Sabe o que é a acidificação dos vinhos? E os ácidos tartáricos e málico?

 

O Ácido tartárico, Ácido láctico e vários outros ácidos presentes no vinho.

Acidificação

Operação regulamentada, segundo as zonas de produção, que permite aumentar a acidez natural do mosto e dos vinhos, quando é insuficiente. A normativa da União Europeia só autoriza esta correção quando não vai junto da chaptalização simultânea. Utiliza-se o ácido tartárico e, em pequenas proporções, o ácido cítrico.

Acidímetro: 

Instrumento usado na medição da acidez total.

Ácido:

Substância constitutiva dos vinhos. Há muitos ácidos que se detectam facilmente na prova: o tartárico, o málico, o cítrico, o acético. Existem também muitos outros ácidos nos vinhos (succínico, galacturónico, etc.). O excesso de ácido acético caracteriza os vinhos picados ou envinagrados.

Ácido acético: 

Vinagre, que é um ácido acético diluído.

Ácido ascórbico: 

Ou vitamina C, quando adicionado ao mosto durante a vinificação, juntamente com o dióxido de enxofre, impede a oxidação e ajuda a manter frescos os vinhos brancos.

Ácido cítrico: 

Ácido constitutivo dos vinhos que proporciona acidez fresca. Por vezes pode ser atacado pelas bactérias da fermentação maloláctica.

Ácido láctico:

Resulta da decomposição do ácido málico. Forma-se durante as fermentações alcoólica e maloláctica. Dá suavidade ao vinho.

Ácido málico:

Está presente em muitas frutas, como a maçã. O ácido málico dá frescura ao vinho, provém da uva e diminui durante a maturação em garrafa ou quando se realiza a fermentação maloláctica.

Ácido sórbico: 

Aditivo muito utilizado nas indústrias alimentar e de bebidas para neutralizar leveduras e bolores. Cheira excessivamente a folhas de gerânio pisadas para quem é muito sensível.

Ácido tartárico:

Acido orgânico que existe na uva e consequentemente no vinho. Principal ácido do vinho, parcialmente combinado com a potasa.

Ácido Tartárico

Ácido Tartárico

 

Antiyal Carménère, 2010

Antiyal Carménère, 2010: Extraordinário nível de qualidade, entre os melhores  Carménère´s do Chile

 

País Chile
Propriedade da Vinícola 8 Hectares
Volume 750ml
Tipo Tinto
Safra 2010
Sub-Região Maipo Alto
Uva 100% Carménère
Teor Alcoólico 14,50%
Tipo de Uva Tinta Carménère
Amadurecimento 14 meses em barricas
Antiyal Carménère, 2010

Antiyal Carménère, 2010

 

Visual Coloração vermelho rubi com tons violetas.
Olfativo Seduz pelo olfato rico e complexo a especiarias, chocolate ao leite e frutas negras maduras, cerejas e pimentão assado, enobrecidas por alcaçuz, ervas e uma grande tipicidade da uva emblemática do Chile: a Carménère, o “Grande Vidure” que é o sinônimo desta uva e que Álvaro Espinoza (proprietário e enólogo de Antiyal) usava para denominar os vinhos que naquela época ele elaborava com a vinícola Carmen (nos começos dos anos 90s), inclusive antes desta uva ser descoberta no Chile (1994).
Gustativo Na boca é um vinho espetacular, muito saboroso e sedutor. Tem um intenso ataque, entrando no paladar com uma textura macia, mas ao mesmo tempo enche de sabores, com frutas negras maduras com ainda maior nitidez, tudo amparado por uma ótima acidez mantendo um destacável frescor. É um Carménère de extraordinário nível de qualidade, entre os melhores do Chile (então podemos falar entre os melhores do mundo, já que “quase” só o Chile produz vinhos mono varietais desta variedade de uva).
Dica de Harmonização Bacalhau assado com molho bechamel.
Cauda de lagosta grelhada com molho de vinho de uva Carménère.
Peixe assado ao molho de côco.
Filé de truta grelhada com molho de ervas.
Peru assado recheado com frutas secas, ao molho de cogumelo.
Filé ao molho de pimentão vermelho e cassis com arroz de parmesão.
Pernil suíno assado com molho de ameixa.
Faisão assado ao molho de frutas vermelhas e arroz trufado.
Temperatura de Serviço 16º
Potencial de Guarda 8 anos
Nome da Vinícola Antiyal
Ano de Fundação da Vinícola 1996
Tipo de vinho Vinho de Autor, Vinho Biodinâmico, Vinho Orgânico
Enólogo Responsável Alvaro Espinoza
Pontuação Winechef

