,5°C até 2040, as uvas da região podem perder até 50% de qualidade para a produção de grandes vinhos. O cultivo de espécies como pinot noir e sauvignon blanc deve se tornar inviável.

A nova geografia do vinho

A nova geografia do vinho

 

NOVOS VINHEDOS

 

Argentina e Chile

No Chile, a área de Bio-Bio, ao sul de Santiago, pode se tornar uma das regiões produtoras de destaque no país. Em Mendoza, na Argentina, as parreiras devem subir mais em direção aos gelados Andes.

Campanha Gaúcha (Brasil)

A região que faz fronteira com o Uruguai pode se tornar a grande região vinícola do país. Não é à toa que muitos produtores da Serra Gaúcha já estão se estabelecendo nos pampas.

Inglaterra

O aquecimento global pode tornar os ingleses, quem diria, grandes produtores mundiais. As regiões mais beneficiadas estão no sul da Grã-Bretanha, como os condados de Kent e Surrey, que já têm vinhos razoáveis.

Alemanha

Com o aquecimento global, a Alemanha pode concorrer seriamente com os vizinhos franceses como produtora dos grandes vinhos tintos do mundo (hoje, os tintos alemães são poucos e de qualidade sofrível).

Suécia

Praticamente desconhecido como produtor de vinhos (com razão, pois a friaca sueca não é amiga das videiras), o país escandinavo pode passar a produzir vinhos riesling de renome mundial.

Canadá

Mais conhecido por produzir ice wine (um vinho doce, para acompanhar sobremesas), feito a partir de uvas congeladas ainda no pé, o Canadá pode se tornar uma potência vinícola na América do Norte.

Tasmânia (Austrália)

Apesar de produzir vinhos sem fama mundial desde a década de 1970, a Tasmânia, ilha ao sul da Austrália, pode se tornar a principal região produtora do país caso a temperatura siga aumentando.

 

A nova geografia do vinho

A nova geografia do vinho

 

 

O vinho de Lula

O negócio de leilão de vinhos raros e caros, os chamados vinhos “blue chip”, está cada vez mais forte.

Só a Sotheby’s, considerada a maior no segmento, vendeu US$ 57,9 milhões (cerca de R$ 138 milhões) em leilões no ano passado.

Segundo o ranking da Sotheby’s de 2013, o Domaine de la Romanée-Conti — aquele que o Lula tomou para comemorar a vitória em 2002 — ficou no topo da lista dos dez mais vendidos, seguido de Lafite e Petrus.

Uma garrafa de 1,5 litro de Romanée-Conti, de 2009, pode chegar a R$ 89 mil numa loja de vinhos no Rio.

E mais…

O mais lance mais alto do ano foi de 167 mil dólares num lote de Château Petrus à Pomerol, de 1961, no leilão em Londres.

O vinho de Lula

O vinho de Lula

Champanhe perde ação judicial contra bebida de crianças

Chama-se Champín e não é mais do que uma bebida à base de frutas e, claro, sem álcool. A criação e produção está na empresa espanhola Industrias Espadafor (de Granada), que a orientou para o mercado infantil, especialmente em festas de crianças.

De garrafa colorida mas semelhante, na forma, a um espumante verdadeiro, a bebida tem sido um sucesso em Espanha, apesar de cada garrafa de 0,75 l custar €2,89 (há uma versão – Benjamin – de 20 cl, a 1,50 euros). Ora, a região de Champanhe, através da sua associação interprofissional – o Comité Interprofessionel du Vin de Champagne (CIVC)  – decidiu processar o produtor desta bebida, alegando que o nome era demasiado parecido com o de Champanhe.

O Comité Champagne mostrou-se, como sempre, zeloso, mas também é verdade que, em castelhano, o nome da famosa bebida e da região escreve-se Champán. O Comité Champagne pedia ao tribunal que a bebida Champín fosse imediatamente retirada das prateleiras dos supermercados.

 

Champín

Champín

 

O caso foi andando de instância em instância até chegar ao Supremo Tribunal de Justiça Espanhol, que acabou por dar razão à Industrias Espadafor, alegando que o Champín não tinha ligações ao espumante francês. Do acórdão pode ler-se que as semelhanças entre Champín e Champagne eram “ténues e irrelevantes”.

