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Ultra-sons para reduzir o tempo de maturação nos tintos

Um projeto com investimento da União Europeia – Horizonte 2020 – vai tentar desenvolver um método de acelerar a maturação de vinhos tintos. A tecnologia do UltraWine (o seu nome) é nova e baseia-se na utilização de ultra-sons de alta potência (HPU, a sigla em inglês).

Na teoria, quando o mosto ou vinho está macerando, a aplicações destes ultra-sons provoca fenómenos de cavitação e a criação de pequenas bolhas que tendem a colidir entre si, implodindo e liberando energia.

Este fenómeno vai depois gerar o desgaste da pelicula das uvas, facilitando assim a liberação da cor e dos componentes fenólicos das uvas. Qual é a vantagem? Será possível, calculam os cientistas, reduzir para metade o tempo de maturação dos tintos.

Esta vantagem é especialmente importante nas adegas que têm que vinificar grandes quantidades de vinho tinto e que têm insuficiente capacidade de cubas de inox: assim liberam-se as cubas mais depressa para receberem nova carrada de uvas, algo extremamente importante no meio de qualquer vindima.

Ultra-sons para reduzir o tempo de maturação nos tintos

Ultra-sons para reduzir o tempo de maturação nos tintos

Por outro lado, este método irá tratar as uvas por um processo mecânico – ao invés do normal, que é térmico. Como os normais tratamentos térmicos podem trazer consigo aromas e sabores próprios, o método de ultra-sons poderá respeitar melhor os aromas varietais nos vinhos.

A maior parte da investigação está neste momento a cargo do departamento de Agro-química e Tecnologia de Alimentos da Universidade de Murcia (UMU), embora a promotora do projecto seja a empresa Agrovin, especializada na fabricação e distribuição de produtos enológicos.

 

Fonte: Revista de Vinhos de Protugal

Veja Também:

 

Vidigal Dão D.O.C 2013

País Portugal
Volume 750ml
Tipo Tinto
Safra 2013
Sub-Região Dão D.O.C.
Uva 40% Touriga Nacional, 40% Jaen e 20% Alfocheiro
Teor Alcoólico 13%
Tipo de Uva Tinta Assemblage
Vidigal Dão D.O.C 2013

Vidigal Dão D.O.C 2013

 

Visual Linda cor vermelha cereja intensa
Olfativo Com estilo frutado ao extremo, este blend surpreende com uma inegável qualidade aromática, com aromas de muita riqueza e intensidade. Tem notas a frutos vermelhos silvestres que abundam e que com a oxigenação do vinho na taça vão se multiplicando, onde destacam-se e se percebem com maior nitidez a notas a cassis e cerejas vermelhas.
Gustativo Delicioso no seu ataque no paladar. Continua na mesma línea do mostrado no nariz. Muita fruta vermelha e um equilíbrio excelente são suas principais virtudes. Acidez vibrante e intensa que levanta a fruta e taninos que apesar de sua juventude estão completamente evoluídos provocando um paladar fresco, jovial.
Dica de Harmonização Medalhão de mignon ao molho funghi com polenta cremosa.
Churrasco de domingo
Bife chorizo ao molho madeira com batatas salteadas.
Pato assado com ameixas.
Costela bovina no bafo.
Temperatura de Serviço 16 ºC
Potencial de Guarda 6 anos
Pontuação Winechef

Vidigal Dão D.O.C 2013 - 91 pontos Winechef

Vidigal Dão D.O.C 2013 – 91 pontos Winechef

 

Aprenda quando decantar um vinho

Decantar é o ato de despejar vinho da garrafa em outro recipiente, normalmente de vidro, chamado decanter.

A finalidade básica de se decantar um vinho é unicamente separar o líquido de depósitos concentrados no fundo da garrafa, sedimentos naturais formados durante seu processo de envelhecimento em garrafa.

O uso do decanter para servir o vinho tem seu charme, mas a verdade é que a maioria dos vinhos não precisa ser decantada. Como regra geral, Portos Vintage e tintos feitos para serem guardados por anos, especialmente os que levem cepas de coloração mais profunda e os mais tânicos – como, por exemplo, aqueles à base de Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Nebbiolo e Sangiovese – são os que necessitam de decantação. Brancos antigos que tenham depósitos também ficam mais atraentes e brilhantes se decantados.

O que vai determinar se um vinho precisa ser decantado é a simples avaliação da existência de sedimentos no fundo da garrafa, que pode ser feita colocando-a contra a luz ou sob uma vela.

