Peterlongo contrata enólogo francês, com foco no trabalho dos vinhedos

O francês Pascal Marty é o novo enólogo da Peterlongo.

A vinícola brasileira fundada em 1915 e única que pode chamar seu espumante de champanhe. A chegada de Marty foi anunciada na semana passada – desde o ano passado, o francês tinha planos de assumir uma vinícola por aqui e elaborar um vinho premium. Residente no Chile onde tem uma vinícola com o seu nome, Marty ficou conhecido por participar da criação das vinícolas Opus One, nos Estados Unidos, e Almaviva, no Chile.

O contrato assinado entre Marty e Luiz Sella, sócio da Peterlongo, tem validade de dez anos.

Qual o maior desafio de ser o novo enólogo da Peterlongo?

Vou atuar como consultor da Peterlongo para todos os assuntos técnicos, como vinhedos e vinificação. Fazer um vinho é um trabalho de equipe, não de uma só pessoa. No caso da Peterlongo, a equipe tem a enóloga Deise Tempass como responsável. É uma profissional esperta, que estará comigo em todo o projeto. Como sempre, quando se quer fazer grandes vinhos, o desafio está nos vinhedos. Sem uma uva excelente, não há como produzir grandes vinhos. Assim o desafio para os próximos anos é concentrar o trabalho de viticultura nos vinhedos. Apesar de eu ter algumas ideias do tipo de trabalho que queremos desenvolver, temos obviamente de aprender com as respostas do vinhedo e ir ajustando as coisas nesse caminho.

Peterlongo contrata enólogo francês, com foco no trabalho dos vinhedos

Peterlongo contrata enólogo francês, com foco no trabalho dos vinhedos

Ao longo da sua carreira, você focou nos vinhos tranquilos. Como será elaborar espumantes?

A base dos espumantes são os vinhos tranquilos. Por isso, os mesmos conceitos se aplicam, sobretudo no que se refere aos trabalhos na vinícola e na mescla dos vinhos.

O que mais te impressionou na Peterlongo?

Sobretudo a sua história. Sempre trabalhei com empresas que tinham uma longa trajetória e a Peterlongo é uma dessas. Sem falar que é a primeira e a única marca de champanhe no Brasil

(aqui, uma explicação: a Peterlongo tem o direito de chamar seus espumantes de champanhe por elaborar vinhos espumantes desde 1915, antes de a região de Champanhe obter o direito internacional de limitar o uso da palavra champanhe à região francesa)

Como conciliar o trabalho no Brasil com o seu projeto no Chile?

Não há complicações, ao contrário. O meu projeto pessoal necessita que eu viaje muitas vezes para o Brasil para promover os meus vinhos. Agora vou aproveitar essas viagens para trabalhar na Peterlongo. São trabalhos complementares.

 

Fonte: Revista Menu

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