Vinho Antiyal Carménère, 2010 - 94 pontos Winechef

Vinho Antiyal Carménère, 2010 – 94 pontos Winechef

 

Músico Jon Bon Jovi cria restaurante comunitário sem preço que ajuda pessoas em necessidade

Quando uma comunidade se une, a esperança invade o lugar. Há 30 anos, Jon Bon Jovi é vocalista de uma das maiores bandas de rock do planeta. Porém, nos últimos anos, Bon Jovi tem cada vez mais voltado sua atenção para trabalhos menos glamorosos, de compreensão das necessidades dos menos afortunados residentes de New Jersey, Philadelphia e outros lugares.

 

Músico Jon Bon Jovi cria restaurante comunitário sem preço que ajuda pessoas em necessidade

Músico Jon Bon Jovi cria restaurante comunitário sem preço que ajuda pessoas em necessidade

 

O músico pesquisa formas de ajudar essas pessoas, e então trabalha com as comunidades para abrir novas instalações através de sua fundação, a JBJ Soul Foundation. Entre outros projetos que a fundação possui, nasceu o Soul Kitchen, ou “cozinha da alma”, em português, que consiste em um restaurante comunitário, onde os voluntários preparam a mesa e quem come por lá ajuda a alimentar os mais necessitados de cada comunidade, desde vizinhos, idosos ou famílias em necessidade.

Algo sensacional implantado no restaurante é que, ao final das refeições, cada um paga o que puder – pagando mais que a doação sugerida, você ajuda a alimentar outra pessoa. Ou, caso não possa pagar, pode trabalhar na cozinha em troca de uma refeição para você ou para a sua família.

 

Todo sobre os vinhos de Barossa Valley na Australia

 

Barossa Valley, seus grandes vinhos Shiraz e muito mais

Ao contrário da maior parte das regiões vinícolas da grande ilha, Barossa Valley teve uma origem colonial germânica. A zona mais emblemática dos vinhos australianos privilegiou a casta proveniente do Irão. Nas últimas décadas, vários dos seus rótulos conquistaram o Mundo.

Ao mesmo tempo que os recém-chegados alemães aumentavam de número na Austrália até se tornarem no maior grupo forasteiro com exceção dos ingleses e irlandeses, o principal vale vinícola do território recebia o baptismo do seu primeiro General Surveyor, o Coronel William Light. A intenção original foi dar-lhe o nome da região Andaluz em que o militar tinha participado numa batalha famosa das Guerras Peninsulares de 1811. E a ideia quase se concretizou na perfeição mas deu-se um erro processual. Em vez de Barrossa, é registado Barossa. Assim ficou para sempre.

George Fife Angas, um empreendedor mercante abastado e filantropo, foi também o fundador da colónia pioneira. Angas acedeu ao pedido de um líder luterano dissidente e acolheu um grupo de agricultores e mercadores que tinha fugido da perseguição religiosa ditada pelo rei prussiano Frederico Guilherme II.

Os recém-chegados depressa perceberam que o clima quase Mediterrânico da zona era ideal para o cultivo de diversas frutas, em especial, uvas. Meio século depois, dezenas de adegas produziam já grandes quantidades de “portos”, “sherries”, moscatéis e “tokays”, que a política de Preferência Imperial da Grã-Bretanha tornou populares do outro lado do Mundo.

Em 1929, 25% do vinho australiano provinha de Barossa Valley. Entretanto, a Grande Depressão e a 2a Guerra Mundial anularam a procura. O encerrar do conflito não desvaneceu na totalidade um clima de desconfiança entre os residentes anglófonos e os descendentes de sangue germânico. Foi necessário tempo. Tempo e a realização do primeiro festival de Vintage.