 

Aprenda quando decantar um vinho

Aprenda quando decantar um vinho

 

Uma questão recorrente é quanto tempo antes do consumo se deve decantar o vinho. Não existe uma regra para isso, mas um bom parâmetro é considerar que quanto mais jovem, menos importa o tempo em que ele descansa no decanter, enquanto que para vinhos antigos o ideal é decantá-los o mais próximo da hora de beber possível. Isso porque, via de regra, eles são mais sensíveis à ação do oxigênio, podendo perder sua vivacidade se permanecerem muito tempo em contato com o ar (a área de exposição do líquido com a atmosfera é bem maior no decanter do que na garrafa). Por isso, para vinhos antigos, costuma-se recomendar o double-decanting, ou seja, que a garrafa original seja enxaguada com água, para remoção dos depósitos, e o vinho seja cuidadosamente devolvido para essa garrafa e arrolhado até ser servido.

Continua…

Os diversos estilos de vinhos elaborados com a uva Sauvignon Blanc

De maneira natural os Sauvignon Blanc são os vinhos do começo

Os os Sauvignon Blanc são os vinhos que sempre são servidos primeiro em um jantar ou em uma degustação, seja esta descontraída, entre amigos ou um evento mais formal.

É preciso entender e lembrar sempre que no universo do vinho não se pode generalizar e dividir só em uvas, já que estas uvas dão vinhos. Então o mais importante é ter, antes de tudo, este conceito muito claro.

Então, para facilitar as coisas, classificamos essa uva em três categorias de vinhos.

 

Os diversos estilos de vinhos elaborados com a uva Sauvignon Blanc

Os diversos estilos de vinhos elaborados com a uva Sauvignon Blanc

 1: Os Sauvignon Blanc jovens, frescos  e leves:

Que tenha no máximo 2 anos de idade (da safra que aparece no rótulo da garrafa). Estes vinhos devem ser aromaticamente muito intensos e frescos, mas geralmente não são muito complexos, e na boca devem ter uma boa acidez e corpo leve e fresco.

Normalmente as uvas deste vinho provêm das parreiras mais jovens de um vinhedo, motivo pelo qual entrega altos rendimentos de quilos de uva por hectare. Na vinificação se procura, de preferência, fermentações curtas e frias (a baixas temperaturas), assim não vai se obter muita estrutura nem muita concentração na boca (a uva não tem potencial para isso), mas sim uma significativa riqueza aromática, que é como uma espécie de “marca registrada” desta uva. Na boca tem uma acidez vibrante, sempre muito intensa. É o protótipo ideal para começar uma jantar. É um aperitivo por natureza.

Esta categoria de vinhos muitas vezes resulta uma alternativa interessante aos vinhos com borbulhas (espumantes, proseccos, etc.), já que cumprem a mesma função de abrir o apetite – para que isso aconteça, é necessário um vinho que não tenha açúcar (os conhecidos como vinhos “secos”, carentes totalmente de açúcar).

Este mesmo estilo de Sauvignon Blanc também é o vinho ideal para situações informais, dias de praia, à beira da piscina… Vinhos para situações mais descontraídas, onde o objetivo é se refrescar. Seu potencial de vida, na maioria das vezes, é extremadamente curto.

 

Sauvignon Blanc jovens, frescos e leves

Sauvignon Blanc jovens, frescos e leves

  

2: Os Sauvignon Blanc jovens, frescos e concentrados:

Estes vinhos terão também uma fragrância intensa e fresca, bem  mais complexa e diversa que a categoria anteriormente descrita.

À boca está a principal diferença, porque aqui se encontra maior concentração de sabor de frutas, maior estrutura e também uma boa acidez e frescor.

Estes vinhos são elaborados normalmente com uvas de vinhedos mais velhos, mais equilibrados, oriundos de parreiras de maior idade – que entregam uma menor quantidade de cachos, mas que tem a pele mais grosa. Estes vinhos também podem ser bebidos como aperitivo, são deliciosos, aromaticamente muito frescos e ao mesmo tempo muito complexos.  Ao paladar é intenso, profundo e revela prazer.

Para este tipo de vinho é recomendado um contexto mais formal. Se um vinho deste for bebido de maneira descuidada, ou de maneira descontraída, seria só uma garrafa mal desfrutada, desperdiçada e não valorizada.

