Posts

Barolo e Barbaresco, o reino da uva Nebbiolo

O Piemonte é uma região grande, no norte ocidental de Itália, a 60 quilômetros da costa mediterrânica ocidental. Abarca inúmeras Denominações de Origem, entre as quais se encontram as de Barolo e de Barbaresco, as mais famosas.

As duas DO’s, Barolo e Barbaresco, são vizinhas, repartem a mesma casta tinta, a Nebbiolo, e os seus vinhos têm características muito similares: côr rubi/alaranjada, relativamente pouco intensa, acidez alta e taninos poderosos. Na verdade, em prova cega, é muito difícil distingui-los, mas as diferenças existem, sobretudo na lei: Barbaresco exige dois anos de envelhecimento antes de sair para o mercado, enquanto que em Barolo se exigem três. Este ano extra de envelhecimento ajuda os vinhos de Barolo a suavizarem os seus taninos, que dizem ser mais potentes que os de Barbaresco por causa da natureza dos seus solos (mais calcário e mais marga que em Barbaresco).

 

Barolo e Barbaresco, o reino da casta Nebbiolo

Barolo e Barbaresco, o reino da casta Nebbiolo

 

Ambas são regiões pequenas. Barolo com perto de 1.800 hectares e Barbaresco com perto de 700. A produção está em concordância, registando-se uma média de produção nos últimos 5 anos de cerca de 11 milhões de garrafas em Barolo e 4 milhões em Barbaresco.

Mas o interessante é que não há muitos produtores de grande escala. O grosso da produção provém de pequenas explorações (há quase 1.300 produtores registados entre as duas regiões) com produções em concordância (não ultrapassam as 20.000 garrafas).

O campo está cheio de suaves colinas ondulantes onde, aliás, estão implantadas praticamente todas as vinhas. As colinas são fundamentais nesta região de clima continental, pois aumentam a exposição solar, o que é crítico para a maturação da Nebbiolo, uma casta muito tardia e que precisa amadurecer muito bem para perder os aromas vegetais. Em geral, colhe-se já bem entrado o mês de Outubro.

 

 

Uma garrafa de vinho em cada cinco é italiana

País exportou 5,4 bilhões de euros, com um aumento de 575% em 30 anos.

Itália tornou-se em 2015 o maior produtor mundial, seguido da França.

Em 2015, uma garrafa de vinho em cada cinco no mundo foi produzida na Itália, que exportou 5,4 bilhões de euros, um recorde, com um aumento de 575% ao longo de 30 anos, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira.

A Itália tornou-se em 2015 o maior produtor mundial de vinho, seguido pela França, anunciou em outubro a Organização Internacional do Vinho (OIV), afirmando que a produção transalpina havia aumentado 10% no ano, para 48,9 milhões de hectolitros, quando a da França estagnou em 47,3 milhões.

De acordo com um relatório apresentado em Roma pela Coldiretti, a principal confederação italiana de agricultores, a Itália é agora o maior exportador de vinho.

Uma garrafa de vinho em cada cinco é italiana

Uma garrafa de vinho em cada cinco é italiana

“Trinta anos depois do escândalo do ‘vinho de metanol'”, que viu em 1986 o envenenamento de dezenas de pessoas por causa de um vinho de mesa adulterado, afetando a imagem de todo o vinho italiano, os tintos, brancos, rosés e espumantes “made in Italy” fizeram a sua revolução, “melhoraram em qualidade”, graças a uma diminuição na primeira produção e aumento dos controles, para conquistar o mercado mundial, comemora Coldiretti.

Este salto de qualidade foi acompanhado por um aumento das denominações: 66% das garrafas vendidas no exterior são “classificada”, em DOG/DOC (Denominação de Origem Garantia/Controlada) ou IGT (Indicação Geográfica Típica). A Itália é o primeiro país da Europa por número de vinhos “classificados” (73 DOCG, 332 DOC e 118 IGT).

Entre as apelações italianas de mais sucesso no mundo, estão o chianti, o brunello di Montalcino, o pinot grigio, o barolo e o prosecco.

 

Fonte: Globo