 

Barossa Valley

Barossa Valley

Barossa Valley: A modernização.

Restabelecida a harmonia, passou a haver lugar para a modernização. Colin Gramp chega de Napa Valley onde assimilou novas técnicas de cultivo e produção vinícola. Em 1947, criou o primeiro vinho tinto seco de mesa, desde 1860, um Reserva Especial Claret, em que predominava Shiraz, combinado com algum Cabernet Sauvignon. O autor tornou-se no mentor reconhecido do novo vinho de Barossa.

Uma aposta genuína e concorrencial na inovação e a meteorologia estival vigorosa foram responsáveis pelo enorme desenvolvimento de diversas sub-regiões vinícolas que se seguiu: Gomersal, Williamstown, Lyndoch, Rowland Flat, Barossa Foothills, Vine Vale, Éden Valley, High Eden, Light Pass, Northern Barossa Valley, Greenock, Seppeltsfield e Marananga, em vários casos, tiveram origem nas povoações/paróquias pioneiras da colónia. Anos depois da sua afirmação, a estas, sobrepôs-se o título bem mais abrangente e notório de “Barossa Valley”.

Das cerca de 60 adegas situadas na proximidade umas das outras, destacam-se, pela celebridade que conquistaram, Penfolds Grange, Barossa Shiraz, a Éden Valley Riesling, Two Hands, a Rockfords, Jackob’s Creek, Bethany, Yalumba, Barossa Valley Estate Black.

Degustação Vinhos Chilenos

Barossa Valley: Atmosfera Quase Mediterrânica

O clima da região é, por excelência, continental. No entanto, a abundância de vales e colinas com encostas generosas especialmente visíveis do topo de Mengler Hill, favorece uma série de mesoclimas com temperaturas que oscilam entre o muito quente sobre o solo dos vales a gradualmente mais frescas nas altitudes elevadas das vertentes e nas secções Norte.

Malgrado a fama de região quente, o clima de Barossa Valley é comparável ao da zona semi-litoral rival de Margaret River, na Austrália Ocidental, se bem que com uma variação diurna de temperaturas mais abrangente.

De Outubro a Abril, decorre a época de desenvolvimento das vinhas que recebem cerca de 1710 graus-dia de aquecimento com temperaturas médias no mês crucial de amadurecimento – Janeiro – na ordem dos 21.4ºC. A pluviosidade média, durante o período vegetativo, fica-se pelos 160 mm, e a humidade relativa pelos 39%. De acordo, apesar dos regulamentos criados para controlar o número de furos e a quantidade de água extraída dos lençóis freáticos, a irrigação é frequente, com exceção para as vinhas mais antigas na zona a Oeste do vale que se podem dar ao luxo de a dispensar.

O clima de Barossa Valley

O clima quente de Barossa Valley garante às uvas uma maturação fácil com altos níveis de açúcar e baixos níveis acídicos. O grau alcoólico elevado obriga com frequência os vinicultores a recorrer a práticas equilibradoras como a osmose inversa e o acrescento de água ao mosto.

Tornou-se habitual os produtores da região limitarem o tempo de maceração por forma a encurtarem o período em que o vinho permanece em contato com as cascas. Outro recurso adoptado é maturação do vinho em tonéis de carvalho americano – mais do que o francês – mesmo antes de a fermentação ter terminado.

Por vezes, são necessários taninos suplementares e, quando tudo corre bem, a maceração encurtada dá origem a vinhos suaves e aveludados na boca. Também lhes empresta as notas de anis e aroma de coco ou notas de chocolate e especiarias característicos de Barossa mas igualmente da Austrália.

 

Continua…

Vinícola norte-americana começa a usar rolha feita de cana-de-açúcar

 

Produto foi anunciado no ano passado e agora algumas vinícolas estão adotando a novidade

Em abril de 2013, a empresa Nomaroc anunciou o lançamento de rolhas feitas de cana-de-açúcar – na verdade, de um polímero derivado dessa planta renovável – para criar uma linha chamada Select Bio. Até então, apesar de alguns produtores terem dito que adotariam o novo tipo de vedante, somente agora uma vinícola norte-americana definiu que usará a rolha em seus vinhos.