 

Sauvignon Blanc jovens, frescos e concentrados

Sauvignon Blanc jovens, frescos e concentrados

 

3: Os Sauvignon Blanc concentrados, maduros e evoluídos:

É uma categoria um tanto especial, de um nível onde os vinhos da primeira categoria nunca conseguirão chegar, porque oxidam e morrem antes de alcançar esta etapa.

Os vinhos da categoria 2, sim, conseguem alcançar. Aqui é onde se encontram os Sauvingons que são concentrados e maduros, e que pelo passar dos anos já se encontram evoluídos.

A principal diferença é que são esses raros vinhos de Sauvignon Blanc’s, que foram muito bons desde o começo, concentrados, os que conseguiram melhorar com o armazenamento em garrafa e ter uma vida mais longa (no caso oposto, alguns vinhos desta uva só conseguem viver por alguns meses, porque se deterioram rapidamente).

Então, esta categoria extrema dentro da uva Sauvingon Blanc, é de onde se tem vinhos de aromas muito, mas muito complexos (com aromas e sabores terciários). As notas aromáticas que um dia foram cítricas e intensas vão ter se transformando em deliciosas notas de confeitura, compota e marmeladas de frutos cítricos.

E à boca, que um dia foi fresca, vai felizmente se manter com esta característica (só que com um pouco menos de intensidade de frescor). Porém vai ganhar em textura, equilíbrio, oleosidade, ou seja, como aperitivo vai ser também um bom vinho, mas existirão muitos outros elementos e virtudes que são impossíveis de se encontrar em vinhos jovens. É neste estilo que a uva Sauvignon Blanc consegue mostrar de melhor maneira toda a sua magnitude e incomparável beleza.

 

Sauvignon Blanc concentrados, maduros e evoluídos

Sauvignon Blanc concentrados, maduros e evoluídos

 

Jerez lança garrafa de 10.000 euros

São apenas 100 garrafas daquele que será o mais exclusivo Jerez, chamado Versos. O vinho foi lançado pelo produtor Barbadillo e tem mais de 125 anos. Muito mais não se sabe. A única coisa que se sabe é que foi oferecido, ainda em casco, no batizado de Manuel Barbadillo, em 1891 e dizia-se já na altura, que era “muito velho”.

A família manteve o casco, do qual foi bebendo e atestando com outros Jerez menos antigos. Manuel Barbadillo, com uma história famosa na empresa e na região, faleceu em 1986 e chegou a altura da família o homenagear com o Versos. A garrafa é de cristal (fabricada pela portuguesa Atlantis) e o preço aproximado de cada garrafa rondará os 10.000 euros.

Este lançamento trouxe alguma onda de esperança na região de Jerez, já que vinhos deste preço ajudam a levantar a notoriedade e prestígio de uma região. Recorde-se que o vinho de Jerez tem sofrido vários reveses na última década, baixando substancialmente as vendas em todos os grandes mercados de exportação (Reino Unido, Holanda, Alemanha, EUA).

O único segmento que se ‘salvou’ foi o dos topos de gama, cujas vendas chegaram mesmo a crescer. Mas este segmento, já se calcula, é o mais pequeno, em termos de volume total.

 

Jerez Versos1891

Jerez Versos 1891

 

Graham’s 90: um brinde muito especial à Rainha Isabel II

Para celebrar os 90 anos da Rainha Isabell II de Inglaterra, a Graham’s acaba de lançar uma edição limitada de 500 garrafas, numeradas à mão, do Vinho do Porto Graham’s 90. Trata-se de um lote único de vinhos do Porto muito velhos (1912, 1924 e 1935) que envelheceram nas Caves da Graham’s desde princípios do século XX.

A família Symington, proprietária da Graham’s, efetuou uma meticulosa seleção nas suas caves para chegar a este Graham’s 90. E Johnny Symington, um dos administradores da empresa, explica porquê: “O Vinho do Porto há séculos que faz parte dos momentos de celebração de um sem-número de instituições britânicas, particularmente nos momentos de brindar em banquetes reais e de Estado, e noutras comemorações históricas.

Nessa perspectiva, pareceu-nos apropriado marcar este momento importante. Sabíamos que teríamos de criar algo de muito especial para homenagear os 90 anos de Sua Majestade e o seu longo reinado. Julgamos que o conseguimos com este Graham’s 90, o qual nos foi possível engarrafar por autorização especial do Instituto dos Vinhos do Porto e Douro.”

Este Porto excepcional e magnificamente apresentado será disponibilizado no Reino Unido em parceria exclusiva com a Berry Brothers & Rudd, fornecedor oficial do Palácio de Buckingham, a partir do dia 30 de Março de 2016.