No meio da polémica, que trespassou muitos meios de comunicação social espanhola, a produtora ganhou uma notoriedade que nunca suspeitou alcançar e que deve ter valido muito, mais muito, dinheiro. Mas, dizemos nós, até o Champín entrar em França vai um longo caminho…

 

 

Pesquisadores criam método para produzir espumante em 15 minutos

 

Uma equipe de cientistas da Universidade de Ljubljana, na Eslovênia, encontrou um método mais rápido e eficaz para produzir espumantes de segunda fermentação em garrafa. Hoje, para se elaborar a bebida a partir do método tradicional, leva-se aproximadamente 60 dias, devido a todo processo de rémuage (para retirar as leveduras mortas de dentro da garrafa), no entanto, os cientistas prometem fazer isso em apenas 15 minutos.

De acordo com os pesquisadores do Instituto de Engenheiros Químicos (IChemE), eles encontraram uma maneira de anexar nanopartículas magnéticas à superfície das leveduras e, com o uso de ímãs, removê-las das garrafas em somente 15 minutos.

Pesquisadores criam método para produzir espumante em 15 minutos

Pesquisadores criam método para produzir espumante em 15 minutos

A levedura, segundo eles, não é afetada pela magnetização mesmo após ser fermentada. Além disso, testes sensoriais sugerem que o aroma, paladar, corpo, sabor, tamanho das bolhas e até mesmo a própria degustação não foram prejudicados pelo novo processo. Para o presidente-executivo da IChemE, Dr. David Brown, tempo e energia são fatores fundamentais para se produzir bebidas de qualidade.

Sobre o novo processo de produção e fermentação, Brown comenta que mesmo assim haverá apreciadores de vinhos e espumantes fiéis aos métodos tradicionais, mas reafirma que o novo processo dará à produção dessas bebidas mais eficiência. “A inventividade dos engenheiros químicos e bioquímicos demonstra que mesmo na produção de vinho, o que tem sido feito há milênios, pode ser mais eficiente com a nanotecnologia inteligente combinada com ímãs simples”, afirmou.

Esta não foi a primeira vez que a velocidade do processo de fermentação de vinhos e espumantes foi abordada. Na década de 1970, os produtores catalães de espumante inventaram a Gyropalette, uma máquina que permite que até 400 dúzias de garrafas sejam empilhadas e, com auxílio de agentes aceleradores, sejam processadas em menos de três dias.

 

Emirates investe 500 milhões de dólares na compra de vinhos

 

A companhia aérea Emirates anunciou que, na última década, gastou US$ 500 milhões no seu programa de vinhos

A companhia aérea Emirates anunciou que, na última década, gastou cerca de 500 milhões de dólares em vinhos para o serviço de bordo de sua frota. Segundo a empresa, todos os vinhos comprados foram armazenados numa adega de sua propriedade, localizada na região da Borgonha, na França.

Em entrevista, Tim Clark, presidente da companhia, comentou o fato: “Para nós, o vinho é uma experiência. Nossos passageiros querem tomar vinho abordo como se tivessem jantando em um restaurante fino. Não é só branco, tinto ou rose. Eles estão interessados da onde as uvas vêm, a safra, o legado da vinícola e assim por diante. Por isso, há dez anos resolvemos escolher nossos próprios vinhos para serem servidos abordo”.

Emirates investe 500 milhões de dólares na compra de vinhos

Emirates investe 500 milhões de dólares na compra de vinhos

 

Clark completou: “Nós preferimos comprar o melhor vinho em lotes menores e oferecer aos nossos passageiros o melhor das safras, mesmo que isso traga mais trabalho em relação à logística operacional, às mudanças de cardápio e ao treinamento da tripulação de bordo”.

O serviço de vinhos finos dentro dos aviões só está disponível para passageiros de primeira classe ou classe executiva, que encontram nas cartas vinhos como Dom Pérignon 2004, August Kessler’s 2013 Lorchhauser Seligmacher Riesling, 2004 Léoville Las Cases, entre outros.