A Avalon Winery decidiu que suas mais de 240 mil caixas de seu vinho Cabernet Sauvignon irão receber a nova rolha. “A mudança de um produto à base de petróleo para um produto à base de plantas foi muito atraente para nós”, contou a vice-presidente executiva de marketing vinícola, Lisa Ehrlich.

A empresa já adotou outras medidas ecológicas, como a instalação de um sistema de cogeração solar de 232 quilowatts para aquecer a água e proteger um fluxo de desova de salmão adjacente. Como outros dispositivos de fecho da série Select Bio, a nova rolha é apresentada como opção sustentável por ser reciclável. “Para nós, não é apenas uma solução verde, mas uma solução com qualidade” informou Lisa.

No ano passado, a vinícola italiana Allegrini também havia anunciado que usaria esse tipo de vedante.

Cursos de Vinhos em Vitoria Vix

‘Guinness’: tabaqueiro elabora o charuto mais longo do mundo

 

O tabaqueiro cubano José Castelar, elaborou  o charuto mais longo do mundo

onhecido como ‘Cueto’, recebeu na Havana o certificado do ‘Livro Guinness dos Recordes’ por ter elaborado o charuto mais longo do mundo, com 81,80 metros, informa a imprensa oficial.

A embaixadora do Reino Unido em Cuba, Dianna Melrose, entregou o certificado a ‘Cueto’ numa cerimônia que teve a presença de diretores do setor turístico da ilha e do grupo empresarial Habanos S.A., entre outros convidados.

‘A conquista não é só de Cueto, mas também de Cuba e prestigia muito mais seu tabaco, reconhecido mundialmente por sua qualidade, além de contribuir para fomentar as vendas deste produto no exterior e atrair turistas’, disse Melrose à ‘Agência de Informação Nacional’.

Cueto demorou oito dias para confeccionar de forma totalmente artesanal o gigante tabaco, na Feira Internacional de Turismo FITCuba-2011 realizada em Havana.

O charuto foi então colocado ao longo de 12 abóbadas de um pavilhão da fortaleza colonial San Carlos de La Cabaña, onde o tabaqueiro solicitou o recorde do ‘Guinness’.

Para torcer o charuto, ‘Cueto’ usou folhas das plantações de Héctor Luis Prieto, vencedor do Prêmio Habano de 2007 como melhor ceifador da folha aromática na província cubana de Pinar del Río, considerada o berço do melhor charuto cultivado no mundo.

Esta é a quinta vez que ‘Cueto’ emplaca no ‘Guinness’ pela mesma façanha. A primeira vez foi em 2001, com a elaboração de um charuto de 11,04 metros de comprimento. Depois, fez um de 14,86 metros em 2003, um de 20,41 metros em 2005 e um de 45,38 metros em 2009.

O tabaqueiro revela que, para torcer os gigantescos charutos, precisa de boa matéria-prima, um local fechado, concentração, preparação física e até um médico e um massagista. Em sua opinião, o recorde do maior charuto do mundo deve sempre pertencer a Cuba.

'Guinness': tabaqueiro elabora o charuto mais longo do mundo

‘Guinness’: tabaqueiro elabora o charuto mais longo do mundo

 

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A uva Carignan, o segredo escondido do Chile

 

A uva Carignan renasce no  Chile.

Se falarmos de vinhos do Chile e de suas uvas mais importantes, teremos sempre que falar de Carménère, a uva já conhecida por todos e que foi e é (como é o Malbec para argentina) a bandeira da viticultura deste país. Mas o segredo é que tem outra uva que irá colocar o Chile novamente no topo da cena mundial. Essa é a fascinante Carignan.