Um número muito restrito de garrafas será destinado a Portugal. O Graham’s 90 não será repetido depois de vendidas estas 500 garrafas, dada a extrema raridade de vinhos deste género nas caves da família.

Graham’s 90: um brinde muito especial à Rainha Isabel II

Graham’s 90: um brinde muito especial à Rainha Isabel II

 

Mundo do vinho perde mais dois franceses

Morreu nos últimos dias Etienne Hugel, diretor da vinícola Hugel, na Alsácia, e Louis Latour, da Maison Louis Latour, na Borgonha

O mundo do vinho perdeu mais dois franceses na última semana. Etienne Hugel, diretor-comercial da vinícola de sua família, a Hugel, em Riquewihr, na Alsácia, e o produtor borgonhês Louis Latour, da Maison Louis Latour, uma das maiores da região – e que não guarda relação com o Château Latour, que fica em Bordeaux.

As mortes ocorreram menos de um mês depois das de Henri Bonneau, produtor de Châteauneuf-du-Pape, no sul do Rhône, e de Paul Pontallier, enólogo do célebre Château Margaux.

Mundo do vinho perde mais dois franceses

Mundo do vinho perde mais dois franceses

Ettienne Hugel

Ettienne Hugel tinha 57 anos e era conhecido por sua capacidade de comunicação – era um mestre das redes sociais – e simpatia. Bem-humorado, em eventos da indústria, era comum que aplicasse nos colegas tatuagens temporárias com nomes de uvas. Membro da 12ª geração da família Hugel, ele via os filhos e sobrinhos começarem a trabalhar na vinícola.

Etienne, que substituiu seu tio Jean na empresa, tinha como função viajar o mundo para divulgar a produção da Hugel, assim como recebia convidados importantes na vinícola. Acabou por virar um embaixador não só da Hugel, como da Alsácia.

Casado com a sommelière japonesa Kaoru, ele viajava constantemente para a Ásia, que virou um mercado-chave para a Hugel. Etienne deixa a mulher e dois filhos.

Louis Latour

Louis Latour tinha 83 anos e era responsável pela modernização da Maison Louis Latour, uma das maiores da região, que dirigiu por 40 anos.

Fundada em 1797, o Domaine Louis Latour conta com 47 hectares, sendo 28 deles de vinhedos Grand Cru na Cote d’Or. Louis Latour era parte da 10ª geração da família a cuidar da vinícola.

Nascido em 1932, Latour assumiu a empresa em 1958 e ficou no posto até ser sucedido por seu filho Louis-Fabrice em 1999. Suas benfeitorias incluem o início da produção de Chardonnay em Ardèche em 1979 e um projeto similar para produzir Pinot Noir no Domaine de Valmoissine em 1989. Ele também ergueu uma vinícola moderna, a Clos Chameroy, na fronteira de Beaune no fim dos anos 1970 e abriu subsidiárias nos EUA (1986) e no Reino Unido (1990).

Fonte: Estadão

Os três estilos de vinhos elaborados com a uva Sauvignon Blanc

De maneira natural os Sauvignon Blanc’s são os vinhos do começo, os vinhos que sempre são servidos primeiro em um jantar ou em uma degustação, seja esta descontraída, entre amigos ou um evento mais formal.

É preciso entender e lembrar sempre que no universo do vinho não se pode generalizar e dividir só em uvas. Então o mais importante é ter, antes de tudo, este conceito muito claro.

Então, para facilitar as coisas, o vamos classificar em três categorias de vinhos com a uva Sauvignon Blanc.

1: Os Sauvignon Blanc’s jovens, frescos  e leves:

Que tenha no máximo 2 anos de idade (da safra que aparece no rótulo da garrafa). Estes vinhos devem ser aromaticamente muito intensos e frescos, mas geralmente não são muito complexos, e na boca devem ter uma boa acidez e corpo leve e fresco.

Normalmente as uvas deste vinho provêm das parreiras mais jovens de um vinhedo, motivo pelo qual entrega altos rendimentos de quilos de uva por hectare. Na vinificação se procura, de preferência, fermentações curtas e frias (a baixas temperaturas), assim não vai se obter muita estrutura nem muita concentração na boca (a uva não tem potencial para isso), mas sim uma significativa riqueza aromática, que é como uma espécie de “marca registrada” desta uva.

 

Os três estilos de vinhos elaborados com a uva Sauvignon Blanc

Os três estilos de vinhos elaborados com a uva Sauvignon Blanc

 

Na boca tem uma acidez vibrante, sempre muito intensa. É o protótipo ideal para começar uma jantar. É um aperitivo por natureza.