 

Nome Cheval Blanc novamente em disputa na França

 

Mais famoso produtor de Saint-Émilion reivindica propriedade do nome Cheval Blanc contra família de Saint-Germain-de-Graves

O grupo SCI Cheval Blanc, proprietário de um dos mais famosos vinhos de Bordeaux, o Cheval Blanc, de Saint-Émilion, está em um processo judicial contra a família Chaussie por ter violado o direito de posse do nome “Cheval Blanc” ao colocá-lo em vinhos produzidos na sua propriedade, em Saint-Germain-de-Graves, França.

De acordo com o jornal regional Ouest France, a família Chaussie já ganhou os processos judiciais instaurados em 2008, no entanto, o grupo SCI Cheval Blanc, de posse dos executivos Bernard Arnault e Albert Frère, insistiu para que o processo continuasse.

Na época, o Tribunal de Relações de Bordeaux argumentou a favor da família Chaussie por constatar que, desde 1874, a nomenclatura “Cheval Blanc” constava nos vinhos que produziam.

Nome Cheval Blanc novamente em disputa na França

Nome Cheval Blanc novamente em disputa na França

No entanto, o Supremo Tribunal Francês anulou recentemente a decisão tomada pelo tribunal de Bordeaux por conta da insuficiência de provas. O Supremo alega que o fato do nome “Cheval Blanc” aparecer nos vinhos dos principais vinhedos de Chaussie não é prova suficiente para encerrar o caso.

O advogado da família Chaussie, porém, irá montar uma estratégia de defesa para a família se utilizando do argumento de haver uma diferença entre os preços dos produtos feitos por eles e os de autoria do SCI Cheval Blanc.

Não é a primeira vez que o SCI Cheval Blanc vai à justiça para assegurar diretos de marca. Em 2011, por exemplo, o grupo fez com que Côtes de Bourg, produtor do Château Guiraud-Cheval-Blanc, mudasse o nome do vinho.

 

Champagne e Bourgogne se tornam ‘Patrimônio da Humanidade’

 

 Unesco reconhece importância história e natural das duas tradicionais regiões produtoras vinhos da França

A Unesco (Organização das Nações Unidas para Cultura, Ciência e Educação) elegeu regiões vinícolas que produzem champanhe e vinhos de Borgonha como novos “Patrimônios da Humanidade”, título concedido a lugares com relevância histórica e natural.

Para Champagne, a lista abrange as vinhas ao redor de Hautvilliers, Ay, Mareuil-sur-Ay e Sainte-Nicaise Hill, em Reims, e Avenue de Champagne e Fort Chabrol, em Epernay. O título engloba as regiões das vinícolas, suas redes de caves subterrâneas e as casas que gerenciam a produção e as vendas de champagnes.

 Para Borgogne, a listagem abrange 1.247 “Climats (locais que produzem vinhos únicos, devido a suas características naturais específicas), além das vinícolas que revestem as encostas de Côte de Nuits e Côte de Beaune. Também reconhecidas, estão as vilas e a cidade de Beaune, que desempenham um papel central na produção e na comercialização desses vinhos, bem como o centro histórico de Dijon.

“Os locais escolhidos são excelentes exemplos de cultivo de uvas e produção de vinhos desenvolvido desde a Alta Idade Média” , afirmou o comitê da Unesco. Aubert de Villaine, coproprietário da Domaine de la Romanée Conti e personagem importante na campanha da região de Climats de Borgonha, destacou o papel de outras gerações de produtores: “Esta inscrição é também um reconhecimento do trabalho de gerações, os monges cistercienses, duques de Borgonha, homens e mulheres, viticultores, os quais conseguiram ao longo dos séculos moldar os vinhedos da Borgonha em sua determinada busca pela excelência”.

Pierre Cheval, presidente da Associação Paysages du Champagne, que passou oito anos coordenando a candidatura da região de Champanhe para a lista de “Patrimônio da Humanidade”, ressalta que a inclusão na lista é um reconhecimento e um compromisso. “Temos de preservar e manter intactos para futuras gerações a paisagem, o know-how e o patrimônio. Temos um encontro com a história, a nossa própria história”, afirma Cheval.

Além de Champagne e vinhos de Borgonha, a Unesco também considera a cidade de Bordeaux como “Patrimônio da Humanidade”.

Champagne e Bourgogne se tornam ‘Patrimônio da Humanidade’

Champagne e Bourgogne se tornam ‘Patrimônio da Humanidade’