A Carignan tem uma história fantástica, e sensorialmente possui características sobressalientes. Ela tem tudo o que é necessário para se converter na uva do futuro do vinho chileno, e tudo indica que nos próximos anos vai dar muito que falar. O certo e concreto é que seus vinhos são incrivelmente bons, e a modo de introdução nesta uva apresento e recomendo à continuação um deles, da vinícola Gillmore.

Gillmore é uma vinícola boutique, que só produz vinhos tintos, e que possui um selo muito particular com vinhos de muita personalidade.

Este “selo” que está em todos os seus vinhos, tanto aromático como gustativamente falando está representada no caso do aroma, com as suaves notas frescas de menta, alecrim, pinho, e em algumas safras até mesmo eucaliptos.

A uva Carignan, o segredo escondido do Chile

A uva Carignan, o segredo escondido do Chile

 Gillmore Carignan 2007 

Há chocolate em abundância, cereja, canela e outras especiarias doces. A melhor forma de explicar as características deste vinho é imaginar um bombom de cerejas recheado com menta… Uma delícia.

Impecável também a sua performance ao paladar. Ingressa na boca com um frescor impressionante e uma harmonia digna dos grandes vinhos, tudo em equilíbrio. Os taninos muito maduros, mas com a rusticidade que caracteriza esta uva. Este vinho, e outros fantásticos do vale do Maule, estão começando a demonstrar o enorme potencial desta uva. Um vinho muito escasso, delicioso e com uma relação de preço e qualidade difícil de superar.

Vinho Gillmore Carignan

Vinho Gillmore Carignan

 

Potencial de evolução

Como dado importante, gostaria de destacar o grande potencial de evolução que tem em geral os vinhos do vale do Maule. E, em particular, os vinhos desta vinícola. Ou seja, para quem gosta de vinhos mais elegantes e frescos, com graduações de álcool menores do que estamos acostumados com os vinhos do Novo Mundo. Os vinhos do Maule são, neste sentido, perfeitos e felizmente vão ao mesmo sentido do que os mercados mundiais – e também os paladares mais entendidos a nível nacional estão preferindo e exigindo vinhos menos maduros, menos pesados, menos cansativos, menos maquiados (madeira)… Estão preferindo vinhos opostos a estes estilos detalhados. Ou seja, vinhos mais francos e frutais, não muito maduros, sem excesso da madeira, mais frescos, mais puros, mais genuínos, onde se vá conseguir beber a garrafa toda.

Nas próximas semanas pretendo continuar falando sobre esta uva, porque tem muita informação interessante para entregar e muitas vinícolas do Chile estão começando a elaborar vinhos com ela. Até uma associação recentemente formada pretende resgatar e posicionar esta uva entre as uvas tops do Chile.

Comecei indicando este Carignan da Gillmore porque tenho absoluta certeza que logo após degustá-lo vai se apaixonar pelos vinhos desta bodega e desta uva. Para terminar, e só como informação complementar, Robert Parker entregou 93 pontos para duas safras deste vinho de maneira consecutiva (safra 2008 e 2009), o que é uma pontuação inacreditável para um vinho desta faixa de preço.

 

O IPI do vinho sobe para 10%, cai para 6% e depois para 5%

Nesta quarta -feira (2), pela manhã, a comissão mista do Congresso Nacional aprovou o seu relatório sobre o aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). A partir de janeiro, o imposto será de 6%, para todos os vinhos, incluindo fortificados e espumantes.

Em 2017, o imposto cai para 5%. E neste mês de dezembro, a alíquota fica nos 10%, como previsto na medida provisória anunciada pelo governo três meses atrás.

A MP deveria entrar em vigor no dia 1º de dezembro, mas a comissão que deveria avaliar o texto só votou seu relatório hoje cedo. Sobre o estoque, quem já teve o seu IPI pago (então de até R$ 1,08 por garrafa), ainda não há definição de como proceder.

O relatório da comissão mista segue agora para votação do em plenário.

O IPI do vinho sobe para 10%, cai para 6% e depois para 5%

O IPI do vinho sobe para 10%, cai para 6% e depois para 5%

 

Fonte: IsstoeDinheiro.com.br 

 

Temperaturas ideais para degustar um vinho branco

Degustar um vinho numa temperatura errada pode estragar até os melhores rótulos.