Esta categoria de vinhos muitas vezes resulta uma alternativa interessante aos vinhos com borbulhas (espumantes, proseccos, etc.), já que cumprem a mesma função de abrir o apetite – para que isso aconteça, é necessário um vinho que não tenha açúcar (os conhecidos como vinhos “secos”, carentes totalmente de açúcar).

Este mesmo estilo de Sauvignon Blanc também é o vinho ideal para situações informais, dias de praia, à beira da piscina… Vinhos para situações mais descontraídas, onde o objetivo é se refrescar. Seu potencial de vida, na maioria das vezes, é extremadamente curto.

CONTINUA…

 

Da rolha de cortiça à cápsula roscada

Nos anos 30 do século XVII Kenelm Digby inventa a garrafa de vidro. Cinquenta anos depois, uma segunda revolução, com o desenvolvimento da rolha de cortiça.

As primeiras rolhas de cortiça eram cónicas e em 1680 D. Pérignon deu-lhes o lugar das rolhas de madeira no gargalo de uma garrafa com vinho espumante. Em 1830 surgem os equipamentos capazes de introduzir rolhas cilíndricas nos gargalos das garrafas e 60 anos depois são fabricados os primeiros aglomerados de cortiça. Em 1903 inventam-se as rolhas de duas peças, com a parte inferior de cortiça natural e a superior com aglomerado. Nos nossos dias, produzem-se rolhas de cortiça de diferentes tipos e dimensões – de cortiça natural, de aglomerado, mistas, cilíndricas, cónicas, para champanhe, de inserção manual, ‘twin top’, etc.

O nascimento da cápsula de rosca (screwcap) é bem mais recente. Em 1959, a companhia francesa La Bouchage Mécanique introduz o Stelcap-vin depois da Stelcap ter provado eficiência com espirituosos e licores. Em 1970, a Australian Consolidated Industries adquiriu os direitos de fabricação e a Stelcap foi rebaptizada por Stelvin. No entanto, o receio do fracasso junto dos preconceitos do consumidor manteve este ‘screwcap’ em ‘stand-by’ até começarem os problemas com a rolha de cortiça natural. A partir de 2000, o uso deste vedante começou a crescer exponencialmente e em 2004 calcula-se que cerca de 200 milhões de garrafas de vinho australiano foram seladas com cápsula roscada. O movimento contagiou a Nova Zelândia que forma em 2001 a New Zealand Screwcap Initiative. Nessa data, 1% dos vinhos neozelandeses usavam cápsula roscada. Em 2004 era já 70%.

Da rolha de cortiça à cápsula roscada

Da rolha de cortiça à cápsula roscada

 

 

Chile ultrapassa França como principal exportador de vinhos para o Japão

Rótulos dos sul-americanos superaram os dos europeus pela primeira vez

 

Enquanto os vinhos chilenos mantiveram sua progressão na ilha do sol nascente, um dos países europeus com mais tradição no assunto assistiu ao seu declive. Em 2015, a exportação do Chile para o Japão saltou 18,1% e a da França caiu 2,8%.

Em números absolutos, os dois caminharam para lados opostos em cerca de 51 milhões de litros, segundo dados do Ministério das Finanças divulgados pelo jornal The Japan Times.

Desde 2007 as importações de vinho chileno subiam em média 20% ao ano. A crescente é uma das consequências de um acordo econômico que vêm reduzindo as tarifas de importação de forma gradativa. Até 2019, as tarifas de vinhos chilenos devem ser totalmente zeradas.

De acordo com a mesma matéria, uma garrafa de 75cl de vinho chileno custava, no ano passado, cerca de 602 ienes. Um preço 40% menor que um francês, que girava em torno dos 1029 ienes.

Em 2005, o Chile era o quinto maior importador de vinhos do Japão, chegando ao segundo lugar oito anos depois, quando ultrapassou a Itália. Agora, é a primeira vez que a importação chilena ultrapassa a francesa e assume a liderança.

Um acordo de livre comércio entre Japão e Austrália também fará com que as tarifas de vinhos australianos sejam zeradas dentro de sete anos. Um compromisso parecido entre o país e a União Europeia está atualmente em discussão – o que certamente poderá acirrar esta corrida.

 

Chile ultrapassa França como principal exportador de vinhos para o Japão

Chile ultrapassa França como principal exportador de vinhos para o Japão

Fonte: Revista Adega.