Veja como isto funciona com os vinhos brancos.

Sabemos que vinho branco se bebe gelado e que o tinto é na temperatura ambiente… Será que é isso mesmo?

O mais comum em relação a este tema é encontrar tabelas que falam que tal tipo de uva se bebe a tal temperatura. Mas já se perguntaram como pode isso ser possível (e estar certo) se dentro de uma mesma variedade de uva temos inúmeros tipos de vinhos, de diferentes países, idades e estilos?

A primeira coisa que precisa estar esclarecida é a ideia de que servir um vinho a uma temperatura específica e certa é para que o vinho possa mostrar seus atributos da melhor maneira possível. Portanto, o objetivo é dar uma ajuda para ressaltar as caraterísticas positivas que o vinho tem (e não as características negativas).

É verdade que os vinhos brancos devem ser bebidos frios, mas a diferença de temperatura não vai depender da uva e, sim, do estilo de vinho, já que é possível termos, com uma mesma uva, um vinho onde a diferença ideal de temperatura pode ser de até 5°C – ou talvez até mais.

Sauvingon Blanc de uma região fresca

Por exemplo: um Sauvingon Blanc de uma região fresca, que seja jovem, leve e varietal (sem estágio em madeira), vai precisar de uma temperatura muito fresca (7°C) para poder mostrar todos os seus encantos. Ao contrário, um Sauvignon Blanc elaborado como “Late Harvest” (vinhos de sobremesas), evoluído, elegante, oleoso e estruturado, vai ser melhor degustado a uma temperatura muito maior, (12°C) e assim acontece com a maioria das uvas. Ou seja, a temperatura ideal depende do estilo do vinho – e não da uva que o origina.

Sempre falando de vinhos brancos, o que temos que fazer é diferenciar em termos de concentração e complexidade. Assim, os vinhos mais leves e simples vão ser bebidos no limite do frescor (6°C). Na medida em que a concentração, a estrutura e a complexidade vão aumentando, aumenta-se também a temperatura de serviço.

Vinhos brancos de corpo médio com estágio em madeira, medianamente jovens (1 a 2 anos de idade), precisam de uma temperatura intermediária (no contexto dos vinhos brancos), isto é, uns 9°C. Já os brancos mais densos, viscosos e concentrados, que foram estagiados em madeira e que estão evoluídos, precisam de uma temperatura muito mais cálida para mostrar todos os seus atributos (12°C).

Temperaturas ideais para degustar um vinho branco

Temperaturas ideais para degustar um vinho branco

Outras dicas sobre as temperaturas nos vinhos brancos:

Para os vinhos mais leves e frescos, se a ideia é refrescar e realçar a acidez do paladar (a acidez e o gás carbônico presentes em vinhos brancos jovens) sempre será recomendável optar por temperaturas muito baixas. Mas isto vai depender também da temperatura do lugar que vamos beber o vinho, assim como também da quantidade de vinho que vamos colocar na taça. Sempre será melhor servir o vinho branco em taças menores que as usadas em vinhos tintos, e o mais importante: em quantidades menores, deixando o restante do vinho em um balde com água e gelo.

Quando vamos beber vinhos brancos de regiões cálidas, onde a graduação alcoólica é elevada, é muito recomendável procurar o extremo da temperatura fresca (6°). Estes vinhos normalmente são o que, tecnicamente, se denominam “planos” (carentes de acidez). Portanto, a baixa temperatura vai ocultar o álcool e ressaltar a acidez, e o vinho vai parecer um pouco mais equilibrado.

Do contrário, um vinho sem acidez e com uma graduação alcoólica elevada (14 ou mais graus), se for servido a mais de 8°C vai se expressar aromaticamente agressivo e desequilibrado (o álcool vai até irritar ao nariz), e ao paladar vai ser também absolutamente desequilibrado, dando uma sensação de “queimar” a boca.

Então agora já sabe… Fique de olho com a temperatura, porque alguns graus a mais ou a menos fazem a diferença entre beber um vinho bom e um nem tanto.

 

Tributação sobre vinhos e destilados sobe a partir de dezembro

Alíquota sobre vinhos, por exemplo, passa a ser de 10% do preço.
Medida vai gerar arrecadação extra de R$ 1 bilhão em 2016, diz Receita.

O governo federal publicou um novo modelo de tributação para vinhos, espumantes, uísques, vodcas, cachaças, licores, sidras, aguardentes, gim, vermutes e outros destilados, com aplicação a partir de dezembro deste ano.

A medida vai gerar arrecadação extra de R$ 1 bilhão em 2016, de acordo com a Receita Federal. Ela faz parte de uma série de ações do governo para ter mais receita e equilibrar as contas públicas, que devem fechar no vermelho em 2016.

O Fisco observou que o mercado é livre e que o repasses da alta da tributação para os preços depende dos produtores e revendedores.

Pelo modelo anterior, as chamadas “bebidas quentes” eram classificadas dentro de uma tabela, que variava de “A” a “Z”, de acordo com o volume e seu preço, e sobre essas “classes” eram aplicadas as alíquotas do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI). Neste regime, que vigora até o fim de novembro, há um teto de tributação, que varia de R$ 0,14 a R$ 17,38 para cada produto.

Com o novo modelo, será cobrada uma alíquota dependendo do tipo da bebida e não haverá mais teto.

Tributação sobre vinhos e destilados sobe a partir de dezembro

Tributação sobre vinhos e destilados sobe a partir de dezembro

Vinho terá alíquota de 10%

Os vinhos nacionais, por exemplo, que tinham uma tributação limitada a R$ 0,73 por litro (teto do IPI com sistema atual), passarão a pagar uma alíquota de 10%.

Um vinho nacional de R$ 30, por exemplo, pagará R$ 0,78 de IPI até o fim de novembro. A partir de dezembro, serão cobrados R$ 3.

Os vinhos importados, por sua vez, pagam um teto de R$ 0,73 para valores de até US$ 70 (grande maioria dos produtos). Depois de dezembro, passarão a pagar também 10% de IPI.

Alta de IPI para destilados

No caso dos uísques, a Receita Federal informou que a tributação, que antes tinha um teto de R$ 9,83 (red label, por exemplo) a R$ 17,39 (blue label), passarão a pagar 30% do seu valor em Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI). Com isso, também deverão ter aumento de tributação a partir de dezembro deste ano.

Pelo novo sistema, as vodcas pagarão uma alíquota de IPI de 30%, as cachaças de 20%, os licores de 30%, as sidras de 10%, as aguardentes de 25%, o gim de 30% e os vermutes de 15%.

O Fisco não informou qual o teto de pagamento de IPI de cada um destes produtos no sistema atual.

Tributação sobre vinhos e destilados sobe a partir de dezembro

Tributação sobre vinhos e destilados sobe a partir de dezembro

Justificativas

De acordo com a Receita Federal, embora a mudança do modelo de tributação deva gerar receitas adicionais, estimadas em R$ 1 bilhão em 2016, a mudança visa simplificar o processo de cobrança e passar a tributar o setor com um modelo tradicional, já aplicado ao restante da economia.

“O sistema atual [que vigora até novembro] gera problemas e perda de arrecadação. Há uma dificuldade grande de manter a tributação adequada. O contribuinte podia praticar preços mais baixos que o normal na hora de pedir enquadramento e depois voltava a cobrar mais. Um vinho de R$ 50 reais paga no máximo R$ 0,73. Vinho de R$ 1 mil também paga também R$ 0,73. O teto é muito baixo. Não tem sensibilidade ao preço e gera distorções que se busca corrigir”, declarou João Hamilton Rech, da Receita Federal.

Tributos sobre computadores também vão subir

Após dez anos de isenção, os computadores, smartphones, notebooks, tablets, modens e roteadores passarão a pagar alíquota cheia de PIS e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) a partir de dezembro deste ano. Com isso, o governo acabou com o benefício que estava no Programa de Inclusão Digital, existente desde 2005.

A expectativa do governo é arrecadar R$ 6,7 bilhões a mais em 2016.

 

Fonte: Globo